quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Carlos Drummond de Andrade, herói do povo brasileiro


Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade natal, em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro

Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

 
CULTURA
Há 110 anos nascia o poeta Carlos Drummond de Andrade
Da redação em 31/10/2012 07:01:02

Carlos Drummond de Andrade completaria 110 anos nesta quarta-feira (31). Grande divulgador do modernismo, o escritor entrou para a história da literatura brasileira essencialmente como poeta, apesar de sua produção incluir livros infantis, contos e crônicas.

Nascido em Itabira, no estado de Minas Gerais, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto, aos 23 anos, por insistência da família. Nesse período fundou com outros autores, como Emílio Moura, "A Revista", periódico de divulgação do modernismo no Brasil.

Após mudar-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete do Ministério da Educação até 1945, Drummond colaborou como cronista nos jornais Correio da Manhã e Jornal do Brasil. Na então capital federal lança algumas de suas obras mais importantes, como "Sentimento do Mundo" (1940), "A Rosa do Povo" (1945) e "Claro Enigma" (1951).
 
Uma das marcas da obra do escritor foi a variedade de temas. "Sua poesia é tanto amorosa quanto política. Trata tanto dos grandes acontecimentos como do cotidiano", disse ao iG o autor Silviano Santiago , palestrante da mesa de abertura da Flip 2012 , na qual o poeta foi o homenageado.

"Mas, em meio a tantos temas, é possível encontrar duas 'linhas de força'. No início, um individualismo ferrenho e rebelde. Depois, a aceitação dos valores patriarcais da sociedade mineira", completa.

Carlos Drummond de Andrade morreu em 17 de agosto de 1987, aos 84 anos. Durante a Flip deste ano foram lançados alguns trabalhos inéditos do escritor. Entre as principais publicações destacam-se "25 Poemas da Triste Alegria" (Cosac Naify), livro de 1924 nunca publicado pelo autor, e "Cyro & Drummond" (Editora Globo), que reúne 50 anos de correspondência entre Drummond e o escritor Cyro dos Anjos.

Sua obra oficial tem sido relançada pela Companhia das Letras , que venceu a disputa pelos direitos de Drummond com a Record. Entre os livros já lançados estão "A Rosa do Povo" (1945), "Claro Enigma" (1951), "Contos de Aprendiz" (1951), e "Fala, Amendoreira" (1957).

Dia D celebra obra do poeta Carlos Drummond de Andrade
 
 Para o Instituto Moreira Salles, não existe nenhuma pedra no caminho. Afinal esta quarta-feira (31), dia do aniversário de Carlos Drummond de Andrade, nascido em 1902, foi transformada pela entidade que cuida do precioso acervo do poeta no Dia D - Dia Drummond, que passa a figurar no calendário cultural do País. "Não queríamos que um material tão rico ficasse limitado aos muros do instituto", conta Flávio Moura, um dos curadores da festa, ao lado do poeta Eucanaã Ferraz. "Nossa inspiração foi o Bloomsday, que acontece todo 16 de junho, quando os irlandeses (e todo o mundo) comemoram a vida e a obra de James Joyce."
 
O ponto de partida foi envolver o maior número possível de admiradores do poeta, tanto famosos como desconhecidos. Assim, foi elaborada uma programação diversificada, que se espalha por diversas capitais brasileiras. Um dos destaques será a exibição do filme "Consideração do Poema", produzido pelo IMS justamente para a data, no qual nomes importantes da cultura brasileira leem poemas de Drummond, entre eles Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Hatoum, Fernanda Torres, Adriana Calcanhotto, Cacá Diegues, Antonio Cícero, Paulo Henriques Brito e Marília Pêra.
 
Com o evento, os curadores pretendem incentivar fãs anônimos a também lerem suas poesias preferidas: todos podem enviar por e-mail para o  site oficial seus próprios vídeos com leituras de poemas. O material vai inspirar um novo filme. Vale tanto famosos como "Poema de Sete Faces" ("Quando nasci, um anjo torto / desses que vivem na sombra /falou: Vai, Carlos, ser gauche na vida") como o emblemático "No Meio do Caminho" ("No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho / tinha uma pedra / no meio do caminho tinha uma pedra'), que Mario de Andrade considerou formidável mas fruto de um cansaço intelectual.
 
Um terceiro vídeo também produzido pelo IMS estará disponível no site: "No Meio do Caminho" (2010) conta com 11 versões em língua estrangeira do poema mais conhecido de Drummond declamadas por personalidades diversas, como David Arrigucci Jr., Matthew Shirts, Jean-Claude Bernardet e Heloisa Jahn. E, para que a iniciativa ganhe as ruas, inúmeros adesivos foram espalhados por livrarias e centros culturais, promovendo o Dia D.

