segunda-feira, 29 de novembro de 2010

COMANDO VERMELHO DEU TIRO NO PÉ AO ATACAR AERONÁUTICA

 

Ordem para desmontar poder do tráfico partiu de Brasília

Diz o samba que "malandro é malandro, mané é mané". Pois foi isso que aconteceu: o Comando Vermelho deu um tiro no próprio pé ao atacar e metralhar, por absoluta falta de juízo, um carro da Aeronáutica domingo da semana passada na Linha Vermelha.

Esse ato tresloucado foi a gota d´água e levou o comando militar de Brasília a entrar para valer (e com tudo) na guerra contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Uma ligação telefônica, no mesmo domingo, entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim; e o governador Sérgio Cabral selou a aliança entre as Forças Armadas e o comando das Polícias do Rio.

Essa aliança veio para ficar e durar, segundo informa hoje O Globo. Segundo o jornal, o "governador Sérgio Cabral pediu ao Ministério da Defesa que ocupe o Complexo do Alemão com suas forças de segurança até que o estado forme novos policiais militares que vão atuar na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela.

Segundo o governador, a medida vai possibilitar que o cronograma de instalação de UPPs em outras comunidades não seja alterado.

Nós temos um cronograma na nossa política de segurança. Agora, com a operação do Alemão, foi aberta uma janela, que é a possibilidade de o Ministério da Defesa ser o protagonista deste momento importante que o Rio está vivendo. Esta ocupação (do Ministério da Defesa) vai permitir a transição até a chegada da UPP. Por outro lado, alargaria as nossas possibilidades e não comprometeria a estratégia e o cronograma de novas UPPs. Já solicitei ao ministro da Defesa (Nelson Jobim), e o pedido já está bem encaminhado — disse Cabral.

O governador acrescentou que também já conversou sobre o pedido com os comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri; do Estado Maior do Ministério da Defesa, general José Carlos de Nardi; e do Comando Militar do Leste, general Adriano Pereira Junior.

O anúncio do governador já havia sido antecipado veladamente pelo comando militar das Forças Armadas reunido no Rio para colaborar com o governo do estado no combate ao crime organizado.

No início da tarde de ontem oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica afirmaram ao GLOBO que a ocupação do Complexo do Alemão era por tempo indeterminado.

Prevendo o pedido de uma permanência maior, os militares reforçaram com homens, logística e blindados a presença na região do Complexo do Alemão.

A Marinha que no início forneceu 16 militares e oito blindados, revelava que seu efetivo na área de conflito aumentara consideravelmente nos últimos dias. De 16 passou para 86; depois pulou para 96 e ontem já trabalhava na região do Complexo do Alemão com 107 fuzileiros navais e 15 blindados, além de dois carros de socorro para o caso de feridos.

O Exército que entrou na batalha com 800 paraquedistas, já operava no Complexo do Alemão com mil homens; e tinha mais 800 à disposição do governo do Rio.

Dos cinco Urutus inicialmente utilizados, o número poderá subir.

E a Aeronáutica garantiu que podem ocorrer ajustes no decorrer das operações de cerco e combate coordenadas pelo governo do Rio.

GINGA BRASILEIRA É ESTUDADA EM LOS ANGELES



A presença da ginga na cultura brasileira
 
A Casa Thomas Jefferson convida a todos para a palestra da professora doutora Cristina F. Rosa, onde ela apresentará a pesquisa que desenvolveu nos últimos 5 anos na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, na área de estudos de cultura e performance. Em seu trabalho, Rosa mapeia a presença da ginga dentro de práticas de movimento cultivadas no Brasil, desde danças sociais e artes marciais até danças cênicas. A ginga, neste caso, deve ser entendida como uma forma especifica de sincopado corpóreo, ancorada em matrizes afro-brasileiras. Sua estética está ligada à uma serie de princípios, como o policentrismo e o polirritmia, os quais circulam dentro do universo do Atlântico Negro. Um dos principais objetivos desta investigação é desenterrar conhecimentos cultivados e transmitidos através de discursos não-verbais que sejam ligados à presença da África no Brasil. Além disso, esta pesquisa também procura compreender o papel fundamental que africanos e afro-descendentes exerceram, e continuam a exercer, na concepção do Brasil como uma comunidade imaginária. No caso especifico desta apresentação, Dr. Rosa demonstra como este conhecimento estético corporal continua sendo, ao mesmo tempo, preservado e re-inventado diariamente, através de uma investigação critica ao repertório da companhia de dança Grupo Corpo. Para isso, primeiro Rosa traça uma breve genealogia da ginga na dança teatral, incluindo sua relação com as performances de negritude. Em seguida, ela analisa como o coreografo Rodrigo Pederneiras e os bailarinos de sua companhia tem apropriado a estética da ginga e os efeitos que seus espetáculos tem produzidos em palcos locais e globais.
Quando
qui, 2 de dezembro, 7:00pm – 8:30pm GMT-02:00
Onde
Casa Thomas Jefferson - SEPS 706/906 - Conj. B CEP: 70390-065 - Brasília, DF Tel.: 3442-5500
Quem
(A lista de convidados foi ocultada por solicitação do organizador)


Para maiores informações, entrem em contato com Dr. Rosa pelo email rosa.arte@gmail.com ou pelos telefones 61 33458437 (fixo) / 61 81890917 (cell)


"In no sense an intellectual, I write with my body."
Clarice Lispector


O PEQUENO-GRANDE CORRESPONDENTE DA GUERRA DO ALEMÃO

FANTÁSTICAS HISTÓRIAS DA GUERRA DO ALEMÃO

Pelo twitter, jovem passa a ser correspondente da guerra no Alemão

Seu objetivo é chamar a atenção para condições precárias da comunidade.
Em nome de sua família, ele pede paz; leia relato do jovem feito para o G1.

Aluizio Freire Do G1 RJ

Renê autor do twitter Voz da Comunidade IIRenê é autor do twitter "Voz da Comunidade"
(Foto: Aluizio Freire/G1)

Um jovem de 17 anos se tornou repentinamente uma das maiores celebridades e repórter em tempo real dos conflitos no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. Morando em uma pequena casa no Morro do Adeus, em frente à área de conflito, Renê assistiu a cada passo da operação e passou a postar os acontecimentos no twitter "Voz da Comunidade". De 180 seguidores, no sábado, às 9h30 desta segunda-feira (29) já alcançava quase 22 mil seguidores.

"Sempre tive vontade de fazer alguma coisa pela minha comunidade. As pessoas que vivem aqui são sofridas, não têm direito a nada, tudo é precário. Pedi ajuda no colégio para fazer um jornalzinho e para reproduzir com xerox. Me ajudaram. Depois, ganhei um laptop usado e comecei a postar tudo no twitter. Não pensei que ia ter tanta repercussão", conta ele.

A repercussão ganhou espaço na mídia, e o rapaz passou a ser requisitado para dar entrevistas em jornais, rádios e emissoras de televisão até do exterior. Ágil no computador, ele reponde às mensagens de todos os seguidores, a maioria comentando a repercussão de sua iniciativa. Uma das admiradoras e que convocou a todos para seguirem a "Voz da Comunidade" foi a autora de novelas Glória Perez, em seu twitter.

Medo e orgulho
A avó do rapaz, Nancy, de 57 anos, 40 deles morando na comunidade, foi uma das mais preocupadas, no início. "A gente sempre fica com medo, né? Poderiam interpretar o que ele estava fazendo de outra forma. Todo mundo foi contra. Mas agora, estamos orgulhosos", disse.

A mãe, Cristina, de 38 anos, que tem outros dois filhos, um menino de 14 e uma menina de 8, também ficou com medo. "Nós conhecemos a realidade de violência dos moradores. Os tiroteios aqui são constantes, embora desta vez tenha sido uma coisa terrível. Várias vezes as crianças tiveram que ficar deitadas embaixo da cama por causa dos tiros." "Esperamos que as coisas mudem e que a gente tenha direito a ter paz", pede ela.

A pedido do G1, o rapaz escreveu um relato. Leia a íntegra abaixo:

"Eu comecei o jornal com 11 anos de idade, a ideia foi na escola Municipal Alcide de Gasperi. Eu resolvi participar do jornal escolar durante um tempo e logo depois me interessei e perguntei à diretora se eu poderia criar um jornal para a minha comunidade e se ela podia dar apoio e tirar as cópias.

