segunda-feira, 25 de julho de 2016

O DVD DE SANDRA DUALIBE SERÁ GRAVADO NESTA QUARTA


Está chegando a hora. Será no dia 27 de julho (quarta-feira), às 15h, a gravação de "Celebrizar", primeiro

DVD da cantora Sandra Duailibe. O local escolhido para show que dará origem ao DVD é o confortável

Teatro Paulo Gracindo, no Sesc Gama, com estrutura de som de última geração. A gravação terá a

presença de público convidado, além dos fãs, que podem assistir na plateia. "Este DVD é, para mim, a

realização de um sonho", define Sandra Duailibe.

Para isso, a cantora escolheu um invejável time de músicos: Paulo André Tavares (violão), Agilson

Alcântara (violão e guitarra), Oswaldo Amorim (contrabaixo), Amanda Costa (percussão) e Sandro Araújo

(bateria). Além deles, serão músicos convidados para a gravação Fernando César (violão de sete cordas),

Pedro Vasconcelos (cavaquinho), Ocelo Mendonça (violoncelo), Victor Moreira Angeleas (bandolim) e

Nicolas Krassik (violino).  O trabalho é apresentado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de

Cultura do Governo de Brasília.

Nascida em São Luís, no Maranhão, desde cedo Sandra Duailibe sabia que a música pulsava fortemente

em seu coração. Criada em parte da infância e da adolescência em Belém, no Pará, iniciou seus estudos

de música aos 5 anos, no Conservatório Carlos Gomes, onde estudou piano até seus 15 anos. Seguiu

para Brasília em 1982, já graduada em Odontologia, profissão que exerceu por 9 anos. Em 1996, instigada

a ter uma profissão mais ligada à comunicação e ao prazer, abriu uma agência de viagens e turismo,

negócio que foi seguido de lojas de conveniência em dois hotéis da capital.

Mas a música continuava falando alto e, em 2005, Sandra Duailibe abandonou suas outras ocupações

profissionais para se dedicar inteiramente ao canto. Hoje, com uma carreira que inclui cinco CDs e

participação em diversos DVDs de grandes artistas, shows no Brasil e no exterior, ela parte para mais um

desafio: a produção do DVD "Celebrizar". "Agora, meu público vai poder levar, além do meu canto, minha

imagem para casa", completa a artista.

Os ingressos para a gravação do DVD de Sandra Duailibe custam R$ 1,00 e a classificação indicativa é

livre. Para participar da gravação, é preciso confirmar presença pelo telefone (61) 98603-4433, com Aline

Cardoso, ou pelo link https://www.facebook.com/events/1640667386260026/. Para esse trabalho, Sandra

Duailibe tem o apoio das seguintes empresas e instituições: Atelier Cynthia Alves, Escola de Dança Alex

Gomes, Grupo Voetur, Indústria de Uniformes República das Malhas, Instituto de Beleza Hélio Diff, Magia

Flores,Nyll Camisaria, Pães da Corte,Rede de Hotéis Plaza Brasília, Restaurante La Grill e Sesc-DF.

SERVIÇO

GRAVAÇÃO DO DVD SANDRA DUAILIBE – "CELEBRIZAR"

Data: 27 de julho (quarta-feira)

Horário: das 15h às 20h

Local: Teatro Paulo Gracindo, no Sesc Gama (Setor de Indústria, Quadra 2)

Ingressos: R$ 1,00 – é preciso confirmar presença pelo telefone (61) 98603-4433

O GOLPE COMO FRAUDE E LENITIVO AO DECLINIO

 
 
A resiliência da esquerda aos revesses sucessivos que a história lhe desferiu é resultado em parte de sua característica de seita e, portanto, da crença de que detém com exclusividade a verdade única. As derrotas são apenas batalhas perdidas; no final, a guerra será vencida com a redenção do proletariado que, para evitar desvios no itinerário, será conduzido com mão de ferro ao paraíso.
 
Transposta para a realidade que vivenciamos no Brasil, no limiar do julgamento da presidente Dilma Rousseff (PT), a afastada, o PT se valeu da propaganda política para dissimular o fracasso de seu modelo após treze anos no comando da Nação com o apoio do status quo. No confronto político restavam poucas opções: reconhecer os erros que levaram o País a pior crise econômica, política e ética de sua história ou adotar uma escapatória.
 
