quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

REAJA, BRASÍLIA

"Brasilienses precisam ser donos de seus próprios destinos"

 

Por Luis Turiba

 

Vista assim de longe, do calor carioca de 40 graus, Brasília é sim a capital da esperança.
 

Agora, então, as esperanças precisam ser renovadas e desdobradas em cada um de nós, gotas latentes dessa nova e infinita esperança que se acende diante dos últimos e lamentáveis episódios políticos que enlameiam a capital.

 

A despeito dos homens que a governam (ou desgovernam como é o caso de Arruda e sua horda), o povo brasiliense é síntese do povo brasileiro, com suas glórias e suas imperfeições e vícios, mas trabalhador, desbravador, empreendedor e merecedor de todo o respeito,  pois não pode ser confundido por pessoas que preferiram trilhar o atalho do descaminho da privaricação.

 

Nossa capital fará 50 anos manchada, ferida, combalida, extremamente doente e envergonhada, clamando por "desculpa" ao resto do Brasil. Merece, como no samba do centenário Noel Rosa, o silêncio de um minuto.

 

Mas temos que recomeçar, reencontrar o caminho do  adiante, custe o que custar. Não há tempo a perder. 

Este traumático capítulo que estamos vivendo como um real pesadelo despropositado, repleto de bentos e sombras, traíras e corruptos de todos os estilos e calibres, compradores de almas e vendedores da coisa pública e de vantagens do poder, tudo isso será jogado por nós, brasileiros e brasilienses, no lixo da história sem a mínima chance de reciclagem.

 

Arruda! Nunca uma planta sacrada da flora espiritual brasileira foi tão pisada e achincalhada. Quantos galhos de arruda com sal grosso e banhos de abó serão necessários para limpar essa sujeirada que certamente levará o Oscar da Corrupção?

 

O nosso desgovernador virou sinônimo de deboche e chacota carnavalesca em todo o País. Papa-propina, imperfeito idiota que vendeu sonhos e entregou uma desilusão coletiva e traumática.

 

A cidade proposta por JK, idealizada por Lúcio Costa, construída por Oscar Niemeyer e que recebeu brasileiros de todos os rincões que aqui construíram empresas, famílias, lares, núcleos de inteligência, arte  e cultura saberá levantar-se, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

 

Nesse cinquentenário, nós, brasilienses, saberemos comemorar – no sentido mais amplo deste verbo – para a construção de um novo tempo, azul e limpo como o nosso céu, pois afinal, como escreveu Nicolas Behr; "nem tudo que é torto é errado/ vejam as pernas de Garrincha/ e as árvores do cerrado."     

3 comentários:

Anônimo disse...

Amigalhão,
PARABÉNS!!!!
Somente
Mas somente "mermo"
poderia sair uma reaçõa tão fantástica quanto essa de você
Grande POETA , JORNALISTA,AGITADOR CULTURAL dentre outras qualidades!!!
Oxalá,um dia nos cruzamos e firmamos uma amizade!!!
Abraços fraternais
Vinício Aguiar

Anônimo disse...

Os advogados dele estão correndo atrás para ele não dormir fora de casa hoje. kkkkkkkkkkk
bj

Anônimo disse...

ARRUDA NA PAPUDA !!!!