Ela me deu todo apoio e fizemos as cópias. Consegui recentemente um notebook usado da secretária de comunicação do governo estadual e uso ele pra editar o jornal e twittar bastante!!!

Diante do que aconteceu na comunidade, comecei a publicar alguns acontecimentos da operação policial.

Comecei a publicar no meu twitter pessoal, e logo em seguida meus seguidores pediram pra eu colocar informações direto do @vozdacomunidade. Começou a ter repercussão depois que dois seguidores famosos divulgaram: Glória Perez (@gloriafperez) e o personagem do twitter Hugo Gloss (@HugoGloss).

Meu objetivo sempre foi prestar serviço à comunidade e ajudar de alguma forma. Usei a ferramenta do twitter para isso e vou continuar twittando porque precisamos de mais investimentos na comunidade, como educação, saúde, saneamento básico e segurança.

Esperamos que a comunidade receba mais investimentos do governo nesta comunidade, que na época em que eu criei o jornal apenas existia a associação de moradores como orgão público na comunidade. O governo ainda não tinha implantado as obras do PAC aqui na comunidade, era pouco comentado sobre o Morro do Adeus e o Alemão."
 

AO BRAVO POVO CARIOCA: PAZPURA, PURA PAZ

 
Luis Turiba
 
Depois da roda, da lei do impulso
e que grande queda d´água gera energia,
a tudo tudo o homem inventa e desinventa.
 
Quer o stop, o espaço, o desintegrar dos átomos.
Ao homem só uma falta: não conseguiu inventar a paz.
Não os intervalos entre guerras: a pazpura a purapaz.
 
Podereis, ok, por tecnologias
vivas substâncias. Poderes inteligências
artefatos, cânceres & caos...
 
Ah!, é verdade.
Eles descobrirão a antimorte
                            a pós-vida
                            a transmatéria
                            o printespírito
                            a pré-esperma
                            (no masculino e no feminino)
e como na história das histórias
deixam a ciência escorrer além das possibilidades
 
Enquanto isso (soltíssima) a paz
navega aos mares do universo  - à deriva.
 
Engarrafá-la? Classificá-la? Revelar sua fórmula?
A solução não é própria.
 
Quem sabe a equação não se resolva
com um pequeno sopro
no rumo do coração do bicho homem.
 
 


domingo, 28 de novembro de 2010

POESIA, NOSSO PRESENTE DE NATAL

 
Luis Turiba
 
Quando chegamos à igreja Nossa Senhora da Piedade, na QI 5 do Lago Sul, a missa de Natal para as crianças já havia começado, mas as meninas que durante quase dois meses trabalharam nas oficinas de poesia com o grupo OIPoema, me reconheceram e vieram falar comigo com Luísa e com Manuela, minhas filhas e companheiras nessa visita especial que fizemos ontem, domingo.
 
No Rio, especialmente no Morro do Alemão, o bicho estava pegando e o padre que rezava a missa tratou de também pedir PAZ para aquela comunidade carioca que sofria com uma guerra insana e ingrata. 
 
Após a missa, Luísa, Manu e eu fomos cercados pelas meninas que frequentam a escola da Nossa Senhora da Piedade e distribuímos 25 livros 'LUÍSA LULUSA, A ATRIZ PRINCIPAL" para as meninas que pediram autografos e foram embora felizes da vida com aquele pequeno e amoroso livrinho entre os presentes de Natal.
 
Foi um dia especial para as meninas, as minhas e as que frequentam a Nossa Senhora da Piedade. Valeu nosso Natal, valeu a libertação da comunidade do Morro do Alemão
 
Valeu Papai Noel!!!  

sábado, 27 de novembro de 2010

AFROREGGAE ESTÁ NO ALEMÃO NEGOCIANDO RENDIÇÃO

27/11/2010 18h07 - Atualizado em 27/11/2010 18h08

'A famosa marra eu não vi', diz AfroReggae sobre traficantes

Segundo coordenador, policiais e traficantes não querem novos confrontos.
'Ninguém tá com vontade de partir pra cima', afirma José Júnior.

Livia Torres Do G1 RJ

AfroReggae entra no AlemãoCoordenador do AfroReggae circula pelo Alemão (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo )

O coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, chegou cedo ao Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, na Zona Norte do Rio, neste sábado (27), para tentar negociar a rendição dos criminosos. Circulando pela região, ele conversou com vários moradores e percebeu que não há interesse de novos confrontos nem por parte da polícia, nem dos criminosos.

"Ninguém tá com vontade de partir pra cima e a famosa marra (dos criminosos) eu não vi". Segundo ele, apesar disso, o clima é tenso. Para Júnior, a polícia está fazendo o seu trabalho e a expectativa é que tudo se resolva sem conflitos.

"Espero que isso se resolva da melhor maneira possível. Eu vim aqui para ouvir e conversei com muita gente", diz o coordenador que faz um trabalho social na região há 18 anos.

Júnior garante, ainda, que vários suspeitos já entregaram neste sábado. No Twitter, ele diz: "já há gente se entregando espontaneamente". E mais: "Tô com Pastor Rogério, Chechena, JB, Cristiano, Bororo e equipe. Viemos por livre e espontânea vontade. Todos os riscos são da nossa responsabilidade", escreveu.

AfroreggaeNo Twitter, Júnior garante que vários suspeitos já se entregaram (Foto: Reprodução)

Batalhão de Choque não confirma
O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Waldir Soares Filho, que também está no Alemão, no entanto, não confirma a informação de rendição, publicada por José Júnior.

Em entrevista ao jornal O Globo na tarde deste sábado (27), o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, explicou que uma suposta comissão de rendição pode ser uma estratégia de fuga dos chefes do tráfico.  "Não pode deixar que o traficante se utilize de um cidadão bem intencionado para entregar traficantes de menor expressão enquanto os traficantes de maior expressão aproveitam para fugir", disse.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

BRAXÍLIA ROUBA A CENA NO FESTIVAL DE CINEMA DE BRASÍLIA

 
"Braxília", curta-metragem de 17 minutos sobre a poesia brasiliense de Nicolas Behr, sacudiu na noite de hoje (26/11) a plateia do 43 Festival de Cinema de Brasília.
 
O filme da diretora Danielle Proença, produzido pela Cor Films, foi aplaudido por quatro vezes durante sua exibição e no final todos cantaram animadamente Nonô, música onde o poeta de Braxília agradece a Nossa Senhora do Cerrado: fazei com que eu chegue são e salvo na casa da Noélia.
 
O filme conseguiu traduzir com muito rigor e bom-humor a poesia de Behr totalmente dedicada a Brasília, sua grande musa. Mas para cantar a capital, o  poeta a reinventa e cria, poeticamente, a Braxília, cidade onde o poder está longe do poder.
 
Certamente "Brax'ília" é um dos grandes concorrente entre os curtas do Festival de Brasília. O filme será  reapresentado hoje no CCBB. 
 
Vale da pena? Vale!? 

"TERRITÓRIO RETOMADO. CÂMBIO, DESLIGO"

Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, artigo publicado no blogdonoblat -
26.11.2010
| 16h09m
artigo

Perfeito. E depois?

O problema, como em tantos momentos de nossas vidas, é o depois. Na vida particular assim como na vida cidadã, a pergunta que se impõe é: e depois?

Sabem por que me preocupa o depois? Porque as autoridades e os cientistas políticos – ah! os cientistas políticos! – misturam informações e declarações do maior bom senso com frases feitas que impressionam.

Por exemplo, quem garante que esta é a primeira vez que a população está a favor da autoridade? Quem criou essa versão?

Morei 16 anos em São Conrado, bem perto da Rocinha, e moro há 12 aqui nas fraldas do Borel. E sempre vi, nas pessoas que moram nessas comunidades, uma tremenda angústia por estarem sujeitas a um comando indevido.

Além de um total descrédito nas autoridades que formam esse mesmo Estado que agora resolveu agir de forma diferente e bem planejada.

Hoje todos só vão falar nisso e não serei eu a trazer alguma informação nova, ou alguma opinião que valha ser registrada.

Mas não quero deixar de agradecer à tenacidade, persistência e coragem do secretário Beltrame; a José Padilha que deu aos meninos de hoje um herói por quem torcer (embora concordando com Merval Pereira: será um bom sinal?) e a quem respeitar; e à Marinha do Brasil que, generosa e amiga do Rio, não se furtou a ajudar nossas polícias.

