Poema Molhado
Olhando a chuva chegar
da varanda de um bar
A chuva, que dádiva,
sugadora de ansiedades.
Espécie de lexotan metereológico da existência humana.
Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações
Pessoas repensem suas órbitas.
Quem tá na chuva é pra melhorar
e molhar suas roupas novas
seus sonhos de valsa
suas capas e suas galochas.
A chuva, além de encharcar,
cai pra além dos guarda-chuvas.
Encolhe as pressas e os cabelos esticados
nos longos congestionamentos de volta ao lar.
A chuva é isso & também aquilo.
Ela é muito perigosa
anda fora dos trilhos,
molhadinha,
essa fêmea cheia de pingos
Brasília, Mercado Municipal, 12 de novembro de 2008
Um comentário:
Queridos Turiba e José Roberto,
Nem sei como revidar esse apoio de vocês.
Se aplaudir, farei barulho
Se disser OBRIGADA ... o som da minha será ouvido?
Talvez!
Prefiro antes escrever que sinto orgulho
De ter amigos com tamanha altivez,
sem prejuízo de um grande abraço ao vivo e a cores.
Sandra Fayad
Obs: Esse poema da chuva está supimpa, como dizia papai.
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