quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

QUEM FOI REYNALDO JARDIM, jornalisa, poeta, inventor

A Velha Guarda lamenta informar que faleceu nessa terça-feira à noite, por volta da meia-noite, o poeta e jornalista Reynaldo Jardim, 84, em decorrência do rompimento de um aneurisma abdominal.

 

O velório ocorrerá entre as 15h e 18h na Capela 6 do Cemitério da Esperança, onde ele será enterrado em seguida.

 

Reynaldo deixa a esposa, Elaina Maria Daher, os três filhos do casal, Rafael, Gabriel e Micael, e a filha Teresa, de seu primeiro casamento.

 

Do site do poeta Antonio Miranda (www.antoniomiranda.com.br) extraímos os seguintes dados biográficos de Reynaldo Jardim:

 

Reynaldo Jardim nasceu em São Paulo no dia 13 de dezembro de 1926.

 

Entre outras atividades profissionais, participou, nos anos 50, da Reforma do Jornal do Brasil - onde criou e editou o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, o Caderno de Domingo e o Caderno B. Ainda no mesmo grupo, dirigiu a Radio Jornal do Brasil O Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, o SDJB, passou de páginas de receitas de bolo ao mais importante suplemento literário de poesia concreta do Brasil, por onde passaram crí­ticos e escritores de grande nome, como Oliveira Bastos, Mário Faustino, entre outros. Antes disso, fora redator das revistas O Cruzeiro e Manchete, exerceu cargos de chefia na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mauá, na Rádio Globo e na Rádio Nacional, todas no Rio de Janeiro, e na Rádio Excelsior de São Paulo.

 

Ao se demitir do JB, em 1964, Reynaldo Jardim continuou a exercer atividades de grande destaque na imprensa do Rio de Janeiro: foi diretor da revista Senhor e diretor de telejornalismo da recém-inaugurada TV Globo. Já em 1967, criou o jornal-escola O Sol (1), sem dúvida um marco na história da imprensa brasileira, com textos criativos e projeto gráfico inovador. Dirigiu o Correio da Manhã no período de 1967 a 1972. Trabalhou em diversas capitais brasileiras até chegar a Brasí­lia, em 1988.

 

Realizou, também, reformas gráficas em jornais de diversas capitais do Brasil, como A Crí­tica (Manaus, Amazonas), O Liberal (Belém, Pará), Gazeta do Povo (Curitiba, Paraná), Jornal de Brasília (Brasí­lia, DF) e Diário da Manhã (Goiânia, Goiás). Em Brasí­lia, foi editor do caderno Aparte, do Correio Braziliense e diretor executivo da Fundação Cultural do Distrito Federal.

 

Tem dez (2) livros de poesia publicados, entre eles Joana em Flor e Maria Bethânia, Guerreira, Guerrilha. Seu mais recente livro A Lagartixa Escorregante na Parede de Domingo. Como poeta compulsivo, Reynaldo Jardim manteve a única coluna diária de poesia em jornal, no Caderno B do Jornal do Brasil de 2004 a 2006, quando a coluna passou a semanal. Em 1968 havia tido a mesma experiência, de um poema por dia, no Jornal de Vanguarda, exibido pela TV Rio quando, ao vivo, comentava em versos o acontecimento mais importante do dia.

 

(1)  A história do jornal, pioneiro da imprensa alternativa brasileira, foi contada em filme documentário dirigido por Tetê Moraes e Martha Alencar,  com depoimentos de grandes figuras de destaque no cenário cultural da época, como Ziraldo, Zuenir Ventura, Arnaldo Jabor, Chico Buarque, Caetano Veloso, Carlos Heitor Cony e Fernando Gabeira. 

 

(2) No ano passado, Reynaldo ganhou o Prêmio Jabuti, tendo sido  classificado em segundo lugar na categoria poesia pela Câmara Brasileira do Livro.

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