sábado, 30 de junho de 2012
UM POEMA PARA MEU RIO DE JANEIRO
Coração de Amêndoa
... Luis Turiba
Agosto é o mês em que as amendoeiras escolheram para trocar suas folhagens.
Ficam nuas para a chegada da primavera, primeiro sinal do verão que se anuncia.
Alguns ruas do Rio ficam cobertas por essas espécies em forma de
abanos, balões imaginários e corações alados.
Abanos amarelados; balões degradês e corações cor de vinho quase
encarnados. Alguns lindos, inesquecíveis.
Seguimos distraidamente nossos passos pisando nas folhas secas pelas
calçadas, asfaltos, paralelepípedos e vendo-as nos capôts dos carros.
Ando atento olhando para o chão para não pisar nos corações secos,
cortados, amassados, desfigurados, descoloridos, largados, safenados,
triturados e perdidos que caem das amendoeiras dando seus últimos
suspiros antes que algum gari a serviço da limpeza pública recolha-os
para um triste fim em algum aterro sanitário da Comlurb.
Agora coração: no ano que vem, novas pulsações.Ver mais
--
Ou a gente se Raoni
Ou a gente se Sting
Luis Turiba
... Luis Turiba
Agosto é o mês em que as amendoeiras escolheram para trocar suas folhagens.
Ficam nuas para a chegada da primavera, primeiro sinal do verão que se anuncia.
Alguns ruas do Rio ficam cobertas por essas espécies em forma de
abanos, balões imaginários e corações alados.
Abanos amarelados; balões degradês e corações cor de vinho quase
encarnados. Alguns lindos, inesquecíveis.
Seguimos distraidamente nossos passos pisando nas folhas secas pelas
calçadas, asfaltos, paralelepípedos e vendo-as nos capôts dos carros.
Ando atento olhando para o chão para não pisar nos corações secos,
cortados, amassados, desfigurados, descoloridos, largados, safenados,
triturados e perdidos que caem das amendoeiras dando seus últimos
suspiros antes que algum gari a serviço da limpeza pública recolha-os
para um triste fim em algum aterro sanitário da Comlurb.
Agora coração: no ano que vem, novas pulsações.Ver mais
--
Ou a gente se Raoni
Ou a gente se Sting
Luis Turiba
terça-feira, 26 de junho de 2012
GILBERTO GIL FAZ 70 ANOS, COM A CABEÇA TROPICALISTA
Quando indicado para ser ministro da Cultura do presidente Lula,
Gilberto Gil parou para pensar e chegou ameaçar não aceitar o convite.
Na época, acompanhando de perto toda a movimentação, escrevei esse
poema que lhe dedico hoje, pelos seus 70 anos
A Revolução Cultural Tropicalista
Luis Turiba
"Começou a circular o Expresso 2222
Que parte diretor de Bonsucesso pra depois"
A alegria é a prova dos nove
Mu mulher, tu tu mimi fifi zeste um escravo....
Chegou a hora desse gente bronzeada mostrar seu valor
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato insoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O mar quando quebra na praia: Viva a Vaia! Viva a Vaia!
Gil é grill
Gil no Ministério da Cultura é
O homem certo na hora do circo
Uma dádiva de Padim Padre Cícero
O poder da música no poder do risco
Uma onda azul num mar de arco-íris
Mais do que possível, é o magnífico
Mais do que previsto, é o impossível
Mais do que as verbas, os versos vivos
Mais do que o PV, o prazer no poder
Mais do que o prazer, é o por fazer
O fim da cena e o início da cena acessa
O fim do círculo e o começo da antena
A parabólica lep-top do poeta da raça
Uma banda dada dentro da banda larga
Não representa partidos, mas é inteiro
É o planetário global bem brasileiro
O fim do mito que o artista não administra
Mais que o sonho é o sim da senha
Para o povo fazer sua revolução cultural
Vivíssima em cada lágrima, em cada riso, em cada benção
Gil foi a utopia que esperávamos do presidente torneiro-mecânico
Um rasta sem mistério no comando do Ministério
Salve Luiz Gonzaga! Gordurinha! Geraldo Pereira! Noel Rosa!
Salve Valdir Azevedo! Pixinguinha! Clementina de Jesus!
Filhos de Gandhy e Estação Primeira da Mangueira!
