Por Luis Turiba
Você já foi ao Japão? Não. Então vá. Mais no meio do caminho tem uma escala. Senão, é impossível chegar lá.
Visitar Tóquio pode ser a viagem da sua vida, aquela que faz parte das suas mais longínquas utopias. Afinal, a ilha do Sol Nascente pulsa no imaginário coletivo da sociedade brasileira. Para tanto, prepare-se física, financeira e espiritualmente para mergulhar no paradoxal universo nipônico.
De Brasília até capital japonesa, por exemplo, são cerca de 20 mil quilômetros, o que corresponde a mais de 30 horas de vôo sobre diferentes mares e oceanos. A viagem em si já é uma aventura, pois distância e tempo trazem profundas modificações no seu metebolismo. Lá é dia, aqui é noite.
Ao desembarcar em Narita, cidade que fica a uma hora e meia de Tóquio, começam outras aventuras. A primeira delas, é a comunicação.
A língua é outra, o visual também, os costumes, então, nem se fala.
Bem, verdade é que língua é barreira e não fronteira. Não existem fronteiras para quem sorri e é justamente com sorrisos que o japonês irá lhe receber. Sorria também e vá logo aprendendo a agradecer curvando o corpo: arigatô gozaimasshita!
Certamente, ao andar pelas ruas você irá tropeçar em multidões que cruzam, disciplinadamente, os semáfaros de Tóquio. Atenção, pois lá a mão é inglesa, ou seja: carros na contra-mão.
Aproveite: tire fotos, coma sushi, absorva o aroma único dos restaurantes, dos mercados, dos museus.
Não deixe de andar de metrô, pois certamente você se perderá se estiver sozinho. Aí, é uma aventura a mais para contar quando voltar ao Brasil.
Hay!
Pare para ver letreiros que piscam seus ideogramas em jogos lisérgicos de luzes e cores vendendo bugingangas eletrônicas e cibernéticas.
No Japão é oito ou oitenta e oito. É moto kawasaki 1800 ou quimono de fora dos templos dos samurais e tudo se comunica entre si por sorrisos de arigatôs ou notas de yenes trocadas por dólares numa casa de câmbio nos bairros de Ueno ou Akidabara.
PERDIDO EM TÓQUIO
...E de repente me perco pelas ruelas de Tóquio.
Saio da rua principal onde fica o hotel Waveblue, próximo à estação do metrô de Asakusa, e dobro a direita numa estreita e mal iluminada viela, de aspecto sombrio e com pequenas casas de dois andares dos dois lados.
A noite já vem chegando, o que é sinal que está amanhecendo no Brasil. Essa é uma experiência que costumo fazer em cidade onde sou totalmente estrangeiro. Dobro à esquerda e vou andando tranquilamente, dobrando esquinas aleatoriamente rumo a lugar algum.
Quando dou conta, estou perdido. Tudo lembra cenário de um filme de Kurosawa. Perder-se ao sabor do vento do Oriente como se estivesse hipnotizado pelo encanto de nada entender e estar do outro lado do mundo. Entro num empoeirado antiquário e vejo que uma peça milenar de um cavalo de ferro de um histórico samurai custa 180 mil yenes. Reviro meu bolso. Tenho 10 mil yenes. Impossível qualquer negócio, saio e sigo.
Logo adiante, abro outra porta para adentrar a uma loja sinistra, de onde exala um cheiro forte totalmente desconhecido de minhas narinas. Fixo o olhar e descubro que ali funciona um depósito de peixes secos. Grandes, pequenos, miúdos. Em caixas, em sacos, em unidades. Aquilo me paralisa profundamente. Fecho os olhos para melhor sentir o aroma do Oriente. Agradeço aos deuses a dávida de estar realmente no Japão. Arigatô!
3 comentários:
Caro Turiba, entrei no seu blog, sempre atualizado e bem feito.
Fui curtir sua matéria sobre o Japão. Gostei demais: esperta e informativa, com uma visão sensível do país e do seu povo. Parabens.
Nos idos dos 80, quando trabalhava no JB, estive lá e também me encantei com o país.
Podemos marcar um encontro na nossa rua. Afinal, somos vizinhos.
Grande abraço
Elias Farjado
turiba, bela materia. li uma parte ( vou lendo aos poucos - a introduçao está belissima )
e guardei um pra vcoe. quando voce vir semana que vem te entrego.
recebeu o livro do chico? mandei antes da greve dos correios....
valeu.
abraçao, niki
Turibone, aregatocha bokumerxi pelo zof teu nipoblog bissolutamente formidable. Teu blog ztá kada vez mais kada vez, um Manacobraz das Zatualidades brazucas e intrenaxionais. Turiba, teu orixá é o Caboclo Ninguém-Segura !...
abbrazzzzonnnnes mmmmiles zzzzzzzzzzzzzzzzuca
zzzzzzzucazzzzzzz
LUZAKÁ // Besame mucho / à média-luzaká / y alhá / las cucarachas vuelan / y el Condor... / passa //
XAZALHÁ // Laskuka / rachas acá / raxa zalhá / aká kalhá / akolhá //
zzzzzzzzzzzzzzzzz
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