sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

UM POUCO DA BATERIA DA ARUC, NOTA MIL

 

A NOSSA BATERIA

SACODE AO SOM DO CHOCALHO

EH BATERIA

CHEIA DE CHARME

 

A NOSSA BATERIA

ACOMPANHA O MESTRE BRANCA

EH BATERIA

QUE METE BRONCA

 

A NOSSA BATERIA

É NOTA MIIIIIILLLLLLL

QUANDO ELA PASSA

TODO MUNDO FAZ

FIU FIU FIU FIU

 


OUÇAM E VEJAM LOUIS ARMSTRONG, SIMPLESMENTE O MÁXIMO

Um show de jazz para meus queridos leitores


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

...EU IA LHE CHAMAR ENQUANTO CORRIA A BARCA

 BARCA POÉTICA VOLTA A NAVEGAR NO LAGO PARANOÁ 
                                
 Poetas fazem recital na BARCA BRASÍLIA em plena LUA CHEIA 
            Embarque nessa!
A Barca Poética voltou mais profética do que nunca. Será neste próximo domingo, dia 28 de fevereiro, as 17 horas, que a Barca Brasília zarpará do cais do Bay Park Hotel, próximo da Vila Planalto, para um extraordinário passeio poético pelas águas do Lago Paranoá. No céu, ela, a lua mais linda do planeta.
A Barca Poética foi criada no primeiro semestre de 2009 pelo grupo OIPOEMA. Muita poesia e música durante um belíssimo passeio da Barca Brasília pelo Lago Paranoá em plena lua cheia. É esta tradição que será retomada neste próximo domingo. Você não pode perder!
Os poetas Vicente Sá, Nicolas Behr, Luis Turiba, Amneres, Alberto Bresciani, Angélica Torres Lima, Carla Andrade, Paulo José Cunha, os músicos compositores Paulo Djorge e Renato Matos, a atriz Dina e outros mais. Todos estarão lá, afiados e afinados com versos, prosas, sambas e outras bossas.
"Este é o primeiro recital de uma série de iremos fazer a plenos pulmões em todos os espaços possíveis de Brasília até o dia 21 de abril. Nossos recitais fazem parte do projeto "Amo Brasília nesse 50 anos". É uma resposta dos artistas que fazem esta cidade ao fracasso político e ao vexame histórico do governo Arruda. Temos o compromisso de tirar esta cidade do baixo astral que ela se encontra. Vamos fazer isto com muita poesia, uma dose de prosa e um pouco de samba que ninguém é de ferro", afirma o poeta Turiba, um dos fundadores da Barca Poética.


SERVIÇO
Barca Poética volta a navegar no Lago Paranoá. Embarque nessa!
Data: 28 de fevereiro –  domingo
Local: Cais do Bay Park Hotel: SHTN Trecho 02 Lote 05 (próximo à Vila Planalto).
Partida: 17h; Previsão de chegada: 20h30.
 
Valor do passeio: R$ 40,00
Couvert artístico: R$ 10,00
Consumo de alimentos e bebidas à parte.
Reservas e informações:
www.barcabrasilia.com.br
passeio@barcabrasilia.com.br
Telefones: 8419-7192 (Edmilson Figueiredo) e 8432-6234 (Amon Trajano).

ROUBOLATION!!! A NOVA DANÇA DA PROPINA POLÍTICA

 
MUITO BOM MESMO, VALE A PENSA VER

 
Com a crise atual do DF, ROUBOLATION é a nova sensação...

http://www.youtube.com/watch?v=ysdUueLnq6Q







 


UM POEMA DE PAULO JOSÉ CUNHA

Agora

 

    Paulo José Cunha 

 

 

 

Preservativos sob os bancos

pelos becos, pelos cantos.

 

   Alegrias urgentes.

 

           Amor?

Não. Algo mais forte:

           na hora.

 

O amor quer ser eterno.

O prazer quer ser agora.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

AÇOUGUE CULTURAL TENTA SALVAR BRASÍLIA

MOACYR SCLIAR E CÉLIO TURINO DEBATERÃO NO AÇOUGUE CULTURAL T-BONE
 
Por Luis Turiba
 
Uma geração de políticos de Brasília está fracassando na missão de criar uma saída de governabilidade para a capital depois do escandalo das propinas do governo Arruda e de deputados distritais. Tanto que a justiça clama agora por uma intervenção na capital. Isso é péssimo em todos os sentidos, mas talvez necessário.
 
Ontem (22.02) mais de cem artistas se reuniram no calçadão do Açougue Cultural T-Bone, na 312 Norte, para debater, discutir e encontrar uma saída cultural para a cidade no seu cinquentenário. Presentes o cineasta Vladmir Carvalho, o poeta Nicolas Behr, o poeta-jornalista Paulo José Cunha, Amneres, Luis Turiba, Luiz Martins, o livreiro Ivan Silva, o maestro Rênio Quintas, músicos, atores e o próprio açougueiro Luiz Amorim, que vem patrocinando esses debates.
 
Ficou acertado que os artistas farão uma série de manifestações para comemorar os 50 anos da capital, independente da programação oficial.
 
Independente disso, os saraus culturais do Açougue T-Bone estão de volta.
 
Após uma breve pausa desde a apresentação do concerto da Orquestra de Viena, em dezembro do ano passado, o Açougue T-Bone retorna com as atividades culturais com a participação de grandes nomes da literatura e da música brasileira.
Abrindo a temporada 2010, o premiado escritor gaúcho Moacyr Scliar fará bate-papo sobre seu mais recente livro, escolhido o Livro do Ano de Ficção no Prêmio Jabuti de 2009, "Manual da Paixão Solitária" (Cia. das Letras). Além dele, o escritor e secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Célio Turino, apresentará o livro "Pontos de Cultura – o Brasil de Baixo para Cima". A noite terá ainda, apresentação da poeta performática Marina Mara e a apresentação musical ficará por conta do Grupo Takto. O evento começa às 20 horas no Açougue Cultural T-Bone (comercial da 312 Norte).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"OU A GENTE SE RAONI OU A GENTE SE STING" NO BELÔ POÉTICO


RECEBI O HONROSO CONVITE PARA PARTICIPAR DO "BELÔ POÉTICO", ONDE MEU VERSO SERÁ A CHAVE DO ENCONTRO. TÔ DENTRO!!!!!

