domingo, 12 de setembro de 2010

POEMA PARA AS CRIANÇAS DO VERJÃO E DA GRANJA DO TORTO

Foram tardes inesquecíveis, essas com as crianças da Escola-parque da Granja do Torto e a do dia anterior, com as crianças da Escola-Parque do Varjão. Tardes de poesia, luz, troca, alegria. Fiz um poema para agradecer o que recebemos. Leiam e remeta-os àquelas escolas em sinal de nossa admiração e afeto.

Beijo amoroso,

Amneres

Sobre se encantar

         (para as crianças do ensino fundamental das escolas-parque do Varjão e da Granja do Torto)

Contos de fada,
histórias da carochinha,
lendas, mitos, fábulas,
absurdas fantasias,
tudo é matéria
prima da poesia,
penso e decido
deixar o verso
brincar de
esconde-esconde
com o papel
em branco da
imaginação.
Deixo aos adultos
dizerem não,
eu digo sim
à magia e ainda
tenho medo de
bruxa malvada
e de bicho-papão.
Tenho medo do
escuro das palavras,
prefiro iluminá-las
com príncipes, duendes,
elfos e fadas,
que me salvarão
a tempo dos ogros
do desalento
e da solidão.
O poema é uma
caixa de lápis-de-cor
recém chegada
às minhas mãos.
Gosto de desenhar
coqueiros, montanhas,
areias, céu azul,
e beira-mar,
e depois pintá-los,
um a um. Desenho
então um coração
vermelho e sinto-o
pulsar. Para fazer
um poema, é preciso
papel, lápis
e imaginação,
disse-nos o poeta,
a mim e a outras
tantas crianças.
Olhei nos seus olhos
e pude ver cintilarem
as nuanças da alegria.
O poema está
na inocência
do olhar, pensei
e pintei um arco-íris
com as cores da
da esperança, ó leitor
imaginário das páginas
desse diário, só
para te ofertar.

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