Ora, o PT não tem como justificar a gestão fiscal fraudulenta da presidente. O PT não tem como justificar as derrapagens administrativa e econômica, carreadas por uma mandatária incompetente e presunçosa, que redundaram em quebradeira, carestia e desemprego. O PT não tem como justificar que boa parte dos delatores da Operação Lava-Jato são companheiros ou neocompanheiros, como os grandes empreiteiros.
 
O PT não tem como justificar que, no poder, exerceu a política da mesma forma que seus adversários, qual seja, na base da barganha de compra de apoios. O PT não tem como justificar que, eleito com uma pregação de detentor exclusivo da ética, atolou-se nos mesmos desvãos do uso espúrio do erário.
 
O PT não tem como justificar que seus heróis se transmutaram de militantes por princípio em políticos sem princípios. O PT não tem como justificar que tramou o impeachment dos três antecessores imediatos do lulopetismo. Mais importante, o PT não tem com justificar o golpe com o qual aniquilou a esperança na política. Não se o fizer com sincera autocrítica.
 
Portanto, para não enfrentar o debate honesto, com choro e ranger de dentes, restou aos companheiros fraudar a história e amparar-se no refrão golpista como leitmotiv. Para tanto, fugiu da lógica comezinha.
 
Propaganda fraudulenta como lenitivo
 
O impeachment estribou-se num Judiciário permissivo, que adotou ao extremo a regra in dubio pro reu como na sessão da Corte Suprema de dezembro de 2015, contestada por juristas eminentes. O impeachment sustentou-se na Suprema Corte, cujos membros foram quase todos escolhidos pelo PT. Oimpeachment foi garantido pela neutralidade silenciosa das Forças Armadas.
 
O impeachment foi respaldado pela ampla e legítima maioria da população - exaurida pela economia em pandarecos, enojada da corrupção. Oimpeachment teve a aprovação majoritária do Legislativo, movido, como em 1992, por eleitores desiludidos. O impeachment ancorou-se na Constituição.
 
Como carece de coerência e sobeja desfaçatez, a narrativa petista - risível diante da hodierna, sangrenta e concreta tentativa de golpe na Turquia - optou por falsear a realidade. Não se trata de ação impensada, mas engendrada em eficiente propaganda política.
 
Na ânsia de desqualificar o impedimento da mandatária, sustenta-se em estratégia que vai da autoindulgência à sobrevivência. Primeiro, provê conforto à militância atordoada com os crimes conduzidos por suas lideranças. Repetir ad nauseam que o impeachment foi ilegítimo anestesia a decepção.
 
Segundo, fornece à patuleia simplificação retórica à narrativa que pretende converter a presidente Dilma em vítima. Terceiro, ao adotar discurso monotemático foge do debate direto sobre a débâcle petista. Quarto, tenta constranger néscios e desavisados.
 
Implacável, a história aplicou revesses sucessivos na esquerda. Os percalços levaram-na a contornar o mais notório déspota comunista, Josef Stalin (que tiranizou seus camaradas), a relevar os gulags, a ignorar a derrocada soviética (simbolizada pela queda do Muro de Berlim), a condescender com a revolução cultural chinesa, a defender a ditadura cubana, a compactuar com os desmandos do comandante venezuelano.
 
Tudo justificado por dogmas e mitos, como o de que só a esquerda representa os pobres ou do estado forte e onipresente. A exemplo de uma seita, que tem a conversão dos ímpios e a salvação dos fiéis como alvos, a sigla busca no discurso fraudulento o lenitivo ao declínio.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

DESTINO, um artigo de André Gustavo Stumpf,

André Gustavo Stumpf, jornalista.


Vargas Llosa narra em seu magnífico A guerra no fim do mundo, lançado no Brasil em 1984, uma briga de morte entre dois jagunços que disputavam o privilégio de matar um estrangeiro, justamente o narrador da controvérsia. Eles amarram as fraldas das camisas e se esfaquearam reciprocamente. Naturalmente, ninguém vence. Os dois morrem. O livro descreve a história da Guerra de Canudos e mergulha nos elementos retirados do clássico, Os Sertões, de Euclides da Cunha.

