Poema molhado
A chuva, que dádiva,
sugadora de ansiedades.
Espécie de lexotan meteorológico da
existência humana.
Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações.
Pessoas repensam suas órbitas
Quem ta na chuva é pra melhorar
e molhar suas roupas novas
seus sonhos de valsa
suas capas e galochas.
A chuva, além de encharcar,
cai para além dos guardas-chuvas.
Encolhe às pressas os cabelos esticados
nos longos congestionamentos de volta ao lar.
A chuva é isso & também aquilo.
Ela é muito perigosa.
Anda fora dos trilhos
molhadinha,
fêmea cheia de pingos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário