segunda-feira, 14 de maio de 2012

POESIA CONCRETA? TAMBÉM É POESIA

ATENÇAO: O Projeto *Arte em Aberto*
convida para a palestra sobre *poesia concreta*, com *Francisco K*,
encerrando a 1ª etapa de seu ciclo inaugural (a 2ª etapa começará logo na
semana seguinte),
na Livraria *Sebinho* (406 Norte, Bl. C),
às *19 h. *(e pouco) do dia *14 de maio *(*segunda*):
palestrA

* POESIA*
*
CONCRETA

*
(audio(re))*vista*
*
O palestrante e pretenso poeta, não sem alguma irritação com o epíteto de
"concretista" que lhe é insistentemente atirado, resolve revidar com a
questão: *Was ist das – die Konkrete Dichtung?* ("O que é isto – a Poesia
Concreta?")

E intenta fazê-lo, sem dúvida, como alguém que foi formado nessa poética:
tanto por seus poemas, como por suas proposições crítico-teóricas – e,
também crucialmente, por seu modo de olhar (e traduzir) a tradição.

É sabido que a "poesia visual" existe, se não já nos primórdios da escrita,
ao menos desde o período helenístico. Qual, então, a real "novidade"
trazida pela poesia concreta, esse movimento coletivo e internacional dos
anos 1950 e 60, que tem no Brasil seu mais rico e consistente centro
irradiador?

A ideia de transpor para a forma escrita (visual) características do
objeto/conceito denotado verbalmente corresponde a uma proposta poética
ingênua (a "falácia icônica")? Como avaliar, no campo da poesia, a força e
as limitações dos conceitos de *ícone*,**de *ideograma *e de
*isomorfia*("conflito de fundo-e-forma em busca de identificação")? O
que dizer,
ainda, dos embates concretos de *analogia* e *ironia*?

Como transcorre, no tempo, a poética concreta (brasileira)? Como o *plano
piloto para poesia concreta* (1958) sintetiza todo um percurso de pesquisas
coletivas – e por que esse programa é sistematicamente descumprido nos
lances criativos desses mesmos poetas que lhe sucedem?

Como considerar os movimentos que, no Brasil, surgem em oposição à poesia
concreta – ou o que dizer da recepção (e seus desdobramentos) ao movimento
no exterior?

E, afinal, como fica a poesia concreta (ou seu legado) no novo ambiente –
digital e eletrônico – de trocas incessantes de textos + sons + imagens,
num cenário aceleradamente mutante e saturado de informações?

[O palestrante se dará por satisfeito se conseguir responder, fazendo-se
entendido, ao menos algumas dessas questões... para isso vai contar, é
vero, com o poderoso auxílio do PowerPoint.]

*Francisco K* é poeta e ensaísta, com 5 livros de poesia publicados, além
de *Poesia? – e outras perguntas* (7 Letras, 2011), coletânea de textos
críticos (vários dos quais tratam da poesia e dos poetas concretos).
Escreveu dissertação sobre o filme *Limite*, de Mário Peixoto.

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