Tantos festejos surpreenderiam o próprio homenageado. Meses antes de morrer, em 1987, o poeta estava seguro que, dali a dez anos, ninguém mais se importaria com sua obra. O excesso de modéstia certamente cegou o escritor, que deixou seus papéis cuidadosamente arquivados e catalogados, como se tivesse clareza quanto à importância de documentos ligados à vida literária na constituição - ou reconstituição - da história de uma carreira. Com informações do IG e Agência Estado.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"BURACO DA LACRAIA", O CABARÉ MUSICAL DA LAPA


CABARÉ "BURACO DA LACRAIA" ROUBA A CENA NA LAPA

 

Por Luis Turiba

 

O teatro tem de ter algo da vida real, mas ao mesmo tempo é obrigatório transcendê-la. É desse exercício pendular entre o "aqui e agora" e a utopia imaginária, que nasce a sensação de pertencimento contido em todo sonho estético. Algo que parece até fácil, mas "puxa! por quê não pensei nisso antes?"

 

Gosto muito das comédias. Uma das funções do teatro é fazer rir, gargalhar de quase fazer xixi, desopilar o fígado tão sofrido das contrariedades cotidianas. Rir ainda é o melhor remédio, mas contentar o público não é missão fácil. A vida anda dura, companheiro.

 

Mas de repente a gente descobre uma trupe que está vencendo essa olimpíada. Há seis meses, na calada da noite, o "Buraco da Lacraia Dance Show", uma peça fora dos prumos e dos cânones do teatrão comercial, domina a cena teatral da renascida Lapa.

 

São cinco atores que fazem performances musicais representando com alegria (a prova dos nove do Modernismo) e criatividade uma espécie de cabaré alemão musical/nonsense num dos espaços gays mais cultuados do Rio de Janeiro: o Buraco da Lacraia (Rua André Cavalcante, 58, Lapa).

 

Espaço micro, poucas mesas, muita gente de pé, casais héteros e gays. Cerveja "grátis" e, quem quiser, uma caipirinha no capricho. No palco, luzes disformes que mais parecem uma suburbana árvore de Natal montada com peças vindas da China vendidas por camelô no Saara.

 

Os cinco atores entram em cena cantando um estranho hino com toque evangélico de nos causar arrepios: "entra no meu buraco/ entra que tem bebida/ a vida de artista é dura/ eu não pago minhas dívidas/ recebo minha entidade/ minha pomba-gira ri". Parte do público canta junto, pois conhece a peça que se desenvolve numa linguagem karaokê.

 

A partir daí, o palco vira um grande Programa do Chacrinha com direito a abacaxis e bacalhaus voando pela sua cabeça. São quase 15 diferentes esquetes musicais que nasceram do laboratório vivo desses seis meses de tentativas, erros e acertos. Pra começar, um Pintinho Amarelinho canta o clássico infantil numa linguagem "zaum/qualquer coisa" com sotaque alemão de cais do porto. A partir daí tudo vai se desenrolar magicamente como num carrossel de surpreendentes recordações da cena musical popular brasileira.

 

Música de churrascaria? Tem a "Boate Azul", sucesso em puteiros do interior do Goiás, uma das boas interpretações de Sidney Oliveira. Há uma sub-Maria Betânia recitando ridiculamente "Cartas de Amor são Ridículas" de Fernando Pessoa; enquanto um casal refaz a ridícula cena de amor do Titanic; Bibi Ferreira, hilária, trêmula e passada, cantando "Milord" em um francês pragmático; as frustradas tentativas de uma sambista eletro-rítmica em acertar o passo do samba e até uma Amy Winehouse cantando "Falso Brilhante."

 

As apresentações são sempre às 23 horas das sextas-feiras. A peça é um desses milagres da cultura carioca. Quem ainda tem na memória o impacto do "Trata-me Leão" do grupo Asdrubal Trouxe o Trombone, na década de 70, com toda aquela surpreendente força amadorística que quase todo começo potencial deve ter. Não sei se estou errado, mas me lembrei.

 

Patrícia Pinho, a atriz da trupe, me contou que tudo começou em Maio deste ano com R$ 2.500,00 em caixa. "A ideia era fazer quatro espetáculos e pronto!" O sucesso foi tanto que, recolhendo grana daqui e dali, estão em cartaz há seis meses, sempre de casa cheia (120 por noite), e uma perspectiva de transformar-se em um "Cabaré Móvel" durante o verão carioca. 

 

Há na peça duas cenas que, se você não se segurar, vai sair molhado do teatro. A primeira é totalmente incorreta do ponto de vista político-comportamental. Puristas ficam chocados quando a cantora cega Kátia, amiga de Roberto Carlos, interpretada magistralmente pela própria Patrícia, entra no palco do Chacrinha como uma fissurada tarada, apalpando e se esfregando em quem vê pela frente. Declara-se "uma piranha visionária da música" faz um estonteante strip-tease ao som do rap "Kátia Flávia" de Fausto Fawcett, numa versão de Luis Lobianco, o ator que faz a Betânia e a Bibi. 

 

A outra cena tem tudo para se eternizar na história do teatro musical-escrachado carioca. O ator Eber Inácio canta "Escrito nas Estrelas", trazendo à cena o encontro romântico inusitado e quase erótico entre a Princesa Leia e o Darth Vader, da ópera espacial "Guerra nas Estrêlas", num inusitado dueto entre o tom quase agudo-passarinho de Teté Spíndola, e a voz metálica tenor de Darth Vader. A cena se completa com uma meteórica participação de uma alienígena humanóide, encenada por Letícia Guimarães. 