Luis Turiba

  Belô Poético – Encontro Nacional de Poesia de Belo Horizonte

 

 Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 2010

 

Ao

Poeta Luiz Turiba

  

Vimos através desta convidá-lo a participar do  6o Belô Poético - Encontro Nacional de Poesia de Belo Horizonte, nos dias 15, 16, 17 e 18 de julho de 2010 que, no geral, acontece nas dependências do Sesc Laces/JK.

O tema desse ano será:  Poetas em prol do equilíbrio ecológico – "Ou a gente se Raoni ou a gente se Sting".

 

O objetivo geral é buscar uma "sabedoria sistêmica".

Poetas de quase todos os estados do país estarão reunidos na capital mineira.

A sua participação é muito importante e conforme programação você será um dos debatedores no circuito de opiniões e conhecimentos (segue box abaixo – gentileza confirmar se a referência sobre você está OK).

 

Ressaltamos que esse Encontro  conta, principalmente, com o apoio dos próprios poetas participantes e organizadores.

Desde a 1a Edição do Belô Poético, tudo é realizado com muita solidariedade. Não há cachês e os próprios poetas e demais participantes conseguem apoios, em suas cidades,  para a compra das passagens e em troca tem afixada, no material impresso e virtual, a logomarca do apoiador; podendo ser este: prefeitura, sindicato, comércio local, ONGs, editora literária, entre outros.

O apoio logístico oferecido pela organização do evento será alimentação e estadia.

OBS: A diária do hotel inicia-se ao meio dia do dia 15/07 e encerra-se às 12h do dia 18/07. (Nome e endereço do hotel serão fornecidos em junho - o hotel fica  próximo ao local do evento).

No site do Belô há informações sobre o "conexão aeroporto", entre outras.

 

 

17 de Julho – Sábado

 

14h30 às 17h30 - Circuito de opiniões e conhecimentos

Tema: poetas  em prol do equilíbrio ecológico

'"Ou a gente se Raoni ou a gente se Sting"

                                  (Luiz Turiba)

    

Local: SESC LACES JK

 

Mediador: Tanussi Cardoso, poeta e presidente do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro (RJ)

Formadores de opinião do PI, MT, PE, que hoje residem no DF: Fred Maia, jornalista, escritor e articulista de políticas públicas junto ao Ministério da Cultura; Nicolas Behr, poeta, um dos criadores do MOVE – primeira ONG ambientalista do DF; Luiz Turiba, poeta e jornalista.

Além do poeta paulista Ulisses Tavares que reside em uma fazenda ecológica e do poeta português Fernando Aguiar, criador do Soneto Ecológico em Matosinhos/Portugal.

 

* Aguardamos confirmação via e-mail até o dia 10/03/2010, sobre a sua participação, para que o folder seja impresso e a programação seja inserida no site: www.belopoetico.com

 

                                                                         Atenciosamente,

 

 

                                                           Rogério Salgado & Virgilene Araújo

                                                                                                     Organizadores

 

 

Rua Ibituruna, 607/01 – Padre Eustáquio – Tel: (31) 3464.8213 – 8421.6827

belopoetico@yahoo.com.br

 



 

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O VELHO-NOVO CARNAVAL CARIOCA

O RIO DE JANEIRO EXPLODIU EM GENTE, ALEGRIA E FANTASIA. O BICHO VAI PEGAR....

Por Luis Turiba

O já tradicional carnaval de rua do Rio de Janeiro, que existe desde o tempo dos bondes e dos desfiles em carros abertos sem capotas, mas com muito lança-perfume, isso lá pelos 40/50, passa a ser a partir desse 2010 um fenômeno a ser reverenciado, estudado e revirado pelo avesso.

O Rio literalmente explodiu em gente, alegria e fantasia. Ultrapassou em milhões o número de foliões do tão participativo (e uniforme) carnaval de Bahia. Quatro milhões contra 2 milhões em Salvador. Mais de 500 diferenes blocos de bairros, bandas de praia, bailes em praças, nos ônibus, nas linhas do Metrô. E cadê os táxis? Sumiram...

O eixo popular do carnaval carioca mudou. Embora o centro nervoso continue sendo o mágico desfile do Sambódromo, a juventude, o povão, os turistas passaram a se divertir mesmo nas ruas e nos circuitos alternativos como Copa-Ipanema-Leblon; Lapa-Av. Rio Branco-Terreirão do Samba; Jardim  Botânico-Gávea, Santa Teresa e nos subúrbios de Madureira, Méier, Irajá, Tijuca, Bonsucesso, Vaz Lobo.

Depois de Paulo Barros, a Sapucaí transformou-se em uma espécie de Cirque du Soleir do samba e isso não é bom nem ruim. Simplesmente é.

Em cada esquina um bloco, em cada bloco um samba. O morro desce, a cidade sobe.  O bloco do Boitatá, que faz uma hiper-baile na Praça XV, é exemplo vivo desse novo carnaval carioca. Quem não estiver fantasiado, nem que seja com uma simples máscara, vai se sentir absolutamente nu.

Alguns desses blocos arrastam milhares de pessoas e criaram uma tradição momesca que já dura décadas. Banda de Ipanema, Simpatia é Quase Amor, Suvaco do Cristo, Carmelitas, etc. Como explicar um milhão de foliões, com 40 graus à sombra, atrás do Cordão do Bola Preta na abertura oficial do carnaval carioca? Sei lá, não sei....

Assim, entre esses novos focos de folia, destacam-se alguns cujo espírito carioca-folião está no nome de batismo de seus blocos. Alguns nem desfilam, ficam só concentrados.

Vejam alguns exemplos das novas agremiações carnavalescas: É pequena mas balança, Kutuca que ela pula; Imaginô? Agora amassa; Xupa mas não baba; Vem nim mim que sou facinha; Rola preguiçosa; Que merda é essa; Banda do Peru Pelado; Galinha do Meio Dia; Sufridos de Copacabana; Perereca Imperial; Os Infiéis; Banda das Quengas; Me enterra na quarta; Se me der eu como; Parei de beber, mas não de mentir; Empurra que entra; O negócio tá feio e teu nome tá no meio; e o Encosta que ele cresce.

A sensualidade já não está tão somente nas bundas. Está solta nas bandas, nos cantos, nos passos do samba que ecoa lindamente em cada esquina da cidade e nas estações do Metrô, transporte oficial do carnaval. Festa que trás em si a própria crítica quer seja à política corrupta ou aos costumes do momento. O tradicional mijão  (mijona) de rua foi permanentemente vigiado pelo mijão do lado. Esse novo carnaval aparentemente sem limites, precisa achar suas fronteiras para sobreviver a si próprio. A Riotur  ainda terá muito trabalho pela frente, pois o bicho vai pegar.

