segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

POEMA MOLHADO

Poema molhado

A chuva, que dádiva,
sugadora de ansiedades.

Espécie de lexotan meteorológico da
existência humana.

Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações.
Pessoas repensam suas órbitas

Quem ta na chuva é pra melhorar
e molhar suas roupas novas
seus sonhos de valsa
suas capas e galochas.

A chuva, além de encharcar,
cai para além dos guardas-chuvas.

Encolhe às pressas os cabelos esticados
nos longos congestionamentos de volta ao lar.

A chuva é isso & também aquilo.

Ela é muito perigosa.
Anda fora dos trilhos
molhadinha,
fêmea cheia de pingos.

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