 

Mais detalhes não vou contar. Aposto nesse buraco e recomendo. Tem tudo para ser sucesso quente verão que se anuncia. A peça é a cara da Lapa, desse Rio andrógino, gaiato, inventivo, escrachado, cantante e dançante que hipnotiza terráqueos dessas e outras praças e planetas. Procurem se inteirar, portanto. O riso é um reino e gargalhadas fazem voar. Afinal, ninguém deve se levar muito a sério nessa vida cheia de buracos da Lacraia.    

 

 

 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

BOCETA DE PANDORA no Circo Voador

Segue abaixo convite para a apresentação da nossa performance Boceta de Pandora no Circo Voador. 1º de novembro, 20h, entrada gratuita.

Arte linda da maravilhosa Flávia Mattos!!! :)

"Boceta de Pandora: aquilo que, debaixo de aparência sedutora, pode ser origem de muitos males", revela o dicionário

Abjeção: substantivo gênero feminino
Abjeto: substantivo gênero masculino


Você seria capaz de guardar sua boceta sem abri-la?

Seu preventivo está em dia? Bico de pato pode, Epimeteu não.


Os corpos abjetos e a abjeção de órgãos diante da ruptura de uma lógica binária de gêneros. Esta é a proposta da performance "Boceta de Pandora", que será apresentada no próximo dia 1º de novembro, durante a Mostra Livre de Artes (Mola), no Circo Voador. O texto surge a partir do significado da expressão "Boceta de Pandora" no dicionário: a origem de todos os males e a mitificação da vagina diante de tantos tabus e códigos morais impostos pela sociedade. A vagina naturalizada em corpo de mãe, de parto e como origem do mundo pelo mito de Eva, no contraponto da vagina abjeto erótico pelo mito de Pandora.

20h no Circo Voador

Entrada GRATUITA das 19 às 21h

Performance: Érica Leonardo
Texto: Camila Marins

VENHAM TODOS ABRIR A BOCETA DE PANDORA!






Brasilienses vencem o 54º Prêmio Jabuti na categoria literatura juvenil



As memórias de Eugênia foi a obra premiada do autor Marcos Bagno
Dois brasilienses venceram a categoria literatura juvenil do 54º Prêmio Jabuti, maior premiação literária do país. Stella Maris Rezende e Marcos Bagno ficaram com as três primeiras colocações do prêmio. O Jabuti deste ano teve 29 categorias, como poesia, ilustração, ciências exatas, gastronomia e contos e crônicas. O resultado com os nomes dos melhores livros de 2011 nas categorias do concurso foi divulgado nesta quinta-feira (18/10), na sede da Câmara Brasileira do Livro (CBL). 

Stella Maris ficou com o 1º e 2º lugares da categoria literatura juvenil com as obras A mocinha do mercado central A guardiã dos segredos de família, respectivamente. Marcos Bagno ficou na 3ª colocação com o livro As memórias de Eugênia

O evento foi aberto ao público e a apuração de quem seriam os vencedores foi feita por meio da leitura dos votos dos jurados. O curador do Prêmio Jabuti, José Luiz Goldfarb, e o Conselho de Curadores, formado por especialistas do setor editorial, ficaram responsáveis por checar se os vencedores cumpriram os critérios estabelecidos pelo regulamento. 
 Stella Maris Rezende ganhou prêmios pelos livros  A mocinha do mercado central  e A guardiã dos segredos de família (Zuleika de Souza/CBPress 12/08/2004)
Stella Maris Rezende ganhou prêmios pelos livros A mocinha do mercado central e A guardiã dos segredos de família

A última etapa do prêmio ocorrerá em 28 de novembro, durante a cerimônia de premiação dos vencedores. Na ocasião, também serão conhecidos os vencedores do livro do ano de ficção e do livro do ano de não ficção, prêmios máximos do Jabuti. 

Os finalistas do livro do ano ficção serão os primeiros colocados do Jabuti nas categorias: romance; contos e crônicas; poesia; infantil e juvenil. Para o livro do ano não ficção concorrem os primeiros colocados nas categorias teoria/crítica literária; reportagem; ciências exatas; tecnologia e informática; economia, administração e negócios; direito; biografia; ciências naturais; ciências da saúde; ciências humanas; didático e paradidático; educação; psicologia e psicanálise; arquitetura e urbanismo; fotografia; comunicação; artes; turismo e hotelaria; e gastronomia.

Confira os vencedores em cada uma das 29 categorias do Prêmio

Categoria: Capa
1º Lugar
A anatomia de John Gray
Capista: Leonardo Iaccarino
Editora Record
2º Lugar
Ratos
Capista: Marcelo Martinez (Laboratório Secreto)
Editora Intrínseca
3º Lugar
Dresden
Capista: Elmo Rosa
Editora Record

Categoria: Ilustração
1º Lugar
Bananas podres
Ilustrador: Ferreira Gullar
Editora Casa da Palavra
2º Lugar
Água Sim
Ilustrador: Andrés Sandoval
Companhia das Letrinhas
3º Lugar
O ovo ou a galinha?
Ilustrador: Gustavo Rosa
Editora Rideel