As ruas do Rio criaram uma nova dinâmica bem mais democrática e libertária que as passarelas de luxo. Também, uma máscara estilo carnaval de Veneza custa 10 reais em qualquer camelô da Avenida Atlântica, assim como uma cabeleira punk multicor quase o mesmo preço. Uma latinha em média dois reais e a alegria é totalmene gratuita e fartamente distribuída pelas artérias do Rio de Janeiro. "Olha a cabeleira do Zezé/ Será que ele é? Será que ele é?"

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

BRASÍLIA ÀS VÉSPERAS DE SEUS 50 ANOS

 
INFERNO ZOODIACAL

 

Luis Turiba

 

avis rara de rapina

raios ventos tempestade

noite escura sem fim

chupa-cabra nas esquinas

bruxas desarvoradas

cheiro de enxofre no ar

o sistema está nervoso

fim do estoque de lexotan

todos os cardiologistas de plantão

células cancerígenas em ação

ninguém baixou a bandeira a meio-pau

ebós pajelanças fuxicos intrigas

santa ceia de Judas

a estátua cega da justiça vesga olha de soslaio

e avisa:

- tô de olho! vou comer sua carniça.

CHEGOU GUILHERME, O TAL


Guilherme, o tal

 

Luis Turiba

 

Na madrugada de um sábado de carnaval

chegou Guilherme, o tal

 

Até que estava calmo na barriga da mamãe

quando ouviu o chamado do apito

e deu um grito:

 

-Obá! Skindô lelê, vou acontecer.

Era fevereiro e aconteceu

 

Veio vestido de tupinambá

ouvindo o chocalhar do ganzá

 

E nós, ao som do surdo do pandeiro e tamborim

bebemos com champagne o seu xixi

 

Chorou cantou sambou chorou

ao som da cuíca do vovô

 

Guilherme, o tal

enredo que faltava em nosso carnaval

 

 

Brasília, 19 de fevereiro de 2010 

LUIZ AMORIM DO T-BONE NESTE DOMINGÃO DO FAUSTÃO


Brasília não é corrupção. As forças vivas da cidade reagem a grande vergonha que o governo local nos deixou.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

PAINEL DO BLOCO BOITATA, CARNAVAL DE RUA DO RIO DE JANEIRO



Finalmente consegui entender a essência do carnaval de rua do Rio de Janeiro ao fotografar foliões mascarados no Bloco Boitatá, que faz o seu baile na Praça XV. Foi uma impagável curtição ao som de antigas marchinhas e memoráveis sambas.

ARUC SE CONSAGRA COM A 30ª ESTRELA NO CARNAVAL


Escola de samba do Cruzeiro foi a quarta a desfilar na noite de ontem (16) e levou o título conquistando público e jurados

 

A Aruc foi consagrada a grande campeã do carnaval 2010 do DF, conquistando sua 30ª estrela. O campeonato foi regado com muita emoção durante toda a apuração. A escola levou 10 em todos os quesitos avaliados pelos jurados. Quando a última nota foi divulgada todos já começaram a pular, gritar e a se abraçar. Em seguida, completamente emocionados, os representantes da agremiação começaram a contar: 1, 2, 3... 28, 29, 30! E a emoção foi geral! O presidente da Liga teve que chamar o Moa (Moacir, presidente da Aruc) diversas vezes no microfone para que ele pudesse subir ao palanque para receber o troféu. A emoção era tanta que por um momento a escola acabou esquecendo-se dele.

 

"Esse é o resultado natural de muito trabalho e dedicação da comunidade do Cruzeiro. É natural que as outras escolas não gostem do resultado, mas pra ser diferente alguém tem que fazer melhor que a ARUC, quem sabe no ano que vem" – afirmou o presidente Moa. Quem assistiu ao desfile do Grupo Especial e/ou acompanhou a apuração sabe o quanto a conquista foi apertada. A noite do desfile do Grupo Especial foi marcada pela forte concorrência. Todas as escolas investiram em fantasias luxuosas, carros com alegorias móveis e efeitos especiais, criatividade nas comissões de frente e sambas-enredo que contagiaram as arquibancadas. Na apuração, que aconteceu na Praça do Cidadão em Ceilândia, a disputa também foi acirrada – 1,1 ponto separou a campeã da terceira colocada. E quem também saiu ganhando foi Brasília, a aniversariante homenageada em desfiles espetaculares, dignas do tradicional carnaval carioca.

 

O enredo da Aruc foi "Brasília mística, os mistérios da capital dos sonhos". Com ele a escola encantou o público desde que a comissão de frente entrou na pista. Um balé muito bem coreografado representou Dom Bosco, JK, Dona Sara e os candangos que vieram dar forma ao sonho da nova capital.  O refrão "Aruc dá um show / pra conquistar seu coração" mostrou que não era mentira. Fantasias luxuosas e a participação da galera nos 60 minutos foram eletrizantes. A rainha e a madrinha da bateria foram outros destaques. As duas estavam muito entrosadas e encheram o desfile de simpatia. Além disso, a escola trouxe também uma ala inteira só com charmosas passistas. A inspiração do enredo no Egito estava presente em um carro com uma pirâmide, na fantasia da bateria e de algumas alas. O pique da escola se manteve até na dispersão, onde o clima de emoção reafirmou a confiança da agremiação do Cruzeiro pela 30ª estrela.

 

Quem cai para o grupo de Acesso I são os Dragões de Samambaia, que ficaram com 188,5 pontos. E trocando de posição com os Dragões, os Acadêmicos da Asa Norte foram os campeões do Acesso I e desfilam em 2011 no Grupo Especial. Robson Farias de Souza, o presidente da escola que sobe, afirmou "que a comunidade está unida e que a Asa Norte está em festa. A nossa é a única escola a conquistar dois jubileus, um há 25 anos e outro hoje. A Asa Norte não é escola de elite, é popular como as outras."

 

A escola rebaixada do Grupo de Acesso I foi a Unidos do Riacho Fundo. E quem sobe do Acesso II é a Mocidade de Valparaíso. Seu presidente, Luiz Antônio dos Santos, o Lubumba, disse que "o título foi conquistado com muita garra. O mérito é das costureiras, dos sambistas, da bateria e de toda a comunidade que trabalhou 25 dias e noites." Ele completou: "para o ano que vem a expectativa é de um carnaval ainda melhor. Apresentaremos nosso samba enredo já em junho deste ano para facilitar a captação de recursos, assim não dependeremos tanto do patrocínio do GDF."

