pr`eu tirar um pedaço
da carne
,
al dente
pr`eu tirar um pedaço
da carne
,
al dente
Poema Molhado
Olhando a chuva chegar da varanda de um bar
A chuva, que dádiva...
sugadora de ansiedades.
Espécie de lexotan metereológico da existência humana.
Quando cai, freia o ritmo frenético das pulsações
Pessoas repensem suas órbitas.
Quem tá na chuva é pra melhorar
e molhar suas roupas novas
seus sonhos de valsa
suas capas suas galochas.
A chuva, além de encharcar,
cai pra além dos guarda-chuvas.
Encolhe as pressas e os cabelos esticados
nos longos congestionamentos de volta ao lar.
A chuva é isso & também aquilo.
Ela é muito perigosa
anda fora dos trilhos,
molhadinha,
essa fêmea cheia de pingos
Mãe,
Afaste de mim esta bala
Este dardo inflamável
Esta seta diuturna
Este terror sem rumo
Este projétil alado e raso
Pois já que elas não cessam
Que pelo menos nos errem
Rogai por nós os passantes
Os transeuntes os pedestres
Os motoristas e as crianças
E principalmente as mães
Não nos faça alvos fáceis
Desta chuva de petardos
Não nos atinja o corpo
Nem a alma nem os prantos
Que veloz, não me alcance
Que sua força não me curve
Que seu fogo não me queime
Que o acaso não me derrube
Eu que diariamente passo
Por favelas becos vielas
Por túneis curvas células
Eu que faço o bom combate
Protegei as nossas vísceras
Das emboscada bandidas
Dos acertos entre quadrilhas
Do fogo amigo ou polícia
Só te peço oh mãe amiga
Santa do cotidiano
Poupe-nos o banho de sangue
De passagem tão insana
Luis Turiba
como são gostosas as girafas
olham as estrelas de frente
conversam nos olhos de Deus
penteiam em plenas nuvens
os cílios de Carmem Miranda
& aquelas antenas a ligá-las
nos desfiles das savanas
são gêmeas das senegalesas
na altura na graça & beleza
as pernas mais altas da África
são retilíneas falsas magras
quadris de Naomi Campbell
o andar de Gisele Bündchen
são afro-pop as top models
sacodem as bundas a valer
tão nuas em seus pijamas
de listras lindas leopardas
ouvir dizer que elas dormem
dez minutos a cada hora
também pudera, natureza sábia
com aquele pescoço quilométrico
(que um dia hei de beijá-lo)
um cochilo faz descansá-lo
assim sendo ofereço-lhes
um espaço de pouca mata
não tão afro como a África
mas confortável & afável
numa posição de vanguarda
aceitem, pois, minha pauta
um convite um cheque-mate:
venham cumpridas girafas
(se isso não as desagradam)
dormir em minhas gravatas
o sono de quem lida em altas
nada custa, é puro charme
Quem não conheçe, trate de se interar. Sandra Duailibe é cantora que tem timbre de voz singular. Seu talento nos oferece interpretações emocionadas, que valorizam cada palavra, nota e cada canção. Técnica e sentimento no equilíbrio perfeito. Tudo isto faz o reconhecimento de Sandra fluir por Brasília, São Luis, Belém e Rio de Janeiro, cidades onde sua voz já é referência e prestígio dentro de seu segmento.
Nasceu em São Luis (MA) e passou grande parte da vida em Belém do Pará, onde iniciou seus estudos de música incluindo piano clássico no Conservatório Carlos Gomes. Está em Brasília há anos, formou sua trilha em importantes casas noturnas, teatros e espaços culturais da cidade. Já se apresentou ao lado de Zé Luiz Mazziotti, Simone Guimarães, Salomão di Pádua, Miele, Nonato Buzar, Tibério Gaspar, dentre outros.
Foi convidada para gravar o programa "Câmara das Artes", quando fez uma série de shows ao lado dos grandes músicos Lula Galvão e Guinga. O programa é exibido em cadeia nacional de televisão. Em 2007, lançou seu CD de estréia "DO PRINCÍPIO AO SEM-FIM" que concorreu ao prêmio máximo da música mundial GRAMMY LATINO em três categorias: revelação do ano, melhor álbum do ano e melhor álbum do ano de MPB.
No final de 2008, lançou seu mais recente CD - A BOSSA NO TEMPO, que tem como convidada a cantora Cely Curado. Agora, se prepara para mostrar no Feitiço Mineiro, em Brasília, um pouco mais de sua carreira musical, construída com muita emoção e amor.