Categoria: Ilustração de Livro Infantil e Juvenil
1º Lugar
Mil e uma estrelas
Ilustrador: Marilda Castanha
Editora SM
2º Lugar
A visita
Ilustrador: Lúcia Hiratsuka
Editora DCL
3º Lugar
Carmela vai à escola
Ilustrador: Elisabeth Teixeira
Editora Record

Categoria: Arquitetura e Urbanismo
1º Lugar

A arquitetura de Croce, Aflalo e Gasperini
Autor: Fernando Serapião
Editora Paralexe
2º Lugar
Warchavchik fraturas da vanguarda
Autor: José Lira
Cosac & Naify
3º Lular
Galo cantou: a conquista da propriedade pelos moradores do Cantagalo
Autor: Paulo Rabello de Castro
Editora Record

Categoria: Artes
1º Lugar

Samico
Autor: Weydson Barros Leal
Editora Bem-te-vi
2º Lugar
Brecheret e a Escola de Paris
Autor: Daisy Peccinini
FM Editorial
3º Lugar
F.O. Fayga Ostrower Ilustradora
Autor: Eucanaã Ferraz
Instituto Moreira Salles

Categoria: Biografia
1º Lugar

Fernando Pessoa: uma quase autobiografia
Autor: José Paulo Cavalcanti Filho
Editora Record
2º Lugar
Cláudio Manoel da Costa
Autor: Laura de Mello e Souza
Companhia das Letras
3º Lugar
Antonio Vieira
Autor: Ronaldo Vainfas
Companhia das Letras

Categoria: Ciências Exatas
1º Lugar

Eletrodinâmica de Ampere
Autor: André Koch Torres Assis e João Paulo Martins De Castro Chaib
Editora UNICAMP
2º Lugar
Química medicinal: métodos e fundamentos em planejamento de fármacos
Autor: Carlos A. Montanare (Org.)
Edusp
3º Lugar
Substâncias orgânicas: estrutura e propriedades
Autor: Nídia Franca Roque
Edusp

Categoria: Ciências Humanas
1º Lugar
A política da escravidão no Império do Brasil: 1826 – 1865
Autor: Tâmis Parron
Editora Civilização Brasileira
2º Lugar
Ritmo espontâneo: organicismo em raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Hollanda
Autor: João Kennedy Eugênio
Editora da Universidade Federal do Piauí
3º Lugar
Oniska: poética do xamanismo
Autor: Pedro de Niemeyer Cesarino
Editora Perspectiva

Categoria: Ciências Naturais
1º Lugar

Fundamentos da Paleoparasitologia
Autor: Luiz Fernando Ferreira Karl Jan Reinhard e Adauto Araújo (Orgs.)
Editora Fiocruz
2º Lugar
Energia Eólica – Série Sustentabilidade
Autor: Eliane A. Faria Amaral Fadigas
Editora Manole
3º Lugar
Gestão de Saneamento Básico – Abastecimento de água e esgotamento sanitário – Coleção Ambiental
Autor: Arlindo Philippi Jr. e Alceu de Castro Galvão
Editora Manole

Categoria: Ciências da Saúde
1º Lugar

Clínica psiquiátrica – a visão do Depto. e do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP
Autor: Eurípedes Constantino Miguel, Valentin Gentil e Wagner Farid Gattaz
Editora Manole
2º Lugar
Coluna vertebral – série Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Autor: João Luiz Fernandes e Francisco Maciel Júnior
Editora Elsevier
3º Lugar
Tratado de gastroenterologia
Autor: Federação Brasileira de Gastroenterologia – Editores: Schlioma Zaterka e Jaime Natam Eisig
Editora Atheneu

Categoria: Comunicação
1º Lugar

O Império dos livros: instituições e práticas de leitura na São Paulo oitocentista
Autor: Marisa Nidori Deaecto
Edusp
2º Lugar
Repressão e resistência: censura a livros na Ditadura Militar 
Autor: Sandra Reimão
Edusp
3º Lugar
Linha do tempo do design gráfico no Brasil
Autor: Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra
Cosac & Naify

Categoria: Contos e Crônicas
1º Lugar

O Destino das metáforas
Autor: Sidney Rocha
Editora Iluminuras
2º Lugar
O anão e a ninfeta
Autor: Dalton Trevisan
Editora Record
3º Lugar
O livro de Praga
Autor: Sérgio Sant'Anna
Companhia das Letras

Categoria: Didático e Paradidático
1º Lugar

Mundo Leitor – linhas da vida: caderno do orientador
Autor: Áureo Gomes Monteiro Júnior, Celia Cunico, Marcia Porto e Rogério Coelho
Ahom Educação
2º Lugar
Bullying e cyberbullying – o que fazemos com o que fazem conosco?
Autor: Maria Tereza Maldonado
Editora Moderna
3º Lugar
Atlas Histórico – Geral & Brasil
Autor: Claudio Vicentino
Editora Ática

Categoria: Direito
1º Lugar

Direitos da criança e do adolescente em face da TV
Autor: Antonio Jorge Pereira Júnior
Editora Saraiva
2º Lugar
O Estado e o direito depois da crise – Série Direito em Debate – DDJ
Autor: José Eduardo Faria
Editora Saraiva
3º Lugar
Direito Internacional Penal – Imunidades e Anistias
Autor: Cláudia Perrone-Moisés
Editora Manole

