segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CHEGOU 2013


FELIZ NOVO ANO NOVO


Antropofagicamente, aproveito o revoado cartão do supremo poeta Zuca Sardanga, enviado diretamente da Alemanha, onde mora, para desejar a todos que convivem vivamente nesse cibernético e democrático espaço da internet, um FELIZ NOVO ANO NOVO com muito AMOR no coração.

Só Ele é capaz de salvar!

Só o AMOR nos conduz a LUZ, a PAZ, a PROSPERIDADE, a SOLIDARIEDADE, a JUSTIÇA, a CRIAÇÃO, a POESIA, a ETERNIDADE.

No mais: bola pra frente que atrás vem gente. 

....e como vem......


Luis Turiba 




sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"ABRAÇAÇO" DE CAETANO VELOSO É PARA ROGÉRIO DUARTE

O "ABRAÇAÇO" DE CAETANO É PARA ROGÉRIO DUARTE


Luis Turiba


Não sei se consciente ou inconsciente, mas foi Rogério Duarte quem recebeu o grande "Abraçaço" deste fim de ano. 


O CD de Caetano Veloso tem um lado gráfico genial, como um jogo borgeano de espelhos com rostos (principalmente o do próprio Caetano) e muitas mãos e muitas posições. Mas no centro desse múltiplo jogo, lá no âmago, está no rosto de Rogério, "o gênio por trás dos gênios", com sua longa-linda barba branca que ele carrega no seu exílio no interior da Bahia.


Mas a grande homenagem que o setentão Caetano Veloso faz ao setentão Rogério Duarte está mesmo na gravação da belíssima canção de ninar "Gayana" (o amor que vive em mim/ vou agora revelar/ esse amor que não tem fim/ já não posso em mim guarda/eu amo muito você), única que não é de Caetano, mas que ele canta quase à capela com um sentimento transcedental. Uma grande declaração de amor ao companheiro de jornada.

Rogério, para quem não sabe, foi o "exu-mensageiro" da Tropicália. Segundo Fabio Godoh escreveu no Overmundo, "ele foi o mais lúcido ideólogo das nossas vanguardas, verdadeiro cerébro pop-dadaísta por trás de bananeiras e pedestais, foi o responsável pela elaboração das premissas epistemológicas mais fundamentais do que veio a ser grafado como Tropicalismo, no final da década de 60." 

Ah, o "Abraçaço" é um CD difícil de ser ouvido sim, mais lindamente caprichado com belíssimas longas canções como a "Comunista" dedicada ao revolucionário Carlos Marighela. É o Caetano dos bons e velhos tempos, sem o mínimo compromisso com a mídia e o sucesso televisivo. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A ONÇA ESTÁ SOLTA

A ONÇA

P/ todas as mulheres que são ou foram agredidas por (r)atos covardes

Luis Turiba

Com sua pele de pérolas pintadas
Ardil, silenciosa, ativa & espreitosa
A carnívora onça cerca a sua caça
E lhe desfere golpe (ar)dente: arrasa

A onça é amiga do índio da mata
E jamais será (- por quem?) escravizada
Em seu território livre em sua morada
Felicidade dela: não foi domesticada

A onça tem seus olhos de esmeralda
Um cio de fogo, dentes garras saltos patas
Quer no afago ou no combate insano
Onça já sabe: não mais perdas e danos

Onça é a fera mais feroz das brasileiras
Fêmeas esguias na luta armam os corpos
São mães & mulheres trabalhadeiras
Se fazem vivas, porque são bichos soltos

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DERRICK DE KERCKHOVE, HERDEIRO DE McLUHAN


ESTAMOS TODOS ELETRIZADOS", diz
Derrick de Kerckhove, herdeiro de McLuhan

Por Luis Turiba

Derrick de Kerckhove foi professor do Departamento de Letras da Universidade de Toronto, no Canadá, mas mora em Barcelona e passa grande parte do ano em Nice, na França, escrevendo e fazendo pesquisas. É, portanto, um cidadão do mundo e vive a "Aldeia Global" vislumbrada por Marshall McLuhan na década de 60, para quem "o meio é a mensagem".

Teórico militante e apaixonado da Era Digital, Derrick está no Rio onde faz palestra hoje (11/12) no fechamento do ciclo de debates "Inter-Agir", que durante o segundo semestre deste ano aconteceu no espaço Oi Futuro do Flamengo.

Batemos um bom papo com Derrick no iluminado cair da tarde de ontem (10/12) no bar do Arpoador In, em Ipanema.Vindo do inverno no Hemisfério Norte, ele se deliciou com a paisagem tropical cantado por Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Ana Lúcia Pardo, coordenadora, pesquisadora e pensadora do ciclo "Inter-Agir" e eu, anotamos algumas das questões que foram levantadas nessa conversa não-linear, que teve também a participação da arquiteta Rosane Araújo, autora do livro "A cidade somos nós", e dos professores Potiguara M. Silveira Júnior e Aristides Alonso. No final, Rosane ganhou de Derrick o livro "Lo que McLuhan no predijo", onde 19 pensadores fazem em textos homenagem ao mestre da comunicação global.

Eis a síntese jornalística da conversa.

Pergunta – Na década de 60, McLuhan previu que o "meio é a mensagem". Com a globalização da internet, o sr. considera que já vivemos essa realidade?