O SHOW
No dia 24 de outubro, no Feitiço Mineiro, a cantora SANDRA DUAILIBE apresenta o show "AO SEM-FIM", como parte da programação das festividades de aniversário de 20 anos do tradicional restaurante. A artista abre o show interpretando Nada será como antes de Milton Nascimento, um tributo aos mineiros, e segue cantando músicas de seus CDs e outras, que influenciaram sua formação e trajetória.
Do primeiro CD – Do princípio ao sem-fim, destaque para as músicas Fruta Mulher de Vevé Calazans e Epitáfio do Titã Sergio Brito, cuja letra aconselha o bem viver.
Do seu mais novo CD – A bossa no tempo, ela cantará Onda do ar, uma parceria dela com Marcia Forte, em homenagem a Bossa Nova e a Brasília que completa 50 anos.
Em homenagem aos compositores de Brasília, Sandra interpretará belos sambas: Estou de bem com a vida de Carlos Elias e Requebrado de Ângela Brandão. A direção musical e o teclado estão sob a batuta do Maestro Lito Figueroa, que dividi o palco com um impecável time de músicos. São eles: Amanda Costa (percussão), Davi Lima (sopros), Paulo Dantas (contrabaixo), O resultado é um espetáculo maduro e emocionante. Vale conferir!
- Reservas diretamente no Feitiço Mineiro: (61) 3272.3032
- Informações: (61) 8177.2774
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." (Antoine de Saint-Exupery)
"Tenho 60 anos e esperei 29 para ganhar novamente um samba na Beija-Flor. Esse samba já está na boca do componente. Acredito que fiz a obra que vai dar o título de campeã do carnaval para escola", afirmou Picolé.
A final também consagrou o tricampeonato de Serginho Sumaré. Samir Trindade, Serginho Aguiar, Dílson Marimba e André do Cavaco – que completam a parceria vitoriosa, que gastou cerca de R$ 55 mil durante a disputa.
O anúncio do samba campeão foi feito pelo presidente de honra da escola, Anísio Abraão David. Serginho Sumaré escolheu o verso "A Flor desabrochou nas mãos de JK" como o seu preferido. E também destaca o trecho que conta o amor de Jaci. "O brilho em Jaci vem do olhar/ Pra sempre refletindo em suas águas/ A força que fluiu desse amor/ É Paranoá ... Paranoá".
Segundo Laíla, diretor de carnaval da escola, o samba despontou desde o início da disputa: "Ele largou na frente desde o começo. Espero que seja o samba do ano. Possui todas as possibilidades".
O secretário-adjunto de Cultura, Beto Sales, ficou satisfeito com a escolha e acredita que a Beija Flor levará um grande desfile à Sapucaí. "O carnaval do Rio de Janeiro é uma festa de grandes proporções, transmitido para mais de 100 países, com mais de 1 bilhão de telespectadores. Será uma grande chance de mostrar Brasília ao mundo", destacou.
A final contou com quatro sambas. Todos tiveram 20 minutos para suas apresentações. Emocionado com a conquista, o compositor Samir Trindade revelou que há quatro anos não tinha nem dinheiro para pagar passagem de ônibus e ir disputar sambas na Beija-Flor.
Ele também contou que foi bom o samba ter vazado na internet, antes da inscrição na escola, pois a obra sofreu uma modificação. "Percebemos pelos comentários na internet que o samba precisava ser alterado no refrão principal. Mexemos na melodia", confessou. (fonte: SRZD – Sidney Rezende)
Acesse o link abaixo para ouvir a música campeã.
http://www.sidneyrezende.com/noticia/49405+samba+concorrente+da+beija+flor
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Secretaria de Cultura do Distrito Federal
Anexo do Teatro Nacional Claudio Santoro: (61) 3325-3144 e 3325-6218
Centro Administrativo do GDF: (61) 3355-8631 e 3355-8673
Um grupo formado por 96 pessoas embarca neste sábado (17), às 5 horas, para a Coréia do Sul. Fazem parte da comitiva, o secretário de Cultura do DF, Silvestre Gorgulho, 85 músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, além de técnicos e dirigentes da orquestra. Os músicos se apresentarão dias 21 e 22 de outubro em Seul, capital do país.
O encontro celebrará os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Coréia. O grupo retorna a Brasília dia 24. No programa, peças de Michael Colina, Félix Mendelssohn, Heitor Villa-Lobos e Tchaikovsk.