Discordo de quem diz que pela primeira vez os habitantes das favelas torceram pelo lado do Bem. Tenho certeza que se dão essa impressão, é pela desilusão que está instalada em suas almas.

Meu maior medo é justamente esse: que os moradores da Vila Cruzeiro voltem a se desiludir, quando o que eles querem é aquilo que todos nós queremos: esgoto sanitário; casas seguras; água encanada; luz elétrica; acesso livre para os entregadores de botijão de gás, carteiros, ambulâncias; creches e escolas para as crianças; postos de saúde; quadras de esporte; distritos policiais acolhedores.

Eles não gostam de viver à margem da Lei, "gateando" tudo para poder sair pelo menos um bocadinho do século XVIII onde ainda sobrevivem.

Querem recuperar sua dignidade perdida. Querem ser respeitados como cidadãos e lembrados todos os dias de todos os anos e não somente nos meses que antecedem eleições.

Deus permita que desta vez o Estado, ao retomar esse território de há muito abandonado, cuide dele, zele por ele, seja correto com ele.

Que o Estado seja decente. É essa a palavra. Decente.

 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

RIO: "É AGORA OU NUNCA"




É isso aí mesmo. O sentimento geral da população é: vão em frente que a gente aguenta. Porrada neles... 
É desespero mesmo dos traficantes, com a transferência dos "capos" para longe e as UPPs funcionando.
Kk  

Para ex-Bope, UPP funciona e Rio vive "agora ou nunca"

Portal TerraDayanne Sousa

O ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e roteirista dos dois filmes Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel, diz que o Rio de Janeiro passa por um momento de "agora ou nunca" na reação à onda de violência dos últimos dias. "É um momento único na história do Rio de Janeiro", diz otimista. Crítico da repressão violenta ao tráfico, ele defende as invasões de favelas e policiamento nas ruas que foram intensificadas desde os ataques que começaram no domingo (21).

Pimentel reforça a declaração do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para quem os ataques são uma reação de traficantes ao processo chamado de pacificação das favelas. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) se instalaram de forma permanente em favelas da capital carioca e, para Pimentel, diminuíram o poder do tráfico.

Um dos autores do livro Elite da Tropa, Pimentel e sua experiência no Bope inspiraram a criação do personagem capitão Nascimento, dos filmes. Lembrando de sua atuação na polícia, ele ressalta: 

- Quando eu era da polícia, tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista... Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.

Leia a entrevista na íntegra.

 Você acha que esses ataques são coisa de "traficante emburrado", como disse o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame?

Rodrigo Pimentel - É evidente que é. As ações de terror que visam à promoção do medo e do pânico, de muita visibilidade e que não tem intenção nenhuma de lucro, são ações de terror. São ações de reação não só às UPPs, mas a toda a política de segurança pública do Estado. A UPP é, sim, o carro chefe, é o que está dando mais prejuízo para o bandido. Mas veja só... desde que o governador Sérgio Cabral assumiu, além da pacificação, tem também o encaminhamento de bandidos para fora do Estado. Tem ainda o indiciamento e investigação de familiares de presos. Os familiares que enriqueceram ilicitamente estão sendo investigados e denunciados pelo Ministério Público. Isso provoca no tráfico revolta. Todo mundo dizia que essa UPP era esquisita porque os bandidos não reagiam. Taí a prova de que não era nada esquisito. A UPP é realmente eficaz e tira o território do tráfico. A reação é essa aí...

As UPPs foram implantadas como um contraponto ao policiamento que combate o tráfico com mais violência. Mas aumentaram o policiamento nas ruas e as operações do Bope em favelas. A polícia divulgou nesta quarta que já foram mais de vinte mortos nessa reação aos ataques. Não corremos o risco de regredir?

É importantíssimo isso. Não é a volta da política de enfrentamento. Na verdade é uma consolidação da UPP. O governo do Estado persegue a pacificação como um caminho mais viável e mais inteligente como a única política de segurança pública do Estado - porque até então não havia nenhuma. Se existe uma reação dos traficantes a essa política de pacificação, é evidente que você tem que estancar essa reação. E para estancar essa reação, é operação em favela, sim!

Isso seria momentâneo?

Eu sempre fui um crítico desde tenente, de capitão... Eu sempre fui um crítico contundente da operação em favela. Eu sempre achei uma ação desnecessária e ineficaz, que não tinha o menor motivo. Porque você entrava na favela e saía. E aquilo não tinha fim nunca. Aí surge a UPP que entra na favela e permanece. De fato, funciona. Mas essa política de enfrentamento momentânea é para estabelecer e consolidar o processo de pacificação. Os marginais estão saindo de favelas já identificadas para efetuar pânico no Rio de Janeiro. Para queimar ônibus, matar pessoas... Então a polícia tem sim que invadir esses redutos e tomar esses traficantes. Tem que criar uma zona de desconforto para que eles não possam mais operar essas ações. Além de intensificar o policiamento nas ruas, a polícia tem que voltar às favelas e atacar esses redutos, esses sujeitos. Não tem jeito. É um caminho sem volta. É agora ou nunca. O Estado não pode ser refém, não pode se ajoelhar, não pode recuar um milímetro.

A população não sofre com isso?

Isso não é uma vontade do governo do Estado, não. É uma vontade da população. Todas as pessoas nas ruas estão solidárias às ações da polícia. Nós vamos viver no Rio de Janeiro nos próximos cinco ou seis dias, um pouco de medo, de estresse em sair à noite, de preocupação com o filho na escola. De "será que eu posso ir à faculdade porque a minha aula termina a noite?". Nós vamos viver um desconforto nos próximos dias, mas se for isso o preço para que a política de pacificação funcione, que seja pago. Está muito claro que isso é um momento. Não é uma política para sempre. É um momento. A política é a pacificação. O que a gente está vivendo agora é um momento importante para a pacificação.

Isso não pode virar um ciclo de ataques de traficantes e reações mais ostensivas da polícia?

Não. Na queda de braço com o Estado, o Estado ganha. Com todos os traficantes que o Comando Vermelho dispõe no Alemão e no complexo da Penha, o Estado já provou que consegue entrar lá. Então, nessa queda de braço quem vai sair perdendo é o traficante. E perde várias vezes. Perde porque a Justiça já entendeu que ele não pode mais ficar no Rio. Ele é uma ameaça à sociedade cumprindo pena aqui. Ele perde em cumprir pena num lugar mais distante, perde em ter seu reduto atacado pela polícia... Sinceramente, eu sou otimista. Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.

Sobre a prisão em outros Estados, o secretário Beltrame informou que há indícios de que a ordem para os ataques tenha vindo do traficante Marcinho VP, de um presídio no Paraná...

Sim, você tem ataques que vieram do Paraná. Mas vieram em função de prerrogativas que os presos possuem no Brasil, de visita a vítimas, acesso a advogados e tal. Uma forma punitiva para eles agora é que eles sejam retirados do Paraná e sejam enviados a um presídio mais longe. Nesse intervalo, eles vão perder semanas de acesso a advogados e a familiares. E isso já descordena as ações reativas desses bandidos.

As UPPs estão instaladas, em sua maioria, na Zona Sul enquanto que investigações apontam que esses ataques estão vindo de outras regiões, da Zona Norte. O processo de pacificação não precisa ser expandido?

É. A UPP começou na região hoteleira da cidade, na região mais nobre e que tem potencial turístico. E isso é evidente em qualquer lugar do mundo. Não é privilégio para os ricos, até porque a UPP beneficia ricos e pobres. A UPP começou na região de Ipanema, Copacabana e Leme. Depois ela foi expandida. Ela já chegou, sim, à Zona Norte. Toda a região da grande Tijuca - que é um bairro de classe média - já está pacificada. E agora ela avança para uma região mais pobre. Já começou no Morro do Macaco, já entrou para o Morro do São João e está caminhando para o Morro da Matriz. Ela já está avançando para uma região... Agora, está longe do subúrbio da Leopoldina ainda, que é essa região que estamos falando da Penha. Está longe, mas ela vai chegar lá. Tanto vai chegar que a reação do bandido é em função disso. É o medo da aproximação da UPP do seu domínio territorial.

Entendo...

