POEMAS
CARIOCAS
Luis
Turiba
Frescarioca
Os
ventos do Corcovado
Não
são os do Pão de Açúcar
Mas
em nosso apartamento
Eles
se cruzam
Onde
o vento faz a curva
Benzâ Rio
diabético,
todo
dia dou uma mordida no Pão de Açúcar
agnóstico,
benzo-me só em olhar pro Cristo Redentor
e
assim, vejo patos pretos surfando em V
pelo céu
azul-laranja seguindo o líder:
um helicóptero
das forças de segurança
OSWALD AVENIDA
Pessoas
vão
Pessoas
vêm
Pessoas
vêm
Pessoas
vão
Pessoas
vêm vão
Vão
vêm
Vêm
vão
Pessoas
pessoas
Pessoas
Vão
vão vão
Vêm
vêm vão
Pessoas
Pessoas
vêm vêm
Pessoas
vão vêm
Vêm
vão vão vêm
Pessoas
Pés
soam
Pés
soam...
Pés
soam.....
Suspeitas
Imundas,
encardidas no aço brilhante
escadas
rolantes levam pessoas
do
oco ventilado da terra
ao
repentino céu azul
dos
dias lindos drummondianos.
Na
superfície,
as
cinco águias pousadas no Palácio do Catete
desde
o século passado
vigiam
os passos suspeitos
dos
que passam apressados.
Olham
pra lá,
olham
pra cá.
Mas
na real, elas é que são
suspeitas
de terem
tramaaaado
o suicídio de Getúlio
Apo(zen)tado
aposentadoria,
quem diria que iria (eu)
conseguir uma
... algum dia
aposentado
lanço calado
meu legado:
ninguém me segura mais
sentado.
aposentadoria,
quem diria que iria (eu)
conseguir uma
... algum dia
aposentado
lanço calado
meu legado:
ninguém me segura mais
sentado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário