Escola fechou primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio.
Cantor desfilou no último carro junto com velha guarda da agremiação.
Do G1 RJ
A Vila Isabel escolheu fazer carnaval com a história de Angola e sua
contribuição para o Brasil. Com o enredo "Você semba la... que eu
sambo cá. O canto Livre de Angola!", a escola fechou a apresentação na
primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro e
mostrou que nossa ligação com o país vai muito além da língua
portuguesa.
A Vila encontrou nas tradições trazidas pelos negros angolanos origens
do samba e fez, ao fim do desfile, um tributo a Martinho da Vila. A
apresentação da escola foi assinado pela carnavalesca Rosa Magalhães.
O percurso por esta região da África começou com a comissão de frente
representando a savana africana. Os integrantes passaram pela Sapucaí
dentro de uma alegoria que retratava um pedaço do bioma. Negros
lutavam com animais e desenvolviam coreografias sobre o carro.
A fauna selvagem angolana foi o tema do carro abre-alas. Na frente do
carro, Gabriela Alves vestiu a fantasia das riquezas naturais da
angola. O primeiro setor da escola trouxe foliões em alas que
representavam zebras, girafas e pássaros africanos.
O segundo carro representava o "Imbondeiro, a árvore da vida". Em
Angola, ele é considerada sagrado. Da árvore são tirados medicamentos
e água, além e ela também costuma ser usada como esconderijo em tempos
de guerra.
"Na corte da rainha Njinga" foi o nome do terceiro carro. Nascida em
1580, ela foi uma das maiores heroínas da parte central da África. Ela
impressionou os portugueses por ser uma líder habilidosa e até chegou
a ser batizada com o nome de Ana de Souza, mas nunca deixou de lutar
contra a dominação estrangeira.
A quarta alegoria, "O navio negreiro aporta no cais do Valongo",
representou a travessia dos africanos no Porto de Luanda, em Angola,
até o cais do Valongo, no Rio. A chegada de Dona Tereza Cristina ao
cais brasileiro foi o tema da quinta alegoria. A vinda da imperatriz
fez com que o local passasse por uma grande reforma na década de 1840.
A adaptação dos negros às novas condições de vida foram contadas no
sexto carro: "Festas de largo". De forma clandestina, eles recriaram
seus cultos somados com novas experiências religiosas recebidas dos
portugueses. Congadas, Festas do Divino e as coroações do Rei de Congo
e da Rainha de Ginga aparecem no setor.
"O negro rei Martinho e sua corte" apareceram em festa no carro que
fechou o desfile. Martinho da Vila é considerado embaixador cultural
do Brasil em Angola.
Beldades
A ex-BBB Sabrina Sato foi rainha de bateria da escola. A musa Luize
Altenhofen foi destaque de chão na Vila Isabel.
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Ou a gente se Raoni
Ou a gente se Sting
Luis Turiba
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