Foto Regina Bittencourt
Luis Turiba
Em cerimônia simples, mais coberta de simbolismos históricos e significados culturais, o poeta multivisual e musical Xico Chaves recebeu ontem (1/9) das mãos do vice-reitor da Universidade de Brasília (UnB), professor João Batista, seu título de "Notório Saber" em artes plásticos.
O aluno Francisco Chaves, o nosso querido Xico (com X porque tem o outro, o Alvim, com Ch), que até de lixeiro já se vestiu comigo para fazermos performance na Bienal de Poesia de Brasília, em 2008, foi expulso da UnB pela ditadura militar em 1969 e teve que se exilar no Chile para não ser preso.
Durante esses 40 anos, ele construiu uma carreira poética e acadêmica por conta própria. Xico, portanto, volta a universidade, onde foi recebido com honras por ex-colegas e os professores Luiz Galina Neto e Nivalda Assunção, do Curso de Artes. Todos sairam ganhando: o poeta, a comunidade cultural e acadêmica e a própria UnB.
Xico leu um longo discurso muito legal, mas o que valeu mesmo foram algumas de suas considerações sobre a cultura no mundo atual. Anotei a que achei mais próxima da nossa realidade:
"A arte, como a universidade, nos tempos cibernéticos de hoje tem que assumir a transterritorialidade. É como se tudo acontecesse dentro de um processo de simultaneidade. Essa é a ruptura do século 21. As artes visuais são as que melhor podem traduzir esse sentido cultural. A arte é a própria vida com o desfazimentos de fronteiras."
Salve Xico. Será que entendi bem?
Um comentário:
ENTENDEU SIM TURIBABÁ.
É O MESMO FARINHAR E DESFARINHAR.
COM O XICO NÁO TEM FAROFA.
ESTA LINGUAGEM DO PLASTIQUÊS NÁO TEM ACORDO.
DO MAIGO DOS DOIS
WBARJA
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