quarta-feira, 14 de outubro de 2009

BRASÍLIA SEM FEIRA DO LIVRO FICA UM POUCO ANALFABETA

Senador Cristovam debate por celular suspensão da Feira com secretário de Cultura

A política cultural de Brasília está realmente na berlinda. Tem! Não tem? Faz! Não faz? Por que não libera os recursos, bafafá...e quiprocós pra tudo quanto é lado. Até um PTB Cultural foi criado como resposta ao vazio existente neste segmento.

Na noite de hoje (13.09, por exemplo, um debate sobre a não realização da tradicional Feira do Livro de Brasília, que se realiza há quase 30 anos, chegou literalmente às calçadas e esquinas da capital. A Feira do Livro foi suspensa por falta de patrocínio e interesse do governo e dos livreiros.
O assunto veio à baila quase que por acaso. Num debate sobre a importância dos livros para o desenvolvimento de uma nação, realizado na calçada em frente ao Açougue Cultural T-Bone, na 312 Norte, o editor Vítor Alegria, da editora Thesaurus, denunciou que a feira não seria realizada este ano. Foi o pavio necessário para o assunto explodir.
Presente ao debate, o senador Cristovam Buarque, ferrenho defensor da educação, ligou imediatamente do seu celular para o secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, e com o microfone em punho, colocando tudo em viva voz, questionou o secretário sobre a não realização da feira.
O secretário Silvestre, por sua vez, jogou o abacaxi para os organizadores da feira, dizendo que havia sido publicado no Diário Oficial do GDF a liberação de 700 mil reais para o evento. A feira não seria realizada por outros motivos.
Escritores, poetas e agentes culturais presentes ao debate, se pronunciaram denunciando a má gestão das políticas culturais brasilienses e a falta de recursos para a realização de eventos. Foi um tititi daqueles, pois até suspeitas de superfaturamento foram levantadas.
O certo, é que a Feira do Livros de Brasília se transformou nos últimos anos em um malajambrado camelôdromo de livros baratos, pessimamente editados e sem nenhum valor cultural. As crianças, coitadas, terminam levando para a casa um monte de bugingangas.
Livreiros tradicionalmente importantes, como Ivan Presença, Íris e o próprio Vítor Alegria estão fora do processo de organização do evento. Ninguém da Câmara dos Livros esteve presente ao debate. Escritores poetas e pensadores da cidade também não são chamados a opinar e propor um novo modelo de feira.
Uma vergonha tudo isso. Afinal, uma cidade que não tem Feira de Livros é uma cidade totalmente analfabeta. O que, sinceramente, não fica lá muito bem para uma capital que pousa de cosmopolita e que está às vésperas de completar 50 anos e pensa em trazer Paul McCarteney para apagar as velinhas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que vexame galera mais do que sempre precisamos nos reunir e botar o bloco na rua, vamos nessa...? fico no aguardo!
Abs,
Renio Quintas

Anônimo disse...

Queridos Sids e poetas todos,


Infelizmente a Feira foi desprogramada ontem de acontecer este ano.
Desculpem não ter avisado, mas notícia ruim corre sempre tão depressa que pensei que todos já soubessem desta.
No entanto, como eles ainda estão em negociação com o GDF, pode ser que o quadro mude e que programem nova data.
Se houver possibilidade de acontecer neste ano ainda, avisaremos vocês sobre como ficará o nosso Poemação.
Aguardemos.
Abraços
Angélica
Biblioteca Nacional de BrasíliaBNBcomunica / Assessoria de Imprensa55 61 3325-6257 Ramal 107 / 109Visite http://www.bnb.df.gov.br
http://www.bipbrasilia.unb.br

Anônimo disse...

BOA, TURIBA!

Beijos

Bic