segunda-feira, 3 de outubro de 2011

TATA AMARAL VENCE O FESTIVAL DE CINEMA DE BRASÍLIA

 

'Hoje', de Tata Amaral, vence o Festival de Cinema de Brasília

Longa levou ainda prêmios de melhor atriz, roteiro, direção de arte e fotografia.
Rodrigo Santoro levou prêmio de melhor ator; Denise Fraga, de melhor atriz.

Jamila Tavares Do G1 DF

Cena do filme 'Hoje' (Foto: Divulgação)Cena do filme 'Hoje' (Foto: Divulgação)

O longa "Hoje" foi premiado com o Candango de melhor filme na 44ª edição do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro, na noite desta segunda-feira (3). Dirigido por Tata Amaral , o filme também levou os prêmios de melhor atriz, roteiro, direção de arte e fotografia.

"É muito importante pra gente receber esse prêmio. 'Hoje' vai poder ganhar o mundo com esse prêmio", afirmou a diretora, que recebeu R$ 250 mil.

O novo longa de Tata Amaral estreou no Festival de Brasília e revisita a ditadura militar com a personagem Vera, vivida por Denise Fraga. Ela recebe uma indenização do governo pelo desaparecimento do marido nos anos de chumbo.

No dia da mudança, o marido reaparece. "Fico especialmente feliz com esse prêmio porque sei que esse é um trabalho muito importante para mim. Obrigada, Tata Amaral, por confiar em mim para contar essa história cheia de sutilezas", afirmou Denise, visivelmente emocionada com o Candango de melhor atriz.

Rodrigo Santoro levou o Candango de melhor ator pelo personagem Marcos, de "Meu país". "O reconhecimento do Festival de Brasília tem um valor enorme pra mim", disse o ator que dedicou o prêmio ao pais. Santoro já tinha sido prêmio como melhor ator em 2000 com o filme "Bicho de sete cabeças", de Laís Bondanzky

Curtas
Entre os curtas, se destacaram "A Fábrica", de Aly Muritiba; "De lá pra cá", de Frederico Pinto; "Ser tão cinzento", de Henrique Dantas e "L", de Thais Fujinaga, que levou os Candangos de melhor filme, direção e o prêmio da crítica.

"L" conta a historia do encontro de Teté, uma menina de 11 anos com vergonha do tamanho de seus pés, e Héctor, um descendente de chineses.

A cerimônia foi marcada por críticas dos cineastas de Brasília ao local escolhido para a exibição dos curtas produzidos na cidade. "A Mostra Brasília não deve ser tratada como estorvo, esse é um espaço que nós conquistamos", afirmou a diretora do curta "A arte de andar pelas ruas de Brasília", premiado pela Câmara Legislativa do DF.

Prêmio para melhor filme mais do que triplicou
Ao todo, o Festival de Brasília distribuiu R$ 575 mil em prêmios neste ano. O aumento no valor da premiação principal, de R$ 80 mil para R$ 250 mil, foi uma das novidades da 44ª edição da mostra de cinema mais antiga do país.

Com as mudanças, o festival teve um número recorde de filmes inscritos – 624 inscrições, sendo 110 longas, 415 curtas e 99 filmes de animação. "O festival estava decadente. Começou o processo para ser de novo um dos principais eventos do país", disse o diretor da mostra, Nilson Rodrigues.

Outra novidade deste ano foi a exibição simultânea dos filmes selecionados para a mostra competitiva em Ceilândia, Taguatinga e Sobradinho. De acordo com a organização, a medida busca aproximar o festival da população das cidades satélites.

Confira a lista completa dos vencedores do 44º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro Longa
Melhor filme: "Hoje", de Tata Amaral
Melhor direção: André Ristum, por "Meu país"
Melhor ator: Rodrigo Santoro, por "Meu país", de André Ristum
Melhor atriz: Denise Fraga por "Hoje", de Tata Amaral
Melhor ator coadjuvante: Ramon Vane, por "O homem que não dormia", de Edgard Navarro
Melhor atriz coadjuvante: Gilda Nomacce, por "Trabalhar cansa", de Juliana Rojas e Marco Dutra
Melhor roteiro: "Hoje", de Tata Amaral
Melhor fotografia: "Hoje", de Tata Amaral
Melhor direção de arte: "Hoje", de Tata Amaral
Melhor trilha sonora: "Meu país", de André Ristum
Melhor som: "As hiper mulheres", de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro
Melhor montagem: "Meu país", de André Ristum

Curtas
Melhor filme: "L", de Thais Fujinaga
Melhor direção: Thais Fujinaga, diretora de "L"
Melhor ator: Horacio Camandulle por "De lá pra cá", de Frederico Pinto
Melhor atriz: Eloina Duvoisin por "A Fábrica", de Aly Muritiba
Melhor roteiro: "A Fábrica", de Aly Muritiba
Melhor fotografia: "Imperfeito", de Gui Campos
Melhor direção de arte: "Premonição", de Pedro Abib
Melhor trilha sonora: "Ser tão cinzento", de Henrique Dantas
Melhor som: "De lá pra cá", de Frederico Pinto
Melhor montagem: "Ser tão cinzento", de Henrique Dantas

Melhor filme de curta metragem de animação
"Céu, inferno e outras partes do corpo", de Rodrigo John

Júri popular (filmes vão integrar programação da TV Brasil)
Melhor filme de longa metragem: "Meu país", de André Ristum
Melhor filme de curta metragem: "A Fábrica", de Aly Muritiba
Melhor filme de curta de animação: "Rái sossaith", de Thomate

Prêmio concedido pela Câmara Legislativa do DF
Melhor filme de longa metragem - 1º colocado: "Cru", de Jimi Figueiredo
Melhor filme de longa metragem - 2º colocado: "Sagrada terra especulada", de produzido por um coletivo de cineastas de Brasília
Melhor filme de curta metragem - 1º colocado: "Deus", de André Miranda
Melhor filme de curta metragem - 2º colocado: "A arte de andar pelas ruas de Brasília", de Rafaela Camelo

Prêmio da crítica
Melhor filme de longa metragem: "Hoje", de Tata Amaral
Melhor filme de curta metragem: "L", de Thais Fujinaga

Prêmio Vagalume - conferido por integrantes do projeto "Cinema para Cegos"
Melhor filme de longa metragem: "Meu país", de André Ristum
Melhor filme de curta metragem: "Imperfeito", de Gui Campos
Melhor filme de curta metragem de animação: "Menina da chuva", de Rosária

Prêmio Canal Brasil de incentivo a curtas metragens
"Ser tão cinzento", de Henrique Dantas
Prêmio da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV): Rock FritshPrêmio Marco Antônio Guimarães (melhor uso de imagens de arquivo): "Ser tão cinzento", de Henrique Dantas

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