Vamos lá, Gil, vá chorar e cantar com o presidente Lula
Vamos lá, Gil, poeta-maestro, diga um afiado "fico" e vá vivendo
Fique pra comandar a revolução cultural tropicalista que o AI-5 abortou
Fique pois prum filho de Legun-Edé "tudo tudo vai dá pé"
Fique e mostre por mundo como se dança um baião
No sítio do Picapau Verde & Amarelo
Fique pro Cartola e Bob Marley, por Irmã Dulce e Mãe Menininha
Fique por Caetano, Gal, Betânia, Torquato, Nara e Afonsinho
Pelos maestros Rogério Duprat, Júlio Medaglia, Rogério Duarte, Tom Zé,
Capinam, José Agripino de Paula, Jorge Mautner, Zé Celso Martinez,
Glauber Rocha, Roberto Pinho, Dominguinhos, Jorge Benjor, Milton e os
Concretistas, Rita Lee, os Mutantes são demais!!!!!
Fique pela Geléia Geral Brasileira
Pelo hip-hop e as canções gospel
Fique como voz vez e viés da grande reparação cultural
Dos 500 anos de escravidão de índios, negros, pobres & favelados
Fique, mas não pare de cantar
Suba neste talco sua alma cheira a palco como bebê de bumbum
Bem-vindo à Brasília, ministro Doce Bárbaro
O Fogo Cerrado te aguarda
Baiano planetário portelense
Bat Macumba Iê Iê
Bat Macumba Obâ Babá
Ministério sempre há de pintar por aí
Mas cultura? Ah...e a civilização, ah...
Elas que se danem. Ou não?
Fazer um gol nessa partida não é fácil, meu irmão
... Aquele abraço...
Gilberto Gil parou para pensar e chegou ameaçar não aceitar o convite.
Na época, acompanhando de perto toda a movimentação, escrevei esse
poema que lhe dedico hoje, pelos seus 70 anos
A Revolução Cultural Tropicalista
Luis Turiba
"Começou a circular o Expresso 2222
Que parte diretor de Bonsucesso pra depois"
A alegria é a prova dos nove
Mu mulher, tu tu mimi fifi zeste um escravo....
Chegou a hora desse gente bronzeada mostrar seu valor
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato insoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O mar quando quebra na praia: Viva a Vaia! Viva a Vaia!
Gil é grill
Gil no Ministério da Cultura é
O homem certo na hora do circo
Uma dádiva de Padim Padre Cícero
O poder da música no poder do risco
Uma onda azul num mar de arco-íris
Mais do que possível, é o magnífico
Mais do que previsto, é o impossível
Mais do que as verbas, os versos vivos
Mais do que o PV, o prazer no poder
Mais do que o prazer, é o por fazer
O fim da cena e o início da cena acessa
O fim do círculo e o começo da antena
A parabólica lep-top do poeta da raça
Uma banda dada dentro da banda larga
Não representa partidos, mas é inteiro
É o planetário global bem brasileiro
O fim do mito que o artista não administra
Mais que o sonho é o sim da senha
Para o povo fazer sua revolução cultural
Vivíssima em cada lágrima, em cada riso, em cada benção
Gil foi a utopia que esperávamos do presidente torneiro-mecânico
Um rasta sem mistério no comando do Ministério
Salve Luiz Gonzaga! Gordurinha! Geraldo Pereira! Noel Rosa!
Salve Valdir Azevedo! Pixinguinha! Clementina de Jesus!
Filhos de Gandhy e Estação Primeira da Mangueira!
Vamos lá, Gil, vá chorar e cantar com o presidente Lula
Vamos lá, Gil, poeta-maestro, diga um afiado "fico" e vá vivendo
Fique pra comandar a revolução cultural tropicalista que o AI-5 abortou
Fique pois prum filho de Legun-Edé "tudo tudo vai dá pé"
Fique e mostre por mundo como se dança um baião
No sítio do Picapau Verde & Amarelo
Fique pro Cartola e Bob Marley, por Irmã Dulce e Mãe Menininha
Fique por Caetano, Gal, Betânia, Torquato, Nara e Afonsinho
Pelos maestros Rogério Duprat, Júlio Medaglia, Rogério Duarte, Tom Zé,
Capinam, José Agripino de Paula, Jorge Mautner, Zé Celso Martinez,
Glauber Rocha, Roberto Pinho, Dominguinhos, Jorge Benjor, Milton e os
Concretistas, Rita Lee, os Mutantes são demais!!!!!
Fique pela Geléia Geral Brasileira
Pelo hip-hop e as canções gospel
Fique como voz vez e viés da grande reparação cultural
Dos 500 anos de escravidão de índios, negros, pobres & favelados
Fique, mas não pare de cantar
Suba neste talco sua alma cheira a palco como bebê de bumbum
Bem-vindo à Brasília, ministro Doce Bárbaro
O Fogo Cerrado te aguarda
Baiano planetário portelense
Bat Macumba Iê Iê
Bat Macumba Obâ Babá
Ministério sempre há de pintar por aí
Mas cultura? Ah...e a civilização, ah...