Derrick de Kerckhove – Eu tenho um livro cujo título é "O que McLuhan não previu". Mas ele disse em 1962 que o próximo meio de comunicação poderia ser a expansão da consciência contida na TV. Ele previu que a TV iria se transformar em uma múltipla forma de arte. Isso é o youtube. A televisão é uma forma de arte muita cara, mas é dada de graça para todos via internet no canal youtube. As mudanças aconteceram velozmente. De repente, o melhor sistema de armazenamento de informações, que é a biblioteca, se tornou absoleta, pois vivemos na era onde tudo está conectado e existe o Wikipedia. Todo o poder de decisão agora é dado aos contribuintes, aos participantes. Por último, foi criada uma nova economia. Atualmente na França, os negócios com e pela internet correspondem a 7% do PIB francês e é o dobro do PIB da agricultura naquele país.

Pergunta – Como a internet interfere no psique dos seres humanos nesse atual estágio da civilização?
Derrick de Kerckhove – Precisamos saber qual o atual estágio do uso e da transformação da eletricidade para a comunicação entre seres humanos. Digamos que num primeiro momento foi o do aparecimento do telégrafo. O telégrafo é o ponto de encontro entre a velocidade máxima e a complexidade da linguagem. Esse foi o maior casamento de poderes que já existiu. Depois a invenção de telégrafo, o homem viveu três novos estágios do uso da eletricidade: a luz, o calor e a energia. O próximo estágio é imaterial, quando a eletricidade se transforma em linguagem. Por último, vem o telefone celular, que é a eletricidade atuando em forma de comunicação em cada um de nós. Estamos todos eletrizados.

Pergunta – Quais são as propostas que o Sr. trás para o fechamento do Ciclo de Debates "Inter-Agir"?
Derrick de Kerckhove – Já não dirijo mais o "Programa McLuhan de Cultura e Tecnologia, em Toronto. Dou aulas e faço pesquisas. Moro em Barcelona e vou muito a Nice, na França, e também a Toronto, no Canadá. Aqui no Rio, no Oi Futuro, nós vamos falar sobre a transformação cultural das mídias e sobre o inconsciente digital. Tudo sobre vocês que vocês ainda não sabiam. A Internet hoje influencia em tudo. Nas coisas que você gosta, que você faz e até em como você vota. Tudo que as pessoas podem saber sobre você como se você fosse sua persona digital.

Pergunta – Por quê você fez tanta questão de voltar ao Rio de Janeiro, cidade que já visitou no ano 2000, quando conheceu a comunidade da Cidade de Deus. O que lhe atrai no Brasil, o que busca nesse país tropical?
Derrick de Kerckhove – O Rio de Janeiro é uma marca, um mito. É a concentração da cultura brasileira com toda sua complexidade, dentro de um cenário maravilhoso. O carioca tem a característica dos portugueses e algo mais que se transforma na gente brasileira. Os brasileiros são mais gentis que os portugueses, sem dúvida. Além do mais, o corpo está presente, é atuante, como não acontece em muitas culturas do hemisfério Norte. Se não morasse na Europa, iria arrumar um jeitinho e um lugar para vim morar no Rio – mas não em outro lugar do Brasil.

Pergunta – Qual o impacto da Era Digital no ato criativo? Como isso acontece?
Derrick de Kerckhove-  No começo da cultura ocidental, depois da criação do alfabeto, vieram as Musas. Aí, os sentidos foram divididos; ouvir, escrever, falar, dançar. Com a eletricidade, criou-se a digitalização e tudo começou a se juntar novamente. O que antes era ópera, com dança e cantos, hoje pode ser uma arte híbrida. Mesmo o cinema na Era Digital começa a ser outro tipo de cinema. Podemos continuar fazendo Bertolt Brecht como um teatro clássico, mas Antoun já é multimídia. O consumidor passa a ser também o produtor e assim o teatro é autogerado. Sem dúvida, a arte sofreu um grande impacto e é outra na Era Digital. 







segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DALTON TREVISN GANHA O "Prêmio Camões 2012"



                            MinC e FBN entregam Diploma Prêmio Camões 2012
Cerimônia de entrega do principal reconhecimento da literatura em língua portuguesa será realizada na Biblioteca Nacional no próximo dia 12
 
"Dalton Trevisan significa uma opção radical pela literatura enquanto arte da palavra", assim definiu o júri do Prêmio Luís de Camões, no dia 21 de maio deste ano ao escolher, por unanimidade o autor curitibano. A entrega do Diploma do Prêmio promovida pelo Ministério da Cultura, Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e Instituto Camões, ao enigmático Trevisan, avesso a aparições públicas, será feita no próximo dia 12, quarta-feira, às 18h30 no Auditório Machado de Assis, na Biblioteca Nacional. Não, não será dessa vez que o escritor dará o ar da graça, ele será representado por sua editora, Sônia Jardim, no momento de receber o máximo reconhecimento da literatura em língua portuguesa.
"O Prêmio Camões é o grande momento de consagração da literatura em língua portuguesa e uma possibilidade para que nossos países mostrem para o mundo a literatura de grande qualidade que se produz no nosso campo cultural", ressalta Galeno Amorim, presidente da FBN. Aos 87 anos, Trevisan entra no hall de autores clássicos que também foram consagrados com o Prêmio Camões, como José Saramago, Rachel de Queiroz, João Cabral de Melo Neto e Rachel de Queiroz.
Considerado o maior contista contemporâneo, Dalton Trevisan acumulou vários prêmios durante a vida literária, sua primeira publicação Novelas Nada Exemplares (1959) recebeu o Prêmio Jabuti. Seu único romance, A polaquinha (1985), ganhou o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura em 1996. A obra figura na lista dos 10 livros que receberam bolsas do Programa de Apoio à Publicação de Autores Brasileiros na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da FBN, em 2012.
O autor publicou também "Morte na Praça" (1964), "Cemitério de Elefantes" (1964), "A guerra Conjugal" (1969), "Crimes da Paixão" (1978), "Ah, É" (1994), "O Maníaco do Olho Verde" (2008), "Violetas e Pavões" (2009), "Desgracida" (2010), "O Anão e a Nifesta" (2011), entre outros.
O Diploma do Prêmio Camões complementa a premiação de 100 mil euros, já entregue ao autor. Instituído em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Luís de Camões visa a estreitar os laços culturais entre os países lusófonos, por meio da premiação de seus escritores mais representativos.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

