segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

68, O ANO QUE MARCOU MINHA GERAÇÃO COM POLÍTICA, CULTURA E POESIA

Por Luís Turiba

É bom demais.
Tão bom quando nada esperamos, e o texto crítico acontece. 
Quando um trabalho poético que custou suor, invenção e pesquisas de campo e conhecimentos,  foi editado carinhosamente, ganhou Bolsa de Realização da FUNARTE e agora, anos depois é saudado, analisado, destacado e sofre um mergulho por parte de alguém altamente capacitado.
Refiro-me a resenha publicado pelo poeta-arquiteto mineiro João Diniz no seu blog sobre meu livro "MEIA-OITO", editado na coleção brasiliense OI POEMA em 2010.  

Agora, reproduzo a vocês o generoso e afiado texto do João Diniz sobre este livro que é fundamental na compreensão da proposta poético que levo adiante junto com a revista Bric a Brac:

O 68 de LUÍS TURIBA 


Recebi como presente do autor, o poeta Luís Turiba, o livro ‘Meiaoito: 68 razões de 68’ vencedor da Bolsa Literária Funarte de 2008 e editado em 2010 pela Coleção Oi Poema em Brasília. 


O volume é dividido em três capítulos onde Turiba com sua poética ágil, coloquial, sonora, e, em vários momentos, bem humorada, nos confirma ser um dos principais nomes da Poesia Contemporânea Brasileira. 


No primeiro capítulo, o ‘Cardiograma’, o autor toma o liricamente já tão desgastado ‘coração metafórico’, e apresenta um bloco temático, com vários poemas, mostrando que na sua escrita afinada o assunto pode ainda render surpresas. 


“Tira gosto de poeta é coração” ele avisa logo de cara. E mais adiante confirma: “meu coração é rebelde, vive armando greve”. E revela até conselhos médicos: “o cardiologista dá as cartas, todo cuidado meu chapa, ou cê sinquadra ou infarta!” 


O segundo capítulo é uma precisa catarse intitulada ‘68’, com apresentação do poeta e jornalista Amneres, já anunciando o que virá neste longo poema onde Turiba, então com 18 anos de idade, revela o que viveu na pele e na alma naquele conturbado ano no Rio de Janeiro. 


“Cantávamos palavras de ordem com a força máxima dos pulmões, último e único desejo de nossa jovem existência”, diz o texto que une tensão política, descobertas da juventude, brasilidade, sensualidade, Dylan, lisergia, samba, rock, Mangueira, Beatles, Marx, cachaça e coquetel Molotov, dentre outros ‘personagens’. 


Nesta mistura emocional de referências e vivências o autor constrói um dos principais relatos já escritos, no calor dos acontecimentos, daquela época e geração. 


Turiba descreve numa ascendente cadência as ‘primeiras experiências’ que, naquele ano, o marcaram radicalmente como: a pedra atirada, a passeata, o almoço no Calabouço, o filme de Godard, o jornal Classe Operária, o ‘ponto’ clandestino, a luta armada, a namorada libertária, amigos pirados, drogados e desaparecidos. 


Esta sequência épica e alucinada nos faz lembrar o também caudaloso livro-poema ‘Uivo’ em que Allan Ginsberg narra os percalços e conquistas de sua geração Beat nos anos 1950 nos EUA. 


O terceiro capítulo ‘Poemas Avulsos’ funciona como uma descompressão para o turbilhão anterior, iniciando com textos sobre Minas Gerais onde é dito: “atravessar Minas é surfar pelas páginas ímpares de Guimarães Rosa”. 


Os outros focos desta seção são múltiplos: ‘oração para nossa senhora da bala perdida’, ‘o (biquíni) fio dental’, o ‘antropologuês’ que tira um sarro com intelectuais de fala difícil, o ‘papo de repórter’, o ‘fogão de lenha’, dentre outros. Alguns artistas são homenageados como Oscar Niemeyer, Jorge Mautner e Carlos Drummond de Andrade. 


No final do livro, num poema em homenagem aos poetas Paulo Leminski e Nicolas Behr o autor sugere que aqueles que escrevem poesia: “são alquimistas do ofício, tratam seus artefatos como seres viventes em total dialética gramatical, letras espiram, palavras sangram…” 


Este ‘68’ é um dos diversos livros de poesia escritos por Turiba que é também jornalista, editor e figura central no grupo fundador da revista de poesia experimental BRIC à BRAC. 


Esta revista entre meados dos anos 1980 e 1990, foi, e ainda é, uma referencia para a poética  brasileira e internacional. Em 2022 a BRIC, coordenada por Turiba foi relançada numa edição especial em homenagem à Semana de Arte Moderna de 2022. 


