Lançamento dia 16, segunda-feira, na Livraria 7Letras – Rua Visconde de Pirajá 580, sala 320
"Parafraseando Oswald: a massa ainda irá saborear os quitutes do meu QTAIS",
Luis Turiba.
QTAIS é um livro de balanço: o poeta para, garimpa seus Bric-a-Bracs e faz sua oferenda linguagens. Um caminho de 30 anos foi percorrido a partir de Brasília e, agora, já aposentado, de volta ao seu querido Rio de Janeiro, lança o seu primeiro livro carioca.
Coube a professora de Poesia da Universidade de Brasília (UnB), Sylvia Cyntrão, jogar luz na leitura de QTAIS. Escreveu Sylvia:
"Trata-se de uma "poética do trânsito, da confluência, da divergência. Do encanto." E prossegue: "Sobre este poeta, a celebrada Revista Bric-a-Brac, da qual foi criador e editor, diz tudo – um escritor que dá voz, que amplifica as vozes, que transforma o que ouve em ressonância. Pós-concretista-modernista-pós: na disputa pela verdade poética, no Brasil, Turiba não entrou – para nossa sorte de leitores. Autônomo, o inserimos na geração de 1980, de 1990, e nas que sucedem no século XXI. Preferiu ir registrando a magia dos deslizamentos do tempo: assim fazem os grandes. Alquimista confesso ("sigo alquimista/construindo amálgamas...") integra de diversificadas formas a poesia que espelha 500 anos de Brasil. Na expressão da sensibilidade, da cidadania, das lutas pelas causas ambientais e das batalhas amorosas íntimas, Turiba compartilha olhares e lugares na representação de seu tempo. Nosso também.
O poema "Filosofia da flanelinha" explica melhor este poeta, mais do que mil palavras teóricas o fariam:
"fecha e
deixa solto"
Na orelha do livro, podemos conhecer sua proposta poética: "Escapando a rótulos e definições fáceis, a poesia de Turiba vibra na pluralidade, no carnaval de influências, tendências, experiências e expressões. Incorpora gírias e traços linguísticos, ecoa ritmos e gingas, exalta a amálgama de línguas e heranças – a afro, a lusa, a tupi. Nesse festim antropofágico, Zumbi, Pelé, Mandela, Xuxa e Amarildo; Caetano, Machado e Saramago são servidos com a mesma irreverência – o resultado é uma poética única, que faz ressoar a musicalidade e oralidade múltipla que caracterizam o Brasil.
O poeta Nicolas Behr, seu parceiro por 30 anos em Brasília nas revistas Bric-a-Brac e no grupo de performance "OIPoema", leu o livro e comentou:
"Turiba é do tipo de poeta que não só escreve o que vive mas vive o que escreve. E vive bem. E escreve bem. Mas o melhor de tudo é que compartilha. Mostra, aponta, denuncia. Em Turiba a poesia brota, jorra e flui. São poemas vividos e revividos, experimentados, suados. Mergulhe de cabeça neste livro e boa leitura, boa viagem."
21- 98288-1825