27/11/2010 18h07 - Atualizado em 27/11/2010 18h08
'A famosa marra eu não vi', diz AfroReggae sobre traficantes
Segundo coordenador, policiais e traficantes não querem novos confrontos.
'Ninguém tá com vontade de partir pra cima', afirma José Júnior.
O coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, chegou cedo ao Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, na Zona Norte do Rio, neste sábado (27), para tentar negociar a rendição dos criminosos. Circulando pela região, ele conversou com vários moradores e percebeu que não há interesse de novos confrontos nem por parte da polícia, nem dos criminosos.
"Ninguém tá com vontade de partir pra cima e a famosa marra (dos criminosos) eu não vi". Segundo ele, apesar disso, o clima é tenso. Para Júnior, a polícia está fazendo o seu trabalho e a expectativa é que tudo se resolva sem conflitos.
"Espero que isso se resolva da melhor maneira possível. Eu vim aqui para ouvir e conversei com muita gente", diz o coordenador que faz um trabalho social na região há 18 anos.
Júnior garante, ainda, que vários suspeitos já entregaram neste sábado. No Twitter, ele diz: "já há gente se entregando espontaneamente". E mais: "Tô com Pastor Rogério, Chechena, JB, Cristiano, Bororo e equipe. Viemos por livre e espontânea vontade. Todos os riscos são da nossa responsabilidade", escreveu.
Batalhão de Choque não confirma
O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Waldir Soares Filho, que também está no Alemão, no entanto, não confirma a informação de rendição, publicada por José Júnior.
Em entrevista ao jornal O Globo na tarde deste sábado (27), o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, explicou que uma suposta comissão de rendição pode ser uma estratégia de fuga dos chefes do tráfico. "Não pode deixar que o traficante se utilize de um cidadão bem intencionado para entregar traficantes de menor expressão enquanto os traficantes de maior expressão aproveitam para fugir", disse.
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