quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MUSEU DE ARTE DO RIO MUDA O MAPA CULTURAL DA CIDADE


Presidente Dilma vai a Praça Mauá inaugurar o MAR

 

Por Luis Turiba

 

O museu em si é uma intrigante peça de arte de arquitetura. Grande, imponente, substancioso. O novo interagindo com o tradicional na Praça Mauá. Arte por dentro e arte por fora, uma verdadeira onda que forma o MAR.

 

E assim, a cidade do Rio de Janeiro ganha neste 1º de março, quando completa 448 anos, uma grande morada para as artes visuais: o Museu de Arte do Rio (MAR) que será inaugurado com pompa e circunstância pela presidente Dilma.

Tive a oportunidade de visitá-lo nesta 5ª-feira à tarde acompanhado pelo seu diretor-executivo Luis Fernando de Almeida (na foto), ex-presidente do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

 

Tudo aconteceu magicamente, presente enviado pelos deuses cariocas. Na realidade, fui à Praça Mauá por conta e risco impressionado com a arquitetura do novo museu, que torna-se uno ao juntar dois prédios de arquiteturas diferentes: um do início do século XX, outro dos anos 40/50. Depois de observar o MAR de longe, resolvi me aproximar e na entrada reencontrei Luiz Fernando, colega da gestão de Gilberto Gil à frente do MinC, que me guiou em visita rápida.

 

Antes porém, ao admirar o MAR à distância, cheguei a conclusão que o museu mudou radicalmente a Praça Mauá, antes mesmo da inauguração do novo Porto Maravilha que vem por aí. O MAR, sem dúvida, será um dos novos polos culturais do Rio de Janeiro, valorizando o Morro da Conceição, toda a Zona Portuária e fazendo conexões com outros centros culturais, como o CCBB; a Biblioteca Nacional, na Cinelândia; e toda a Lapa.

 

Como obra de arte, o novo museu tem seu ícone: uma gigantesca superfície branca ondulada, feito com 800 toneladas de concreto, nos traz a sensação de uma grande onda em pleno ar. Essa peça começa no prédio mais novo de cinco andares e um terraçaço, onde funcionará a Escola do Olhar. De lá, a onda encobre o Palacete D. João VI, de 1916, também com cinco andares, onde fica o Complexo Expositivo do MAR. A onda tem 1,7 mil metros quadrados sustentada por 37 pilares e, em si, já é uma obra e tanto.Lá em cima, onde funcionará um restaurante, há um vão que liga os dois prédios. Bem em frente, ao alcance dos olhos dos visitantes, está sendo construído o polêmico Museu do Amanhã.

 

"Aqui de cima, olhando para a Baía de Guanabara, o visitante tem uma visão estilo "Matrix, onde você vê dentro do mesmo ângulo a Ponte Rio-Niterói e seu intenso movimento de veículos; o cais do porto com seus navios em movimento; o aeroporto Santos Dummont com aviões pousando e decolando; barcos, carros, ônibus, jato tudo ao mesmo tempo", ressalta Luiz Fernando.

No prédio mais moderno, inúmeras salas de aulas da Escola do Olhar. "Fazer essa escola funcionar bem, de forma dinâmica, é o nosso desafio. Esse também é um projeto educacional", afirma o diretor-executivo.

 

A primeira meta da instituição é receber 600 mil alunos da rede de ensino da cidade em três anos. No acervo, além das três mil obras, o MAR já possui 5 mil livros para sua biblioteca, e também 5 mil peças de memorabilia e documentos históricos sobre o Rio. Mais de 40 fundos de doadores já cederam ou vão ceder, diretamente, como pessoas jurídicas, empresas ou instituições, peças para a coleção do MAR.

 

O Complexo Expositivo está sob a responsabilidade e curadoria de Paulo Herkenhoff, diretor artístico da instituição. Ele foi diretor do Museu de Belas Artes também na gestão Gilberto Gil.

Entre as obras do Complexo há um Aleijadinho. O quinto andar é todo dedicado ao Rio de Janeiro com mais de 400 quadros que serão apresentados em diferentes ocasiões. Há salas interativas para vídeos, onde você pode, por exemplo, fazer um passeio de bonde observando os prédios da Avenida Central (atual Rio Branco), no início do século, como a sede do Clube de Engenharia e o Theatro Municipal.

 

A visita deve sempre começar no 5º andar, e à medida que se vai descendo o visitante vai se aproximando da atual arte contemporânea praticada no Rio de Janeiro, como o simbólico projeto Morrinho. Mas antes, você pode apreciar uma belíssima dama nua de Maria Martins, obras construtivistas e concretas de Lygia Clark e Hélio Oiticica.