 

Finalizando o carnaval 2010, o presidente da Liga Uniesbe (União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do DF), Geomar Climintino Leite, o Pará, "é importante enaltecer o esforço e o trabalho das comunidades em prol da grande festa." Mas ele fez questão de reprovar a ausência de autoridades locais. "Foi um desrespeito o representante da Brasiliatur não estar presente na apuração do carnaval de Brasília, mas o mesmo esteve presente na apuração do carnaval carioca."

 

Informações da Assessoria de Imprensa Liga Uniesbe

(61) 8104-9065 Marco

(61) 8102-8646 Filipe


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O NOVO PARADIGMA DO SAMBA CARIOCA

 
INSTALAÇÕES HUMANAS SUBSTITUEM PLUMAS E PAETÊS
 

Por Luis Turiba

 

Sou um mangueirense histórico. Menino criado na Rua São Francisco Xavier, fiz da Estação Primeira da Mangueira um espaço familiar da minha juventude. Ali, entre a linha do trem, a quadra e o Buraco Quente, aprendi quase tudo de samba, ouvi Cartola, assisti Delegado e cantei sambas e mais sambas com mestre Jamelão. Mangueira teu cenário é uma beleza. Teu morro sempre foi um pedaço da minha existência.

Desfilei inúmeras vezes pela verde-e-rosa e fui campeão algumas vezes, com Braguinha e Chico Buarque, por exemplo. O surdo 1 da Mangueira mora no meu coração. Em minhas artérias, sua marcação cala forte.

 

Este ano, porém, me dedique a Beija-Flor de Nilópolis. Como poeta e morador de Brasília, ajudei no que foi possível a construção do enredo "Brilhante ao Sol do Novo Mundo, Brasília: do sonho à realidade, a Capital da Esperança."

Assisti e documentei em vídeo toda a construção do enredo, desde as primeiras reuniões em março/abril, quando o vice Paulo Octávio e o ex-secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, foram à Cidade do Samba negociar o patrocínio para o enredo.

De cara, percebi ali que Selmynha Sorriso era uma pessoa muito além da porta-bandeira nota 10 de todos os carnavais carioca. Uma mulher vibrante, líder, bela, brasileiramente consciente e ligada na evolução do País. Fiz com ela uma amizade especial. Ela e o impecável Claudinho.

Nesse processo, fui indicado por Gorgulho para receber os carnavalescos Alexandre Louzada, Bira e Fran Sérgio, acompanhá-los na cidade e abrir a eles todos os segredos da história da construção de Brasília. Juntos, visitamos mil lugares, do florido do cerrado ao Açougue Cultural T-Bone, voamos de helicóptero, surfamos no Lago Paranoá, mergulhamos em todas as dimensões da história da cidade.

Quando Laila veio aqui ouvir os sambas dos compositores de Brasília, também estive presente e até compus um samba enredo que foi classificado aqui, com outros três, e chegou a ser cantado na quadra em Nilópolis – o que foi uma honra para este sambista amador. Mas foi tudo muito vivo, dinâmico, um processo amoroso.

 

Fomos ao Rio inúmeras vezes, o documentarista Maxtunay e eu. Filmamos tudo em todos os detalhes. Documentamos os carros alegóricos ainda nas armações de ferro. Fizemos a emoção da escolha do samba enredo; os ensaios na Sapucaí, a escola se preparando para o desfile. Mais de 20 horas de filmes.

 

Ontem, torcemos ardentemente pela vitória da Beija. Primeiro, porque Brasília precisa elevar seu alto astral. A quadrilha que tomou conta do Buritinga jogou muita merda do ventilador da capital. Brasília está acima de toda essa bandalheira e seu povo sofrido precisa se elevar. Depois, porque todo o material que fizemos teria muito mais valor no mercado dos documentários com a vitoria da Beija.

 

Não deu. A Beija-Flor ficou em terceiro lugar. Muito bem: venceu o bom senso e uma nova proposta de valor estético para o carnaval carioca.

Há três anos acompanho o trabalho plástico e evolutivo do carnavalesco Paulo Barros. Acabou o carnaval das plumas e paetês. Agora, vale o humano, a instalação de corpos, seus movimentos, suas cores. Surge um novo conceito de desfile e beleza para as escolas de samba do Rio de Janeiro.

 

A Unidos da Tijuca vinha na cola deste campeonato há três anos. Venceu e mereceu vencer. Os demais carnavalescos terão agora que repensarem suas propostas, seus conceitos, suas idéias.

 

A Beija-Flor falou de Brasília. Mais de uma maneira antiga. A Grande Rio, vice-campeã, contou magistralmente a história do Sambódromo. Também nada de novo. Quem fez mesmo magia e diferença neste 2010 foi Paulo Barros e sua experimental Unidos da Tijuca.

 

Valeu a beleza, a ousadia, a nova estética do samba carioca, que ganhou um certo ar planetário e universal.  Daqui pra frente o espetáculo do carnaval carioca tem novo paradigma. Viva a Paulo Barros e suas instalações humanas.   

sábado, 13 de fevereiro de 2010

...E O TEMPO VAI ESQUENTAR...

ALALA OOO OOO
 
MAIS QUE CALOR OOO  OOO
 
Do profetico Nassara, para esse carnaval quando, simplesmente, nos sentimos uma fatia de picanha indo ao forno de brasas

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

PRISÃO DE ARRUDA NÃO VAI ATRAVESSAR O SAMBA DA BEIJA-FLOR

Por Luis Turiba
 
Parece coisa de filme de suspense ou enredo de escola de samba.
Arruda é preso a menos de 48 horas do carnaval, cujo um dos desfiles mais esperados - o da Beija-Flor - homenageia Brasília e de certa forma foi patrocinado pelo seu governo.
 
Se continuar preso durante o reinado de Momo, terá o direito de assistir o desfile pela Globo, pois tem diploma de engenheiro, é ex-governador e pode ter TV na cela. Sorte a dele.
 
De qualquer maneira, matéria de O GLOBO de hoje (12.02) garante que integrantes da Beija-Flor não temem nenhum represária do público. Também pudera: a Beija-Flor vai cantar Brasília e não Arruda. Quem vai cantar Arruda são os blocos caricatos do DF e do Rio.
 