Deixa eu falar uma coisa. Eu nunca na minha vida deixei de criticar a política de segurança pública. Eu cheguei onde cheguei onde cheguei - no filme Tropa de Elite, no livro Elite da Tropa - porque cheguei criticando. Mas esse momento que eu vivo hoje da minha vida é um momento único na história do Rio de Janeiro. Eu não tenho nenhuma ligação partidária com o Sérgio Cabral. A gente tem que fazer uma opção: Essa porra tem que dar certo! Se isso não der certo minha amiga... Nós já testamos vários remédios e nada funcionou. O que a gente não testou ainda é a ocupação territorial permanente. Estamos testando e está funcionando. É necessário.

Já que você destaca esse seu posicionamento crítico, o que mudou desde o seu tempo na polícia?

Quando eu era da polícia, eu tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. A gente matava bandido e invadia favela sem ter uma luz no fim do túnel de melhora. Hoje em dia, fora da polícia, eu vejo com muito otimismo o futuro do Rio de Janeiro. Então essa é a melhor mudança. É o otimismo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista. E olha que eu sou muito mais crítico agora do que eu era anteriormente.



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

URGENTE!!!!! TODOS PELA PAZ NO RIO DE JANEIRO

Por Luis Turiba

Acabei de passar quatro dias no Rio de Janeiro antes da guerra urbana traficas X população ganhar contornos desumanos e terroristas.

Fomos trabalhar, fazer umas filmagens para um clipe do cantor e compositor Cacá Pereira em homenagem ao centenário do Noel Rosa, que acontecerá dia 11 de dezembro.

Foi tudo show de bola, sem nenhum tipo de transtorno, tumulto ou violência. Choveu, mas até o Flamengo venceu no Engenhão e fugiu da segundona.

Éramos uma equipe de cinco pessoas. Demos duro o dia inteiro na Avenida 28 de Setembro, antiga "Boulevard" de Vila Isabel. Filmamos na estátua de Noel e depois em cima das notas musicais dos seus sambas espalhadas pela histórica avenida do bairro.

Almoçamos na Feira de São Cristovão, visitamos a Lapa, praias de Copacabana, Ipanema, Leblon e, no sábado, samba madrugada adentro na sede da Mangueira, no morro que leva o mesmo nome. Tudo na mais santa paz de São Sebastião com a proteção de São Jorge.

De repente, atos terroristas atingem em cheio à população, queimando carros e ônibus, criando pânico entre os cariocas que amedrontados, começam a perder aquilo que têm de melhor: a espontaneidade, a alegria de viver na mais linda cidade do mundo.

Agora, é de se perguntar: será que isso já não era previsto depois da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora as UPPs?

Será que a polícia do Rio é realmente igualzinha àquela corrupta que assistimos em “Tropa de Elite 2” e o secretário Beltrame, uma espécie de “coronel Nascimento” que não consegue evitar que a guerra atinja à população civil?

E agora, por último: será que o povo carioca não será capaz de se levantar em protesto contra essa situação absurdamente bélica e surreal que pode atingir a qualquer um de nós, cidadãs e cidadãos trabalhadores e lutadores que temos que sair de casa para ganhar o pão nosso de cada dia?

Sim, não basta só polícia nas ruas nem políticos bem intencionados. O buraco agora é mais em cima. É “nóis” na parada.

O carioca precisa com urgência acordar e reinventar o Rio de Janeiro antes que seja tarde. Cada um de nós, moradores dessa cidade tão querida, cantada e amada no mundo inteiro, temos daqui por diante um papel imprescindível a desempenhar nessa reinvenção.

De imediato, escrevo esse artigo. Mas é pouco! Preciso editá-lo na blogosfera e espalhá-lo por aí para que mais e mais cariocas do Rio ou de qualquer parte desse mundo também pensem nisso e reajam.

Diga da sua maneira o seu basta à barbárie. Grite que chega! Que assim não dá, isso não é vida! Chega de violência gratuita! Pendure um lençol branco na sua janela, uma fita branca no carro. Dê você também uma chance à paz. Faça uma passeata de mil pessoas no Cristo Redentor. Ocupe a praia de Copacabana. Grite com a gente!

Carioca, não passe recibo ao terrorismo e à barbárie. O mundo precisa ouvir a voz do cidadão dessa cidade. Leve seu apito à Ipanema, dê um abraço no Maracanã, ocupe a Avenida Rio Branco com rosas brancas, suba às escadas da igreja da Penha com uma vela acessa. Não cruze os braços, dê às caras!

Afinal, carioca, qual é a sua? Vamos deixar incendiar o Rio de Janeiro como fizeram com Roma?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

TROPA DE ELITE 2 CHEGA AOS 10 MILHÕES DE ESPECTADORES

23/11/2010 16h45 - Atualizado em 23/11/2010 16h45

Filme de José Padilha já é o recordista das bilheterias de 2010.
Em breve, longa pode ser o mais visto da história do cinema brasileiro

Do G1, no Rio

Tropa de eliteWagner Moura como Nascimento em cena de
'Tropa de elite 2' (Foto: Divulgação)

Com os resultados de bilheteria do último fim de semana, o filme "Tropa de elite 2" chega à marca de 10 milhões de espectadores e já é o recordista do ano nos cinemas brasileiros. Os dados foram divulgados pela assessoria de imprensa da produção nesta terça-feira (23).

Em breve, o longa de José Padilha pode virar o mais visto da história do cinema brasileiro, batendo "Dona Flor e seus dois maridos", que atraiu público de 10,7 em 1974.

No último fim de semana, a estreia de "Harry Potter e as relíquias da morte" dominou o circuito de cinemas e conquistou a liderança, mas ainda assim 'Tropa 2' atraiu cerca de 190 mil entre sexta (19) e domingo (21).

Pirataria
Continuação do longa de 2007, premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim, "Tropa de elite 2" mostra seu protagonista, o policial do Bope Nascimento (Wagner Moura), combatendo novos inimigos: políticos corruptos e as milícias que agem nas favelas cariocas.

A segunda parte do longa dá um salto de 15 anos em relação à trama oirginal e traz o ex-capitão do Bope, promovido a subsecretário da Segurança Pública, também em confronto com um ativista dos direitos humanos, vivido pelo ator Irandhir Santos.

"Tropa 2" foi lançado sob forte esquema antipirataria, que incluiu instruções do Bope segundo o diretor José Padilha. Além de não ter produzido cópias digitais, somente película, a sessão première no Teatro Municipal de Paulínia, no interior paulista, incluía revista em bolsas com apreensão de câmeras e celulares de convidados, além e portas com detectores de metais na sala de exibição.

Segundo o diretor, tanta precaução se referia ao "trauma" sofrido em 2007, quando o filme foi pirateado e se tornado fenômeno nos camelôs. Estima-se que 11 milhões de pessoas tenham assistido a um DVD pirata do filme antes de sua estreia.

PAUL BOTA PRA QUEBRAR NO ÚLTIMO SHOW NO BRASIL

Por Julio Maria, Roberto Nascimento, estadao.com.br, Atualizado: 23/11/2010 1:06

Temporal muda script do 2º show de Paul

Nem tudo começou como manda o script. O ex-beatle Paul McCartney primeiro traiu a tal pontualidade britânica que tem marcado suas apresentações pelo mundo e começou o segundo e último show em São Paulo, ontem, no Estádio do Morumbi, na zona sul, com 13 minutos de atraso, às 21h43. Era uma colher de chá aos fãs que não chegavam ao estádio por causa da chuva e do trânsito. A apresentação foi diferente da primeira.

Mas tudo parecia estrategicamente pensado. Quando Paul surgiu no palco, de paletó vinho e cheio de brilho, a chuva tinha quase parado, o público já tirava as capas de chuva e o som não poderia estar melhor. O primeiro gesto do músico foi medir a temperatura da plateia. E como se estivesse tocando em uma chapa fervente, o ex-beatle deu a entender que o clima no Morumbi estava pelando.

Paul veio pesado para a segunda noite. Melhor do que sua abertura de domingo, com Venus and Mars, chegou com uma Magical Mistery Tour que parecia bater no peito de quem estava na plateia VIP. Foi um golpe certeiro, daqueles que criam reação imediata. Casais se abraçavam e pulavam juntos, amigos davam as mãos e erguiam ao alto. Nas arquibancadas, no entanto, o som chegava abafado, sem definição.

Ao final da música de abertura, sem dizer nada, Paul emendou Jet, hit do grupo Wings nos anos 70. E aí fez uma referência à música brasileira. 'Boua notche São Paulo, boua notche Brasil. Tudo bem na chuva?', disse, ainda que já não estivesse mais chovendo. E emendou um inesperado e gingado 'Chove, chuva', em referência à música de Jorge Ben Jor. E parte da plateia respondeu 'chove sem parar'. Seguiram-se hits como Got to Get You Into My Life e Let Me Roll It.

Depois de My Love, ele tocou I'm Looking Through You, e, em seguida, Two Of Us, duas músicas que não havia tocado no primeiro show na capital. Ele voltou a falar muito em português e improvisou uma música em que a única letra era 'São Paulo'. De novo, o momento mais emocionante da apresentação foi Hey Jude, com as 64 mil pessoas que lotavam o estádio cantando em coro. A previsão era de que o show durasse três horas.

Bis. Muitos fãs do ex-beatle foram ao Morumbi ontem pela segunda vez para acompanhar mais uma noite de rock. 'Uma vez só não é o suficiente. Ontem, ele não tocou Magical Mistery Tour. Hoje ele abriu o show com essa', comemorava Malone Cunha, que veio de Belém.

No Morumbi, mesmo ensopados, fãs fizeram o impossível para conseguir um lugar próximo do alambrado. As irmãs Lidiane e Viviane Almeida vieram do Rio, chegaram às 21h de anteontem e dormiram no chão para ficar no começo da fila.

Letícia Souto não reclamou. 'Pelo menos deu para ouvir o show inteiro do Paul anteontem. Ouvíamos as músicas e tudo o que ele falava', disse. Sueli Piñol estava acampada desde sexta-feira. Tamanha a ansiedade, a fã Rafaela Ely queria apressar o músico sob a chuva. 'Sir Paul, o senhor tem um show para fazer', brincou. 'Anteontem, fiquei muito perto da grade. Agora vou mais longe, para ver o espetáculo completo', afirmou.

Alguns fãs reclamaram de uma suposta falta de organização nas filas. Segundo membros de uma caravana carioca, a bagunça teria ocorrido quando juntaram a fila 2 à fila 4 e quem estava em primeiro lugar perdeu a preferência. Às 19 horas de ontem, apesar do trânsito, a entrada do público era tranquila.

DO MORUMBI

Água fria

A chuva mudou os planos dos camelôs. Ontem, um vendedor oferecia peças molhadas por R$ 20. 'Mas tenho secas, não se preocupe, não.' Na noite anterior, disse, faturou R$ 3 mil.

Drive My Car

Muita gente que tem casa com garagem nas imediações do estádio aproveitou para faturar. Antes do show, cobravam R$ 100, o dobro do valor pedido por guardadores de carro.

Birthday

Na primeira noite, a artista plástica Tomie Ohtake assistiu ao show de Paul McCartney da Sala Raí, um espaço reservado no estádio com o nome do jogador. Ela comemorava seus 97 anos.

REVISTA COYOTE LANÇA NOVO NÚMERO



 

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REVISTA COYOTE CHEGA AO NÚMERO 21

 

Poemas inéditos de Wilson Bueno, conto inédito de João Gilberto Noll, entrevista com a crítica norte-americana Marjorie Perloff, poemas do espanhol Leopoldo María Panero, aforismas de Franz Kafka e um ensaio de Jair Ferreira dos Santos são os destaques da revista COYOTE # 21

 

 

"A poesia contorna a Economia. É criação improdutiva como a Festa, o Amor. Não é mercadoria, ignora o interesse, está à margem do calculo" - escreve Jair Ferreira dos Santos em seu ensaio inédito, O Pavão é uma Galinha em Flor, publicado no novo número da revista Coyote que chega às livrarias do Brasil esta semana.

 

Editada em Londrina (PR), a revista traz poemas e narrativas de dois livros inéditos deixados pelo escritor curitibano Wilson Bueno, brutalmente assassinado em maio deste ano, um conto inédito do escritor gaúcho João Gilberto Noll e uma entrevista com a crítica norte-americana Marjorie Perloff. Julgando boa parte da poesia escrita atualmente como "prosa preguiçosa", Perloff dispara: "Minha principal crítica hoje é em relação a falta de interesse no aspecto sonoro e visual da maior parte da poesia que aparece sobre minha mesa".

 

Coyote 21 apresenta ao público brasileiro a poesia radical do espanhol Leopoldo María Panero, traduzido por Vinícius Lima, e aforismas de Franz Kafka, traduzidos por Silveira de Souza. A revista traz também a poética de Mariana Ianelli e apresenta a literatura de Ivan Justen Santana e Mario Domingues, dois novos talentos da poesia paranaense, além de um conto do londrinense Marco Fabiani.

 

Fotografias da série Autodesconstrução, da artista pernambucana Priscilla Buhr, complementam a edição.

 

A revista Coyote prossegue abrindo espaço para novos autores, resgatando e apresentando nomes importantes das letras e das artes, de épocas e lugares diferentes, instigando a reflexão e a criação literária. Patrocinada pelo PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) da cidade de Londrina, Coyote é editada pelos poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes.

 

 

COYOTE 21 // 52 páginas  // R$ 5,00 (Londrina) e R$ 10,00 (outras cidades) Uma publicação da Kan Editora. Distribuição nacional Editora Iluminuras.

Vendas em livrarias de todo o país pela Editora Iluminuras – fone (11) 3031-6161. Pode também ser adquirida pela internet através do site: www.iluminuras.com.br

Contatos: losnak@onda.com.br/zonabranca@uol.com.br/rgarcialopes@gmail.com

 

PATROCÍNIO: PROMIC - PROGRAMA MUNICIPAL DE INCENTIVO A CULTURA – PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA - SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE LONDRINA

 

 

blog: http://zonabranca.blog.uol.com.br

site: http://zonabranca.sites.uol.com.br

 


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CAIXAS COM TODAS AS CANÇÕES DE LENNON PÓS-BEATLES

Por AE, estadao.com.br, Atualizado: 22/11/2010 10:03

Caixa reúne 11 álbuns remasterizados de John Lennon

Com o devido tratamento especial que o ex-beatle John Lennon merece, chegou ao mercado, pela bagatela de R$ 1 mil, o 'John Lennon Signature Box', uma caixa com os principais álbuns do músico remasterizados, além de dois discos extras com músicas inéditas, gravações caseiras e singles. Como se trata de Lennon, já seria notável chegar ao conhecimento do público uma nova canção, como é o caso da singela 'India, India'. Mas o box é mais do que isso. Ele será para os fãs de John a coletânea definitiva, acompanhada de textos assinados pela viúva Yoko Ono e pelos filhos Sean e Julian (este, fruto do primeiro casamento, com Cynthia).

A caixa com 11 CDs traz todos os álbuns lançados por Lennon depois do término dos Beatles, em 1970. Os discos também podem ser comprados individualmente, por R$ 34,90. Infelizmente, na coletânea não estão incluídos os álbuns solo 'Two Virgins' (1968), 'Life With The Lions' (1968), 'Wedding Album' (1969) e o ao vivo 'Live Peace in Toronto' (1969). A seleção gerou crítica entre os fãs de Lennon, mas o motivo para os títulos terem ficado de fora pode ser explicado por serem experimentais, feitos numa fase complicada da vida do cantor.

A remasterização do box foi acompanhada de perto por Yoko, que supervisionou, avalizou o processo e privilegiou nos encartes as cores azul e branca, as favoritas do casal. Outra medida da viúva foi destacar a voz de Lennon e esconder a sua própria nos duetos - coisa que talvez John não aprovasse, já que sempre fez questão que Yoko tivesse destaque.

Desses álbuns, o mais emblemático é 'Imagine', que traz a canção-título, uma das mais significativas da carreira de Lennon. Mas há clássicos como 'John Lennon/Plastic Ono Band', lançado assim que ele saiu dos Beatles, em 1970, que traz as canções 'Mother', 'I found out' e a contestadora 'God'. No box, está também um livreto com textos, desenhos e manuscritos de John. Mais do que um mimo para os fãs, trata-se de um importante material que se manteve inédito até hoje, somente agora liberado por Yoko. O ponto negativo é que os textos do produto, importado, estão todos em inglês. O lançamento foi motivado pelas comemorações dos 70 anos de Lennon, completados no dia 9 de outubro. Em 8 de dezembro, a morte do cantor completará 30 anos.