 

Enfim, é o Rio se preparando para mostrar-se o mais lindamente possível para o mundo, durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O MAR é um incentivo ao turismo museológico no Rio, o que já acontece em São Paulo.

 

Ps: o MAR foi concebido pela prefeitura do RJ e a Fundação Roberto Marinho, tem como patrocinadores as Organizações Globo, a Vale, o Ibram; com realização do Ministério da Cultura, via Lei Rouanet. 

 


MUSEU DE ARTE DO RIO MUDA O MAPA CULTURAL DA CIDADE




Presidente Dilma vai a Praça Mauá hoje inaugurar o MAR


Por Luis Turiba


O museu em si é uma intrigante peça de arte de arquitetura. Grande, imponente, substancioso. O novo interagindo com o tradicional na Praça Mauá. Arte por dentro e arte por fora, uma verdadeira onda que forma o MAR.


E assim, a cidade do Rio de Janeiro ganha neste 1º de março, quando completa 448 anos, uma grande morada para as artes visuais: o Museu de Arte do Rio (MAR( que será inaugurado com pompa e circunstância pela presidente Dilma logo mais.

Tive a oportunidade de visitá-lo hoje à tarde acompanhado pelo seu diretor-executivo Luis Fernando de Almeida, ex-presidente do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.


Tudo aconteceu magicamente, presente ganho dos deuses cariocas. Na realidade, fui à Praça Mauá por conta e risco impressionado com a arquitetura do novo museu, que é uno ao juntar dois prédios de arquiteturas diferentes: um do início do século XX, outro dos anos 40/50. Depois de observar o MAR de longe, resolvi me aproximar e na entrada reencontrei Luiz Fernando, colega da gestão de Gilberto Gil à frente do MinC, que me guiou em visita rápida.


Antes porém, ao admirar o MAR à distância, cheguei a conclusão que o museu mudou radicalmente a Praça Mauá, antes mesmo da inauguração do novo Rio Maravilha que vem por aí. O MAR, sem dúvida, será um dos novos pólos culturais do Rio de Janeiro, valorizando o Morro da Conceição, toda a Zona Portuária e fazendo conexões com outros centros culturais, como o CCBB; a Biblioteca Nacional, na Cinelândia; e toda a Lapa.


Como obra de arte, o novo museu tem seu ícone: uma gigantesca superfície branca ondulada, feito com 800 toneladas de concreto, nos traz a sensação de uma grande onda em pleno ar. Essa peça começa no prédio mais novo de cinco andares e um terraçaço, onde funcionará a Escola do Olhar. De lá, a onda encobre o Palacete D. João VI, de 1916, também com cinco andares, onde fica o Complexo Expositivo do MAR. A onda tem 1,7 mil metros quadrados sustentada por 37 pilares e, em si, já é uma obra e tanto.Lá em cima, onde funcionará um restaurante, há um vão que liga os dois prédios. Bem em frente, ao alcance dos olhos dos visitantes, está sendo construído o polêmico Museu do Amanhã.


"Aqui de cima, olhando para a Baía de Guanabara, o visitante tem uma visão estilo "Matrix, onde você vê dentro do mesmo ângulo a Ponte Rio-Niterói e seu intenso movimento de veículos; o cais do porto com seus navios em movimento; o aeroporto Santos Dummont com aviões pousando e decolando; barcos, carros, ônibus, jato tudo ao mesmo tempo", ressalta Luiz Fernando.

No prédio mais moderno, inúmeras salas de aulas da Escola do Olhar. "Fazer essa escola funcionar bem, de forma dinâmica, é o nosso desafio. Esse também é um projeto educacional", afirma o diretor-executivo.


A primeira meta da instituição é receber 600 mil alunos da rede de ensino da cidade em três anos. No acervo, além das três mil obras, o MAR já possui 5 mil livros para sua biblioteca, e também 5 mil peças de memorabilia e documentos históricos sobre o Rio. Mais de 40 fundos de doadores já cederam ou vão ceder, diretamente, como pessoas jurídicas, empresas ou instituições, peças para sua coleção do MAR.


O Complexo Expositivo está sob a responsabilidade e curadoria de Paulo Herkenhoff, diretor artístico da instituição. Ele foi diretor do Museu de Belas Artes também na gestão Gilberto Gil.

