quarta-feira, 24 de abril de 2013

CONGONHAS, O MELHOR DO BARROCO MINEIRO

COM AS BENÇÕES DE ALEIJADINHO -

Luis Turiba

Quando você vem de carro de Belo Horizonte ou de Brasília (ou de alguma outra cidade nesse trecho) rumo ao Rio de Janeiro, e passa por Congonhas, tire o pé do acelerador. Foi o que fizemos, Luca e eu, nesse feriadão de São Jorge. Desaceleramos e mergulhamos no que há de mais puro e significativo do barroco no barroco mineiro. 

Ah, você não vai se arrepender das maravilhas que (re)visitará. Sim, todo brasileiro um dia já visitou os Profetas, mas que não tinha ido lá. Apesar dos desgastes naturais – chuvas ácidas maltratam os Profetas -, Congonhas ainda é um dos extraordinários colírios históricos e estéticos para nossos olhos quase sempre voltados para o Modernismo. Sem julgar valores, Congonhas é o contrário de Inhotim.

 Além do deslumbramento, você pode bater um super-rango mineiro feito pela Dona Marina no bar do Mauro, que fica atrás da igreja. E paga somente 14 reais para saborear delícias até não poder mais. Um pouco de História Do alto da colina, os 12 Profetas de Aleijadinho derramam bençãos à Congonhas (MG), mas há quem diga que eles conspiram. 

São eles: Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséas, Jonas, Joel, Amós, Abdias, Naum e Habaduc. 

UM POUCO DE HISTÓRIA 

Após a conclusão das obras dos Passos da Paixão, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e sua equipe começaram a construção dos Profetas no adro da Igreja do Senhor Bom Jesus. 
De 1800 a 1805, Aleijadinho deixou aqui, nas imagens esculpidas em pedra-sabão, a marca de seu gênio. A série de Profetas de Congonhas é considerada uma das mais completas da iconografia cristão ocidental. As estátuas, espalhadas no adro do Santuário, em admirável simetria, ao longo das esplanadas de níveis diferentes, formam um conjunto grandioso e impressionante.

Apoiando-se sobre um pedestal de 20cm de altura, cada um sustenta uma cartela com inscrição em latim extraída do Antigo Testamento. Pesquisadores de História da Arte da PUC de Campinas suscitam a tese de que Aleijadinho quis figurar em cada Profeta um participante da Inconfidência Mineira, fundamentada nas diferenças nas indumentárias, nos gestos e sinais das esculturas.
 — em Congonhas, Minas Gerais.

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