segunda-feira, 6 de maio de 2013

CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR

Poema molhado

 Luis Turiba

A chuva, que dádiva,

sugadora de ansiedades.

Espécie de lexotan meteorológico da

existência humana.

Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações.

Pessoas repensam suas órbitas

Quem ta na chuva é pra melhorar

e molhar suas roupas novas

seus sonhos de valsa

suas capas e galochas.

A chuva, além de encharcar,

cai para além dos guardas-chuvas.

Encolhe às pressas os cabelos esticados

nos longos congestionamentos de volta ao lar.

 

A chuva é isso & também aquilo.

Ela é muito perigosa.

Anda fora dos trilhos

molhadinha,

fêmea cheia de pingos.

 

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