Entre as obras do Complexo há um Aleijadinho. O quinto andar é todo dedicado ao Rio de Janeiro com mais de 400 quadros que serão apresentados em diferentes ocasiões. Há salas interativas para vídeos, onde você pode, por exemplo, fazer um passeio de bonde observando os prédios da Avenida Central (atual Rio Branco), no início do século, como a sede do Clube de Engenharia e o Theatro Municipal.


A visita deve sempre começar no 5º andar, e a cada andar abaixo o visitante vai se aproximando da atual arte contemporânea praticada no Rio de Janeiro, como o simbólico projeto Morrinho. Mas antes, você pode apreciar uma belíssima dama nua de Maria Martins, obras construtivistas e concretas de Lygia Clark e Hélio Oiticica.


Enfim, é o Rio se preparando para mostrar-se o mais lindamente possível para o mundo, durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O MAR é um incentivo ao turismo museológico no Rio, o que já acontece em São Paulo.


Ps: o MAR foi concebido pela prefeitura do RJ e a Fundação Roberto Marinho, tem como patrocinadores as Organizações Globo, a Vale, o Ibram; com realização do Ministério da Cultura, via Lei Rouanet. 


DOIS POEMAS DE UM POETA ARDENTE



Com os parafusos a mil

 

Comigo me desavim

Era humano, hoje verso

Se sigo meu estopim

Nem as paredes confesso

 

Tenho os olhos vermelhos

Dos poetas solitários

Das veias faço novelo

A plenos pulmões canários

 

Nem a vidente cigana

Evidentemente ardente

Eu sou o que sou: bacana

Tenho frias costas quentes

 

Ando tão à flor da pele

Com meus parafusos a mil

Me Love mas não me leve

Pátria amada ó mãe gentil

 

Não presto mas eu te amo

Nosso namoro é uma festa

Eita!! Que amor profano

Uma revolução seresta

 

Vida louca vida breve

Metamorfose ambulante

Tenho o coração em greve

Mas sonhos de navegante

 


JATOBÁ-REI

 

1

Juba de leão

Corpo de elefante

Raízes intensas

Galhos parabólicos:

O jatobá-rei

É a consciência

Da floresta,

São seus olhos

 

2

Carrapatos me mordam

Macacos me molhem

Pica-paus me piquem

Peixes me pesquem

O jatobá-rei me olha

O jatobá-rei me cerca

Ouço suas súplicas

Sinto suas preces

 

3

Jatobá-rei é você

Quem me anoitece

Jatobá-rei sou seu

Quem te amanhece

 

4

O jatobá-rei

Não tem preço

Não tem família

Não tem dono

Nenhum mercado

Pode comprá-lo

Senhor nenhum

Lhe tira o sono

 

5

Jatobá-rei

É irmão de remo

Do velho poeta

Do rio menino

 

No Rancho Fundo

De olhar sereno

Meu desafio

É o teu destino

 

 

CASTIGO À TORCIDA DO CORINTHIANS É A "UPP" PARA NOSSOS ESTÁDIOS

ZICO SIM, VIOLÊNCIA NÃO

Luis Turiba

Recebo do meu amigo e poeta Adeilton Lima um belíssimo texto falando desse lindíssimo senhor que também enfeitiçou meu coração rubro-negro na minha juventude. Com Zico, fui e fomos CAMPEÕES DO MUNDO. Zico é sinônimo de emoção, alegria, dignidade e lindos gols. Por isso, compartilho tudo isso aqui e no meu blog tudo isso - www.blogdoturiba.blogspot.com

A torcida do CORINTHIANS também foi CAMPEÃ do MUNDO recentemente no Japão. Como a rubro-negra, é uma torcida maravilhosa, empolgante e que pulsa o tempo todo.

Mas não podemos aceitar ASSASSINOS em nossas torcidas. E o que a torcida do Corinthians fez na Bolívia foi um involuntário ASSASSINATO de um jovem torcedor boliviano, um menino cheio de sonhos e futebol na cabeça e no coração. 
Por esse crime, a torcida do Corinthians foi (merecidamente) banida da Taça Libertadores da América. O que pode parecer um absurdo, na realidade é um merecido castigo. Estádios de futebol são arenas de arte e ZICO (assim como Sócrates) sabe disso. Não cabe mais no futebol mundial hordas de vândalos armados de sinalizadores e outros petardos mortíferos.

As torcidas dos clubes brasileiros - Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Botofogo, Vasco, São Paulo, Fluminense, Sports, Grêmio, Atléticos, etc, etc - estão repletas de ASSASSINOS em potencial. Basta lembrar as porradarias depois dos jogos.