HERDEIRO DE MCLUHAN ENCERRA PROJETO "INTER-AGIR"



Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2012 – "O meio é a mensagem". Os famosos dizeres de Marshall McLuhan nunca estiveram tão em voga em tempos de internet. 

Para discutir os meios eletrônicos enquanto extensões do nosso corpo e da nossa mente, o professor da Universidade de Toronto, Derrick de Kerckhove – que foi o último colaborador de McLuhan em suas pesquisas – estará no Oi Futuro, na próxima terça-feira, dia 11 de dezembro.

A partir das 19h30, o centro cultural no Flamengo recebe o último encontro do ciclo "Inter-Agir – Na rua, na rede, na cena contemporânea", que trouxe ao Brasil importantes pensadores contemporâneos como Gilles Lipovetsky e Michel Maffesoli. Junto com Kerckhove, estará o sociólogo brasileiro, Massimo Di Felice, professor da ECA-USP. 

Ambos tentarão responder à questão "O que muda nas relações humanas na Era Digital e Tecnológica?". Para o pesquisador e professor canadense, "entramos na sociedade conectiva, nossa experiência psicológica, resultante dos últimos avanços tecnológicos, dá origem a um novo ser humano, que combina sua subjetividade com a conectividade". 

Já Felice contribuirá com uma palestra que buscará definir as qualidades específicas de um novo tipo de ativismo tecno-humano, fornecendo instrumentos para compreender as características do que ele define como um "inédito tipo de social".  

O ciclo de debates "Inter-Agir" foi concebido pela produtora e pesquisadora Ana Lúcia Pardo e é realizado desde setembro no Oi Futuro, no Flamengo, com o patrocínio da Oi e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro. Nesses três meses, o projeto propôs-se a refletir, através de debates, oficinas, performances e intervenções artísticas, sobre os novos caminhos da arte e da cultura na era digital.  

Derrick de Kerckhove
Professor do Departamento de Francês da Universidade de Toronto, foi diretor do Programa MacLuhan de Cultura e Tecnologia, de 1983 até 2008. Participou do projeto "Rientro dei Cervelli", na Faculdade de Sociologia da Universidade de Napoles Federico II, onde lecionou "Sociologia da Cultura Digital" e "Marketing e novas mídias". Derrick acompanha as mudanças socioculturais provocadas pela popularização da internet e das tecnologias da informação. Ex-assistente e herdeiro intelectual de Marshall McLuhan, é autor de vários livros, como "Brainframes: Technology, Mind and Business" (1991) e "A Pele da Cultura" (Ed. Annablume 2009).
Massimo Di Felice
Sociólogo pela Universidade La Sapienza de Roma, doutor em Comunicação pela  Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Pós-doutor pela Universidade Paris V, Sorbonne. É professor da PPGCOM da USP e coordenador do Centro de Pesquisa ATOPOS (ECA/USP), dedicado aos estudos sobre as transformações sociais promovidas pelo advento das tecnologias comunicativas digitais. É também professor visitante da Libera Università di Lingue e Comunicazione (IULM) de Milão e autor de ensaios e artigos editados  na Itália, na França e em Portugal em prestigiosas revistas acadêmicas. No Brasil, coordena a coleção Era Digital, na qual organizou as obras Do público para as redes (2008) e Pós-Humanismo (2010); e a coleção Atopos (Editora Annablume), na qual publicou os livros Paisagens Pós-Urbanas – o fim da experiência urbana e as formas comunicativas do habitar (2009) (traduzida em diversos idiomas). Sua obra mais recente é Redes Digitais e sustentabilidade – as relações com o meio ambiente na época das redes (Annablume, 2012). 
SOBRE O Oi FUTURO

O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem.

Na educação, os programas NAVE e Oi Kabum! usam as tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Já na área cultural, o Oi Futuro mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), com programação nacional e internacional de qualidade reconhecida e apreços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades.

O esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. Em 2010, a Oi ainda lançou,por meio do Oi Futuro, seu primeiro edital para patrocínios de projetos de preservação e conservação do meio ambiente, reforçando ainda mais o compromisso com iniciativas sustentáveis.

O esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. O programa Oi Novos Brasis completa seu escopo de atuação, reafirmando o compromisso do Instituto no campo da sustentabilidade, com o apoio e o desenvolvimento de parcerias com organizações sem fins lucrativos para a viabilização de ideias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO
Coordenadora do "Inter-Agir" - Ana Lucia Pardo - 21- 9588-0452
Assessoria de Imprensa - Luis Turiba - 21-8288-1825
Produção:Marcela Baptista- 21-9679-2441

OI FUTURO
Rio de Janeiro, RJ/ CEP 2220010
Telefone: 21- 3131-3060

  
Leïlah Accioly
Comunicação Corporativa - Oi
Oi Móvel: (21) 8834-0055
Oi Fixo: (21) 3131-3082
Às segundas e sextas: (21) 3131-1603


MORRE NO RIO O ARQUITETO OSCAR NIEMEYER


Arquiteto de 104 anos estava internado desde 2 de novembro em Botafogo.
Reconhecido internacionalmente, ele faria 105 anos em 15 de dezembro.

Do G1 Rio

O arquiteto Oscar Niemeyer (Foto: Reuters)Arquiteto morreu, aos (Foto: Reuters)
 
 
Infográfico Niemeyer (Foto: Arte/G1)

O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu no Rio. Ele estava internado desde 2 de novembro, no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras, Niemeyer completaria 105 anos em15 de dezembro. A morte dele foi confirmada às 21h55.

Nesta quarta-feira (5), um boletim médico informava que o estado de saúde do arquiteto havia piorado e era considerado grave.

Ainda segundo o hospital, Niemeyer respirava com a ajuda de aparelhos e encontrava-se sedado por causa de uma infecção respiratória.

O hospital informou também que a piora do quadro clínico do paciente aconteceu após a visita do médico Fernando Gjorup nesta quarta-feira.

Histórico de internações
O arquiteto foi internado várias vezes ao longo dos últimos anos. A última foi em 2 de novembro, quando voltou ao Samaritano, seis dias depois de ter recebido alta. Desta vez, Niemeyer foi submetido a tratamento de hemodiálise e fisioterapia respiratória.

No dia 13 de outubro, o arquiteto deu entrada no Hospital Samaritano após sentir-se mal, apresentando um quadro de desidratação. Ele ficou internado por duas semanas.

Em maio, Niemeyer também esteve internado no mesmo hospital, quando deu entrada com desidratação e pneumonia. Depois de 16 dias, com passagem pela UTI, recebeu alta.

Em abril de 2011, o arquiteto ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária. Também já foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino.

Em 2010, Niemeyer também foi internado em abril, devido a uma infecção urinária.

Em 2009, o arquiteto ficou internado por 24 dias no Samaritano, entre setembro e outubro, após dores abdominais. Ele chegou a passar por uma cirurgia para retirar um tumor no intestino grosso, uma semana depois de ter sido operado para a retirada de um cálculo na vesícula.

Em junho do mesmo ano, o arquiteto foi internado no hospital Cardiotrauma de Ipanema, também na Zona Sul, queixando-se de dores lombares. Ele passou por uma bateria de exames e recebeu alta médica algumas horas depois. Na ocasião, exames de sangue e uma tomografia indicaram que Niemeyer estava apenas com uma lombalgia.

Em 2006, o arquiteto chegou a ficar 11 dias internado, após sofrer uma queda e passar por uma cirurgia.

Filha do arquiteto morreu em junho
A designer Anna Maria Niemeyer, única filha de Oscar Niemeyer, morreu aos 82 anos, em consequência de um enfisema pulmonar, em 6 de junho.

Segundo o administrador Carlos Oscar Niemeyer, filho de Anna, o avô esteve pela última vez com sua mãe, três dias antes, durante uma visita ao Hospital Samaritano, onde Anna Maria ficou mais de 40 dias internada.

Ainda de acordo com Carlos Oscar, durante o tratamento, Anna chegou a receber alta, mas voltou a ser internada no dia 1º de junho. Ela teve cinco filhos,13 netos e quatro bisnetos.

Carlos Oscar contou que sua mãe e o avô eram muito próximos e costumavam se falar todos os dias. Ele disse que Niemeyer ficou muito abalado ao receber a notícia da morte da única filha.

"O pai receber a notícia da morte de um filho é uma coisa extremamente difícil, imagina para um pai de 104 anos, a situação é ainda mais complicada", comentou Carlos, durante o sepultamento de Anna Maria Niemeyer.

Oscar Niemeyer manifestou vontade de ir ao enterro da filha no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Mas, de acordo com os parentes, ele não compareceu após os médicos avaliarem que as condições de saúde do arquiteto não eram favoráveis.

Visita à Passarela do Samba
Em fevereiro, Niemeyer fez uma visita ao Sambódromo, durante a fase final das obras de reforma da Passarela do Samba que mantiveram o traçado original que o arquiteto projetou há 30 anos. Ele enfrentou o sol forte de meio-dia e percorreu num carrinho aberto toda a extensão da Avenida.

"Está muito bom. Melhorou muito. Este não é um trabalho só meu, é o trabalho de um grupo. Estou entusiasmado", disse Niemeyer, na ocasião.

O projeto de Niemeyer previa um equilíbrio entre os dois lados da Sapucaí, como se fosse um espelho. Com a obra, a Sapucaí passou a ter 12.500 lugares a mais, podendo acomodar 72.500 pessoas.

Trabalho em ateliê para festejar 104 anos
Autor de mais de 600 projetos arquitetônicos, Niemeyer decidiu festejar os seus 104 anos do jeito que mais gostava: trabalhando em seu ateliê de janelas amplas diante da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Em agosto de 2011, ele lançou o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer" (Editora Nosso Caminho), na galeria de um shopping da Zona Sul do Rio.