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Fotos: Aurelio Fernandez Esmoris/Divulgação |
O quinteto no show de encerramento do festival, no Teatro Rosalia de Castro, em La Coruña: música de alta qualidade com tempero brasileiro |
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Chegou Manu
para Manu
Psiu...não façam piu... cheguei sem susto
No brilho-luz do lusco-fusco berrei: galeeera!
Se todo parto é desembarque, bem-vinda vida
Sou brava e bela, enfim, em cima: sou Manuela
Cruzei os céus num jato JAL a verde Amazônia
Cheia de afeto, ainda projeto, viajei no vento
Fui com mamãe curtir U2 em New York City
Antes do Bim, papei um steak no Trade Center
De nervos firmes de aço & vime me fiz semente
Do açaí herdei a força rubra de um sol maçã
Mas sou da paz, botão da irmã, uma super bebê
Neste planeta serei a espoleta de uma flor xamã
Quem sabe atleta nuvem poeta alguém do bem
Saúdo a todos no meu repente: cum..nhê cum..nhê
20.01.2002
Ver(durinhas), frutóides & legu( mimosas)
- 1 –
Go go Stosa
Gogo Iaba
Sou uma bebê
Bem terraba
- 2 –
Quiabos!
Vê se te manga!
Pé de pepino
Fé na pitanga
- 3 -
Pitombas
Berimbolou, berinjela?
Quem manda em mim
Sou ela
- 4 -
Caramba
Carambolas
Sou do jambo
Não me amora
- 5-
Ah! Bacate
Que vexame
Inhaca inhaque
Inhoque inhame
- 6 -
Amoqueque
Seu coração de mamão
Salsa salada salmoura
Salmão
- 7 -
Quê que couve?
Flor de alface
Queria ser milho
Tomate-se
- 8 -
Pêra aí, açaí
Necas de nectarina
Se tô toda abacaxi
De tanta tantã gerina
- 9 -
Dona bertalha
Titia rúcula
Vovô abóbara
Priminhas uvas
-10 -
Aspargos!
Flor de brócolis
Alho por alho
Ovo por ovo
-11 -
Ameixe-se
Mantenha o picles
Se a fruta é do conde
Azeite o maxixe
- 12 -
Kiwi kiwi kiwi
Sou brotinho de bambu
Jaca cajá jabuti
Cabra acadabra caju
Cheia de ginga, ela exala prazer em repertório de bom gosto
Crítica Lauro Lisboa Garcia, jornal ESTADO DE SÃO PAULO
Cantoras, cantoras, cantoras. A enxurrada não para. Mas eis que - entre clones anêmicas de Marisas e Carolinas, pseudo sambistas cheias de pose, compositoras chinfrins e outras armações - volta e meia há boas surpresas. Ligiana é uma que adentra o cenário com força, vontade e pé no chão. Seu CD De Amor e Mar já revela bom gosto no projeto gráfico. Repertório criterioso também é quesito básico, mas interessa mesmo o que se faz com ele. E ela acertou na formatação sonora sem floreios, essencial, que valoriza sua voz encorpada e quente.
Pescou raridades como Conselheiro (Batatinha/Paulo César Pinheiro), Consideração (Cartola/Heitor dos Prazeres), Pandeiro do Brasil (Luiz Peixoto/José Maria de Abreu), entre pérolas de Tom Zé, Abel Ferreira, Baden Powell pai e filho, duas de sua autoria e clássicos de Novos Baianos e Sérgio Sampaio, que oferece revigorados.
Dona de timbre bonito, cercada de músicos refinados, como Hamilton de Holanda e Philippe Baden Powell, Ligiana ginga bem no samba e no choro. Canta pra cima e pra fora e não dispensa o bom humor, com colaborações vocais de Marcelo Pretto e Tom Zé. A primeira impressão fica: ela parece saber o que quer. E exala prazer.
Pernambucano, criado no Rio de Janeiro, radicado em Brasília. Fundou a revista de poesia experimental BRIC-A-BRAC, em Brasília, em 1985. Na poesia, tem militância ativa há mais de 30 anos. Publicou seu primeiro livreto, Kiprokó, em 1977, no Rio de Janeiro. Em Brasília publicou Clube do Ócio, em 1980, Luminares, em 1982; Realejos, em 1988; a antologia Cadê?, em 1998; e Bala, em 2005.
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