E os dirigentes e os torcedores de boa índole (99,9% deles) têm (temos) que banir esse tipo de comportamento de nossos estádios. E isso tem de ser JÁ. Temos pela frente a Taça das Nações e no ano que vem a Copa do Mundo.

Foi duro o castigo para os corinthianos? Foi. Mas foi exemplar e que a lição seja aprendida. Se não, de que valeu o exemplo de Zico, que estará completando 60 anos de vida?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ateliê da Imagem comemora 14 anos com um novo site

                                             

 

Ateliê da Imagem Espaço Cultural comemora 14 anos com um novo site

Desde sua fundação, em 1999, o Ateliê da Imagem Espaço Cultural vem se consolidando como uma das principais referências brasileiras no ensino, produção e pensamento sobre a fotografia e a imagem contemporânea.

Além de funcionar como uma escola livre da imagem, o Ateliê se destaca por sua produção cultural, promovendo diversas atividades "dentro e fora de casa", como o Projeto Sexta Livre, um evento aberto ao público e que, desde sua criação, contou com a participação de mais de 700 artistas e fotógrafos do Brasil e exterior.

Para comemorar o aniversário de 14 anos, o Ateliê da Imagem lança um novo site. Nele o internauta poderá conhecer a casa da Avenida Pasteur num Tour virtual 360°, a biblioteca virtual com textos de especialistas para free download, uma galeria de alunos, projetos culturais, links, clipping de matéria e todas as exposições dos maiores nomes da atualidade que passaram pela Galeria do Ateliê nesses anos todos. Acesse: http://www.ateliedaimagem.com.br/

Serviço:

Ateliê da Imagem Espaço Cultural

Avenida Pasteur, 453, Urca

Telefone: (21) 2541-3314

 

 Assessoria de Imprensa

Hanna Melo (21) 2547-49523 / (21)9146-0538













TERÇAÉDIA de PAULÃO 7 CORDAS


DE PAULÃO 7 CORDAS NO CARIOCA DA GEMA
Programa imperdível para quem quer curtir a Lapa e o Rio

DOIS POEMAS ESQUISITOS



LEQUE CONCRETISTA


"Só o incomunicável comunica"

               Augusto de Campos

 

Nesta ninfeta são e virgem e vã Poesia

Num reluzir de Sohl ex-tudo mil extremos

Liberto-me dos clãs dos cães dos tais dos demos

Pois Viva a Vaia vale a lei da mais valia

 

Ex-cunho versos Pró sem regras & sem guias

Sirvo-me do Pulsar, Pressauros e tesouros

- Muito obrigado, críptico:a mina d`ouro

Eu mesmo faço. Fiz. Farei free. Se a faria?!

 

Pound, Cummings, Mallarmé – santos trimestres

Borges, Rosas, João Cabral – meus Dias Dias

Na marginal Chacal chocou-se em shows chicletes

 

Das tra(du)ições mamei as cores e holografias

Não viciei, porém, no espaço – só no leque

Deste Noigrandes vampi & anti & vã Poesia

 

 

Vácuo

 

oxigênios

oxilêncio


.

.

azul-ozônio

.

cigarras

ziiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmm

 


PRIMEIRO BARCO ELÉTRICO E AUTO-SUSTENTÁVEL É CONSTRUÍDO NO BRASIL

UM BARCO AUTO-SUSTENTÁVEL

O primeiro barco brasileiro auto-sustentável, o Solaris, com 7 metros e meio, está sendo construído na marina do Clube São Cristovão na entrada da Ilha do Governador. Ele deve ficar pronto até maio deste ano, quando começa a velejar.

O barco terá motor movido a eletricidade, com captação de energia solar, e será uma célula de sobrevivência, pois sua base será de garrafas PET, o que o impede de afundar.

O proprietário do barco é Fernando Santos e a construção está sob a supervisão de John Matheson. No dia 21 de dezembro, pouco mais de três meses após o início da obra, Fernando convidou seus amigos para o churrasco da virada do casco.

Fernando Santos tem uma ótima noção de como se deve tocar uma obra. Em vez de seguir uma trilha linear, queimando uma etapa de cada vez, ele vai adquirindo simultaneamente todos os equipamentos do barco para que quando a obra esteja concluída seja só instalar os equipamentos e sair velejando.Nessa hora o fato do projeto ser muito bem detalhado, e possuir uma lista completa de materiais e equipamentos, ajuda bastante a quem deseja antecipar o lançamento.

Ele pretende fazer o possível para que em abril ou maio esteja navegando. Motor elétrico, quilhas, lemes, ferragens e acessórios já foram adquiridos. A mastreação também já foi encomendada. Até o fogão a álcool Origo recomendado no projeto já foi adquirido, de modo que não é sonho de uma noite de verão que ele possa estar navegando no fim do outono.

Fernando também teve uma brilhante ideia, a qual se encaixou como uma luva no espírito da classe. Em vez de usar espuma para encher os compartimentos estanques do barco que lhe asseguram sua flutuação positiva em caso de inundação, está usando garrafas PET para fazer esse serviço.

As garrafas além de serem de graça e seu aproveitamento ajudar o meio ambiente, elas não absorvem uma gota d'água sequer. A ideia é tão boa que iremos recomendar essa solução no roteiro de construção do projeto.

http://www.yachtdesign.com.br/img/pp25/2ca3184d.gif

Solaris já apoiado em suas duas quilhas. Essa foi a primeira vez que um Pop 25 testou essa condição de não necessitar de berço para se apoiar. Na foto aparecem: Roberto Barros, da equipe de B & G Yacht Design, e Fernando Santos, o de camisa branca. Cortesia: Fernando Santos.

O que já ficamos sabendo ao visitar o Solaris é que o barco se apoia muito bem em suas duas quilhas e que seu interior é surpreendentemente volumoso para um veleiro de 25 pés. Agora, a cada novo dia iremos saber mais novidade sobre a classe, a mais esperada delas sendo a primeira inauguração de um dos barcos, que no dia de hoje parece que irá acontecer com o Horus.

 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

POEMA PARA SAUDAR EXU


Laroyê!


um poema farofa com dendê

 

I

São todas as fuzarcas num só fuzuê

Ser ou não ser

Eis meu poema padê

 

II

Das pré-coisas aos pós-tudo

Dura (lex) se há dialética

Tramas signos mantras betas

Todo poema é um ser galáctico

..................................................

Quem vem a este fausto léxico?

 

III

O Sol enluciferou-se em

    fértil fera – nasce Exu.

(E já que estava nascido

   jamais deixou de nascer.)

Uiva quase um olhar verde

    movido a raios de acre.

Dá a impressão que é rasgado

    - na verdade um discarado.

Corre caminhos dobrados

    contudo ninguém lhe vê

Que mara-mara-marailha He

      Egito......Laroyê!!!!!!

 

IV

É o demo dos cruzos alados

     - diz Pierre Verger.

Zangado sapata a pedra

    até a rocha sangrar.

Tem o ágil do macaco

    um impulso a tigrá-lo.

Não se deixa de ofertar-lhe

     lhe cobrir e lhe benzer.

Se em santa ceia xirê

    eis o primeiro a padê.

Não me pegue não me toque

    quero vê-lo em Ilu-Ayê

 

V

Nascido de uma pedra yang

     ele habita um Baobá.

Mesmo sem sobrenomes

    elegante é Elegbara.

Kyzulado faz kyzumbas

    zykyzyras & kiprokós.

Anjo de ar Mônico

  das mil manhas e maquetes

Sempre um fio-equilíbrio:

  doce o mel: forte o dendê

Sócio de Orumilá

   Neto de Oduduá

      Filho do Deus-Dará

 

VI

Eh Hê...

Tem Exu em Carybé

     Em Valentim, em Mário Cravo

Desde Gregório de Matos

     tem Exu na poesia.

Tem Exu em Assis-Machado

     (leia: A Igreja do Diabo)

Exu é Deus e o Diabo

     no seco sertão de Glauber.

É a cabeça do cavalo

    Em Guernica de Picasso

Tem Exu até nas lesmas

    do mago Manoel de Barros

Exu é o demo em Roas

    no meio do redemoinho

Sempre esteve entre os Andrades

    - quem era Macunaíma?

V acuo do Sol com a Lua

     entre estrelas e entrelinhas

 

VII

 

Clip dos sem limites

   chip da ordem cósmica

Negro Exu foi rei em Ketu

   hoje é a tecnologia

Orixá super-star

   herói dos sem-voz-nem-vez

Ereto é éter que flama

   Ori axé vinho de palma

Quando chega avião-ponte

   quando sai : ecxoceta

De estrutura toda em sete

   só moléculas de prazer

Do que avizinha e vicia

  tezudeza e vida Erê

Ser cavalo em Xorokê

   força que cheira e excita

Evoê & Laroyê ! ! !