Acompanho esse enredo da Beija-Flor desde o início e sei que o público carioca não irá vaiar a Beija-Flor, que irá desfilar lindamente. Brasília é maior do que essa sujeirada toda que está aí,Arruda na frente.
 
Selmynha Sorriso, porta-bandeira da escola, uma extraordinária mulher em todos os sentidos - beleza, consciência, cidadania, responsabilidade social - sofreu muito com tudo isso, mas está absolutamente consciente e translúcida diante do traumático episódio:
 
"A capital não se resume somente a ele (Arruda). São 50 anos de história.O sonho construído por homens como Juscelino Kubitaschek e Oscar Niemeyer será destruído por causa de uma pessoa? Claro que não. Esse episódio político não vai nos atingir.A escola desfilará para ser campeã", disse ela a O GLOBO.
 
Alexandre Louzada, o carnavalesco, também é claro:
 
" O Arruda não desfile.Não faz parte do nosso enredo. Não temos nada com isso."
 
Laíla, o diretor de carnaval da escola, também não se abalou:
 
"Não temos nada a ver com mensaleiros, dinheiro na cueca.Fizemos apenas um contrato que foi cumprido e pronto. Não falaremos nada em relação a política."
 
Nem o cantor símbolo da escola, Neguinho da Beija-Flor:
 
"Não estamos preocupados com isso. Nossa cabeça está voltada para a correria das fantasias e para os ensaios técnicos.O enredo é sobre Brasília e não sobre o governador", disse o intérprete.  

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

REAJA, BRASÍLIA

"Brasilienses precisam ser donos de seus próprios destinos"

 

Por Luis Turiba

 

Vista assim de longe, do calor carioca de 40 graus, Brasília é sim a capital da esperança.
 

Agora, então, as esperanças precisam ser renovadas e desdobradas em cada um de nós, gotas latentes dessa nova e infinita esperança que se acende diante dos últimos e lamentáveis episódios políticos que enlameiam a capital.

 

A despeito dos homens que a governam (ou desgovernam como é o caso de Arruda e sua horda), o povo brasiliense é síntese do povo brasileiro, com suas glórias e suas imperfeições e vícios, mas trabalhador, desbravador, empreendedor e merecedor de todo o respeito,  pois não pode ser confundido por pessoas que preferiram trilhar o atalho do descaminho da privaricação.

 

Nossa capital fará 50 anos manchada, ferida, combalida, extremamente doente e envergonhada, clamando por "desculpa" ao resto do Brasil. Merece, como no samba do centenário Noel Rosa, o silêncio de um minuto.

 

Mas temos que recomeçar, reencontrar o caminho do  adiante, custe o que custar. Não há tempo a perder. 

Este traumático capítulo que estamos vivendo como um real pesadelo despropositado, repleto de bentos e sombras, traíras e corruptos de todos os estilos e calibres, compradores de almas e vendedores da coisa pública e de vantagens do poder, tudo isso será jogado por nós, brasileiros e brasilienses, no lixo da história sem a mínima chance de reciclagem.

 

Arruda! Nunca uma planta sacrada da flora espiritual brasileira foi tão pisada e achincalhada. Quantos galhos de arruda com sal grosso e banhos de abó serão necessários para limpar essa sujeirada que certamente levará o Oscar da Corrupção?

 

O nosso desgovernador virou sinônimo de deboche e chacota carnavalesca em todo o País. Papa-propina, imperfeito idiota que vendeu sonhos e entregou uma desilusão coletiva e traumática.

 

A cidade proposta por JK, idealizada por Lúcio Costa, construída por Oscar Niemeyer e que recebeu brasileiros de todos os rincões que aqui construíram empresas, famílias, lares, núcleos de inteligência, arte  e cultura saberá levantar-se, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

 

Nesse cinquentenário, nós, brasilienses, saberemos comemorar – no sentido mais amplo deste verbo – para a construção de um novo tempo, azul e limpo como o nosso céu, pois afinal, como escreveu Nicolas Behr; "nem tudo que é torto é errado/ vejam as pernas de Garrincha/ e as árvores do cerrado."     

LÁ VEM O BRASIL SUBINDO A LADEIRA



-TUDO TUDO TUDO VAI DÁ PÉ

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

BENJOR ANIMA O CORUJÃO DA POESIA

 
RECITAL DE POESIA VOLTARÁ A ACONTECER NA TERÇA-FEIRA GORDA. TODO MUNDO LÁ, FANTASIADO
 
Foi sensacional e contagiante, o maior barato mesmo, o 'CORUJÃO DA POESIA" que acontece toda terça-feira, de meia-noite às seis da manhã, na Livraria do Leblon, sob o comando animadíssimo de João Luís Corujão e do cantor e compositor Jorge BenJor, o Jorge Maravilha de "Chove Chuva", TajMaral"  e "Fio Maravilha" e tantas outras canções e hits que embalam o inconsciente coletivo brasileiro.
 
Durante toda a madrugada, poetas e músicos se revezam num espaço nobre da livraria para ler poemas e mandar canções. No final, BenJor faz uma roda, onde ele e alguns de maior competência levam uma música básica baseada no refrão "Corujão da Poesia" e os poetas vão entrando e soltando seus versos de maneira mais livre possível. O  resultado é performático e encantador. Ninguém fica parado ao embalo de BenJor.
 
Na madruga da última terça-feira, a  noite começou com uma magnífica homenagem a Fernado Pessoa. O poeta Refael Azevedo recitou por quase 20 minutos e de forma esplendorosa o poema "Tabacaria",  assinado pelo heterônimo Álvaro de Campos. Foram lidos sonetos e Sady Bianchin mandou alguns de seus belos poemas. Antes do final,João leu um significativo poema de Mandela que emocionou a todos os presentes. No final da noite,o músico Lê Andrade, aquele que criou uma versão reggea-inglesa para o Hino do Flamengo, animou  a festa com versões em inglês de históricas marchinhas do carnaval carioca. Como havia sido anunciado, o recital só terminou nos primeiros raios de sol. Inesquecível!  