Joao Diniz, fevereiro 2023 

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

KENDJI, O GATO DE TORNOZELEIRA ELETRÔNICA

Luis Turiba
Kendji é um exemplo vivo de superação. Gatos normalmente têm sete vidas e vão gastando-as a pinga-gotas. Mas esse siamês (da foto) tem, no mínimo, umas quinze já vividas e disposição para encarar outras tantas, tamanhas foram as confusões que ele andou e ainda anda aprontando ao longo de seus quatorze anos de existência. Kendji é um gato malandro. Tem nome de guru indiano, mas foi criado como um bom carioca, solto numa ladeira da Glória – rua Barão da Guaratiba -, entre a Lapa e o Largo do Machado, onde moram muitos outros gatos e gatas, cachorros e cachorras e gente, muita gente que sobre e desce a pé e de motos. Foi no intenso movimento da Barão que ele se fez, se criou, sobreviveu e foi gastando suas vidas. Dormia na casa de um, alimentava-se em outras. Chegou a ter duas identidades na mesma rua. No lar original, era Kendji, mas nas outras casas no baixo da ladeira, era Mingau. Brigas com outros gatos por causa de gatas no cio, perdeu-se as contas. Nesse item, Kendji tomou muita porrada, perdeu metade dos dentes, rasgou orelhas, rabo e barriga; caiu de muros altíssimos, teve o olho esquerdo furado. Até ser castrado. Pense que sossegou? Qual nada. Deu de caçar os passarinhos nos vizinhos. Ficava só na tocaia, esperando, arisco como só, o passarinho bobear e zááz, pulava e trazia o bichinho pra casa. Era pena pra tudo quanto é lado. Até que um dos vizinhos, criador de canários belgas, resolveu envenená-lo depois de descobrir quem estava surrupiando seus belos cantadores das gaiolas. Foram três envenenamento seguidos, sendo que da última vez ele passou três dias em coma, espumando como um rio poluído. Escapou mais uma vez. Foi encarar um cachorro pitbull que lhe quebrou a pata. Ficou meio manco. Nada, porém, o fazia recuar do seu instinto rueiro. Em casa, quando estava tudo tranquilo, peitava os cães domésticos com tapinhas no rosto do Thor, um baita labrador de 40 quilos; e a Mel, uma golden toda dengosa, que adorava rolar no tapete da cozinha com ele. De rolo em rolo, seus dentes foram caindo. Sobrou-lhe apenas um, cumprido e do lado esquerdo da boca, o que lhe dava um aspecto nosferatum de ser. Até que uma estudante de odontologia em visita a casa amarela, sua principal residência, resolveu cutucar o “único” e o cujo ficou em sua mão. Pronto: além de cego de um olho, manco da pata esquerda, orelha fora de esquadro, Kendji agora era também banguela – e só comia papinha. Até aí, tudo bem. Sua próxima aventura foi apostar corrida com uma das inúmeras motos que sobem e descem a ladeira da Barão. Só que o motoqueiro era novo, se atrapalhou no pega e nosso herói foi atropelado cinematograficamente. A roda da moto deu-lhe um nocaute de esquerda, quebrando-lhe algumas costelas e seu maxilar, deixando sua boca parecida com a do Noel Rosa. Rapidamente os vizinhos se mobilizaram e sua dona o levou para um hospital em Botafogo, onde a diária dos primeiros socorros custava quase 900 reais. Entre a vida e a morte, Kendji deveria fazer uma cirurgia que custaria no total quase seis mil reais. Busca daqui, busca daqui, uma veterinária bahiana indicou um hospital veterinário cujo amor aos animais era bem mais barato. Lá se foi a dona de Kendji atrás de uma solução mais humanitária. O tal hospital ficava em uma comunidade perto de Padre Miguel, subúrbio bem conflagrado na zona Oeste do Rio. Ao adentrar com o seu Suzuki, ela (e o gato estropiado) foi parada em uma barreira por olheiros do tráfico. Crivaram-lhe de perguntas: onde vai? O que deseja? Como assim? Tale e Qual? Etc? Moral da história: “é melhor a senhora cair fora, pois pode perder o carro e o gato”. Nisso, o Bope já estava trocando tiros de fuzis com o pessoal do movimento. Kendji, mais uma vez, conseguiu sair vivo do conflito. Sua dona fez outro caminho até conseguir chegar no tal hospital São Francisco, onde o diagnóstico foi o pior possível: ou opera rápido, ou ele morre. Mas ela não tinha dinheiro pra bancar a cirurgia pra consertar o maxilar e as costelas do Kendji. O que fazer? Vamos sacrificar? Sim, ele sofreria menos. Uma injeção e tudo estaria acabado para aquele aprontão. Mas desta vez, foi o veterinário que se compadeceu do gatuno e resolveu fazer a cirurgia em nome da ciência. Todos, na maioria estudantes buscando vagas no mercado, iriam aprender muito. Depois de uma semana, Kendji finalmente passou pela cirurgia onde perdeu parte da maxilar, ficou de boca caída, todo fora de esquadro, mas depois de uns 10 dias tirou a sonda e voltou pra casa, onde vive cercado de cuidados e de mimos. Mas sempre buscando novas aventuras. Pra ganhar novamente as ruas, já fez de tudo. Tentou fugir pelas janelas, subiu na laje para pular no telhado do vizinho e até se fingiu de morto para ver se alguém esqueceria a porta aperta. O certo é que ele anda preguiçoso, dengoso; só pensa no próximo prato de papinha e nas poucas chances que lhe restam para viver pelo menos mais meia dúzia de vidas. Mia toda hora, todo desafinado. Enquanto isso, fica espreitando uma chance de fuga espetacular. Outro dia, se fingiu de morto, driblou todo mundo, subiu no muro e pulou pra rua. Como chovia forte, voltou imediatamente como gato escaldado. Ou seja: não há mais solução: Kendji vai passar a usar uma tornozeleira eletrônica. Caiu na Lava-Jato.

