quinta-feira, 4 de julho de 2013

ESTÁTUAS VÃO AS MANIFESTAÇÕES COM MENSAGENS POÉTICAS

ESTÁTUAS POÉTICAS BOTAM A BOCA NO TROMBONE

Luis Turiba

Quando o poeta Xico Chaves colocou olhos-vivos na estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes, em Brasília, despertou um quê de vida a esses seres aparentemente inanimados.

O Rio é uma cidade repleta de estátuas. De todos os tamanhos, idades, mensagens. Algumas mortas. Outras vivas, vivíssimas, cativantes e carismáticas. A de Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, passa o dia inteiro sendo paparicada no Posto Seis de Copacabana.

Fui, na companhia da parceira Luca, aos poemas de Drummond buscar alguns "biscoitos finos" que pudessem alimentar o fogo das manifestações populares que ameaçam parar o País. São muitos. Selecionamos três citações, interagimos livremente e – como o poeta continuou sentadinho à beira-mar observando as passantes – seguimos em frente.

Daí, piramos: saí pelo Rio de Janeiro fotografando e conversando com estátuas, convocando-as para as próximas passeatas. Papeei com muitas delas, conversas ao pé do ouvido, segredos de palavras. Juntaram-se a nós, de imediato, outros poetas: Manuel Bandeira, Cartola, Luiz de Camões, Caymmi, Pixinguinha, Noel Rosa, o indiano pacifista Mahatma Gandhi, que mora no Passeio Público; e até o sisudo fundador da Academia Brasileira de Letras, escritor Machado de Assis. Todos concordaram em dizer alguma coisa sobre as manifestações de rua.

Juntamos textos & fotos com o auxílio luxuoso do designer Toni Lucena. Estamos finalizando a edição de 10 pastas, com 10 cartazes cada; edição essa que levarei e lançarei na FLIP 2013, que começou hoje.

Como no final de semana haverá passeata por lá, cartazes é que não vão faltar.

 

 

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