Categoria: Economia, Administração e Negócios
1º Lugar
Aprendizagem organizacional no Brasil
Autor: Claudia Simone Antonello e Arilda Schmidt Godoy
Editora Artmed
2º Lugar
A gestão da Amazônia: ações empresariais, políticas públicas, estudos e propostas
Autor: Jacques Marcovitch
Edusp
3º Lugar
Empresas proativas: como antecipar mudanças no mercado
Autor: Leonardo Araújo e Rogério Gava
Editora Elsevier

Categoria: Educação
1º Lugar

Alfabetização no Brasil: uma história de sua história
Autor: Maria do Rosário Lombo Mortatti (org.)
editora Cultura Acadêmica – Oficina Universitária
2º Lugar
Avaliação da aprendizagem – componente do ato pedagógico
Autor: Cipriano Carlos Luckesi
Cortez Editora
3º Lugar
Educação infantil: Enfoques em diálogo
Autor: Eloisa A. C. Rocha e Sonia Kramer (orgs.)
Editora Papirus

Categoria: Fotografia
1º Lugar

Os Chicos - Fotografia
Autor: Leo Drumond
Nitro Editorial
2º Lugar
A Riqueza de Um Vale
Autor: Ricardo Martins
Editora Kongo / FM Editorial
3º Lugar
Amazônia
Autor: Araquém Alcântara e Alex Atala
Editora Terra Brasil

Categoria: Gastronomia
1º Lugar

Ambiências: histórias e receitas do Brasil
Autor: Mara Salles
Editora DBA
2º Lugar
Histórias, lendas e curiosidades da gastronomia
Autor: Roberta Malta Saldanha
Editora Senac Rio
3º Lugar
Dicionário do vinho
Autor: Maurício Tagliari e Rogério de Campos
COMPANHIA EDITORIAL NACIONAL

Categoria: Infantil
1º Lugar

Benjamin: Poemas com desenhos e músicas
Autor: Biágio D'Ángelo
Editora Melhoramentos
2º Lugar
O herói imóvel
Autor: Rosa Amanda Strausz
Editora Rovelle
3º Lugar
Votupira o vento doido da esquina
Autor: Fabrício Carpinejar
Editora SM

ategoria: Juvenil
1º Lugar

A mocinha do Mercado Central
Autor: Stella Maris Rezende
Editora Globo
2º Lugar
A guardiã dos segredos de família
Autor: Stella Maris Rezende
Editora SM
3º Lugar

As memórias de Eugênia
Autor: Marcos Bagno
Editora Positivo

Categoria: Poesia
1º Lugar

Alumbramentos
Autor: Maria Lúcia Dal Farra
Editora Iluminuras
2º Lugar
Vesuvio
Autor: Zulmira Ribeiro Tavares
Companhia das Letras
3º Lugar
Roça Barroca
Autor: Josely Vianna Baptista
Cosac & Naify

Categoria: Psicologia e Psicanálise
1º Lugar
Estrutura e constituição da psicanálise: uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento
Autor: Christian Ingo Lenz Dunker
Annablume Editora
2º Lugar
O novo inconsciente: como a terapia cognitiva e as neurociências revolucionaram o modelo do processamento mental
Autor: Marcos Montarroyos Callegaro
Editora Artmed
3º Lugar
Psicologia social: principais temas vertentes
Autor: Cláudio Vaz Torres e Elaine Rabelo Neiva
Editora Artmed

 

Categoria: Reportagem
1º Lugar
Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda
Autor: Miriam Leitão
Editora Record
2º Lugar
O cofre do Dr. Rui
Autor: Tom Cardoso
Editora Civilização Brasileira
3º Lugar
O espetáculo mais triste da Terra
Autor: Mauro Ventura
Companhia das Letras

Categoria: Romance
1º Lugar

Nihonjin
Autor: Oscar Nakasato
Editora Saraiva
2º Lugar
Naqueles morros, depois da chuva
Autor: Edival Lourenço
Editora Hedra
3º Lugar
O estranho no corredor
Autor: Chico Lopes
Editora 34

 

Categoria: Tecnologia e Informática
1º Lugar
Inteligência Artificial: Uma abordagem de aprendizado de máquina
Autor: Kati Faceli, Ana Carolina, João Gama, Andre Carlos Ponce
Grupo Gen
2º Lugar
Tecnologia do Pescado – Ciência, Tecnologia, Inovação e Legislação
Autor: Alex Augusto Gonçalves
Editora Atheneu
3º Lugar
Sistemas colaborativos
Autor: Mariano Pimentel e Hugo Fuks (Orgs.)
Editora Elsevier

 

Categoria: Teoria / Crítica Literária
1º Lugar

A Espanha de João Cabral e Murilo Mendes
Autor: Ricardo Souza de Carvalho
Editora 34
2º Lugar
Da estepe à caatinga: o romance russo no Brasil (1887-1936)
Autor: Bruno Barretto Gomide
Edusp
3º Lugar
Crítica Textualis in Caelum Revocata? Uma proposta de edição e estudo da tradição de Gregório de Matos e Guerra
Autor: Marello Moreira
Edusp