PALHAÇO

Luis Turiba o palhaço que há em mim não saúda o palhaço que há em ti o palhaço que me habita tem uma lágrima equilibrista pendurada na face que não de dissolve sou o palhaço da perna de pau do olho de vidro da cara de mal sou o palhaço do circo incendiado triste amuado que não ri nem de si um palhaço sem palhaçadas sem cambalhotas sem quermese que perdoa mas não esquece

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O CARIOCA FOI MEDALHA DE OURO NAS OLIMPÍADAS

Luis Turiba

Somos cariocas, somos antropofágicos. Temos um jeito especial de ser e se sentir terráqueos privilegiados. Vivemos, moramos e circulamos em uma cidade de geografia mágica, cujo visual é Patrimônio Cultural da Humanidade. Aqui reina um deus dançante que chamamos samba, e o povo tira onda em esgoto a céu aberto. Temos sotaque acentuado em "ésssex" e inventamos tiradas que, rapidamente, se tornam transcontinentais. Carioca se alimenta de biscoito Globo na praia e acha fofo. Considera argentino hermano, e Copacabana é centro do planeta. Em cada passo que dá na amada cidade de São Sebastião, reflete seu humor/amor ao mar e às praias; a morros e montanhas, no sempre céu azul onde habita outro deus, o Sol, com seus sons, sais e suores de um eterno verão. A autoestima aqui é estratosférica, perigosa, transcendente. Afinal, não foi à toa que Walt Disney batizou um papagaio de Zé Carioca. Que o diga nosso prefeito canguru.

A origem do nome carioca é indígena, mas se tornou mestiça como os nossos campeões de ouro, bronze e prata nesta Olimpíada. O pintor Pedro Américo deu o nome de "A carioca" a um óleo sobre tela feito em 1882, onde uma índia curvilínea aparece totalmente nua penteando longos cabelos. A "Garota de Ipanema" é carioca, invenção de Vinicius e Tom. A origem etimológica está em duas palavras da língua tupi: kara'iwa ("homem branco") e oka("casa"), que, juntas, identificam os portugueses. Os índios passaram a usar a expressão com a fundação do Rio de Janeiro. Há uma outra tese que considera a existência de uma aldeia tupinambá chamada Kariók, no sopé do Outeiro da Glória.
Independentemente de nomenclaturas, carioca fala alto e cultiva a turistada. Resiste, luta e ocupa com humor seu habitat já muito poluído. Afinal, sempre que o Rio recebe um desses mega eventos — Rio + 20, Jornada da Juventude, Copa do Mundo e, agora, os Jogos Olímpicos —, a cidade se engalana com programas, projetos e novos espaços extraordinários que parecem, às vezes, esquecer o cidadão comum, o gentílico carioca e suas práticas culturais. Mas nós caímos dentro e, antropofagicamente, nos tornamos "donos" da parada. Passamos a torcer com intimidade por Bolts e Phelps como se fossem atletas da Mangueira ou vizinhos da Rafa na Cidade de Deus. Fazemos macumba pra derrubar francês pulador. E isso o "NY Times" vai ter que engolir.
Nesta Rio 2016, independentemente das reais transformações (VLT, Boulevard Olímpico, Cidade Olímpica etc), maquiagens e photoshops, a cultura carioca vem se destacando nos estádios e para além dos grandes palcos. Damos sabor especial aos grandes espetáculos. Os artistas de rua, por exemplo, são verdadeiros medalhistas da sobrevivência com seus passinhos, grafites, cânticos, rodas de samba, rap/poesia, marchas e performances coletivas que prosseguirão no universo pós-olimpíco da nossa gente indiscreta, espalhafatosa e marcante. O carioca vai deixar saudade.