Embora ateu convicto, o arquiteto selecionou fotos e desenhos das 16 obras religiosas, entre capelas e igrejas, que realizou ao longo de sua carreira.

"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor", explicou Niemeyer, na ocasião.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ANA LÚCIA PARDO QUER SABER QUAIS SÃO "AFETOS E UTOPIAS NA ERA DIGITAL"

ENTREVISTA COM ANA LÚCIA PARDO, coordenadora do Ciclo de Debates "Inter-Agir"


Por Luis Turiba

 

Ana Lúcia Pardo é atriz, jornalista, gestora e pesquisadora de cultura e de arte contemporânea. Gaúcha, veio para o Rio de Janeiro fazer teatro. Foi além: é mestre em Políticas Públicas e Formação Humana pela UERJ. Foi do Ministério da Cultura na Era Gil e assessora do presidente da Comissão de Cultura da ALERJ. É curadora e coordenadora dos Ciclos de Debates que nas edições de 2006, 2007 e 2010  receberam o nome de "A Teatralidade do Humano" e nesta edição foi chamado de "Inter-Agir: no palco, na rua, na rede, na cena contemporânea".

 

Aqui, ela faz um breve balanço do ciclo que neste segundo semestre ocupou o espaço Oi Futuro Flamengo e afirma que "as redes sociais ganharam novas dimensões transformando-se em verdadeiro novos palcos".

 

Pergunta – Depois de trazer tantas cabeças coroadas e internacionais – como por exemplo o filósofo francês Gilles Lipovetsky, o alemão multimídia Florian Thalhofer, o professor de filosofia da USP Vladimir Safatle, o sociólogo francês Michel Maffesoli e outros - para debates temáticos com o público, pensadores e artistas brasileiros, o "Inter-Agir" resolveu agora escancarar e abriu para a galera ocupar a cena. Por que essa democratização?

 

Ana Lúcia Pardo – A idéia de fazer esse ciclo de debates parte das inquietações do nosso tempo, que também são as minhas inquietações. Buscamos criar um espaço de troca, de misturas de linguagens, áreas de pensamento, saberes, procedências, coletivos, experiências e tribos, junto com alguns teóricos, artistas e grupos que, no meu entendimento, poderão oxigenar com seus questionamentos e intervenções. Para escrever, criar, inventar, convocar as pessoas para o encontro, parto do princípio de que é preciso refletir sobre a sociedade em que estamos inseridos, o campo social, cultural, ecológico, econômico. Não só olhar a sua aldeia, a sua comunidade e o seu entorno, pois vivemos numa aldeia global, de forma que a crise mundial e os indignados nas ruas e redes nos outros países me atinge diretamente, não posso ficar indiferente ao que acontece do meu lado ou do outro lado do mundo. Mas não basta se inquietar e tornar-se um espectador da vida, nem mesmo estar auto-centrado, resultando em um mundo de protagonistas e de coadjuvantes, acredito que a construção e possível transformação sempre serão coletivas, mas este é o desafio, pois a nossa tendência é querer conduzir sozinhos o processo, pois no campo de incerteza que vivemos e numa sociedade competitiva, somos impelidos a disputar cada vez mais, a estar no foco, buscar o reconhecimento e acumular para consumir. Por isso, estou movida a ampliar a rede e caminhar em outra direção.

 

 

P – Mas por que abrir para a galera, para o desconhecido?

 

ALP - Lá no início do Ciclo, em 2006, procuramos colocar na centralidade a teatralidade do cotidiano, da rua, o que nos interessava era considerar que a arte não estava circunscrita somente ao artista, ao teatro, ao palco. Creio que a minha experiência com o teatro feita com os servidores da Funarte, com os camponeses do MST, com crianças em situação de rua, me fez observar o indivíduo comum, não ator, que não escolheu ou teve oportunidade de seguir o ofício da arte, um potencial enorme de expressão e uma disponibilidade e até necessidade de sair de seu personagem diário e ser um outro, sair do funcionário que costuma carregar consigo a burocracia, a instituição e não assume nunca uma autoralidade, que na mudança de gestão perde o cargo, fica esquecido, no caso da Funarte e do MinC, esse servidor costuma fazer acontecer o projeto de criação e o sonho dos outros; ou de um camponês, cujo personagem está impregnado na pele, no chapéu, nas ferramentas que usa; ou no estigma carregado pelos jovens e crianças que vivem na rua que são vistos somente como uma ameaça. Essa arte da vida cotidiana, da vivência, me interessa explorar, pois ela é libertadora e por valorizar mais o processo do que o resultado está grávida de possibilidades. Além disso, o uso do palco tem uma dimensão política, coloca na centralidade da cena algo sob a luz, é feito para ocupar a Ágora e tomar o bastão. Atualmente as redes sociais tornaram-se também o formato de palcos, espaços de representação e cada vez mais as manifestações e movimentos políticos assumem também feições artísticas. Ou seja, a arte cada vez mais perpassa todas as dimensões do humano. É, portanto, por conta disso, que resolvi que o ciclo precisava trazer essas expressões a partir de suas inquietações. Que urgências essa nova galera têm? Que tipo de propostas e caminhos encontraremos a partir daí? Só indo lá pra ver, é uma aposta no escuro, não temos o resultado, mas muita gente está entrando na rede e se inscrevendo. No final das apresentações, pretendemos fazer uma roda de conversa, um fórum para trocar as impressões sobre as urgências do momento.

 

P- Ao longo desses seis anos de ciclos, você acha que valeu a pena? As coisas estão realmente interagindo?

 

ALP- Observo que o nosso ciclo certamente que vem influenciando alguns teóricos, artistas, acadêmicos, universidades, que passaram a discutir e até a criar disciplinas voltadas para a Teatralidade, livros, textos e determinados projetos culturais e sociais que passaram a se embasar nessa concepção. Porém, ao mesmo tempo que partimos de um conceito, não temos somente uma linha de pensamento ou de linguagem artística nestes encontros, portanto, não são fórmulas prontas que buscam serem seguidas, seria contraditório à construção coletiva. Bertolt Brecht sempre defendeu um teatro crítico, mas segundo ele, quem transforma a realidade é o público. Essas pessoas que comparecem aos debates do Ciclo, que participam, são essas que irão interferir na realidade. Não tenho a pretensão de dizer que estamos fazendo a transformação, se conseguir instigar, provocar, inquietar e ser provocada também, estou satisfeita, pois também saio igualmente impactada por outras questões em cada encontro.

 

P- Em todos os debates desse ano, a cultura cibernética da Era Digital esteve presente tematicamente.  Ao mesmo tempo, essas conversas foram realizadas num espaço todo conectado como o Oi Futuro do Flamengo. Houve uma integração dos temas com o espaço?

 

ALP- Sim, claro. O Ciclo "Inter-Agir" tinha como objetivo também discutir a Era Digital e o que impacta nas artes e na vida cotidiana. Como o mundo digital e multimídia dialoga com as linguagens artísticas, como as novas ferramentas digitais ajudam as novas maneiras de criação. A natureza do teatro é ser uma arte presencial, mas mesmo o teatro está dialogando com a Era Digital. Vimos aqui no Oi Futuro uma peça que começou no palco, saiu para as ruas, mas foi transmitida para um grande público via internet na plateia e também muita gente estava on line. Então, as redes sociais são também outros palcos além do palco italiano, a arena, a caixa preta do teatro presencial. Porém, como grupo Teatro Para Alguém, essas fronteiras foram rompidas pois tínhamos a cena acontecendo no palco italiano e virtual na rede ao mesmo tempo. Outros palcos, portanto, surgem com a rede e são também grandes espaços de representações. O mundo está cada dia mais teatralizado, espetacularizado, já dizia Guy Debord. Trouxemos bastante essas teatralidades das ruas e dos diversos palcos. Percebo que as pessoas não querem mais ser somente espectadores ou consumidores, depositárias de produtos, de espetáculos, de cultura que se tenta levar para elas pois todos têm uma história, uma origem, algo a transformar e um rico potencial no campo dos sentidos para exercitar. As redes se revelaram essa grande arena de ideias, protestos, manifestações, vídeos, músicas, dança, enfim, canais de expressão, muito para falar tão somente da vida cotidiana.

 

P- E o espaço Oi Futuro é apropriado a isso? Houve um bom casamento entre proposta e espaço?

 

ALP- Claro que sim e isso foi fundamental para o sucesso do Ciclo "Inter-Agir". O Centro Cultural do Oi Futuro foi muito receptivo à criação deste ciclo, me senti acolhida por uma equipe que tornou-se cúmplice do processo. Não tratamos numa relação somente institucional, mas no campo das ideias já que eles são da área cultural e artística. Outro fator que acho importante mencionar é que o palco é transformável e se adéqua a cada formato que imprimimos de acordo com o tema trazido na mesa, os convidados e as apresentações artísticas propostas, das oficinas e da mostra. Mas o que mais valorizo de tudo isso é a autonomia com que trabalhamos, nunca sofremos interferências, mesmo quando trazemos para o debate questões contundentes, complexas e provocativas. Me senti muito acolhida, pois a interferência é sempre um risco. Afinal, esse ciclo de debates não busca fórmulas de sucesso, não é midiático, não é um megaevento. Ao contrário, trabalhamos sempre com questões novas no caminho, com gente que está na contramão, com a reflexão crítica acerca da realidade. Sem dúvida, acredito que o Oi Futuro, por ser um espaço de convergências e trocas, interconectado com as tecnologias, voltado para o diálogo com a arte contemporânea e a arte digital, dialoga completamente com esse ciclo multifacetado, interdisciplinar, misturado pois esse ciclo foi criado para este espaço, mesmo que saia pra rua, pra rede, o centro cultural tornou-se o pólo irradiador do evento. Poderia dar um exemplo de quando trouxemos a teatralidade do riso para o debate, convidei palhaços de muitos lugares, circos que tomaram todos os espaços do centro cultural Oi Futuro, nas escadarias, na entrada, no café, na biblioteca, haviam cenas e números circenses. 

 

P- E qual o próximo passo do "Inter-Agir". De que vai tratar o ciclo de debates em 2013, véspera da Copa do Mundo no Brasil?

 

O que me move neste momento a pensar a continuidade desses ciclos será me dedicar a duas questões que me atravessam muito fortemente nesse momento e que deverão perpassar o meu próximo trabalho e, inclusive, busco pesquisar como tema de doutorado: os afetos e as utopias para um novo mundo. Nos cabe construir ou transformar buscando, a partir dos afetos e do reencantamento, novos horizontes.   

Outro projeto será o livro da segunda edição que pretendo organizar e que vai trazer, assim como o primeiro livro A Teatralidade do Humano, muitos artigos de teóricos nacionais e internacionais, depoimentos, textos e fotos de artistas e grupos que participaram.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

VENHA PARTICIPAR DA MOSTRA CÊNICA NO OI FUTURO



CICLO INTER-AGIR ENCERRA SÉRIE DE QUATRO ENCONTROS COM MOSTRA CÊNICA NO Oi FUTURO

 

  • Palco do centro cultural no Flamengo será ocupado por performers, atores e artistas transmídia que tiverem selecionadas suas propostas de cenas sobre inquietações e urgências no mundo contemporâneo, dentro da "Mostra In Cena Múltiplos Palcos"

 

  • As inscrições das cenas, que deverão durar 15 minutos, precisam ser enviadas para mostra@ciclointeragir.com.br junto à resposta de, no máximo,10 linhas, para a pergunta "Qual a sua urgência? O que te inquieta a ocupar a cena e que transformação quer provocar?"

 

  • O painel multidisciplinar "Inter-Agir – na rua, na rede, na cena contemporânea"reuniu, desde setembro, pensadores e artistas estrangeiros como Gilles Lipovetsky, Michel Maffesoli e Florian Thalhofer em três debates, realizados desde setembro, que também contaram com performances

 

Rio de Janeiro, xx de novembro de 2012 – O "Inter-Agir – na rua, na rede, na cena contemporânea", ciclo de debates e performances realizado no Oi Futuro, desde setembro, encerra sua programação neste mês de dezembro com a "Mostra In Cena Múltiplos Palcos", que será realizada no dia 4 de dezembro, a partir das 14h, no teatro do centro cultural do Flamengo. 

A ação multicultural foi concebida pela produtora e pesquisadora Ana Lúcia Pardo e é relizada no Oi Futuro, no Flamengo, com patrocínio da Oi e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

 

A ideia, segundo Ana Lúcia Pardo, é abrir o espaço do Oi Futuro para os novos artistas com novas linguagens apresentarem "sua provocação, seu chamamento à ação, à atitude e à urgência." Vale qualquer tipo de performance: a teatral, a poética, a de novas linguagens e intervenções artísticas. Para ela, a mostra é ainda "um instantâneo do agora, mais que uma vitrine de talentos; o que quero captar é o movimento, a inquietação, a vontade, a força viva de uma atitude que se lança e que é compartilhada ao ocupar a cena".

As perguntas formuladas pela curadoria – "o que te move, o que te instiga a ocupar o espaço cênico, que atitudes e urgências gostaria de compartilhar e que transformações poderiam propor neste espaço reinventado?" – devem ser respondidas junto à inscrição das cenas, que podem ser enviadas, até Primeiro de dezembro, para o email mostra@ciclointeragir.com.br. A resposta deve ser enviada junto com a ficha de inscrição que pode ser baixada neste link. Mais informações: www.ciclointeragir.com.br.

 

 

O "Inter-Agir" terá uma comissão de seleção das cenas. A produção oferecerá estrutura de luz, som e projeção, a ser detalhada após a aprovação das propostas.

 

O QUE É O "INTER-AGIR"

 

A proposta do ciclo "Inter-Agir" foi, ao longo destes quatro meses de 2012, trazer para o debate público e a cena contemporânea a potencialidade da prática, da ação e do movimento cultural, com reflexões e criações a partir de duas questões fundamentais que atravessam e se misturam: interação e atitude. Artistas, criadores e pensadores da moderna cultura multimídia digital passaram pelo Oi Futuro para questionar, discutir e apresentar suas ideias.

 

No último mês, o artista multimídia alemão Florian Thalhofer desenvolveu ao longo de cinco dias uma oficina sobre o Sistema Não Linear Korsakow, para fazer documentários cinematográficos não lineares. Mais de vinte alunos fizeram a oficina experimentando o software criado por Florian e cinco projetos de cinema se concretizaram. 

 

SOBRE O Oi FUTURO


O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem.

Na educação, os programas NAVE e Oi Kabum! usam as tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Já na área cultural, o Oi Futuro mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), com programação nacional e internacional de qualidade reconhecida e apreços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades.

O esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. Em 2010, a Oi ainda lançou,por meio do Oi Futuro, seu primeiro edital para patrocínios de projetos de preservação e conservação do meio ambiente, reforçando ainda mais o compromisso com iniciativas sustentáveis.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO

Assessoria de Imprensa - Luis Turiba - 21-8288-1825

Coordenadora do projeto "Inter-Agir" - Ana Lucia Pardo - 21- 9588-0452

Produção: Marcela - 21-9679-2441

 

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O Oi FUTURO

Leïlah Accioly
Oi Móvel: (21) 8834-0055

 

 

 

