Poema Molhado
Olhando a chuva chegar da varanda de um bar
A chuva, que dádiva...
sugadora de ansiedades.
Espécie de lexotan metereológico da existência humana.
Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações
Pessoas repensem suas órbitas.
Quem tá na chuva é pra melhorar
e molhar suas roupas novas
seus sonhos de valsa
suas capas suas galochas.
A chuva, além de encharcar,
cai pra além dos guarda-chuvas.
Encolhe as pressas e os cabelos esticados
nos longos congestionamentos de volta ao lar.
A chuva é isso & também aquilo.
Ela é muito perigosa
anda fora dos trilhos,
molhadinha,
essa fêmea cheia de pingos
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