Foto de Durvalino Couto.

domingo, 7 de agosto de 2016

ESQUECERAM O "POETINHA"- Faltou citar Vinícius de Moraes na abertura das Olimpíadas

ESQUECERAM O "POETINHA"

Faltou Vinícius de Moraes na festa Olímpica

 

Luis Turiba

 

Tá legal: todo mundo gostou, todo mundo babou. Foi bonita a festa pá. Carioca, brasileira, lusoafroameríndia, universal no país tropical. Demos até uma volta por cima do baixo astral e transformamos o Maracanã na praça da Apoteose onde dançamos todas as nossas diferenças. Mas minha nota não é deeeeezzz. Não pode ser deeeeezzz. "Tonga da mironga do Kabuletê" para quem bolou a pajelança pois, depois de tantas pesquisas, tantas cabeças e assembleias de neurônios por meses e meses a fio, acabaram, por mera bobeira, esquecendo de você Poetinha, justamente quando Gisele Bundchen desfilava o seu balançar para cinco milhões de terráqueos. Isso é sério: não existiria "Garota de Ipanema" sem Vinícius de Moraes. Mas na festa, o Tonzinho levou todas as glórias. A foto que apareceu como real autor da gloriosa canção foi a do maestro Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Tom musicou magistralmente um poema que descrevia uma menina "cheia de graça que vem e que passa a caminho do mar".

Os pesquisadores são unânimes: a letra foi escrita por Vinícius em 1962, em Petrópolis, e sua primeira versão chamava-se "Menina que passa". Depois, os dois se encontraram, e, finalmente, nasceu a canção por completo. O bar Veloso, hoje Garota de Ipanema, serviu como referência, pois era lá que eles esvaziavam suas "ampolas" numa mesinha de canto com vista para a calçada. A lenda garante que a canção (letra e música) foi fechada ali, ao ver a garota passar a caminho do mar.

O próprio poetinha, em histórico depoimento em1965, contou alguns bastidores da música que embalou a Bossa Nova: "Seu nome é Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, mas todos a chamam de Helô. Há três anos atrás ela passava ali no cruzamento de Montenegro e Prudente de Morais, em demanda da praia. No nosso posto de observação, no Veloso, enxugando nosso cervejinha, nós a achávamos demais. Tom e eu emudecíamos à sua vinda maravilhosa. O ar ficava mais volátil como para facilitar-lhe o divino balanço do andar. E lá ia ela todo linda, a garota de Ipanema, desenvolvendo no percurso a geometria espacial do seu balanceio quase samba, e cuja fórmula teria escapado ao próprio Einstein; seria preciso um Antonio Carlos Jobim para pedir ao piano, em grande e religiosa intimidade, a revelação do seu segredo. (...) Ela foi e é para nós o  paradigma do bruto carioca; a moça dourada, misto de flor e sereia, cheia de luz e de graça, mas cuja visão é também triste, pois carrega consigo, a caminho do mar, o sentimento do que passa, da beleza que não é só nossa – é um dom da vida em seu lindo e melancólico fluir e refluir constante."

 



 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

CARIOCA Amazing Tours

Want to see Rio de Janeiro as a Carioca?

Stroll Rio historic center, go to a "roda de samba" (samba playing dancing), a ride into the Tijuca Forest, Rio after-sunset and Lapa bohemian area! CUSTOMIZED TOURS, with safety, fun and talks filled with information and curiosities. Pick yours or tell us your interest and we will guide you; contact us: LUIS at (21)98288-1825 or LUCA (21)98119-4349.

Luis Turiba, journalist, poet, cultural producer, rhythmist (cuica player) at São Clemente samba schcool, founder of Carnival Group Mistura de Santa, samba playing events and "Lapagoer" (Rio bohemian area).

Luca Andrade, psychologist, coach, poet, lover of Rio and its history, founder of Carnival Group Mistura de Santa, a goer to samba playing and cultural events.

We want to make you feel comfortable in Rio, get to know the carioca culture, food, architecture and urbanity.  

