quinta-feira, 22 de setembro de 2011

BRAVOS! DILMA MARAVILHA QUER O FIM DAS ARMAS NUCLEARES

22/09/2011 09h31 - Atualizado em 22/09/2011 10h11

Em NY, Dilma pede 'eliminação completa' das armas nucleares

Ela disse que é preciso fiscalizar o uso da energia nuclear.
Segundo ela, compromisso do Brasil para uso pacífico é irreversível.

Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff, durante discurso sobre energia nuclear, na Reunião de Alto Nível sobre Segurança Nuclear da ONU. (Foto: AP)A presidente Dilma Rousseff, durante discurso
sobre energia nuclear, na Reunião de Alto Nível
sobre Segurança Nuclear da ONU. (Foto: AP)

Em um discurso de cerca de sete minutos, a presidente Dilma Rousseff defendeu, nesta quinta-feira (22) que o desarmamento nuclear é "fundamental" para a segurança mundial. Ela participou da Reunião de Alto Nível sobre Segurança Nuclear, que faz parte dos compromissos da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

"Todo estoque de material nuclear voltado para uso militar escapa dos mecanismos multilaterais de controle, mas o desarmamento nuclear é fundamental para a segurança", afirmou. "Seria, sem dúvida, necessário para fins de segurança fiscalizar ambos. É imperativo ter no horizonte previsível a eliminação completa e irreversível das armas nucleares. A ONU deve se preocupar com isso."

Segundo ela, um "mundo no qual armas nucleares são aceitas será sempre um mundo inseguro".

A presidente expôs preocupação sobre o uso da energia nuclear para necessidades de abastecimento e seu eventual desvio para outros fins. "Sabemos que, para muitas nações, a energia nuclear continuará a ser alternativa para atender as necessidades energéticas. (...) O compromisso do Brasil no uso pacífico é irreversível e está expresso em nossa Constituição Federal."

Dilma afirmou que, no Brasil a energia nuclear representa em torno de 2% da matriz energética. "No meu país temos reduzida presença de centrais nucleares. 82% da matriz elétrica é renovável." Afirmou também que o Brasil usa ainda átomos em produtos médicos e agrícolas e pesquisa. Ressaltou ainda que, na América Latina e no Caribe, é proibido o uso não pacífico da energia nuclear. "Somos uma das maiores áreas livres de armas nucleares."

  Para ela, é necessário aposentar os arsenais nucleares no mundo. "Temos, sim, que avançar na reforma do Conselho de Segurança, que tem sido baluarte da lógica do privilégio nuclear por mais de 65 anos e legitima o acúmulo de material nas potencias nuclearmente armadas."

No discurso, afirmou que, após o desastre de Fukushima, determinou investigações para identificar fatores de risco em relação às usinas nucleares. "O Brasil compartilha a preocupação internacional com segurança nuclear e se associa a suas iniciativas."

O governo federal investe em energia nuclear para fins de abastecimento e prevê a construção de quatro novas usinas nucleares no país até 2030. Atualmente são duas em funcionamento e uma em construção - a usina Angra 3 - todas no litoral sul fluminense.

Discurso de abertura
Na quarta, a presidente fez o discurso de abertura da Assembleia Geral. Ela retorna ao Brasil na noite desta quinta após defender o Estado palestino, exaltar o papel da mulher na política internacional e encontrar-se com chefes de Estado como Barack Obama, Nicolas Sarkozy e David Cameron.

Dilma aborda o papel da energia nuclear e de novas fontes de energia, com base no episódio do vazamento radioativo na usina nuclear Fukushima Daiichi, na província de Fukushima, no Japão. O vazamento foi decorrência do grande terremoto de março deste ano. Ela deve enfatizar o papel do Brasil na produção de energia limpa e alternativa.

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