Leïlah Accioly

Comunicação Corporativa - Oi

Oi Móvel: (21) 8834-0055

Oi Fixo: (21) 3131-3082

Às segundas e sextas: (21) 3131-1603

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

DHY RIBEIRO HOMENAGEADA NO DIA NACIONAL DO SAMBA




Dhy Ribeiro será cidadã de Brasília no Dia Nacional do Samba
 
    O Dia Nacional do Samba, comemorado dia 2 de dezembro, tem muitas histórias de samba e sambistas para contar.A data foi primeiramente comemorada na Bahia, para homenagear a primeira visita do sambista Ary Barroso a Salvador,em 1940.A partir de 1963 as comemorações se estenderam para todas as cidades brasileiras.
    No Distrito Federal, a lei nº3.839/06, de autoria da deputada Eliana Pedrosa, inclui o Dia nacional do Samba no calendário de eventos do DF.Cabe as secretarias de Turismo e Secretaria de Esporte e Lazer a elaboração de orçamento para a cobertura das despesas inerantes às comemorações.
    A sambista Dhy Ribeiro, natural do Rio de Janeiro e criada em Salvador,  é radicada em Brasília há mais de 20 anos, despontou para o sucesso nacional aqui na capital.Aqui constituiu família e reside no Guará.A Câmara Legislativa do Distrito Federal, proposto pela deputada Elina Pedrosa , prestará homenagem à sambista lhe concedendo o título de Cidadã Honorária, no próximo dia 3 de dezembro (SEGUNDA-FEIRA), às 21 horas,como parte das comemorações do Dia Nacional do Samba.Será um grande encontro de bambas do samba,com as escolas Acadêmicos da Asa Norte e Aruc, prestando,também ,homenagens a Dhy Ribeiro,que levou o samba para fora de Brasília e  do país.
As comemorações no dia 2 de dezembro serão na Esplanada dos  Ministérios com Dhi Ribeiro, Jorge Aragão entre outros sambistas de renome nacional
 
Zuleika lopes/99322442/32642442
Dhy Ribeiro-78196518
 



VENHA MOSTRAR SUAS URGÊNCIAS NO "INTER-AGIR"


Ciclo Inter-Agir abre inscrições para "Mostra Cênica" e convoca para o palco urgências, inquietações e atitudes do mundo contemporâneo    


Rio de Janeiro, 27 de novembro - O "Inter-Agir – na rua, na rede, na cena contemporânea", ciclo de debates e performances realizado no Oi Futuro do Flamengo desde setembro, encerra sua programação neste mês de dezembro com a "Mostra In Cena Múltiplos Palcos", que será realizada no próximo dia 4.

 

A ação multicultural foi concebida pela produtora e pesquisadora Ana Lúcia Pardo e conta com patrocínio da Oi e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

 A ideia, segundo Ana Lúcia Pardo, é abrir o espaço do Oi Futuro para os novos artistas com novas linguagens apresentarem "suas urgências,  provocações, chamamentos à ações, atitude e inquietações." Vale qualquer tipo de performance: a teatral, a poética, a de novas linguagens e intervenções artísticas", anunciou Ana Pardo.

"Se lhe dessem quinze minutos para falar do mundo, da sua realidade, do seu entorno, o que você faria? Que urgência lhe inquieta e instiga neste momento a ocupar a cena, o palco? Que caminhos, que proposta, que ações, o que dizer? Como dizer? Como capturaria a presença do outro para o encontro, para a troca?", questiona a coordenadora do projeto.

 

COMO SE INSCREVER

O "Inter-Agir" terá uma comissão de seleção das cenas. A produção oferecerá estrutura de luz, som e projeção, a ser detalhada após a aprovação dos projetos. As inscrições para participar do "Mostra In Cena Múltiplos Palcos" poderão ser feitas de hoje a sábado, dia 1º de Dezembro. 

Para inscrever sua ideia, urgência, ação, intervenção, cena, poesia, performance ou apresentação com novas tecnologias, responda, em até 10 linhas, a pergunta: "Qual a sua urgência? O que te inquieta a ocupar a cena e que transformação quer provocar?".

 

Envie sua resposta, junto com a ficha de inscrição que pode ser baixada neste link, para o endereço mostra@ciclointeragir.com.br e venha participar e ocupar a cena.

Mais informações: www.ciclointeragir.com.br.

 

O QUE PROCURAMOS

Para a "Mostra In Cena Múltiplos Palcos", não estamos procurando somente propostas fechadas, com acabamento definido. Queremos estimular o experimentar, testar, ousar e refletir. Dar espaço para novas abordagens, que tragam novas vivências e inquietações.

Para inscrever sua ideia, urgência, ação, intervenção, cena, poesia, performance ou apresentação com novas tecnologias, responda, em até 10 linhas, a pergunta: "Qual a sua urgência? O que te inquieta a ocupar a cena e que transformação quer provocar?".

 

O QUE É O "INTER-AGIR"

 

A proposta do ciclo "Inter-Agir" foi, ao longo desses quatro meses de 2012, trazer para o debate público e a cena contemporânea a potencialidade da prática, da ação e do movimento cultural, com reflexões e criações a partir de duas questões fundamentais que atravessam e se misturam: interação e atitude.

Artistas, criadores e pensadores da moderna cultura multimídia digital passaram ao longo desses quatro meses pelo espaço Oi Futuro Flamengo.

No último mês, o artista multimídia alemão Florian Thalhofer desenvolveu ao longo de cinco dias uma oficina sobre o Sistema Não Linear Korsakov, para fazer documentários cinematográficos não lineares. Mais de 20 alunos fizeram a oficina experimentando o software criado por Florian e cinco projetos de cinema se concretizaram. 

 

MAIS INFORMAÇÕES

Assessoria de Imprensa - Luis Turiba - 21-8288-1825

Coordenadora do projeto "Inter-Agir" - Ana Lucia Pardo - 21- 9588-0452

Produção: Marcela - 21-9679-2441

 



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O CORPO FALA !!! ...


                                                                                


O  CORPO  FALA !!!

O resfriado escorre quando o corpo não chora.

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

O coração infarta quando chega a ingratidão.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.