Por Luis Turiba
A jornalista Hildgard Anjo lembrou os mortos da ditadura, entre os quais está seu irmão Stuart Angel Jones
Hoje foi dia de relembrar os horrores da ditadura militar que tomou o poder em 1º de Abril de 1964 e se perpetuou no poder por 21 anos.
Foi um tempo duro, conhecido como "anos de chumbo". O Brasil viveu um feroz regime de censuras, perseguições, torturas, seqüestros e assassinatos de milhares de brasileiros, especialmente os estudantes da minha geração recém saídos da adolescência, aqueles que não se conformavam com a falta de democracia e liberdade no país.
Em vários lugares, brasileiros se reuniram para juntos gritarem em alto e bom tom: "Ditadura Nunca Mais". Aqui no Rio, convocado por meu amigo Caíque Tibiriça, fui participar de uma manifestação na Cinelândia, convocada através das redes sociais.
O cenário não poderia ser melhor, pois como disse a colunista/blogueira Hildegard Anjo, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do ex-militante político Stuart Angel Jones (ambos assassinados pela ditadura, sendo que até agora a família não sabe do paradeiro do corpo do jovem estudante Suart Angel), "não existe lugar mais político e mais democrático para chorar nossos mortos e enterrá-los mais um pouquinho, do que a Cinelândia."
Foi nessa histórica praça que deu-se o ponta-pé inicial para o grande movimento estudantil de 1968 no Rio de Janeiro. Nas escadarias da Assembléia, realizamos o velório do estudante Edson Luís, morto por um tiro dado por um PM no restaurante estudantil do Calabouço. Isso, há 45 anos atrás.
Como a praça é do povo, correntes políticas de diferentes tendências disputaram o microfone da manifestação, que desde o início foi dirigida pela PC do B, partido da base da presidente Dilma e também do governo estadual de Sérgio Cabral.
Manifestantes oriundos da Aldeia Maracanã gritavam palavras de ordem chamando o governo Sérgio Cabral de "aliado da ditadura". Outros movimentos também gritavam slogans contra o governo do Rio. Grita daqui, grita dali, a manifestação histórica chegou ao fim antes da noite cair no Rio de Janeiro.
Um comentário:
Sérgio Cabral não é ditador. Ele procura o melhor para o Rioi de JAneiro como um todo. No Caso da Aldeia Maracanã encontrou a melhor solução sem demolir o prédio.
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