domingo, 23 de agosto de 2009

CHUVA NA SECA DE BRASÍLIA DEIXA NO AR POESIA

Poema Molhado

 

Olhando a chuva chegar

da varanda de um bar

 

A chuva, que dádiva,

sugadora de ansiedades.

Espécie de lexotan metereológico da existência humana.

Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações

Pessoas repensem suas órbitas.

 

Quem tá na chuva é pra melhorar

e molhar suas roupas novas

seus sonhos de valsa

suas capas e suas galochas.

 

A chuva, além de encharcar,

cai pra além dos guarda-chuvas.

Encolhe as pressas e os cabelos esticados

nos longos congestionamentos de volta ao lar.

 

A chuva é isso & também aquilo.

Ela é muito perigosa

anda fora dos trilhos,

molhadinha,

essa fêmea cheia de pingos

 

 

Brasília, Mercado Municipal, 12 de novembro de 2008

Um comentário:

Sandra Fayad disse...

Queridos Turiba e José Roberto,
Nem sei como revidar esse apoio de vocês.
Se aplaudir, farei barulho
Se disser OBRIGADA ... o som da minha será ouvido?
Talvez!
Prefiro antes escrever que sinto orgulho
De ter amigos com tamanha altivez,
sem prejuízo de um grande abraço ao vivo e a cores.

Sandra Fayad
Obs: Esse poema da chuva está supimpa, como dizia papai.