Categoria: Turismo e Hotelaria
1º Lugar

História do Turismo no Brasil entre os séculos XVI e XX
Autor: Paulo de Assunção
Editora Manole
2º Lugar
Destinos de sonho – 101 viagens inesquecíveis
Autor: Elaine Ianicelli, Gabriela Aguerre, Rosana Zakabi, Adriana Setti, Cristina Capuano e Maila Blöss
Editora Abril
3º Lugar
Lisboa em Pessoa – guia turístico e literário da capital portuguesa
Autor: João Correia Filho
Editora Leya

Categoria: Projeto Gráfico
1º Lugar

Linha do tempo do design gráfico no Brasil
Autor: Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra
Cosac & Naify
2º Lugar
40 microcontos experimentais
Autor: Airton Cattani
Editora Marca Visual
3º Lugar
Aventuras de Alice no subterrâneo
Autor: Adriana Peliano
Editora Scipione

Categoria: Tradução
1º Lugar

Odisseia
Tradutor: Trajano Vieira
Editora 34
2º Lugar
Guerra e Paz
Tradutor: Rubens Figueiredo
Cosac & Naify
3º Lugar
Madame Bovary
Tradutor: Mario Laranjeira
Companhia das Letras







domingo, 21 de outubro de 2012

ESCOLA DE CINEMA DARCY RIBEIRO CEÇBRA 10 ANOS

 

MACALÉ, MAUTNER E ROGÊ CANTAM POR UMA DÉCADA DA ECDR  


A Escola de Cinema Darcy Ribeiro convida conselheiros, ex-alunos e profissionais do setor audiovisual  para comemorar nesta  terça-feira, dia  23, a partir das 19h, na sede da escola, no Rio de Janeiro, seus dez anos de atividades. Na programação, shows de  Jards Macalé,  Jorge Mautner e Rogê;  exibição de fragmentos de  filmes produzidos pelos alunos e  lançamento de  DVD com a  seleção dos melhores curtas-metragens. Os convidados ainda serão presenteados com uma chuva de poesia com centenas de poemas de grandes poetas brasileiros.

 

Com o enfoque "Pensando e fazendo cinema no Brasil", a escola é referência de audiovisual na América do Sul e  alcançou, nos últimos dez anos,  resultados expressivos na formação e qualificação de profissionais. É inspirada no pensamento e na obra de Darcy Ribeiro – intelectual,  pensador e renovador das estruturas de ensino no país – e  sonhada e realizada por Irene Ferraz, diretora-fundadora.  Mais de 90% de alunos formados na escola atuam no mercado audiovisual e se destacam em festivais nacionais e internacionais.

 

Ao longo deste período, os alunos produziram um total de 101 curtas e a escola recebeu mais de 3600 alunos nos seus Cursos Regulares. Eles vieram de 24 estados brasileiros e de 19 diferentes países, entre eles Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, Chile, Argentina, França, Alemanha, Suíça, Moçambique e Angola.

 

Um terço das vagas desses cursos são reservadas para atender ONG's parceiras da escola como a Central Única de Favelas - CUFA, o AfroReggae, o Nós no Morro, o Centro de Criação de Imagem Popular - CECIP, Kabum, além de Pontos, Pontões e Pontinhos de Cultura de todo o Brasil, democratizando o acesso à formação audiovisual.

 

O Conselho Fundador da ECDR é composto por representantes do cinema nacional e por personalidades da área empresarial e cultural como Oscar Niemeyer, Eliezer Batista, Marieta Severo, Irene Ferraz, Nelson Pereira dos Santos, Cacá Diegues, Ruy Guerra, Walter Lima Jr, entre outros.

 

 

Formação

 

A Escola de Cinema Darcy Ribeiro oferece Cursos Regulares de Direção, Roteiro e Montagem e Edição de Imagem e Som, com duração total de 18 meses. São cursos de formação teórica e prática em tecnologia digital e ministrados por grandes nomes do cinema nacional como Ruy Guerra, Flavio Tambellini e Walter Lima Jr.

 

A escola oferece também Oficinas Livres nas diversas especialidades técnicas do audiovisual. Todas as oficinas contam com profissionais renomados, o que garante excelência na formação.

 

A cada ano é realizado um Laboratório de Roteiros para os alunos do curso de roteiro, para análise e tratamento qualificado dos trabalhos de conclusão de curso. Já está na sétima edição e, em 2012,  contou com a participação dos roteiristas Marçal Aquino, David França Mendes e Leandro Assis, e os diretores e roteiristas Marcos Bernstein e Eryk Rocha. 

 

O Cineclube é uma importante atividade de extensão da Escola Darcy Ribeiro e faz parte da formação do aluno. Acontece aos sábados e tem como orientador o professor Sergio Almeida, que realiza debates com os alunos após as exibições.  A seleção é feita por um curador - cineasta ou crítico de cinema-, escolhido a cada semestre. O atual curador é o jornalista e crítico Rodrigo Fonseca.

