domingo, 30 de agosto de 2009

UM POEMA ANTIGO, MAS SEMPRE ATUAL

AMORAR

 

Luis Turiba, 1988

 

Do livro "CADÊ?"

 

bendito beijo na boca de um amor que a

si se basta dois corpos uma só flecha um sopro

um brilho uma luz um impulso o chão nada o acalma

o tira do sonho de um misto d´almas que é o elemento

vivo que borda a fantasia com morangos na pele &

azula a Terra com mel e pula-pula ninguém segura

o pulsar acelerado de um coração apaixonado – o amor

oh meu Deus como é bom amar passear as nuvens sentir

o cheiro da flor da maçã o danado está todo a ocupar o

vazio do poema como um frio gélido subindo pela

espinha acima assim como aquele sorriso que nasce sozinho

e amigo

 

amorô

amaradíssimo

amoradão

amor grã

amor in

amor zuam

amor zim zim

amor vermelhor de campari com limão

amor doce de leite

amor azeite

amor desleixo

amor de doer de gritar de bater

de ficar sem falar sem comer sem dormir

amor (eu deixo)

amor hê

amor ah!

amor de filhos

amor de ninhos

amor é coisa alegre

amor é coisa triste

amor é muito mais

eu que o vi que vê-lo: visse!

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