LÍNGUA À BRASILEIRA

Poema que recitei no CORUJÃO DA POESIA
 
Luis Turiba
 
 
Ó órgão vernacular alongado
hábil áspero ponteado
móvel Nobel ágil tátil
Amálgama lusa malvada
degusta deglute deflora
mas qual fora antropofágica
salva a pátria mal amada
 
Língua-de-trapo Língua solta
Língua  ferina Língua douta
Língua cheia de saliva
Saravá Língua-de-fogo e fósforo
Viva & declinativa
Língua fônica apócrifa
Lusófona & arcaica
Crioula Iorubaica
 
Língua-de-sogra Língua provecta
Língua morta & ressurecta
Língua tonal viperina
Palmo de neolatina
Poema em linha reta
Lusíadas no fim do túnel
Caetano não fica mudo
Nem "Seo" Manual lá da esquina
 
Por ti Gueras Errante, afro-gueixa
O mar se abre o sol se deita
Por Mários de Sgarana
Por magos de Saramagos
Viva os lábios!!
Viva os livros!!
Dos Rosas Campos & Netos
Os léxicos, Andrades, os êxtases
Toda a síntese da sintaxe
Dos erros milionários
Desses malandros otários
Descartáveis de gorjetas
 
Língua afiada a Machado
Afinal, cabeça afeita
Desafinada índia-preta
Por cruzas mil linguageiras
A coisa mais Língua que  existe
É o beijo da impureza
Desta Língua que adeja
Toda brisa brasileira
 
Por mim,
              Tupi,
                      por tu, Guesa

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

MORRE EM SAMPA CANTOR SERTANEJO PENA BRANCA

José Ramiro Sobrinho morreu ontem à noite de infarto, aos 70 anos de idade.

Morreu em São Paulo o cantor Pena Branca, da dupla sertaneja Pena Branca e Xavantinho. São quase 50 anos de estrada, gravando com nomes como Fagner, Milton Nascimento.

José Ramiro Sobrinho, o Pena Branca, morreu ontem à noite de infarto, aos 70 anos de idade.

Nascido em Uberlândia, em Minas Gerais, Pena Branca trabalhou na roça quando jovem. Com 23 anos começou a cantar ao lado do irmão Ranulfo, mais conhecido como Xavantinho.

Em 1968 a dupla desembarcou em São Paulo para tentar a vida artística. Vieram os festivais, os prêmios e o reconhecimento como uma das melhores duplas sertanejas do país. Em 1999, Xavantinho morreu e Pena Branca seguiu carreira solo.

A dupla deixou como legado músicas próprias e canções tradicionais do folclore brasileiro, como Cálix Bento.

Em sua carreira solo, Pena Branca ganhou um Grammy latino. Os horários do velório e do enterro ainda não foram definidos.

MUIÉR MUIÉR MUIÉR ... HIT DO CARNAVAL CARIOCA

Música de Neguinho da Beija-Flor coloca a mulher no centro do universo e no carnaval carioca. É a música mais tocada nos blocos  e nos bailinhos.
 
Compositor da Beija-Flor se reuniu com líderes femininas, fez mudanças na letra exaltando a mulher,  mas o povo só canta a letra  original que é assim: 
 
MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR
MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR
 
UMA MUIÉR
DUAS MUIÉR
TRÊS MUIÉR
QUATRO MUIÉR
CINCO MUIÉR
SEIS MUIÉR
SETE MUIÉR
OITO MUIÉR
NOVE MUIÉR
DEZ MUIÉR
 
MUIÉR.......
 
MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR MUIÉR
 

JOÃOSINHO TRINTA VISITA A ARUC


 

Joãozinho Trinta prestigiou ensaio da agremiação do Cruzeiro

 

O barracão da ARUC (Associação Recreativa e Cultural Unidos do Cruzeiro) recebeu uma ilustre visita na noite do último domingo (7). Em visita ao ensaio da quadra da escola, que faz parte do grupo especial do carnaval do DF, Joãozinho Trinta foi o convidado de honra da noite.

 

A escola, que traz como enredo "Brasília Mística – Os mistérios da capital dos sonhos" para o Ceilambódromo na noite do dia 16, está em busca de seu 30° título do carnaval candango. O próximo ensaio da agremiação acontece na quinta-feira (11), a partir das 19h na quadra da escola que fica na Área Especial do Cruzeiro, n° 08.

 

Para Joãozinho Trinta o carnaval da cidade está em pleno desenvolvimento. "Eu sou cidadão honorário de Brasília. Decidi morar e quero trabalhar muito com a produção cultural da cidade... O carnaval de Brasília está em franca expansão e precisa de pessoas que possam cuidar com carinho desta grande festa. Estou disposto a fazer este trabalho porque é o que eu sei fazer, é o que eu sempre acreditei. Brasília deve ser, além da capital federal, a capital cultural do Brasil."

 

Os passistas estão entusiasmados com a possibilidade da conquista do trigésimo título. Seguindo Scarlet (18), "Este ano vamos com força total para conquistar a trigésima estrela!".

 

Ivan Pessoa, que faz parte da bateria da escola, destacou a ligação que todos têm com a agremiação." Estou há 4 anos na bateria mas sempre frequentei a escola. Todos os que chegam aqui ficam. As pessoas aqui fazem o samba porque gostam, isso é o que nos prende."

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

BEIJA-FLOR PREPARA MIL SEGREDOS PARA O DESFILE NA SAPUCAÍ

 
Por Luis Turiba
O último ensaio da Beija-Flor na Marques de Sapucaí, sábado passado, serviu para que mestre Laíla, diretor de carnaval da escola que terá Brasília como seu enredo, possa ao longo desta semana avaliar e corrigir as últimas falhas na harmonia para o grande desfile de domingo de carnaval, às cinco da madrugada.

O samba é empolgante e os componentes da comunidade de Nilópolis estão animadíssimos e prometem um desfile memorável com muitas surpresas, especialmente da Ala que irá representar os candangos  que construíram Brasília. Com suas fantasias esfarrapadas e representativas da grande aventura brasileira no final dos anos 50, os carnavalescos certamente arrancarão risos, choros e aplausos dos que assistirem ao desfile.

Quase 40 mil pessoas assistiram ao ensaio da Beija-Flor mas ninguém vaiou ou protestou contra os escândalos da corrupção no GDF. Esse não é assunto que interesse ao carioca que vibra com as escolas de samba do Rio.  

Segundo o site www.carnavalesco.com.br, o ensaio não foi bom mas diretor Laíla ficou satisfeito com o desfile simulado: "O ensaio foi muito proveitoso. Acompanhei toda a escola e não vi nada de errado. O Neguinho tem um compromisso que não podia faltar no interior de São Paulo e por isso não está aqui hoje - contou Laíla.