Vargas Llosa andou pelo interior da Bahia, conversou com pessoas, ouviu histórias, mergulhou no acervo do jornal do jornal O Estado de S. Paulo – Euclides da Cunha era repórter daquele periódico – e foi até a Washington pesquisar na biblioteca do Congresso dos Estados Unidos sobre este formidável conflito que desafiou a jovem República brasileira. Só no terceiro ataque, Canudos capitulou. Na verdade, a pequena vila foi arrasada. Mas os inssurretos mataram o coronel Cerqueira Cesar, que comandava as tropas do Exército.

O autor revelou essa modalidade de briga pessoal. Os dois se amarram e se atacam impiedosamente. Normalmente, morrem. Mas, a honra está salva. Conto essa história porque não sei se a vida imita a arte ou vice versa. Mas Dilma Rousseff e Eduardo Cunha tiveram seus destinos amrrados um ao outro. O deputado carioca, 57 anos, é um negociador frio, que soube enriquecer no exercício da atividade política. Os sucessivos inquéritos que correm contra ele na Justiça demonstram à saciedade sua maneira de operar a política e a contabilidade.

A presidente afastada, 69 anos, possuia um leque mais pobre de iniciativas. Ela aparentemente não estava preparada para o exercício do mais alto cargo administrativo do país. Não conhecia os meandros da política, não soube medir seus riscos e se aventurou pelo perigoso caminho voluntarista. Seu governo foi um desastre total. O pior da República brasileira. Não alcançou nenhum dos objetivos pretendidos, mesmo porque eles eram difusos e mal definidos. Restou a ela escolher inimigos. E um deles foi precisamente Eduardo Cunha.

Cunha, por sua vez, fez carreira enfrentando adversários e dobrando suas apostas. Rompeu com o governo e colocou na ordem do dia o pedido de impeachment do presidente da República. O desenvolver da crise é fartamente conhecido. A presidente afastada está isolada no Palácio da Alvorada. Seus amigos estão se distanciando, os argumentos estão rareando e ela, lentamente, começa a transportar seus pertences pessoais para Porto Alegre, onde reside. O processo de impedimento deverá ser apreciado pelo plenário do Senado na última semana de agosto.

Eduardo Cunha foi, de recuo em recuo, caminhando em direção à sua própria renúncia. Derradeiro capítulo na tentativa de escapar da cassação. Parece sentença proferida. Mas sempre caberá a ele promover o último ato em sua própria defesa e na proteção dos familiares. A crise brasileira está entrando nos moldes tradicionais. Os dois opositores se agrediram reciprocamente e encontraram o seu fim. No Brasil, os políticos morrem várias vezes. Veja-se o ex-presidente Collor, que perdeu a presidência, é hoje um operoso senador da República.

Do ponto de vista do governo Temer, o desfecho lhe é altamente favorável. A crise Eduardo Cunha deixa de contaminar a Câmara dos Deputados. Passa a ser um assunto pessoal do ex-presidente. Será cassado pelo Congresso ou pelo Supremo? Seu destino não interfere na política nacional e libera a instituição para viver sua vida, votar o que for necessário e virar a página na política nacional. Os debates sobre sua sucessão fazem parte da atividade parlamentar. O grupo chamado de centrão, reprodução do que ocorreu ao tempo da Assembléia Constituinte, deve apresentar o nome de Rogério Rosso (PSB-DF) como candidato.

Rosso é um personagem curioso. Ele veio da iniciativa privada. Trabalhou na Fiat. Foi administrador de Ceilândia e no governo Arruda transformu-se em presidente da Codeplan. Foi governador do Distrito Federal naquele mandato tampão, depois que Arruda dixou o governo. Roqueiro, em pleno mandato foi para a Alemanha tocar em festival de música. Ele tentou se recandidatar ao cargo pelo PMDB. E não conseguiu. Passou o tempo, ele morreu uma vez, e ressurgiu como deputado federal. Sua boa atuação na comissão do impeachhment na Câmara proporcionou uma avenida de oportunidades à sua frente.

Os neogovernistas têm suas pretensôes. Uma delas se chama Heráclito Fortes (PSB-PI), experiente parlamentar que está no congresso Nacional desde os tempos de Ulysses Guimarães de quem foi amigo e discípulo. Outros candidatos surgirão. A poeira provocada por estes movimentos na próxima semana tenderá a embaralhar os movimentos na política. Cunha caminha para seu destino e Dilma para Porto Alegre. Um amarrou seu horizonte na possibilidade do outro. Os dois morreram. O governo Temer aparentemente se salvou.