 

TIJUCA FOREST –  Car ride through the Tijuca Forest for three people at a time. This ride takes about 4 hours. Departing from Glória, we go up Santa Teresa, passing by sightseeing points, Paineiras road, Santa Marta belvedere, Alto da Boa Vista - Tijuca National Park, Vista Chinesa, Mesa do Imperador and return.

Price: R$ 450,00 (for 3 people)

 

HISTORIC RIO ON FOOT I – A 4-hour walk around historic sites downtown Rio. Cinelandia Square and its historical buildings, the XV Square, Paço Imperial and Arco do Teles, old historical churches such as "Our Lady of Carmo" Church and São Francisco de Paula Church and Confeitaria Colombo (historic bakery). Groups up to 5 people.
Price: R$ 130,00 per person

 

HISTORIC RIO ON FOOT II – A 4-hour walk around the historic harborside of old Rio. Starting at Mauá Square (MAR and Amanhã

-Tomorrow- Museum), we go up Conceição hill and walk around its historic buildings, then go down to Prainha Square, stroll around the slaves' area, the New Slave's burial ground with its legends and stories recently unveiled. Groups up to 5 people.

Price: R$ 130,00 per person

 

SANTA TERESA AND LAPA BOHEMIAN AREA ON FOOT – In the afternoon, we meet at the streetcar stop, downtown, and get off in Santa Teresa. Go for a walk around the historical streets of the area. Go down to the Selaron staircase, before sunset. We make a quick stop to sip a chilled beer at a "botequim" (typical Brazilian bar) then stroll along some historical buildings of Lapa. At night. time for a Samba house - "Carioca da Gema" or "Rio Scenarium" – enjoy the vibe of samba. After the samba house, restore the energy tasting delicious mouth-watering dishes at Nova Capela restaurant. 6-hour tour, individual and groups up to 5 people.

Price: R$ 130,00 per person

 

·                Included: driver (car rides) and guide

·                Not included: drinks, food and tickets, also for the guide

 

Other tours: favela, samba schools, "roda de samba" and other sites as you wish shall be arranged.

LUIS at (21)98288-1825 or LUCA (21)98119-4349

terça-feira, 2 de agosto de 2016

CARIOCA Amazing Tours


Want to see Rio de Janeiro as a Carioca?

 

Stroll Rio historic center, go to a "roda de samba" (samba playing dancing), a ride into the Tijuca Forest, Rio after-sunset and Lapa bohemian area!

Different TOURS, filled with fun, information and safety.  Pick yours or tell us your interest and we will guide you; contact us: LUIS at (21)98288-1825 or LUCA (21)98119-4349.

 

TIJUCA FOREST –  Car ride through the Tijuca Forest for three people at a time. This ride takes about 4 hours. Departing from Glória, we go up Santa Teresa, passing by sightseeing points, Paineiras road, Santa Marta belvedere, Alto da Boa Vista - Tijuca National Park, Vista Chinesa, Mesa do Imperador and return.

Price: R$ 450,00 (for 3 people)

 

HISTORIC RIO ON FOOT I – A 4-hour walk around historic sites downtown Rio. Cinelandia Square and its historical buildings, the XV Square, Paço Imperial and Arco do Teles, old historical churches such as "Our Lady of Carmo" Church and São Francisco de Paula Church and Confeitaria Colombo (historic bakery). Groups up to 5 people.
Price: R$ 130,00 per person

 

HISTORIC RIO ON FOOT II – A 4-hour walk around the historic harborside of old Rio. Starting at Mauá Square (MAR and Amanhã

-Tomorrow- Museum), we go up Conceição hill and walk around its historic buildings, then go down to Prainha Square, stroll around the slaves' area, the New Slave's burial ground with its legends and stories recently unveiled. Groups up to 5 people.

Price: R$ 130,00 per person

 

SANTA TERESA AND LAPA BOHEMIAN AREA ON FOOT – In the afternoon, we meet at the streetcar stop, downtown, and get off in Santa Teresa. Go for a walk around the historical streets of the area. Go down to the Selaron staircase, before sunset. We make a quick stop to sip a chilled beer at a "botequim" (typical Brazilian bar) then stroll along some historical buildings of Lapa. At night. time for a Samba house - "Carioca da Gema" or "Rio Scenarium" – enjoy the vibe of samba. After the samba house, restore the energy tasting delicious mouth-watering dishes at Nova Capela restaurant. 6-hour tour, individual and groups up to 5 people.

Price: R$ 130,00 per person

 

·                Included: driver (car rides) and guide

·                Not included: drinks, food and tickets, also for the guide

 

Other tours: favela, samba schools, "roda de samba", and other sites as you wish shall be arranged.

 

LUIS at (21)98288-1825 or LUCA (21)98119-4349