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

POEMA MOLHADO

Poema molhado

A chuva, que dádiva,
sugadora de ansiedades.

Espécie de lexotan meteorológico da
existência humana.

Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações.
Pessoas repensam suas órbitas

Quem ta na chuva é pra melhorar
e molhar suas roupas novas
seus sonhos de valsa
suas capas e galochas.

A chuva, além de encharcar,
cai para além dos guardas-chuvas.

Encolhe às pressas os cabelos esticados
nos longos congestionamentos de volta ao lar.

A chuva é isso & também aquilo.

Ela é muito perigosa.
Anda fora dos trilhos
molhadinha,
fêmea cheia de pingos.

"VESTIDO DE NOIVA" DE NELSON RODRIGUES GANHA LEITURA PÓS-MODERNA

NELSON RODRIGUES PÓS-TROPICALISTA NA
NOVA MONTAGEM DE VESTIDO DE NOIVA

Luis Turiba

Tenho uma visão totalmente carnal e pessoal de Nelson Rodrigues.
Quando fui "foca" na redação de O Globo, em meados dos anos 70,
entrava na redação às oito da matina e lá estava ele sentado à mesa
batucando na sua velha Remington, sempre com uma ponta de cigarro no
canto da boca, escrevendo sua crônica sobre o Sobrenatural de Almeida
no time Fluminense.

Menino ainda, passava pelo mago e dava um largo "bom-diiiiiaaaaa". Ao
que ele respondia: "hruuunmuumm". Era o próprio "óbvio ululante"
naquela velha redação atrás de uma manchete sensacionalista.

Ontem fui assisti "Vestido de Noiva", adaptação e direção de Renato
Carrera, no SESC do Centro. A peça é histórica. Foi estreada em 1943,
portanto há 70 anos, e dizem que trouxe o Modernismo para o palco. O
"Vestido", diz Sábato Magaldi, "rasga a fronteira da consciência e se
realiza na maior parte como a projeção exterior da subconsciência de
Alaíde, a heroína. Nelson gostava de dizer que a peça foi "a primeira
tragédia carioca".

A montagem de Renato Carrera, com destaque para a atuação da atriz
Patrícia Pinho como a velha cafetina das alucinações psíquicas de
Alaíde, me trouxe aquela incrível sensação que o tempo passou e o
texto de Nelson Rodrigues continua atual para quem busca a
modernidade.

A peça tem um quê de "pós-tropicalismo", de "Programa do Chacrinha" na
era cibernética, de falso brilhante, que muito me agradou. Sua
montagem conseguiu alcançar uma dialética dinâmica, com um jogo de
cores/luzes bem resolvido como se tudo aquilo fosse um carro alegórico
de Paulo Barros com seus segredinhos chineses.

Os cortes são geniais e deixam o conteúdo não linear no ar. A
narrativa plástica de sequências quase rítmicas deu nova vida ao
complexo texto psicológico de um autor à beira da neurose, como foi
Nelson Rodrigues.

Sai do teatro desejando "meeeerda" a trupe que acaba de estrear e que
a peça tenha longa vida pelos palcos que o SESC, essa instituição de
quinta grandeza cultural, pode vir a patrocinar. Para todos que
confeccionaram esse vestido: "Nam Myoho Rengue Kyo!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ESCOLA DE CINEMA DARCY RIBEIRO ABRE INSCRIÇÕES

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Rio de Janeiro - RJ

Tel.: (21) 2516-3514 - Ramal 111

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

FANTASIA UTILITÁRIA


Fantasiado de banquinho


Luis Turiba


Esse ano sai fantasiado de "banquinho".


Fui aos blocos, às bandas, aos bailes e às praças do carnaval carioca carregando e utilizando, sempre que fosse preciso, minha fantasia de "banquinho azul".

Ela (ou ele) me custou – já que não tive patrocínio- 24 reais em uma Lojas Americanas. Sinceramente, 24 até que saiu barato, pois a fantasia em questão teve mil e uma utilidades.


Só não consegui levá-la à Sapucaí, onde desfilei de Crô na bateria da São Clemente, tocando cuíca. Cheguei a pensar num efeito especial a la Paulo Barros, onde o banquinho se inserisse no contexto rítmico e...; bem, deixei pra lá: preferi sustentar-me firme duas horas em pé, pois a dupla fantasia poderia atrapalhar o andamento da escola.


