BOM DEMAIS OS SARAUS DE CRISTAIS

Por Luis Turiba

Foto de Débora Amorim

Foi esplêndido o último Sarau Poético de Cristina Roberto, homenagem à partida pro andar de cima do mago Reynaldo Jardim. É fato que os encontros na "Mansão dos Robertos" no Lago Norte já se tornaram uma das  melhores alternativa Cult de Brasília.

Mas o que aconteceu no início de fevereiro foi realmente mágico, envolvente, culturalmente rico e merece registro na. Primeiro, pela força poética e cultural do homenageado, o revolucionário das palavras Reynaldo Jardim. No começo da semana, os amigos do Rey tinham se reunido no Museu da República para o seu gurufim. Cantamos pra ele subir com a bateria da ARUC, conforme seu último desejo em terra, lindos sambas na voz de Cacá Pereira.

Pois o espírito revolucionário de Reynaldo estava presente nesse referido sarau. Bons vinhos, excelentes caldos, maravilhosos quitutes. Não era uma "festa estranha com gente esquisita", mas um sarau com gente bonita e extraordinário carga artística e cultural.

Teve o poeta carioca Chacal recitando lindamente versos como Cândida. Entrevista de Nicolas Behr com outro poeta de peso, o diplomata Francisco Alvim. O cantor e compositor Clodo Ferreira levou lindas canções gravadas por Fagner. Depoimentos emocionados como os do jornalista Irlam Rocha Lima e de Alexandre Ribondi.

Cristina Roberto comandou a festa com astral de Chacrinha. Cris é demais, uma empresária de peso do setor gastronômica, proprietário de um bufet de primeira, organizadora de recepções importantes no "Possôdromo" da capital. Enfim, podemos dizer que de uma maneira ou de outra todo o poder federal come na sua mão.

Mas ela consegue ser melhor ainda na organização e realização desses saraus que reúne gente tão importante e sempre acabe um samba, ou em rock, ou em frevo ou em rap como foi esse último quando Gerson Deveras e Renato Matos incendiaram o público com canções como "Diabo Bom", "Ou a Gente se Raoni Ou a gente se Sting" e o sucesso "A Dorele", cantado por todos, até pelo homenagem presente em poesia, o eterno Reynaldo Jardim.