 

Escola de Cinema Darcy Ribeiro

Tel.: 2516-3514/3525

 

 

 



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SÃO GONÇALO, CIDADE PRAGMÁTICA

São Gonçalo, cidade pragmática  


Luis Turiba


São mais de um milhão de habitantes de todo canto e nação; e um trânsito indisciplinado que beira ao caótico tráfego da Índia, sem mão nem contra-mão. Perdesse diariamente preciosos anos de vida em intermináveis congestionamentos. "Só Deus na cruz",é o dito preferível para desdizer o caos urbano, uma das característica de São Gonçalo


Para quem chega pela ponte Rio-Niterói e segue pela BR-101, antes da primeira das muitas entradas, vemos um cemitério com aspecto fantasmagórico encravado num morrote. Uma discreta placa anuncia: "propriedade particular". É de arrepiar a espinha.


Embora pareça a "terra de ninguém" que recentemente o ex-presidente Lula chamou de "patinho feio" do Estado do Rio, São Gonçalo tem uma rica, curiosa e diversificada história.


Habitada primitivamente pelos bravos índios tamoios, foi no ano de 1579 que o colonizador Gonçalo Gonçalves se instalou numa fazenda conhecida como Colubandê, hoje às margens da atual rodovia RJ-104. Em 1890, o arraial foi fundado, mas só ganhou status de município em 1929. Em 1943, ocorre nova divisão territorial no Estado do Rio de Janeiro e desta vez, São Gonçalo perde o distrito de Itaipú para Niterói, restando-lhe apenas cinco distritos: São Gonçalo (sede), Ipiíba, Monjolo, Neves e Sete Pontes.  


Antes de falarmos do seu histórico ciclo de desenvolvimento capitalista, vamos saber quem foi o santo que deu nome ao lugar. Segundo o historiador Salvador Mata e Silva, "São Gonçalo é um santo português com culto permitido pelo papa Júlio III em 24 de abril de 1551. Nascido em Tagilde no ano de 1187, freqüentou a escola arqui-episcopal em Braga. Após ordenado sacerdote, foi nomeado pároco de São Paio de Vizela. foi a Roma e Jerusalém. São Gonçalo passou por um período de busca interior e encontrou na experiência popular a maneira de converter pecadores."


O historiador nos revela o segredo do santo da cidade: "Para salvar as prostitutas, ele se vestia de mulher, tocava viola e dançava alegremente, apesar de pregos no sapato, o que feria seus pés. O santo zelava pela virtuosidade das mulheres; organizava, para elas, danças nos dias de sábado até se cansarem. Ele entendia que as mulheres que participassem dessas danças aos sábados não cairiam em tentação no domingo." Como vemos, um santo pragmático.


Pulemos para os tempos modernos. São Gonçalo foi terra de plantio e cultivo de café. Chegou a ter movimentada rede ferroviária que ligava Neves à vizinha cidade de Marica e escoava as safras.   

Tempos depois, nas décadas de 40 e 50 do século passado, inicia-se na região a instalação em grande escala de fábricas e indústrias. Seu parque industrial era o mais importante do Estado, o que lhe valeu o apelido de "Manchester Fluminense" (uma referência à cidade de Manchester, na Inglaterra), caracterizada pelo seu grande desenvolvimento industrial. A linha de trem impulsionava o progresso. Hoje, andando pela cidade, ainda podemos ver pontas de trilhos aqui e ali, memória que um passado glorioso.


Sim, porque em São Gonçalo o capitalismo foi selvagem ao extremo. Sugou até a medula a potencialidade da cidade e deixou para trás o bagaço da laranja. Bagaço esse que ainda hoje corre frouxo para a Baía de Guanabara, poluindo como nenhum outro município esse imensurável patrimônio cultural/ecológico/turístico brasileiro.


As marcas desse desmantelo ambiental estão no dia-a-dia da urbis. Há no centro da cidade, por exemplo, a poucos quilômetros de um grande shopping, um finado riacho que virou valão de garrafas pets e outros lixos plásticos que, de tão compactados e aglomerados entre si, nos dá a impressão que podemos andar por cima sem afundarmos. É o milagre da poluição.


De quarteirão em quarteirão, o lixo urbano se acumula, se multiplica, ganha pernas e parece que sai andando. A cidade, embora não haja estatística oficial, é uma das mais sujas do país. O gonçalense, infelizmente, já se acomodou a sujeira.


Caminhões do serviço de limpeza urbana passam dia sim, dia não e, estranhamente, só recolhem os sacos que estão fechados. Como a cidade tem uma superpopulação de cães de rua, além de cabritos, porcos, cavalos que vivem soltos fuçando esses sacos – coisa de cidade do interior; detritos se espalham pelas ruas e calçadas. O jeito, então, é queimá-lo, o que piora a situação. O ar fica mais poluído por uma fumaça tóxica que ocupa o espaço e causa problemas respiratórios especialmente nas crianças. Um ciclo esse que parece não ter fim.


São Gonçalo tem um lixão, o de Itaóca, que é um capítulo à parte nessa conjuntura de total desequilíbrio ambiental que vive a cidade. Lá trabalham e vivem 400 catadores, com suas famílias, em condições degradantes. Nada, que nem de longe, possa lembrar o lixão do Divino de onde veio Carminha, Max e Nina na novela "Avenida Brasil".