Mas cá entre nós, fantasia, além de prática e útil, estava repleta de significados e significantes sociais, políticos e eco-sustentáveis. Primeiro, meu banquinho é extremamente anatômico, designer pós-moderno e desmontável em fração de segundos. Apesar de ter assento de plástico, não é um "mala" como Renan Calheiros. Ao contrário: carreguei-o como uma levíssima bolsa tipo essas plumas que saem dos bumbuns das rainhas de bateria. Desmontado, ao andar, ainda me serviu de bengala.


Explico: recentemente tive dois nervos ciáticos da perna esquerda pinçados pelo disco da coluna. No tratamento, a perna direita foi superutilizada e uma antiga distensão muscular (mal curada) na batata da perna direita,voltou a me incomodar terrivelmente. Como era carnaval, resolvi deixar "a dor em casa me esperando/ e brinquei e sambei vestido de rei/ quarta-feira sempre desce o pano". 

Daí o banquinho. Doía a panturrilha, eu parava, abria-o, sentava e continuava a brincar. E assim, aprendi a dançar sem sair da fantasia.


Mas meu querido banquinho transcendeu, começou a fazer outros tipos de atendimentos carnavalescos extra-existenciais.

Alguns exemplos: no "Aconteceu" de Santa Teresa, a fantasia virou realidade. O banquinho deu sustentabilidade a jovens que se excederam no teor alcoólico. De cara, serviu de assentamento para alguém que excedia também em massa corpórea. Outra precisava respirar fundo e reencontrar o prumo, pois lá estava o banquinho generoso.


Já no final do bloco, uma foliona bem mais preparada para ser encaçapada pela primeira Lei Seca que aparecesse à sua frente, sentou-se no banquinho para buscar oxigênio e beber H2O. Foi assim que ele, banquinho, tomou sua primeira vomitada carnavalesca. Como "lavou, ta novo", a fantasia seguiu seu destino como uma dessas super bundas que no carnaval são totalmente independentes de suas donas. 


Vida que segue: foi na histórica Praça XV, no badalado baile do Boitatá, que a fantasia de banquinho fez seu primeiro atendimento de emergência. De repente, uma fantasiada catapuum; cai ao chão. Ao ser socorrida, a boca da moça sangrava mais que vítima de bala perdida. Pra onde levar a paciente? Ora, sentem a dita cuja no banquinho cirúrgico, pega um pano e muito gelo para estancar a sangria. Meia hora depois, lá estava a vítima em plena folia novamente. Dez! Nota 10 pro banquinho no quesito emergência.


Logo após, a fantasia já estava atendendo a um senhorzinho beirando aos 80, que se divertia ao som de marchinhas como "Máscara Negra" de Zé Keti. Cansado, ele experimentou a fantasia.

E esta foi a regra básica do nosso carnaval: cansava, sentava. Com a ajuda do banquinho e da minha animada/amorosa acompanhante foliona, fomos longe. Furamos blocos, irrompemos ruas, superamos buracos e calçadas, atravessamos histórias e fizemos o carnaval acontecer.


Em todos os blocos, lá estávamos com a fantasia-utilitária. O banquinho ainda serviu de mesinha para latinhas de cerveja, energéticos e petiscos perigosos. Passou a ser plataforma de descanso coletivo para aqueles que tinham coragem de declarar seu cansaço no último dia de carnaval.


Quando chuviscou, nem me lembro aonde, coloquei-o sobre a cabeça e nesse quesito ele também passou no teste: foi um fantástico guarda-chuva de pouca telha.


Mas bom mesmo foi quando sentei na fantasia em plena faixa de pedestres do Largo do Machado, como um solitário Beatles na sua Abbel Road particular. Foi aí que o banquinho justificou sua existência kármica. A poucos quilômetros dali, em pleno Aterro do Flamengo, uma banda chamada "Sargento Pimenta" transformava o repertório de Lennon&McCartney em belíssimas marchinhas.


Aí o banquinho não resistiu e saiu dançando sozinho.


Luis Turiba é poeta, articulista, cuiqueiro e capenga


FANTASIA UTILITÁRIA

Fantasiado de banquinho


 Luis Turiba


Esse ano sai fantasiado de "banquinho".


Fui aos blocos, às bandas, aos bailes e às praças do carnaval carioca carregando e utilizando, sempre que fosse preciso, minha fantasia de "banquinho azul".

Ela (ou ele) me custou – já que não tive patrocínio- 24 reais em uma Lojas Americanas. Sinceramente, 24 até que saiu barato, pois a fantasia em questão teve mil e uma utilidades.


