terça-feira, 15 de maio de 2012

MAIS HOMENAGEM AO POETA-DESIGNER RESA

AOS NOSSOS RESTOS IMORTAIS


In memoriam ao Resa


A vida, por ser bela em forma artísticamente


Fisicamente em seu próprio verbo contida,


Não se expande mesmo quando distraída.

 

 


Retranca, contrai e fica ali


Em design gerado dentro de si mesma e protegida


Em forma cristalina exposta ao relento e refletida


No gol dos nossos olhos o


que foi carne inteligível agitante e pelo tempo


Eternamente recriada


E destruída

 

 


No inconsciente


Esses arredores sutis do corpo


Esses pés que prendem a respiração


Todo o nosso humano medo ao rés do chão


Reencarnadamente em carne


Gloriosamente efêmera é a rosa


E também vive


E é luz


Todavia dói tudo que nos poros é rente


à memória do amigo que se foi 


como sempre acontece,


de repente


Brasília, 31 de março de 2000 e 12

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