Para quem não quiser desembolsar R$ 1 mil na caixa, foi lançada também a compilação 'Gimme Some Truth', feita em três versões diferentes. A primeira, mais simples, batizada de 'Power to The People', traz os principais hits de Lennon, como 'Woman', 'Instant Karma!', 'Imagine', entre outros, e custa R$ 39,90. A segunda versão (R$ 59,90) vem acompanhada de um DVD com 15 clipes de músicas. Já a terceira, 'Gimme Some Truth' (R$ 160), reúne quatro CDs, com 72 músicas, divididos em quatro temas: Working Class Hero (política), Woman (mulher), Borrowed Time (cotidiano) e Roots (de raízes). Estão incluídas aí canções como 'Be-Bop-A-Lula' (no disco Roots), 'Mind Games' (Borrowed Time), 'Mother' (Woman) e 'Woman is The Nigger Of The World' (Working Class Hero). As informações são do Jornal da Tarde.

LET IT BE, UM HINO DE AMOR E FÉ

Let It Be

The Beatles

Composição: John Lennon e Paul McCartney

When i find myself in times of trouble
Mother mary comes to me
Speaking words of wisdom, let it be.
And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
Whisper words of wisdom, let it be.

And when the broken hearted people
Living in the world agree,
There will be an answer, let it be.
For though they may be parted there is
Still a chance that they will see
There will be an answer, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be an answer, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
Whisper words of wisdom, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be an answer, let it be.

Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be an answer, let it be.

And when the night is cloudy,
There is still a light that shines on me,
Shine on until tomorrow, let it be.
I wake up to the sound of music
Mother mary comes to me
There will be no sorrow, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be no sorrow, let it be.
Let it be, let it be,
Let it be, let it be.
Whisper words of wisdom, let it be.

BLACKBIRD, O ELEGANTE CANTO DE PAUL

Blackbird

Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.

Blackbird singing in the dead of the night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free.

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arive
You were only waiting for this moment to arive
You were only waiting for this moment to arive.

Melro (Pássaro Negro)

Melro cantando no silêncio da noite
Pegue estas asas quebradas e aprenda a voar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento para decolar.

Melro cantando no silêncio da noite
Pegue estes olhos fundos e aprenda a enxergar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento para ser livre.

Melro, voe. Melro, voe
Para dentro da luz da noite escura e negra

Melro, voe. Melro, voe
Para dentro da luz da noite escura e negra

Melro cantando no silêncio da noite
Pegue essas asas quebradas e aprenda a voar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento chegar
Você só estava esperando este momento chegar
Você só estava esperando este momento chegar


MY LOVE

And when You go away
I know my heart can stay with my love, it's undertood
It's in the hands of my love and my love does is good
Wo-wo wo wo wo wo woo, my love does is good
......................
 
Don't ever ask me why, I never say goodbye to my love
It's undertood, it's everywhere with my love
And my love does it good
.............................
 
Oh I love oh wo.....my love
Only my love does is good to me
Wooooooooooooooooooooh

INESQUECÍVEL, PAUL É PAULISTANO

Paul abre show em SP: ''Tudo bem? E aí, galera?''

Paul abre show em SP: ''Tudo bem? E aí, galera?''

"Simpatia. De blazer azul, camisa branca e suspensórios, ex-beatle cantou mais de 30 músicas: público à beira da euforia, shows de luzes e fogos de artifício e palco de 22 metros de altura"

Às 21h33, de terno azul, o mítico contrabaixo 'canhoto' nas mãos, Paul McCartney entrou no palco do Estádio do Morumbi, na zona sul, em seu primeiro show da turnê 'Up and Coming Tour' em São Paulo. Acenou para os fãs e emendou uma sequência já amplamente conhecida de sucessos: Venus and Mars, Rockshow, Jet, All My Loving, Drive My Car, Highway e Let Me Roll It.

'Oi, tudo bem? Oi, boa noite. Boa noite, São Paulo. Boa noite, Brasil', disse o ex-beatle, devidamente ensaiadinho no português. 'E aí, galera? Irráááá!', gritou. E foi pontuando as canções com as frases decoradas. 'Esta noite eu vou falar português. Mas vou falar mais inglês', disse, arrancando risos das 64 mil pessoas que lotavam o Morumbi. A previsão era de três horas de apresentação, com 35 músicas previstas no repertório.

A partir de The Long and Winding Road, ele foi ao piano, sem blazer azul por causa da noite de calor, mostrando os suspensórios. O Morumbi estava encantado. 'Eu escrevi essa música para o meu amigo John', disse Paul, antes de cantar Here Today, em referência a John Lennon. Ao tocar My Love, dedicou a canção aos casais de namorados que assistiam à apresentação.

Antes do show. O ex-beatle já estava animado desde a tarde. Pouco antes do show, entre as 16h40 e as 17h30, ele fez a passagem de som, assistida por 200 fãs vips (veja ao lado). Nela, tocou até uma música do grupo Rolling Stones, segundo seus assessores.

Durante o dia, fãs menos sortudos se aglomeraram na porta do Grand Hyatt Hotel, na zona sul. Ninguém ganhou autógrafo, mas o simples aceno de Paul McCartney pela janela do carro, por volta das 16h30, já foi suficiente para levar algumas pessoas às lágrimas.

Uma delas era Zuleide Rodrigues, de 42 anos, que acompanha o ídolo há pelo menos duas décadas e, na década de 1990, quando Paul fez o histórico show para quase 200 mil pessoas no Maracanã, no Rio, conseguiu um autógrafo. 'Fomos até o aeroporto. Ele desceu do carro, autografou nossos discos e conversou com a gente', lembra Zuleide, emocionada.

Já Hilton Marta Paula, de 40 anos, jurava de manhã que a sombra de um homem atrás de uma das janelas da suíte presidencial, no último andar do Hyatt, era de Paul McCartney. 'Olhe aqui. É ele sim. Tenho certeza', dizia, mostrando a imagem na câmera fotográfica. / COLABOROU FELIPE BRANCO CRUZ

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A POESIA BRASILIENSE NO CIRCUITO NACIONAL



A POESIA BRASILIENSE NO CIRCUITO NACIONAL
 
A poesia produzida em Brasília interage com o que de melhor está sendo produzido na literatura poética dos outros Estados. Assim, Brasília cumpri sua missão de cidade-receptora e propagadora ao mesmo tempo.
 
É bem verdade que a capital perdeu a grande oportunidade de realizar a II Bienal Internacional de Poesia, em função das sucessivas crises políticas que tomaram conta do nosso cenário cultural. Mas mesmo assim recebemos visitas importantes como a do poeta paulista Augusto de Campos, que apresentou na UnB um recital totalmente diferente, baseado em experimentações verbovocovisuais; os cantores-poetas Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes.
 
Paralelamente a esse movimento, o poeta Nicolas Behr esteve lançando seu livro "Brasilíadas" na livraria Travessa de Ipanema; e o grupo OIPoema prepara-se para lançar a coleção com sete livros também no Rio de Janeiro e na Casa das Rosas, em São Paulo.
 
Enquanto isso, o menestral Oswaldo Montenegro foi homenageado também por professores e alunos do curso de Letras da UnB que realizaram o seminário "Poesia contemporânea, olhares e lugares".
 
Aliás, esse seminário organizado pela professora Sylvia Cyntrão, trouxe também a Brasília o poeta performático Fabricio Carpenejar e o escritor e cronista do suplemento "Prosa e Verso", do jornal O Globo.
O seminário tocou em temas importantes da nossa produção poética: Os lugares na língua portuguesa; O lugar midiático; O lugar editorial; O lugar sócio-existencial; Os lugares da recepção; A di-versi-ficação; Brasília 50 anos; O local e o global.
 
Participaram desses debates os poetas e escritores Alexandre Marino, Alexandre Pilati, Amneres Santiago,Antonio Carlos Secchin, Antonio Miranda,  Eliana Yunes, Fernando Fiorese, Floriano Martins,José Castello, Júlio Diniz, Laura Padilha, Luis Turiba,Marina Colasanti, Maurício Melo, Nicolas Behr, Paulo José Cunha, Rodrigo Garcia Lopes, Sergio Leo, Sérgio de Sá,
 
O seminário foi aberto pelo "Grupo Vivoverso" que dedicou o espetáculo "Brasílias de luz"  aos poetas que ajudaram construir a alma sensível de Brasília. Na ocasião, houve uma homenagem ao poeta, cancionista e diretor teatral Oswaldo Montenegro. O cantor  estará presente na Abertura da II Bienal.

DEU NA COLUNA "GENTE BOA" DE JOAQUIM FERREIRA

Saiu terça-feira, dia 16
 
Luis Turiba lança no Rio "68" pela Ipoema

NOSSA SENHORA DA POESIA

 
um poema de  AMNERES
 

O homem velho,
amparado pelo filho,
tocava as águas do mar
atlântico e ria, ria, ria.

Duas senhoras
de cabelos brancos,
sentadas ao chão,
à beira-mar, a tudo
assistiam e elas mesmas
brincavam com as águas
mornas e as espumas
brancas a lhes
molharem os flancos.

Logo atrás, outros membros
do que a mim parecia
uma família davam-se
as mãos, em fila indiana,
excitados, indecisos
entre experimentar
e não experimentar
o tão sonhado banho.

Seria aquela a primeira
vez que viam o oceano?
Perguntei-me, enternecida
e segui a caminhada,
acompanhada de perto
pelos pássaros a voarem
livres em seu habitat.

Entre o manso mar
e o morro verde,
resquício do que
um dia fora a
Mata Atlântica,
estendia-se ao olhar
a linda enseada
do Cabo Branco,
e o azul do céu
misturado à luz
do sol salpicando
de brilho as ondas
em movimento
umedeceu-me os olhos
de esperança e encanto.

Nossa Senhora da Poesia,
mantém em mim a fé
no amor e a alegria
de o compartilhar.

E cada verso meu
reflita a luz
e espelhe o olhar
que ainda há pouco
pude vislumbrar
na inocência
de um anjo
em seu primeiro
banho de mar.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ENCONTRADO O MAIS JOVEM BURACO NEGRO JÁ REGISTRADO

 
DEU NO BLOGDONOBLAT
 
 

A galáxia M100, berço do buraco negro bebê -  Foto: / Divulgação / Nasa

 

Cesar Baima, O Globo

O observatório espacial Chandra pode ter encontrado o mais jovem buraco negro já registrado, informaram cientistas em conferência na Nasa, a agência espacial americana, na tarde desta segunda-feira.

O buraco negro teria se formado após a explosão de uma estrela em uma supernova detectada em 1979 em uma galáxia a 50 milhões de anos-luz de distância da Terra.

O Chandra mostrou que a supernova SN 1979C continuou a emitir fortes sinais em raios-x ao longo dos anos seguintes à explosão. Segundo os cientistas, tais emissões deveriam diminuir com o tempo, o que indica que a supernova pode ter dado origem a um buraco negro.

Outra possibilidade seria que a estrela que explodiu, que tinha cerca de 20 vezes a massa do Sol, tenha se transformado em um pulsar cujas emissões de rádio estão excitando a nebulosa de gás resultante da explosão e, assim, produzindo os raios-x.

Caso seja mesmo um buraco negro "bebê", esta será a primeira vez que os cientistas poderão acompanhar o processo de nascimento e evolução de um objeto do tipo, que até os anos 60 alguns deles consideravam pura teoria. 

 

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CANÇÕES DOS BEATLES NA INTERNET

Agencia EFE

16/11/2010 01h46 - Atualizado em 16/11/2010 09h03

Músicas dos Beatles serão vendidas no iTunes, diz jornal

Segundo o 'The Wall Street Journal', anúncio oficial será nesta terça (16)
Catálogo da banda britânica
ainda não é comercializado pela internet.

Da EFE

A banda britânica The BeatlesOs Beatles devem ter seu catálogo distribuído
na iTunes a partir de terça (17) (Foto: Photo12/AFP)

As músicas dos Beatles farão parte do catálogo da loja digital iTunes, da Apple, informou na segunda-feira (15) o jornal americano "The Wall Street Journal".

O diário destacou que a Apple deve fazer nesta terça (16) o anúncio oficial da inclusão das canções da banda britânica.

Em seu site, a Apple antecipou que deve comunicar algo "emocionante" para o iTunes.

Fontes do "The Wall Street Journal" indicam que, após longas negociações, executivos da Apple e representantes dos Beatles e da gravadora EMI, proprietária de muitas das músicas da banda, fecharam um acordo para distribuí-las pela primeira vez na internet.

Até agora, as músicas dos Beatles não haviam entrado no mercado eletrônico. Da mesma forma, a banda não teve suas canções gravadas em CD até 1987, quando o formato de disco compacto já era mais comum na indústria fonográfica.
 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CHICO BUARQUE VIRA MINISSÉRIE NA GLOBO

Por AE, estadao.com.br, Atualizado: 12/11/2010 10:31

Canções de Chico vão virar minissérie na Globo

Aos 66 anos e 45 de carreira, Chico Buarque não precisou de qualquer efeméride para fazer de 2010 seu ano de homenagens. Além dos recentes Prêmio Jabuti de melhor ficção e Prêmio Portugal Telecom, pela obra 'Leite Derramado', o cantor e compositor foi agraciado com o projeto multimídia Chico Paratodos. Desde que saiu do papel, em dezembro passado, a ideia já rendeu o livro 'Essa História Está Diferente - Chico por Dez Contos', o longa em produção 'Olhos nos Olhos', de Karim Aïnouz, e, em janeiro, chega à TV sob forma de minissérie da Globo, 'Amor em Quatro Atos', gravada em São Paulo e no Guarujá, na Baixada Santista.

Com direção de núcleo do expert em programas musicais Roberto Talma, a série de quatro capítulos é inspirada em cinco canções de Chico: 'Ela Faz Cinema' e 'Construção' - que viraram um só episódio dirigido por Talma, com roteiro de Antônia Pellegrino -; 'Mil Perdões', com texto de Estela Renner e Tadeu Jungle e direção de Jungle; 'Folhetim' e 'As Vitrines', capítulos roteirizados por Márcio Alemão e dirigidos por Bruno Barreto - que, aliás, faz sua estreia na TV.

Criador do projeto, Rodrigo Teixeira, sócio da RT Features (produtora de 'O Cheiro do Ralo' e coprodutora da minissérie juntamente com a Globo) explica que, apesar de já ter trabalhado com Barreto em dois longas, a escolha do diretor não foi sua. 'O Tadeu Jungle foi convite meu e, quando conheci o Talma, ele disse que seriam ele o Bruno os diretores dos outros episódios', explica Teixeira. 'E sabe que nunca vi o Bruno tão feliz? Ele está trazendo para a TV uma linguagem de cinema.'

Vladimir Brichta é o protagonista Ari no episódio inspirado em 'Folhetim' e 'As Vitrines'. Marcado por personagens de humor na TV, Brichta diz que, além do fato de poder mostrar sua faceta dramática, o que o atraiu para o projeto foi justamente esse cuidado e rigor emprestados do cinema. 'Realmente (o trabalho) é cansativo. Mas é só imaginar que é um longa, que geralmente é rodado em dois, três meses, feito em três semanas e meia.' O ator fará par com Camila Morgado e Alinne Moraes, esta última a prostituta Vera, 'dessas mulheres que só dizem sim', eternizada na letra de 'Folhetim'.

Para 'Mil Perdões' foram escalados Dalton Vigh, Carolina Ferraz, Gisele Fróes e Cacá Rosset. Em 'Ela Faz Cinema/Construção', o elenco principal fica por conta de Marjorie Estiano, Malvino Salvador e Gero Camilo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

E O LULA TÁ "E NEM..." AÍ PARA O E NEM.

FRASE DE DESTAQUE DO BLOGDONOBLAT
 
O Enem de 2010 deveria ser o "e nem".
E nem uma justificativa convincente até agora aos alunos.
E nem uma prova devidamente planejada.
E nem um pingo de respeito com os que estudaram.
E nem mesmo um pedido formal de desculpas do MEC.
 
"Flávio Guimarães de Luca, em e-mail para o 'Painel do Leitor' da Folha de S. Paulo de hoje

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SENADO APROVA PLANO NACIONAL DE CULTURA

Deu em O Globo

Governo terá 180 dias para estabelecer metas

Após quatro anos de discussão, o Senado aprovou ontem a criação do Plano Nacional de Cultura, que vai impor ao governo metas para o setor nos próximos dez anos.

