segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DILMA: A TORTURA JULGADA, A ANISTIA SANGRADA

Retirado do artigo de Luiz Cláudio Cunha, publicado no blogdonoblat 
 
"Dilma contou na Justiça Militar que perguntou aos emissários da Oban se eles estavam autorizados pelo Poder Judiciário. A resposta do militar resumia o deboche daqueles tempos: "Você vai ver o que é o juiz lá na Oban!..."

Hoje tenente-coronel reformado, Maurício defendeu-se no jornal O Estado de S.Paulo: "Ela esteve comigo somente um dia e eu não a agredi, em momento algum".

A ação do MPF, subscrita pelo procurador regional Marlon Weichert e outros cinco procuradores, cita dois casos notórios entre os seis mortos: Virgílio Gomes da Silva, codinome 'Jonas', o líder do grupo que sequestrou o embaixador americano Burke Elbrick (integrado também por Franklin Martins e Fernando Gabeira), e Frei Tito, o dominicano preso pelo delegado Sérgio Fleury e que, transtornado pela tortura, acabou se enforcando meses depois num convento na França.

"Tortura é crime contra a humanidade, imprescritível, tanto no campo cível como no penal", dizem os procuradores que subscrevem a ação.

Apenas dois dos nove ministros do STF - Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Brito - concordaram com a ação da OAB, que contestava a anistia aos agentes da repressão. "Um torturador não comete crime político", justificou Ayres Brito. "Um torturador é um monstro, um desnaturado, um tarado. Um torturador é aquele que experimenta o mais intenso dos prazeres diante do mais intenso sofrimento alheio perpetrado por ele. É uma espécie de cascavel de ferocidade tal que morde ao som dos próprios chocalhos. Não se pode ter condescendência com o torturador. A humanidade tem o dever de odiar seus ofensores porque o perdão coletivo é falta de memória e de vergonha".

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 Luiz Cláudio Cunha é jornalista.
cunha.luizclaudio@gmail.com

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