Elas que se danem. Ou não?
Fazer um gol nessa partida não é fácil, meu irmão
... Aquele abraço...
UM RECITAL CERCADO DE AMIGOS
TURIBA FAZ RECITAL NO RIO
Um ano de Rio de Janeiro. Passou rápido como um raio, um hai-kai.
Reencontrei antigos amigos(as). Fiz novas amizades. Então, temos mais
um motivo para celebrar a vida com vinho, papo e poesia. E você está
convidado(a) para esse meu primeiro Recital de Poesia no Rio.
Agendem-se, vossa presença é importante. O convite foi feito por Suzana
Vargas. Aceitei.
Será no próximo sábado, dia 30, às 16hs. Na Livraria
Estação das Letras, Rua Marques de Abrantes, 177, lojas 107/108,
próximo a estação Metrô do Flamengo.
Lerei poemas de meus livros "Cadê?", "Bala", "Meiaoito" e o infantil
"Luísa Lulusa, a atriz principal." Papearemos e autografarei livros.
Meu amigo Carlos Nico do Cavaco fará uma participação especial,
tocando e cantando sambas de nossa autoria.
Nós vemos lá.
Um ano de Rio de Janeiro. Passou rápido como um raio, um hai-kai.
Reencontrei antigos amigos(as). Fiz novas amizades. Então, temos mais
um motivo para celebrar a vida com vinho, papo e poesia. E você está
convidado(a) para esse meu primeiro Recital de Poesia no Rio.
Agendem-se, vossa presença é importante. O convite foi feito por Suzana
Vargas. Aceitei.
Será no próximo sábado, dia 30, às 16hs. Na Livraria
Estação das Letras, Rua Marques de Abrantes, 177, lojas 107/108,
próximo a estação Metrô do Flamengo.
Lerei poemas de meus livros "Cadê?", "Bala", "Meiaoito" e o infantil
"Luísa Lulusa, a atriz principal." Papearemos e autografarei livros.
Meu amigo Carlos Nico do Cavaco fará uma participação especial,
tocando e cantando sambas de nossa autoria.
Nós vemos lá.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
ECONSCIENTE + 20
ECONSCIENTE + 20
José Roberto
Contribuição à Fundação Saramago que tem por missão compilar os "Deveres
(Verdes) Universais do Homem (e da Mulher):
Prometemos nunca mais comer carne de vaca, salvando a Amazônia do avanço
predatório das pastagens e o aquecimento global do metano exalado
pela flatulência vacum. Repudiaremos frango de granja "produzido"
com ração, antibióticos e luz artificial.
Prometemos não usar óleo de soja nas frituras (nem frituras)
contribuindo para
derrotar a pré-epidemia do sobrepeso e a destruição dos biomas
(especialmente o Cerrado) pelos feijõezinhos transgênicos.
Convocaremos o Cacique Cobra Coral para xamanizar o preço dos óleos
de canola e assemelhados, hoje 300% mais caros. Entre colchetes: não
tomaremos mais o delicioso leite de soja, dado que a soja é usada em
ração animal no agribizi mundial, deixando de exportar nutrientes
dos nossos ecossistemas para o frango xadrez de Beijing.
Prometemos só usar sacolinhas de plástico biodegradáveis desde que elas
existam nos supermercados. Aceitaremos caixinhas de papelão quando
a defesa pública exterminar ratos e baratas dos depósitos.
Prometemos andar apenas de bicicleta quando os competentes governos criarem
ciclovias casa-trabalho e casa-shopping. E apenas de ônibus/metrô no
dia em que houver ônibus/metrô urbi et
Prometemos criar hortas orgânicas em nossas kitinetes quando as construtoras
triplicarem a área construída.
Prometemos usar apenas sal com reduzido teor de sódio quando seu
preço deixar de ser 400% acima do comum.
Prometemos comer apenas peixes de água doce amazônica quando o
Ibama jurar que não há mais poluição por mercúrio nos garimpos que
invadem
impunemente áreas indígenas.
Prometemos separar o lixo para reciclagem no dia em que os
esclarecidos síndicos agirem em clamor público frente aos ágeis órgãos
da limpeza
urbana.
Prometemos parar de enganar as criancinhas que o planeta será salvo com lindos
desenhos de árvores à giz de cera, badulaques inúteis com garrafas
pets e dedinhos pintados de verde. E vamos aderir à "dieta da luz":
não comer nada e esperar o apocalipse vestidos com folhas de
bananeira.
José Roberto
Contribuição à Fundação Saramago que tem por missão compilar os "Deveres
(Verdes) Universais do Homem (e da Mulher):
Prometemos nunca mais comer carne de vaca, salvando a Amazônia do avanço
predatório das pastagens e o aquecimento global do metano exalado
pela flatulência vacum. Repudiaremos frango de granja "produzido"
com ração, antibióticos e luz artificial.
Prometemos não usar óleo de soja nas frituras (nem frituras)
contribuindo para
derrotar a pré-epidemia do sobrepeso e a destruição dos biomas
(especialmente o Cerrado) pelos feijõezinhos transgênicos.
Convocaremos o Cacique Cobra Coral para xamanizar o preço dos óleos
de canola e assemelhados, hoje 300% mais caros. Entre colchetes: não
tomaremos mais o delicioso leite de soja, dado que a soja é usada em
ração animal no agribizi mundial, deixando de exportar nutrientes
dos nossos ecossistemas para o frango xadrez de Beijing.
Prometemos só usar sacolinhas de plástico biodegradáveis desde que elas
existam nos supermercados. Aceitaremos caixinhas de papelão quando
a defesa pública exterminar ratos e baratas dos depósitos.
Prometemos andar apenas de bicicleta quando os competentes governos criarem
ciclovias casa-trabalho e casa-shopping. E apenas de ônibus/metrô no
dia em que houver ônibus/metrô urbi et
Prometemos criar hortas orgânicas em nossas kitinetes quando as construtoras
triplicarem a área construída.
Prometemos usar apenas sal com reduzido teor de sódio quando seu
preço deixar de ser 400% acima do comum.
Prometemos comer apenas peixes de água doce amazônica quando o
Ibama jurar que não há mais poluição por mercúrio nos garimpos que
invadem
impunemente áreas indígenas.
Prometemos separar o lixo para reciclagem no dia em que os
esclarecidos síndicos agirem em clamor público frente aos ágeis órgãos
da limpeza
urbana.
Prometemos parar de enganar as criancinhas que o planeta será salvo com lindos
desenhos de árvores à giz de cera, badulaques inúteis com garrafas
pets e dedinhos pintados de verde. E vamos aderir à "dieta da luz":
não comer nada e esperar o apocalipse vestidos com folhas de
bananeira.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
RIO+20: A HUMANIDADE MORA EM COPACABANA
O CÉU TAMBÉM DESABA
Luis Turiba
O espaço HUMANIDADE, montado no Forte de Copacabana pela FIESP/FIRJAN/Fundação Roberto Marinho, como parte da RIO +20, nos leva a uma viagem realmente transcendental, quase lisérgica.
O espaço HUMANIDADE, montado no Forte de Copacabana pela FIESP/FIRJAN/Fundação Roberto Marinho, como parte da RIO +20, nos leva a uma viagem realmente transcendental, quase lisérgica.
É uma geringonça arquitetônica de quatro andares, feia pra burro, montada em cima de andaimes de ferro e madeiras, com muitas plantas, o mar batendo de um lado e do outro, e informações de todos os tipos: científicas, históricas, estatísticas, literárias, musicais e poéticas.
O visitante vai andando e recebendo tsunamis de informações de consciência planetária nos neurônios.
Saberes, deveres, pareceres, haveres & seres. De Walt Whitmam a Darcy Riberto, de Gilberto Gil a Guimarães Rosa
Andei por lá e me divertir muito. Gosto das provocações sensoriais. Mas o melhor mesmo é ver que milhares de jovens estudantes (muitas crianças) estão curtindo o espaço e certamente se sentindo mais HUMANOS.
terça-feira, 5 de junho de 2012
TORTURA NUNCA MAIS, VERDADE SEMPRE
Deu na coluna do Ancelmo, de hoje (5/6/12) em O Globo
"Em tempos de Comissão da verdade, Alberto Dines esteve ontem em Vitória para uma entrevista com Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS que confirmou o assassinato de mais de 20 militantes políticos durante a ditadura militar. O encontro aconteceu em endereço passado poucos instantes antes da entrevista, que ocorreu em um apartamento reservado especialmente para a ocasião. Entre as revelações que o ex-delegado fez ao Observatório da Imprensa, que vai ao ar nesta terça-feira (5), às 22h, na TV Brasil, estão: "Eles não vão sossegar enquanto não me eliminarem" - "Tem mais gente envolvida. Vou dar todos os nomes que eu lembrar para a Comissão da Verdade".
Esta entrevista dá continuidade ao programa do dia 22 de maio, que contou com a presença dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, autores do livro "Memórias de uma guerra suja", onde Cláudio Guerra relata os assassinatos e torturas ocorridos durante a ditadura militar, que pode ser visto no link:
http://tvbrasil.ebc.com.br/observatorio/episodio/memorias-de-uma-guerra-suja#media-youtube-1
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