quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

EXPOSIÇÃO LUZESCRITA - Arnaldo Antunes, Fernando Laszlo, Walter Silveira ),



 
 

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Luzescrita


Arnaldo Antunes, Fernando Laszlo, Walter Silveira

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Poesias escritas com luz na Galeria Solar Ferrão (Pelourinho)

 

abertura | 01 de dezembro de 2010(quarta), às 19h

visitação | até 13 de fevereiro de 2011

Centro Cultural Solar Ferrão


 

Os artistas Arnaldo Antunes, Fernando Laszlo e Walter Silveira apresentam na Galeria Solar Ferrão, a partir do dia 01 de dezembro, a exposição Luzescrita. Juntos, eles assinam obras inéditas, criadas a partir de poemas escritos por Walter e Arnaldo, fotografados por Fernando Laszlo, e transformadas em objetos e instalações pelos três artistas. O resultado dessas experiências feitas com luz e poesia desde 2002 poderá ser visto até o dia 13 de fevereiro, no Centro Cultural Solar Ferrão, Pelourinho (Salvador-Bahia).


"Estes artistas tinham o projeto de um livro, mas já tinham descartado a idéia de montar uma exposição. Quando vi a 'boneca' desta publicação e conheci a obra poética e de grande plasticidade de Walter Silveira, não tive dúvida de que se tratava de uma oportunidade única para realizar uma mostra interessante. O que fiz foi incentivar esses artistas a apresentar este projeto" disse Daniel Rangel, diretor de Museus do IPAC e curador de Luzescrita, responsável por retirar, literalmente, o projeto Luzescrita da gaveta de Walter Silveira que ele já conhecia por seu trabalho como diretor de TV. Agora, Luzescrita é finalmente apresentada ao público, com realização da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (DIMUS/IPAC), unidade da Secretaria de Cultura do Governo do Estado.


"São dois poetas e um fotógrafo que se unem para criar soluções originais e transformar poemas nas imagens que compõem esta exposição", explica Arnaldo Antunes, que nesta mostra apresenta uma outra faceta artística, para aqueles que só o conheciam como cantor, compositor. Nas imagens, concebidas por todos os três artistas e clicadas por Fernando Laszlo, a luz é utilizada para "escrever" e dar forma aos poemas de seus companheiros. "A gente vem trocando ideia desde 2001, quando surgiu o projeto de fazer fotografias dos poemas através de uma escrita luminosa", conta o fotógrafo Fernando Laszlo. "Esta exposição é a palavra, mais a traquitana (mecanismo, invenção), mais o modo como ela foi registrada. É o registro da transformação da palavra em imagem é muito forte", disse Walter Silveira, que, junto com Arnaldo, assinou também a exposição Handmade, Ideogramas, Caligrafias, etc., apresentando ideogramas e caligrafias no Ybakatu Espaço de Arte, em Curitiba, e participou do vídeo Kataloki, realizado especialmente para o lançamento da revista. 


FOTO- + -GRAFIA

Como o nome sugere, todas as obras que os artistas apresentam na exposição Luzescrita exploram as relações entre a palavra escrita e a imagem – e mais especificamente com a luminosidade. "Esse título, na verdade, é uma tradução literal da palavra fotografia (do latim)", explica Walter. Mas, mesmo com os jogos de palavras e com a parceria entre as letras e a imagem, os artistas descartam uma ligação direta coma poesia concreta e preferem não definir o resultado do trabalho.


"Não sei se podemos chamar as obras desta exposição de poesia concreta. Podemos chamar de poesia mais fotografia, mais algumas outras coisas... Mas, sem dúvida, é um projeto devedor à tradição da poesia concreta", completa Arnaldo Antunes. "Eu diria que é mais do que um poema concreto, porque dialoga com várias coisas", reflete Walter Silveira. "Mas não é porque é um híbrido que não tem definição, somos contra a classificação. Este é um trabalho livre e é o fato de ser híbrido que justifica nossa união" completa Arnaldo.


Como os poemas são ou de Arnaldo Antunes ou de Walter Siveira, e as fotos foram feitas por Fernando Laszo, o trabalho maior dos três artistas foi justamente conceber coletivamente a mistura que caracteriza a "hibridização" da obra. Ao final, não se trata apenas da poesia ou da foto. Já que todas as obras são assinadas pelos três, a autoria dos trabalhos, nesse caso, é deslocada para a reflexão sobre como transformar o poema em imagem. Para Daniel Rangel, os poemas produzidos por Arnaldo e Walter "são quase haikais brasileiros, que trazem uma forte ambuigüidade e muito senso de humor". 



Seguem anexo fotos e release completo com mais informações sobre a exposição e os artistas.

 

 

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