A comissão de frente, comandada por Gislaine Cavalcante, apresentou coreografia diferente do primeiro ensaio e os 14 componentes do sexo masculino usaram uma corneta. Ao centro, uma mulher que fazia movimentos que lembravam um pássaro. Sem erros, mas com pouca ousadia, os componentes fizeram boa apresentação na primeira cabine de julgadores.
Em seguida, Claudinho e Selmynha Sorrisoz apresentaram o tradicional bailado de um casal de mestre-sala e porta-bandeira, com elegância, simpatia, cortejo e entrosamento. A dupla, na primeira cabine de jurados, fez uma apresentação segura e simpática, saudando o público. Os dois foram acompanhados por rapazes vestidos de capa e cartola. - Chorei de emoção. A escola cantou e o público correspondeu. Acredito que fizemos um bom ensaio. Felizmente, deu tudo certo entre eu e o Claudinho - disse a porta-bandeira.

Ainda próximo à primeira cabine, um espaço se formou logo atrás da ala das baianinhas. No lado esquerdo, alguns componentes não preenchiam toda a extensão e deixavam pequenos vazios na pista. Uma cena curiosa marcou ainda o ensaio da Beija-Flor. Uma das componentes da segunda alegoria, sinalizada com placas, falava ao celular enquanto passava pela Marquês de Sapucaí. E foi devidamente advertida por um dos diretores de harmonia da escola.

Em geral, a Beija-Flor teve um bom canto, talvez inspirado pelo samba. Mas nem todos os foliões estavam com o samba na ponta da língua. Muitos integrantes da ala Tom e Jerry passaram pela pista animados, mas sem cantar.

A bateria fez boa entrada no segundo recuo. Na fase final do ensaio, quando o carro de som ficou próximo dos ritmistas, os Mestres Plínio e Rodney decidiram ousar e fizeram quatro paradinhas. - O ensaio foi bom, com cadência do início ao fim. Fizemos quatro paradinhas no final do treino porque tínhamos o apoio do carro de som, que estava próximo da bateria. A afinação também agradou, perfeita - comemorou Mestre Rodney, que este ano estreia como um dos primeiros diretores de bateria da azul-e-branco.

De acordo com ele e com o metrônomo do SRZD-Carnavalesco, o ritmo começou com 144 batidas por minuto e depois se manteve em 143 batidas por minuto. A Beija-Flor será a última a desfilar no domingo de carnaval.     

 

LUIS AMORIM GRAVOU PROGRAMA DO FAUSTÃO PARA DEFENDER BRASÍLIA

TV GLOBO VAI MOSTRAR QUE BRASÍLIA NÃO É SÓ CORRUPÇÃO
 
Dono do Açougue Cultural T-Bone, o açougueiro Luis Amorim, esteve no Projec na última sexta-feira gravando depoimento para o Programa do Faustão. Ele falou sobre seu projeto de bibliotecas em pontos de onibus e fez uma apaixonada defesa da cultura brasiliense.
Seu depoimento irá ao ar no próximo domingo, em pleno carnaval, e Amorim falará sobre as biblitecas que montou pela W-3 Norte e da força dos grupos culturais de Brasília, defendendo a cidade contra os corruptos e os governantes corruptos e idiotas.
 
Um exemplo a ser seguido

CALOR FAZ BLOCOS SAIREM CEDINHO NO RIO

O fim de semana pré-carnavalesco do Rio de Janeiro, que para muita gente é até mais gostoso que  o próprio carnaval, teve uma grande novidade nos desfiles dos blocos históricos da cidade: a maioria começou o desfile antes das oito da matina por uma razão muito simples:  ninguém agüenta pular, cantar, sambar e beber depois das 10 horas com um calor de 40 graus e uma sensação térmica de quase 50.

Então, para evitar insolações e outras sintomas como desindratações e quedas de pressões, o Savaco do Cristo e as Carmelitas de Santa Teresa, por exemplo, concentraram-se às 8 e sairam perto das nove. Quando deu meio-dia, o Suvaco chegou ao seu ponto final na Praça da Gávea com 30 mil pessoas no seu rabo. Todas exaustas!!!
Mesmo assim, muita gente desmaiou. No final, chuva de pedras de gelo e muito banho de água mineral para a rapaziada recuperar as forças.

BRASÍLIA COMEMORA 50 ANOS SEM O GOVERNO

Artistas semobilizam para fazer uma festa digna de uma Brasília limpa e trabalhadora
 
Respirem fundo e leiam convite do maestro Renio Quintas

Amigos e amigas do DF do Brasil e do mundo, quero lhes reportar que estamos trabalhando a todo vapor no Projeto Brasília outros 50 anos, que se torna cada vez mais real e palpável pela grandeza da riqueza e da diversidade de nossa Cultura feita em casa, por nós, os ouros da casa, os artistas do mundo, que optaram por aqui viver, pela qualidade de vida, pela proximidade com um céu inexplicável e pela pureza de um ar que se mostra cada vez mais poluído com as governanças que se mal-sucedem na (ir)responsabilidade de governar o único Patrimônio Cultural da Humanidade do Século XX. Não queremos rivalizar em fausto nem em pompa com o dinheiro sujo que circulará nas festividades oficiais, estamos óbviamente na captação de recursos limpos, suprapartidários para viabilizar um mínimo de beleza e estrutura e remuneração que merecemos e precisamos, e mais ainda, de coração aberto e limpo nos daremos as mãos para nos vermos e nos abraçarmos celebrando mesmo o fato de que nossa amada jovem cinquentona chega aos 50 anos com um vigor cultural e um acelerador de beleza cada vez mais evidentes na excelencia dos nossos artistas de todas as linguagens, que explodem em talento e capacidade cada vez que exercem seu ofício. Essa é a proposta, cheguem junto, vamos brindar com o amor que nossa cidade merece e deixar que essa triste história de quem queria apenas usar nossa cidade para seu exercício insano e irresponsável de poder sujo e glória abjeta seja jogado no Lixo da História de nossa cidade! Viva a Cultura de Brasília, Viva o Povo de Brasília, Viva o Povo Brasileiro, Viva a Cultura Brasileira! Vamos que vamos! Visitem e se tornem seguidores do blog www.brasiliaoutros50.blogspot.com para obter as notícias mais quentes de nossa epopéia! Vamos que vamos!
Abs muita Arte,
Renio Quintas

--
Maestro

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

RIO 40 GRAUS...NA SOMBRA

 
Desembarcar no Rio de Janeiro com a temperatura perto dos 39 graus, é tomar uma lapada de mormaço no rosto.
"E ai mano, muito calor?
"Melhor do que aquela chuva de Sampa, hein!!!!
 