Só não consegui levá-la à Sapucaí, onde desfilei de Crô na bateria da São Clemente, tocando cuíca. Cheguei a pensar num efeito especial a la Paulo Barros, onde o banquinho se inserisse no contexto rítmico e...; bem, deixei pra lá: preferi sustentar-me firme duas horas em pé, pois a dupla fantasia poderia atrapalhar o andamento da escola.

Mas cá entre nós, fantasia, além de prática e útil, estava repleta de significados e significantes sociais, políticos e eco-sustentáveis. Primeiro, meu banquinho é extremamente anatômico, designer pós-moderno e desmontável em fração de segundos. Apesar de ter assento de plástico, não é um "mala" como Renan Calheiros. Ao contrário: carreguei-o como uma levíssima bolsa tipo essas plumas que saem dos bumbuns das rainhas de bateria. Desmontado, ao andar, ainda me serviu de bengala.


Explico: recentemente tive dois nervos ciáticos da perna esquerda pinçados pelo disco da coluna. No tratamento, a perna direita foi superutilizada e uma antiga distensão muscular (mal curada) na batata da perna direita,voltou a me incomodar terrivelmente. Como era carnaval, resolvi deixar "a dor em casa me esperando/ e brinquei e sambei vestido de rei/ quarta-feira sempre desce o pano". 

Daí o banquinho. Doía a panturrilha, eu parava, abria-o, sentava e continuava a brincar. E assim, aprendi a dançar sem sair da fantasia.


Mas meu querido banquinho transcendeu, começou a fazer outros tipos de atendimentos carnavalescos extra-existênciais.

Alguns exemplos: no "Aconteceu" de Santa Teresa, a fantasia virou realidade. O banquinho deu sustentabilidade a jovens que se excederam no teor alcoólico. De cara, serviu de assentamento para alguém que excedia também na massa corpórea. Outra precisava respirar fundo e reencontrar o prumo, pois lá estava o banquinho generoso.


Já no final do bloco, uma foliona bem mais preparada para ser encaçapada pela primeira Lei Seca que aparecesse à sua frente, sentou-se no banquinho para buscar oxigênio e beber H2O. Foi assim que ele, banquinho, tomou sua primeira vomitada carnavalesca. Como "lavou, ta novo", a fantasia seguiu seu destino como uma dessas super bundas que no carnaval são totalmente independentes de suas donas. 


Vida que segue: foi na histórica Praça XV, no badalado baile do Boitatá, que a fantasia de banquinho fez seu primeiro atendimento de emergência. De repente, uma fantasiada catapuum; cai ao chão. Ao ser socorrida, a boca da moça sangrava mais que vítima de bala perdida. Pra onde levar a paciente? Ora, sentem a dita cuja no banquinho cirúrgico, pega um pano e muito gelo para estancar a sangria. Meia hora depois, lá estava a vítima em plena folia novamente. Dez! Nota 10 pro banquinho no quesito emergência.


Logo após, a fantasia já estava atendendo a um senhorzinho beirando aos 80, que se divertia ao som de marchinhas como "Máscara Negra" de Zé Keti. Cansado, ele experimentou a fantasia.

E esta foi a regra básica do nosso carnaval: cansava, sentava. Com a ajuda do banquinho e da minha animada/amorosa acompanhante foliona, fomos longe. Furamos blocos, irrompemos ruas, superamos buracos e calçadas, atravessamos história e fizemos o carnaval acontecer.


Em todos os blocos, lá estávamos com a fantasia-utilitária. O banquinho ainda serviu de mesinha para latinhas de cerveja, energéticos e petiscos perigosos. Passou a ser plataforma de descanso coletivo para aqueles que tinham coragem de declarar seu cansaço no último dia de carnaval.


Quando chuviscou, nem me lembro aonde, coloquei-o sobre a cabeça e nesse quesito ele também passou no teste: foi um fantástico guarda-chuva de pouca telha.


Mas bom mesmo foi quando sentei na fantasia em plena faixa de pedestres do Largo do Machado, como um solitário Beatles na sua Abbel Road particular. Foi aí que o banquinho justificou sua existência kármica. A poucos quilômetros dali, em pleno Aterro do Flamengo, uma banda chamada "Sargento Pimenta" transformava o repertório de Lennon&McCartney em belíssimas marchinhas.


Aí o banquinho não resistiu e saiu dançando sozinho.


Luis Turiba é poeta, articulista, cuiqueiro e capenga

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

QUEM VIU O VERÃO POR AÍ?


Vocês viram?

Cadê o verão?
Alguém o viu

Alguém verá o verão
que não se viu?

Cadê o verão? 

Sumiu!!