Com a aprovação pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em caráter terminativo, o texto será levado à sanção presidencial. Uma vez sancionado, o governo terá 180 dias para estabelecer as metas, que poderão ser cobradas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público Federal.

O plano enumera 13 itens que devem nortear as políticas públicas. Entre os quais, a diversidade cultural e a valorização da cultura como vetores de desenvolvimento. Segundo o ministro Juca Ferreira, o plano serve como base para elevar a cultura ao mesmo patamar de outras áreas estratégicas, como saúde e educação.

— É o primeiro passo. Como metas, por exemplo, não pode ter município sem biblioteca. Também tem que ter um espaço de teatro para que os bens culturais possam chegar. O Estado tem esse papel — afirmou Ferreira.

Também tramitam no Congresso propostas como a que cria um piso de 2% do Orçamento para gastos em cultura.

 

ESPAÇO TORQUATO NETO, ATRAÇÃO EM TERESINA

Paulo José Cunha

 

Quando for a Teresina não deixe de visitar o Espaço Torquato Neto. Fica num daqueles casarões antigos, ali no centro da cidade, desapropriado para acomodar a lembrança de um dos melhores representante da poética brasileira contemporânea. Lá você vai entrar em contato com textos, fotos, documentos, rascunhos, desenhos e raridades do "Anjo torto da Tropicália". Vai poder acompanhar a evolução de alguns textos, desde o primeiro lampejo até o verso definitivo de algumas das canções mais importantes da música popular brasileira da segunda metade do século passado. Vai conhecer o artista multimídia Torquato Neto, através da exibição permanente de vídeos-documentários sobre ele ou inspirados em sua obra. Vai ver e ouvir depoimentos sobre o poeta, dados por parceiros, poetas, músicos, cineastas, artistas plásticos, designers gráficos, amigos e parentes. Vai ter acesso à obra do poeta organizada de forma a que o visitante entenda a evolução do pensamento de TN desde o início de sua produção, na Teresina dos anos 50 até seu suicídio, em 1972. O Espaço Torquato Neto é uma das mais simples – e também das mais arrojadas – concepções destinadas à perpetuação da obra e do espírito inquieto de um artista que não sai de moda, que continua desafinando o coro dos contentes e influenciando gerações e gerações de artistas pelo Brasil e pelo mundo.  

A característica mais moderna e curiosa do Espaço Torquato Neto é que ele não é um museu, no sentido de ser um memorial onde se guardam as lembranças de um personagem, como o Memorial JK ou o Abraham Lincoln Museum. O Espaço TN, ao contrário, é uma usina de criatividade, onde artistas de todas as áreas fazem exposições ou ministram, em rodízio ou simultaneamente, oficinas de poesia, composição, cinema, vídeo-arte, computação gráfica, mídias interativas, arte cibernética, percussão, fotografia, teatro, cordel etc. Algo como o Espaço Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro (Hélio, aliás, foi um os grandes amigos de Torquato e foi quem o convenceu a exilar-se em Nova York quando as ameaças do Comando de Caça aos Comunistas começaram a preocupar seriamente o poeta).

Enfim, o Espaço Torquato Neto é dessas atrações turísticas que se tornam obrigatórias. Provavelmente Teresina, a cidade onde Torquato Neto nasceu, não tivesse a projeção turística que tem hoje se não houvesse o Espaço Torquato Neto, que estabeleceu um link definitivo entre a bela e calorosa capital piauiense e o melhor das vanguardas das mais diversas áreas. Eu próprio, que sou de lá, quando visitei pela primeira vez o Espaço, fiquei profundamente emocionado. Eu, que convivi direta e intimamente com Torquato, senti-me como que embarcando numa nave do tempo, e reencontrando o primo e amigo naqueles tempos em que, apesar da barra pesadíssima, a criatividade estava à flor da pele, entre tropicálias, geléias,  festivais e bananas ao vento.

O texto acima é profundamente verdadeiro não fosse por um detalhe quase imperceptível: o Espaço Torquato Neto (ainda) não existe. E não existe porque apesar dos apelos dirigidos por mim aos prefeitos e governadores, nas últimas três décadas, nenhum deles teve a iniciativa de colocar o projeto em pé. Provavelmente não entenderam que, qualquer que seja o governante a concretizá-lo, estará associando seu nome à palavra Futuro, uma vez que a obra de Torquato Neto continua a ser uma das mais provocativas no panorama poético e musical brasileiro, e como já foi dito, não sai da moda.

Há poucos dias estive em Teresina e, junto com o primo George Mendes, passeamos a vista e a memória por dentro de um pacote de inéditos do poeta, que a viúva Ana Maria Duarte mandou do Rio de Janeiro. Textos datilografados, manuscritos, letras de músicas, fotografias, esboços e até desenhos daqueles que a gente faz distraidamente nas páginas de caderno estão lá, aguardando apenas que o atual ou o futuro governador, o atual ou o futuro prefeito acordem para a importância dessa obra e criem um local onde tudo isso possa ser visitado e conhecido. É bom lembrar que o interesse e a curiosidade por Torquato permanecem os mesmos, atestando a atualidade e a permanência de sua obra. O poeta estaria completando 68 anos. Que tal comemorar os 70 com a inauguração do Espaço Torquato Neto? Como ele mesmo diria, com aquele jeitão que deixou saudades: Câmbio, governador! Câmbio, prefeito! "Este menino crescido, que tem o peito ferido, anda vivo, não morreu"!

Paulo José Cunha é jornalista, professor e poeta 

        

               

terça-feira, 9 de novembro de 2010

CHICO BUARQUE FATURA O PRÊMIO PORTUGAL TELECOM DE LITERATURA

DEU NA WEB DO CORREIO BRAZILIENSE
 
Publicação: 09/11/2010 10:34 Atualização: 09/11/2010 10:38
 
Depois de faturar na semana passada o Prêmio Jabuti na categoria livro, Leite derramado deu ao cantor, compositor e escritor carioca Chico Buarque outro prêmio. O romance, lançado em 2009, levou o Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Além do troféu, Chico faturou R$ 100 mil. Na segunda colocação, Outra vida, de Rodrigo Lacerda, ganhou R$ 35 mil; e Armando Freira Filho, com Lar, fica com o terceiro lugar e R$ 15 mil. O anúncio foi feito na noite de segunda, em São Paulo. A viúva de José Saramago, Pilar Del Rio, foi quem entregou os prêmios.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PAUL McCARTNEY AGITA 50 MIL FÃS EM PORTO ALEGRE

FAMOSIDADES

FAMOSIDADES

MAIS: Paul McCartney manda recado para brasileiros: "Nos vemos aí"

Por FAMOSIDADES

RIO DE JANEIRO - Mais um show entrou para a lista das apresentações históricas no Brasil. Desta vez, o ex-beatle Paul McCartney fez sua reestreia no país (o último show do cantor foi há 17 anos) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Mesmo a cidade não sendo roteiro de shows internacionais, que geralmente são feitos no eixo Rio-São Paulo, o Estádio Beira-Rio, onde a apresentação foi realizada, reuniu 50 mil pessoas, onde algumas milhares delas aguardavam o cantor desde o início da semana, acampadas em filas.

O único imprevisto observado foi a substituição do show de abertura. Estava previsto para que a dupla sertaneja Kleyton & Kledir abrisse o evento. Porém, por "problemas técnicos", eles não desistiram na sexta-feira e quem entrou no palco foi o DJ Pic Schmitz, junto do saxofonista Vinicius Neto e o guitarrista Fred Mentz.

Paul McCartney arriscou algumas frases no início do show, que começou às 21h05. "Boa noite, Porto Alegre. Boa noite, Brasil. Hoje eu vou tentar falar português, mas vou falar mais inglês. Obrigado, gaúchos."

Como já havia demonstrado anteriormente, Paul esbanjou simpatia e soltou o vozeirão. As clásssicas músicas do ex-Beatle foram cantadas, levando os fãs ao delírio. "All My Loving", "Drive My Car", "Long And Winding Road", "My Love" (música que Paul comp}os para a esposa Linda, falecida em 1998). E finalizou a apresentação – que durou quase três horas – com "Hey Jude". O cantor autografou o braço de duas fãs, voltou após a platéia pedir "bis" e ao retornar ao palco, veio acompanhado de uma bandeira brasileira com a frase "Ah, eu sou gaúcho!" e cantou "Day Tripper" e "Get Back".

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