Itaóca fica numa área abandonada de São Gonçalo, lá no fundo da Baía de Guanabara, onde é normal pessoas andarem armadas, ora a serviço do tráfico, ora dos milicianos que também dominam diversos serviços da cidade. Essa comunidade de catadores é muito consciente, tem um grande líder, o Nem, e se mobiliza com facilidade para negociar saídas e alternativas para sua sobrevivência. Recentemente, foram recebidos pela ministra do Meio Ambiente em Brasília.


Paradoxalmente, São Gonçalo também exala a futuro e a progresso. A cidade recebeu às margens da BR que lhe corta estaleiros que constroem modernos petroleiros a serviço do Pré-Sal. É grande a expectativa como cidade-apoio do Comperj (Complexo Petroquímico da Petrobras), que tem previsão de empregar a partir de 2014 mais de 150 mil trabalhadores diretamente, fora os empregos indiretos.

Há ainda a esperança da Linha 3 do Metrô, que sairá da Estação das Barcas rumo a Itaboraí, cidade vizinha onde está se instalando o Comperj. Essa linha passará por dentro de São Gonçalo com oito estações previstas e será construída pelo PAC da Mobilidade, cujos recursos são de 58 bilhões e já foram empenhados pela presidente Dilma. Ou seja: o futuro de São Gonçalo está intrinsecamente ligado a mobilidade para a Copa de 2014 e as olimíadas de 2016.  


Assim - complexa, contraditória e miscigenada - é essa urbis de gente mestiça e trabalhadora, cujo santo padroeiro dançou com damas suspeitas para lhes tirar da vida mundana.

Há quase um templo evangélico por esquina e todas as noites cultos e vigílias com grandes freqüências. Entre as pregações, muitos terreiros de umbanda e candomblé. Um hiper-shopping com out-lets no estilo novaiorquino;  uma super escola de samba que arrasta todos os anos artistas globais; um crime de morte por dia; um soldado para cada dois mil habitantes (a ONU recomenda não menos que um soldado para cada 500 habitantes).


Estrategicamente localizada entre o Rio de Janeiro, Niterói, Itaboraí e Búzios, com 600 mil eleitores, uma zona rural montanhosa e rica, as praias mais poluídas e fedidas do litoral brasileiro, mas que já foram verdadeiras paisagens da melhor natureza dos trópicos. De onde se avista o maciço da Serra do Mar e o Dedo de Deus.


São Gonçalo sobrevive e pede socorro. São Gonçalo respira, suspira, canta e reza. São Gonçalo quer sacudir a poeira do lixo, do atraso, da miséria. São Gonçalo prepara seu grito de independência do Rio e de Niterói, pois seu futuro é inevitável. São Gonçalo, sangonçala: na sala ou com sola!

   

MALALA, A MENINA ESPERANÇA

Malala dedicou sua infância para defender a educação de garotas como ela no Paquistão. Enquanto ela se recupera em uma cama de hospital, vítima de atiradores do Talibã,vamos ajudar o seu sonho a se tornar realidade

Já existe, em uma parte do Paquistão, um programa bem sucedido que dá benefícios para famílias que enviarem suas filhas para a escola com frequência. No entanto, na província da garota Malala, o governo está de braços cruzados. Alguns políticos de cargos altos lhe ofereceram ajuda e se agirmos agora podemos fazer com que eles se comprometam a implementar essa ideia em todo o país. 

Antes que a atenção da mídia se volte para outro caso, vamos elevar nossas vozes e exigir que o governo do Paquistão anuncie medidas de auxílio financeiro para todas as garotas paquistanesas irem à escola. Em alguns dias, o enviado da ONU para educação se encontrará com o presidente paquistanês Asif Ali Zardari e disse que a entrega em mãos de 1 milhão de assinaturas pode dar força à sua presença.Assine a petição e encaminhe este email – vamos ajudar a tornar o sonho da garota Malala realidade

http://www.avaaz.org/po/malalahopenew/?boFTjab&v=18823 

Malala chamou a atenção do mundo para o reinado de terror do Talibã na região noroeste do Paquistão enquanto escrevia em um blog para a BBC. Seus textos relatam as consequências devastadoras do extremismo, que incluem a destruição sistemática de centenas de escolas para garotas e a intimidação violenta de milhares de famílias

A Constituição do Paquistão diz que garotas devem ser educadas da mesma forma que garotos, e o governo tem recursos para tornar isso realidade. Mas os políticos ignoraram isso por anos, influenciados por grupos religiosos extremistas e, agora, somente 29% das garotas do país têm acesso ao ensino secundário. Inúmeros estudos mostram o impacto positivo na renda pessoal e nacional quando garotas são educadas. 

Vamos transformar o susto que foi esse ataque do Talibã, voltado contra uma jovem garota, em uma onda de pressão internacional que forçará o Paquistão a discutir a educação de garotas. Clique abaixo para se unir a Malala e apoiar uma gigante campanha de acesso à educação para garotas no Paquistão, com recursos, segurança e, mais importante, a vontade para combater os extremistas que estão destruindo essa nação: 

http://www.avaaz.org/po/malalahopenew/?boFTjab&v=18823