De Luis Turiba
Enviado especial à Baixada Fluminense
Nilópolis - Nossa missão é documentar em tapes a final do samba da Beija-Flor de Nilópolis, e assim fizemos. Estamos documentando tudo desde o início. A Beija-Flor vai desfilar com um enredo em homenagem aos 50 anos de Brasília e estamos fazendo um filme sobre o evento. Um trabalho jornalístico, poético, memorialista e, acima de tudo, cultural. Assim dito, assim feito.
O publicitário e amigo Claudio Barreto, da Eurofort, aceitou o desafio de nos acompanhar. Já havia ido lá com seu Land Houver há dois meses, quando os sambas de Brasília foram apresentados em Nilópolis.
Saímos da Zona Sul rumo à Nilópolis pela Linha Vermelho no maior pé d´água. O google havia indicado que o melhor caminho seria seguir mesmo pela Linha Vermelha, cortando a favela da Maré, até São João do Meriti. Assim fizemos e nos perdemos na entrada da Baixada. Paramos num posto de gasolina em Meriti e depois de um papo rápido com frentistas e um outro cliente, fomos aconselhados:
- Não sigam por aí não. Passar com esse Citroen C4 Palas pelo Chapadão é fria. Não vão deixar e o carro vai ficar. Voltem para a Via Dutra e entrem direto pra Nilópolis.
Fugimos do Chapadão e seguimos. Mas quem foi que disse que tinha entrada pra Nilópolis. Depois de rodar por quase uma hora, passar por Queimados, Austin, Comendador Camará e quase chegar em Piraí, na subida da Serra do Mar, resolvemos voltar. Dentro do carro, um caríssimo equipamento de vídeo e muita alegria e vontade de chegar logo na Beija-Flor.
Não houve pavor nem pânico, mas muitos sustos, risos e piadas de ocasião. Finalmente conseguimos encontrar a tal Estrada Ligth, que nos levou a Beija-Flor.
Ao chegarmos lá, o samba já estava comendo solto. Fomos ao pé do Grande São Jorge na entrada da quadra, algo que lembra Galdi e rezamos agradecidos. Um alívio. Um agradecimento a São Jorge, um protetor guerreiro que nos acompanha e acompanhará sempre.
SALVE OGUM, REI DOS CAMINHOS E DAS ESTRADAS
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