Mesmo assim, o carioca é um povo feliz e tem orgulho de tomar banho de mar depois das sete da noite. Na maior marisia.......

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

MORRE PIONEIRO ERNESTO SILVA

 
BRASÍLIA ESTÁ DE LUTO, MORRE O HOMEM QUE ACOMPANHOU JK NA PRIMEIRA VISITA AO TERRENO ONDE FOI CONSTRUÍDA A NOVA CAPITAL
 
Morreu no início da tarde desta quarta-feira (3), aos 95 anos, no Hospital Brasília, o médico e pioneiro Ernesto Silva. Ele faleceu às 13h15 em decorrência de disfunção múltipla dos órgãos. A morte foi comunicada em nota oficial emitida pelo hospital.

Em agosto de 2009, Ernesto foi internado na UTI do hospital com quadro de infecção grave, resultado de uma pneumonia. Ele foi liberado, mas retornou ao centro médico em setembro por causa de uma crise hipertensiva, que exigiu monitoramento médico constante.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O QUE É POESIA? PERGUNTE AO POEMA...


45 POETAS RESPONDEM À PERGUNTA QUASE FILOSÓFICA

 

Luis Turiba

 

Deliciei-me neste início de fevereiro – Odo Oya, Salve Iemanjá! - com uma leitura que acabou se transformando em breve estudo, do pequeno-denso livro "O QUE É POESIA", organizado por Edson Cruz, primeiro volume da coleção "Os contemporâneos", da editora Confraria do Vento/Calibán, Rio de Janeiro.

 

Ganhei quase por acaso o livro de presente do poeta Nicolas Behr no recital que fizemos no Café Martinica, em lembrança de outro poeta, Ariosto Teixeira, falecido neste início de 2010. Não por acaso, a frase de Ariosto que escolhemos para homenageá-lo foi "O poema é minha vitória sobre o nada", uma quase resposta a provocante indagação.

 

O livro é maravilhoso e polêmico porque é simples e complexo e desde já recomendado a todos aqueles – poetas ou não – que se dedicam ou se identificam com a arte poética, este manto sagrada da literatura.

 

A estrutura do livro é simplérrima. 45 poetas de diversas calibragens respondem a três perguntas: O que é poesia? O que um iniciante no fazer poético deve perseguir? Cite 3 poetas e 3 textos referenciais para o seu trabalho poético. Por que as escolhas?

 

Na apresentação, Edson Cruz doura nossa pílula. Ele considera o poeta "a essência cintilante do que denominamos escritor" (...) eles carregam a responsabilidade, ou a pretensão, de serem as antenas da raça. E, cá pra nós, muitos realmente o são."

 

Fui lendo o livro despretensiosamente e, de repente, já estava lá na biblioteca revisitando outros livros básicos para ajudar a compreender melhor as respostas dos bravos bardos.

 

Gostei mais daqueles que respondem a pergunta-mãe – afinal, o que é poesia? -, com pura poesia, mergulhando no túnel da metalinguagem. São as melhores. Cito aqui especialmente a resposta de André Valias, poeta, designer gráfico e produtor de mídia interativa, o sócio de Gilberto Gil na Refazenda. Valias faz um passeio por inúmeros fazeres poéticos e termina magistralmente com o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade: roteiros roteiros roteiros roteiros roteiros roteiros roteiros roteiros amor/humor (eterno roteiro).

 

Augusto de Campos, hoje o mais importante e criativo poeta vivo no Brasil, também dá uma de Garrincha com dribles zens, mas termina nos dando duas valiosas dicas, sendo uma de Ezra Pound: "equações para as emoções humanas."

 

Tavinho Paes e Luis Serguilha dão asas à imaginação e a força da linguagem contra as doutrinas e a favor das musas. Frederico Barbosa vai à síntese ao afirmar que "na poesia menos é sempre mais" e Nicolas Behr recomenda: "escrever muito e rasgar muito."

 

A desobediência é linha-mestra nas respostas dos poetas ao falar de seus pares luminares. O gaúcho Ricardo Silvestrin, que tem uma banda transcendental chamada "poETs", dá uma de bom malandro e cita três trios: Bandeira/Drummond/Quintana; Chacal/Leminski/Alice Ruiz, e Augusto/Haroldo/Décio.  E Ricardo Aleixo descasga a rapadura com sua radicalidade mineira: "continuo a me ver como um iniciantes depois de 30 anos de tentativas. Foi a maneira que encontrei para impor limites ao ego e, ao mesmo tempo, para manter acesa a chama do desejo de ser poeta."    

 

Enfim, um livro que desperta nossa curiosidade e nos abre caminhos para outros. No meu caso, fui reler e reaprender com "ABC da Literatura", de Ezra Pound; edição da Cultrix; e "O Arco e a Lira", de Octávio Paz, coleção Logos.

POESIA E POEMA

 
Octavio Paz, em "O Arco e a Lira"

 

A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono.

Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza; exercício espiritual, é um método de libertação interior.

 

A poesia revela este mundo; cria outro.

Pão dos eleitos; alimento maldito.

 

Isola; une. Convite à viagem; regresso à terra natal.

Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência, é alimentada pelo tédio, pela angústia e pelo desespero.

 

Oração, litania, epifania, presença. Exorcismo, conjuro, magia. Sublimação, compensação, condensação do insconsciente.

Expressão histórica de raças, nações, classes.

Nega a história: em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem.

 

Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não-dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Obediência às regras; criação de outras. Imitação dos antigos, cópia do real, cópia de uma Idéia.

 

Loucura, êxtase, logos. Regresso à infância, coito, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo. Jogo, trabalho, atividade, ascética. Confissão. Experiência inata. Visão, música, símbolo.

 

Analogia: o poema é um caracol onde ressoa a música do mundo, e métricas e rimas são apenas correspondências, ecos, da harmonia universal.

 

Ensinamento, moral, exemplo, revelação, dança, diálogo, monólogo. Voz do povo, língua dos escolhidos, palavra do solitário.

 

Pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todas as faces, embora exista quem afirme que não tem nenhuma:

 

O poema é uma máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana!