domingo, 29 de novembro de 2009

I CHING I CHING MEU, TEM ALGUÉM COM MAIS SUINGUE DO QUE EU

Tai: La Paz,
Este es un buen momento de armonía donde reina la paz, la concordancia y el éxito. Si deseas prosperar y tener suerte, deberás tratar de mantener este estado haciéndote ayudar de alguien que pueda estabilizar del mejor modo esta situación favorable.

Hasta mañana.
La Tierra

 

 

FLAMENGO RUMO AO TÍTULO DE CAMPEÃO BRASILEIRO

UMA VEZ FLAMENGO, FLAMENGO ATÉ VIVER

GALERA RUBRO-NEGRA, DAQUI E D`ALHURES, AGORA QUE CHEGAMOS NO TOPO DO MELHOR FUTEBOL DO MUNDO COMO LÍDER DO CAMPEONATO BRASILEIRO, CHEGOU A HORA DE CONCENTRARMOS-NOS PARA A GRANDE FINAL CONTRA O GRÊMIO NO MARACA, DOMINGO QUE VÊM.
 
ENQUANTO DOMINGO NÃO CHEGA, OFEREÇO ESTE VÍDEO A VOCÊ, LEITORES DO BLOG.
 
VALE A PENA - GARANTO, GENTE - ASSISTÍ-LO VIA YOUTUBE.
 
É O HINO DO MENGÃO TOCADO, CANTADO E HIPER VIBRADO EM UM PUB LONDRINO.
 
É SIMPLESMENTE O MÁXIMO. VAMOS LÁ, POIS O CLIP VALE MESMO, ESPECIALMENTE UMA CUIQUINHA ESPERTÉRRIMA NO FINAL E AS CENAS DA MAIOR TORCIDA DO MUNDO NO MARACA.
 

AINDA BEM QUE ALGUÉM AVISOU QUE "ISSO IA DAR MERDA": E DEU

SUCESSO NO YOUTUBE COM QUASE HUM MILHÃO DE  ACESSOS
 
DOS MESMOS CRIADORES DE VAI TOMAR NO CU - CRIS NICOLOTTI CANTA SEU SEGUNDO HIT - SEMPRE ORIGINAL!!!  
 

BRASÍLIA E AS CAIXAS DE PANDORA

 
RECEBO DA PENSADORA EDNA FREITAS A SEGUINTE REFLEXÃO SOBRE O ESCANDALO DA "CAIXA DE PANDORA" QUE ABALA BRASÍLIA. VALE A PENA LER, ASSIM COMO A CRÔNICA DA CONCEIÇÃO DE FREITAS 
colegas,
lendo conceição, podemos perceber quanta coisa ela disse nas entrelinhas, nos vazios de seu texto.
brasília é mesmo assim: extremada.
e a ganância pelo "dinheiro" salta aos olhos de muita gente.
essa moeda transtorna mais do que transforma o juízo de quase todos.
 
ainda assim, e mesmo assim, amamos brasília.
percorremos um outro caminho. o caminho da minoria.
podemos, sim, fazer a diferença.
votos de que, ainda assim, mesmo assim, não desistamos de caminhar, de percorrer esse caminho. o caminho da minoria.
valerá à pena
 
sempre que uma caixa de pandora "estoura", fico com meu coração apertado, refletindo acerca desse fênomeno que mais parece uma bomba relógio programada para ser "estourada" de tempos em tempos.
os leões, donos das caixas, sabem disso. sabem que as caixas de pandora, sempre estouram.
mas não resistem a ganância, a tentação de criá-las.
sempre acreditam que elas não estourarão.
e as caixas de pandora sempre estouram.
quando os leões acreditarão nisso? ou será que mesmo acreditando, ainda assim, criarão as caixas de pandora?
 
ainda que, nalguns momentos, nos faltem forças, tamanha seja a tentação dos leões que querem comer brasília, ainda viva.
esses leões, passarão. acreditemos nisso.
o segredo de nos mantermos, de continuarmos vivos, é aprendermos a identificar esses leões e não nos deixarmos seduzir pelo brilho de seus olhos, pelas facilidades do poder, pelo desejo do status.
 
as caixas de pandora, estão sempre por aí. e claro, nalgum momento, sempre são abertas. elas passarão. virão outras.
elas representam sinais. sinais dos tempos.
ainda assim, mesmo assim, continuemos nesse nosso caminho.
amando e vivendo em brasília, tendo o nosso céu por testemunha.
abraços literários.
edna freitass
 
 
fonte: Correio Braziliense.

Invadindo consciências

Por Conceição Freitas
conceicaofreitas.df@dabr.com.br


O anjo obsessivo e sábio cantou a pedra desde o começo: Em Brasília, não há inocentes. Somos todos cúmplices, citação de Nelson Rodrigues que já repeti neste pé de página uma meia dúzia de vezes. Não houve melhor definição do que é a Brasília capital do poder.

Delfim Neto disse a mesma coisa de outro modo, em depoimento a Ronaldo Costa Couto, no Brasília Kubitschek de Oliveira, também aqui reproduzido em outras ocasiões: "Brasília virou uma corte. Brasília é uma sociedade endogâmica, que casa entre si os seus filhos. Vai ser muito difícil arejá-la, porque todo mundo é parente. Eu aprendi: aqui, em nenhuma mesa de almoço ou jantar você pode falar mal de alguém. Sempre que você está conversando com um sujeito, ele é um primo, um irmão, um sobrinho, um cunhado, um amigo da amante de alguém…"

Brasília é um ovo. O poder concentrado entre dois eixos cruzados em cruz e abraçados por um lago artificial, afastado do restante do país por léguas e léguas de cerrado, facilitou as tramóias, deu passe livre para a corrupção.

Vivemos em casas geminadas com o poder. Tão próximo, tão sedutor, tão irresistível, o poder transborda os seus limites e vai invadindo consciências, alterando valores, iludindo os bem intencionados, pavoneando todos os que não se contentam com nada que não seja tudo. O poder está à mão, ao telefone, o poder está na casa do vizinho, nas festas megalomaníacas, nas facilidades oferecidas com um sorriso cordial, na troca de favores que põe todos na roda.

Doce ingenuidade a de Juscelino, Sayão, Lucio e Oscar. Juntaram os brasileiros num só território, entremearam a Nação a partir de seu ponto mais central, mas inventaram uma cidade administrativa que isolou o poder — esse instrumento que precisa ser vigiado ininterruptamente. O melhor dos homens piora quando ganha poder. É preciso ter domínio sobre as próprias fraquezas para ser poderoso sem se perder no poder.

Brasília foi construída na lâmina cortante das contradições. Ela existe porque o Estado assim o quis, mas nasceu do desejo de mudar as relações sociais. De aproximar ricos e pobres, de dar aos dois as mesmas condições de vida na cidade.

Nasceu para ser exclusivamente a sede do poder federal, espécie de cidade proibida. Ilhada em imensos vazios, virou-se contra os ideais que a fundaram. Terra de ninguém, lugar de forasteiros, Brasília passou a ser, desde o começo, o território de quem quer se dar bem. À exceção da meia dúzia de idealistas que veio para a invenção de Juscelino apostando num projeto de mudança de mundo, toda a gente que aqui aportou veio em busca de prosperidade. Bastante legítimo, mas a cidade isolada era (e continua sendo) perigosamente permissiva.

Em Brasília, todos somos cúmplices. O caldo sedutor do poder avança pelas frestas das consciências, atordoa princípios, estimula ambições, deteriora princípios. Transforma todos em iguais, iguala todos por baixo. Não é fácil escapar dessa trama.



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

LEMINSKI ESTÁ CERTO

'Não discuto com o destino
o que pintar, eu assino"
 
                   Paulo Leminski

FIQUEM DE OLHO DO I CHING, UM LANCE DE DADOS

"Tu coraje y tu perseverancia te premiarán con un importante éxito. Si sabrás llevar adelante tus acciones y tus ideales con sentido de justicia, también las fuerzas del cielo te sostendrán y obtendrás el éxito deseado. Mantiene siempre tu espíritu en armonía con la naturaleza" I Ching

MORREU NOSSO AMIGO BOM SENSO

DEU NO BLOG DO NOBLAT
Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -
27.11.2009
| 14h45m
artigo

Obituário

Hoje pranteamos o falecimento do velho e muito amado amigo, Bom Senso, que conosco conviveu durante tantos anos. Ninguém sabe ao certo sua idade, já que seu registro de nascimento há muito desapareceu nos meandros da burocracia.

Ele será para sempre lembrado por ter cultivado lições valiosas tais como:
- saber quando se abrigar da chuva;
- porque Deus ajuda quem cedo madruga;
- a vida nem sempre é justa;
- e talvez a culpa tenha sido minha.

O Bom Senso vivia segundo regras econômicas simples e seguras (não gastar além do que se ganha) e estratégias confiáveis (os adultos, e não as crianças, estão no comando).

Sua saúde começou a deteriorar rapidamente quando regulamentos bem intencionados, mas inconcebíveis, foram colocados em prática. Relatos de um menino de 6 anos de idade sendo acusado de assédio sexual por ter beijado uma colega de classe; de adolescentes suspensos da escola por usarem desinfetantes bucais após o almoço; e de uma professora despedida por repreender um aluno insubordinado, só pioraram sua condição.

O saudoso Bom Senso começou a perder sua saúde quando os pais atacaram os professores por fazer o trabalho que eles mesmos tinham deixado de fazer, ao não disciplinar seus filhos rebeldes. Piorou mais ainda quando foi exigido das escolas que obtivessem assentimento paterno antes de aplicar uma loção de proteção solar ou um band-aid em um aluno; e quando lhes foi proibido informar aos pais que uma aluna estava grávida e pretendia abortar.

O Bom Senso perdeu a vontade de viver quando os Dez Mandamentos passaram a ser politicamente incorretos; quando as igrejas se transformaram em negócios; e quando os criminosos passaram a receber melhor tratamento que suas vítimas. O Bom Senso sofreu muito quando soube que você não pode se defender de um assaltante dentro de sua própria casa e que o assaltante pode processá-lo por agressão.

Finalmente ele desistiu de viver depois que uma mulher não se deu conta que uma xícara de café fumegante estava quente. Ela deixou cair um pouco do café no colo e em seguida pediu e recebeu uma enorme quantia como indenização.

Bom Senso já perdera os pais, Verdade e Confiança, a mulher, Discrição, a filha, Responsabilidade, e o filho, Razão. Deixa quatro meio-irmãos: Conheço Meus Direitos; Quero Isso Já; A Culpa Não é Minha; Sou Uma Vítima.

Poucas pessoas compareceram ao seu funeral porque muito poucos perceberam que ele morreu. Se você ainda se lembra dele, passe isto adiante. Se não, junte-se à maioria e não faça nada.

Esse obituário que o venerando The Times inglês, também conhecido como London Times, publicou lá pelo ano de 2007, é uma peça, a meu ver, antológica. Um amigo, Luiz C. Lemos, o enviou para mim ontem e eu imediatamente corri aos arquivos do jornal para verificar a data em que isso foi publicado. Desculpem, mas como ainda procuro seguir as regras do Senhor Bom Senso, não quis pagar as ₤4,95 pelo direito de pesquisar por um dia (aos interessados: por um mês, ₤14.95; por um ano, ₤74.95!) e portanto fiquei sem poder dar essa informação a vocês.

Mas se quiserem verificar o texto no original, basta entrar no amável Mr. Google e digitar "London Times Obituary of the late Mr. Common Sense" que encontrarão um sem número de entradas com esse magnífico texto. Também, se preferirem, podem lê-lo em http://www.democracyforum.co.uk/talk-about-anything/46015-death-common-sense.html, que recomendo.

O Bom Senso no Reino Unido passou por provações na área escolar que nós aqui, pelo menos aqueles que não têm filhos nas escolas inglesas ou americanas, desconhecemos, já que nossos filhos não entram de manhã e saem á tarde... Mas quanto à parte da disciplina, o Bom Senso aqui no Brasil também perdeu a batalha; ai do professor que der uma nota baixa, reprovar um aluno ou botar um pestinha de castigo!

Quanto ao restante do texto, talvez aqui aquela senhora distraída levasse muitos anos para receber a indenização; e pode ser que o assaltante não pudesse acionar o dono da casa que assaltou, mas não estou muito segura dessa informação.

As outras perdas que ele sofreu naquela linda ilha onde a grama é a mais verde do mundo, aqui ele sofreu em dobro. Sua família de sangue foi igualmente dizimada e seus sucessores também são os alopradissimos Conheço Meus Direitos; Quero Isso Já; A Culpa Não é Minha; Sou Uma Vítima.

No entanto, como aqui o controle de natalidade não existe, ele deixou mais dois meio-irmãos: Eu Não Sabia e A Culpa É da Imprensa.

Peço o mesmo que o London Times: quem sentir falta do Bom Senso, passe adiante esse texto como homenagem a um grande sujeito.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

FLAMENGO, UMA OBRA DE ARTE


AMIGOS LEITORES DO BLOG, ESTE FIM DE SEMANA SERÁ ESPECIAL PARA A NAÇÃO RUBRO-NEGRA.
 
ENTREM E SE ARREPIEM

UMA VEZ FLAMENGO, FLAMENGO ATÉ MORRER

GALERA, ESTE VÍDEO OFEREÇO A TODOS VOCÊS, LEITORES DO BLOG.
VALE A PENA - GARANTO, GENTE - ASSISTIR. O HINO DO FLAMENGO TOCADO, CANTADO VIBRADO EM UM PUB LONDRINO.
 
É SIMPLESMENTE O MÁXIMO. VAMOS LÁ, POIS O CLIP VALE MESMO, ESPECIALMENTE UMA CUIQUINHA ESPERTÉRRIMA NO FINAL E AS CENAS DA MAIOR TORCIDA DO MUNDO NO MARACA.
 

terça-feira, 24 de novembro de 2009

ZECA PAGODINHO E NOCA DA PORTELA NA ORDEM DO MÉRITO CULTURAL

Deu no G1

'Nosso presidente é um sambista, né?', brinca Sérgio Mamberti, da Funarte.
Presidente participa nesta quarta (25) de homenagem a 40 personalidades.

Daniella Clark Do G1, no Rio

O sambista Zeca Pagodinho foi indicado pelo próprio presidente Lula para ser homenageado pelo Ministério da Cultura (Foto: Reprodução/TV Globo)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou os sambistas Zeca Pagodinho e Noca da Portela para receber a Ordem do Mérito Cultural 2009, que será entregue nesta quarta-feira (25) a 40 personalidades, no Rio. A homenagem é promovida anualmente pelo Ministério da Cultura.

Segundo o ator e presidente da Funarte, Sérgio Mamberti, a escolha dos agraciados é feita por meio de votos, mas, tanto o ministro da Cultura, Juca Ferreira, como o presidente, podem fazer suas indicações.

"Nosso presidente é um sambista, né? Zeca Pagodinho e Noca da Portela foram indicações do presidente que foram muito bem-vindas", contou nesta terça-feira (24) Sérgio Mamberti, que durante a solenidade dividirá o palco com a atriz Fernanda Montenegro.

Lula desembarca no Rio nesta quarta para participar da cerimônia, em um teatro da Zona Sul do Rio. Entre os 40 homenageados estão ainda a cantora Ângela Maria, o diretor Aderbal Freire Filho, o humorista Chico Anysio, a cantora Fernanda Abreu, a atriz Nathalia Timberg, o ator Walmor Chagas, o cantor Ney Matogrosso, o diretor Carlos Manga e a coreógrafa Deborah Colker.

A lista inclui ainda homenagens in memoriam à pequena notável Carmem Miranda, ao cantor Raul Seixas, ao paisagista Burle Marx e ao artesão Mestre Vitalino. 

poETS FAZEM VAQUINHA PARA CHEGAR EM BRASÍLIA

POETAS GAÚCHOS QUEREM APRESENTAR SEU NOVO TRABALHO EM BRASÍLIA
 
Amigos, a vaca está lançada! Vamos levar os poETs para fazer show outra vez em Brasília? Os poETs fazem música legal com letra bacana. O Circo Voador já viu, o Sesc Pompéia também, Barca Poética em Brasília, Praia da Ponta Negra em Manaus, Teatro Paiol em Curitiba, 15 cidades de Santa Catarina, várias do Rio Grande do Sul.
Leiam o flyer em anexo e vejam o video no youtube.
http://www.youtube.com/watch?v=KfcCBvj7K1Q

Se puderem enviar para seus amigos, agradecemos.

Abraço!
Ricardo Silvestrin
  51 99199770
  51 32251532
www.ospoets.com.br
myspace.com/ospoets
youtube
http://www.youtube.com/results?search_query=%22os+poets%22&search_type=
trama virtual
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=19445
www.ricardosilvestrin.com.br


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

VIVA ZÉ PEREIRA, VIVA ZÉ PEREIRA, VIVA ZÉ PEREIRA NESTE FESTIVAL

Luis Turiba, relembra o cinematográfico malandro do cinema brasiliense

 

Texto para o último dia do Festival de Cinema de Brasília

 

Amigos, Amigas! Galera que ama e participa o cinema brasileiro!

 

Falta alguém hoje nesta festa. Alguém que não foi convidado, nem sequer lembrado naquele menor espaço do pé de página do catálogo e do convite do encerramento deste festival.

Alguém muito especial que com toda certeza está presente entre nós aprontando alguma, o que é uma característica de sua personalidade.

 

Refiro-me a Zé Pereira, o grande responsável pela realização dessem filmes que vocês assistirão agora. Sem ele, provavelmente nada disso existiria.

 

Aliás, poucos aqui tiveram o prazer de conhecê-lo; mas os que conviveram com ele jamais poderão esquecê-lo.

 

Difícil é defini-lo. Não era o que podemos chamar de um produtor.

Nem tampouco um realizador.

Muito menos um cineasta, roteirista, diretor, ator, capitador.

Ao mesmo tempo, era um pouco disso tudo.

 

Vamos dizer: Zé Pereira era um "zecutivo" da armação e do bem viver.

Um patrimônio imaterial da cultura brasiliense.

Sim, Zé Pereira foi um personagem vivo que se não tivesse existido precisaria ser inventado.

Mas juro: ele existiu. Nordestino, natural da Paraíba, semi-analfabeto, galanteador, articulado e dono de uma lábia que transcendia a qualquer raciocínio linear.

 

Foi ele quem conseguiu convencer o governador Zé Aparecido a bancar com recursos oficiais os cinco filmes dessa série.

 

Quando os recursos estavam disponíveis, Zé Pereira simplesmente fez uma farra que ficou na história do cinema de Brasília: alugou um andar inteiro do Hotel Nacional e por mais de 15 dias comeu e bebeu do bom e do melhor, convidando amigos, putas e mendigos da cidade para beber champanhe e fumar charutos cubanos acessos em notas de cem dólares.

Um verdadeiro banquete macunaímico!

 

Zé Pereira era assim. Na véspera de um festival, acho que em 84, chegou no Hotel Nacional um dia antes e se apresentou:

- Boa noite, Nelson Pereira dos Santos.

- Pois não, Seu Nelson, sua suíte é a meia dois meia,

 

Zé Pereira só saiu da suíte quando chegou ao hotel o verdadeiro Nelson Pereira, deixando um rombo de milionário para o festival pagar.

 

Zé Pereira não se apertava. Foi o malandro mais cinematográfico que Brasília já produziu, um discípulo direto de Macunaíma, um seguidor de Kid Morengueira. Amava o cinema, as boas coisas da vida, como bons vinhos e sofisticados pratos; as mulheres, os amigos e as grandes produções e armações.

 

Foi amigo de governadores, ministros, políticos. Em Brasília, recebeu o maestro Tom Jobim, e teve conversas temáticas interessantíssimas com o economista marxista Celso Furtado, por exemplo.

 

Foi graças a essas suas estripulias que o cinema brasiliense ganhou um Pólo de Cinema e filmes como esses que vocês irão assistir hoje.

 

Por tudo isso; Viva Zé Pereira, Viva Pereira, Viva Pereira neste Festival.

 

 

 

sábado, 21 de novembro de 2009

TORTURA

Luis Turiba
 

Levanta-se o véu e rasga-se a túnica

Os corvos ainda bicam o que restou de ti

Uma dor cicuta que espiral perdura

.... tortura....

 

O teu silêncio cobrado em preço físico

O teu algoz agora também teu karma

Tua voz teu suspiro e teu fantasma

 

Quem içou o dia e eternizou o cinza

Um Deus raivoso fez habitat à sombras

Tiras o capuz e o que vês? Abismos

 

Jagunços a conspirar em cadafalsos

- Ora Senhor! Não se trata bandidos a bombons!

Meu Deus! Meu Deus! Será que vou Calabar?!

 

Nunca serás mais o que antes eras

Se o corpo resistiu, o espírito tem chagas

Marcado como gado a ilusão tritura

......tortura.......

 

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

UM FILME QUE DESNUDA A DITADURA: "PERDÃO, MISTER FIEL"

Assisti ontem (19/11) impactado - quase sufocado - o filme-documentário de Jorge Oliveira "Perdão, Mister Fiel", um forte concorrente a vencer o Festival do Cinema Brasileiro de Brasília. Trata-se da história verdadeira da morte do operário Fiel Filho, trucidado nos cárceres do DOI-CODI da Rua Tutóia, em São Paulo, por agentes da ditadura militar em 1976.

De fazer pensar, de fazer chorar, de fazer vomitar: de raiva, de espanto, de tristeza.

Um filme-reportagem sem ser monótono, que joga muita luz no recente período podre-barra-pesada da ditadura no Brasil, com importantíssimo depoimentos de dos presidentes Lula, Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Ernersto Geisel, além de estudiosos e ex-presos políticos da época.

Um trabalho audiovisual que mostra o que Torquato Neto chamou no seu poema-música Tropicália de "brutalidade-jardim" da sociedade brasileiro. Um filme para ser visto e nunca mais esquecido, onde a linha mestra fica do equilíbrio histórico fica por conta de um ex-agente do DOI-C ODI, Marival Chaves, que pela primeira vez conta tudo sobre o esquema de eliminação de inimigos políticos montado pela ditadura militar no Brasil e na América Latina.

Por tudo que assisti ontem, obrigado Jorge Oliveira por obra tão triste e significativa.

Salve Arapiraca! Você estreou com o pé direito.  

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PADRE FÁBIO DE MELO FAZ SAMBA PARA BEIJA-FLOR

Padre Fábio de Melo compõe samba exaltação para a Beija-Flor de Nilópolis

Redação SRZD-Carnavalesco | Carnavalesco | 16/11/2009 10:31

Padre compôs samba-exaltação para a Beija-Flor. Foto: Irapuã Jeferson/Divulgação Fenômeno do mercado fonográfico, o padre Fábio de Melo surpreendeu o público que lotou a quadra da Beija-Flor, no sábado, onde fez show com seus hits católicos. No meio da apresentação, além de declarar ser torcedor da azul e branco desde criança, e que acompanha, pela TV, os desfiles da escola e a apuração, o religioso cantou o samba exaltação "Nessas asas", que compôs em homenagem à agremiação. Fábio de Melo revelou ainda que planeja convidar Neguinho da Beija-Flor para gravar o samba com ele.

Na visita à quadra da escola, o padre ganhou o troféu "Beija-Flor", o título de cidadão nilopolitano, vestiu a camisa da escola, e pediu a participação da bateria em algumas de suas canções. Fábio de Melo prometeu voltar ao Rio em janeiro para conhecer o barracão da Beija-Flor, na Cidade do Samba, e os projetos sociais que a agremiação mantém em Nilópolis.

MÚSICA DIGITAL IRÁ MUDAR RADICALMENTE

A ONDA É A QUALIDADE E UMA BOA ARTICULAÇÃO

O futuro da música digital está diretamente ligado à experiência do consumidor. Baixar MP3 para o celular, comprar discos via iTunes ou ouvir bandas por meio do MySpace são atividades que fazem parte do presente. Mas em poucos anos esse cenário irá mudar radicalmente, na opinião de Gilles Babinet, criador da Sawnd, empresa francesa que gerencia conteúdo musical. A primeira mudança significativa já ocorre no âmbito da produção de música. As outrora poderosas gravadoras, que mantinham total controle sobre o gerenciamento de um artista, estão condenadas a desaparecer, segundo Babinet. Ou, no mínimo, devem ficar bem menores. "O tamanho não é mais uma vantagem na área da música. Selos pequenos, que atuem de uma maneira intensa na internet, vão ser bem sucedidos em um futuro próximo."

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, CONSCIÊNCIA BRASILEIRA


sim,
subi a Serra da Barriga com os pés nas costas
suei,
mas meu suor foi da liberdade
valeu zumbi

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

POETAS VÃO ANUNCIAR II BIENAL DE POESIA NA FEIRA DO LIVRO

Cinco grupos de poetas vão anunciar a II Bienal de Poesia na Feira do Livro

Poemação Esquentando os Tamborins será no Café Literário, dia 26, às 18h

 Cinco grupos de poetas e músicos brasilenses vão alardear o lançamento da II Bienal Internacional de Poesia de Brasília (II BIP), durante a 27ª Feira do Livro de Brasília: Coletivo de Poetas, O Grande Barco, Oi Poema, Tribo das Artes e VivoVerso vão se apresentar no poemação Esquentando os Tamborins, programado para o dia 26 de novembro, de 18h às 19h30, no Café Literário. O poeta e diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, Antonio Miranda, é o anfitrião do evento, que já quer colocar a cidade em sintonia com o mega-festival de poesia, em organização para 2010, dentro da programação dos 50 anos de Brasília.

 

Os coordenadores de cada grupo – Sylvia Cyntrão (VivoVerso), Luis Turiba (Oi Poema), Sids Oliveira (O Grande Barco), Menezes y Morais (Coletivo de Poetas) e Cacá Augusto (Tribo das Artes) – aceitaram prontamente o convite de Miranda para convocar seus elencos a botarem a poesia na boca no trombone. "Está na hora de chamar a atenção de Brasília para a II BIP, porque já demos entrada no programa do evento junto ao MinC e estamos com o sítio www.bipbrasilia.unb.br , informando o passo a passo da organização do projeto", explica-se Miranda.

 

Leia mais em: http://www.bnb.df.gov.br/index.php/noticias/361-cinco-grupos-de-poetas-vao-anunciar-a-ii-bienal-de-poesia-na-feira-do-livro

 

 

Biblioteca Nacional de Brasília

BNBcomunica / Assessoria de Imprensa

55 61 3325-6257 Ramal 107 / 109

Visite http://www.bnb.df.gov.br

http://www.bipbrasilia.unb.br

 



terça-feira, 17 de novembro de 2009

FLERTO E NEM PAGO MEIA

Agora à noite, no Café Martinica, na 303 Norte, em Brasília, poetas estarão reunidos para celebrar a Noite do Flerte. Fiz essa letra de música para quase cantá-la durante uma flertada. 
 
Luis Turiba

 

Flerte que te quero flerte

Flerte do olhar de lince

Flerte do olhar travesso

Flerte com teus olhos verde

Flerte flerte flerte é ver-te

 

 

Flerto por desinteresse

Flerto por qualquer merreca

Flerto inté por desacerto

Flerto até com pererecas

Flerte flerte flerte eureka

 

 

Flerto à noite com o samba

Flerto à tarde como frevo

Flerto a madrugada avessa

Flerto e o sol nasce sem medo

Flerto flerto e ainda é cedo  

 

Flerto com meus olhos vesgos

Flerto com meu verso manco

Flerto com meu vinho tinto

Flerto como um anjo tonto

Flerto flerto flerto um santo

 

Flerto com minha mulher

Flerto com a mulher alheia

Flerto com mulher bonita

E também com mulher feia

Flerto e nem pago meia

 

Flertar é um ato gratuito

Gracioso e transatlântico

Flertar não tira pedaço

Flertar é um gesto crível

Quem flerta tem olhos vivos

 

 

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

LULA, O FILHO DO BRASIL, NO FESTIVAL DE CINEMA DE BRASÍLIA

 MAIOR E MAIS POLITIZADO FESTIVAL DE CINEMA DO BRASIL
 
Começa amanhã, dia 17, a 42ª edição do Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, que vai abrir as cortinas para a primeira apresentação (fora de concurso) da fita Lula, O Filho do Brasil, de Fábio Barreto.
 
Além da cinebiografia do presidente, a mostra exibe em sua cobiçada vitrine seis filmes inéditos, incluindo o documentário baiano Filhos de João O Admirável Mundo Novo Baiano, do estreante Henrique Dantas. Mais doze curtas-metragens fecham o painel principal.
Mais de quatro décadas de história consagraram o Festival de Brasília como a janela mais importante para a produção nacional. A longevidade e o compromisso com a arte fizeram o espaço ganhar o status de retrato fiel das idas e vindas da cinematografia nacional, a partir de meados dos anos 60. Nos últimos anos, o festival tem dividido as atenções com retrospectivas no Rio de Janeiro e São Paulo, mas se mantém fiel aos seus princípios.

42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Com o peso de ser a mais antiga mostra do país, o FBCB carrega a responsabilidade de manter suas tradições, como o ineditismo, renovando-se a cada edição e acompanhando as inovações, como a produção Digital.

Neste ano, 366 produções foram inscritas, cerca de 100 filmes a mais que na edição anterior. O número de produções de Brasília também cresceu. Ao todo, 52 filmes foram indicados, o que confirma a importância do DF como pólo cinematográfico do país, perdendo apenas para Rio e São Paulo no número e produções.

A abertura da mostra acontece nesta terça (17), às 20 horas, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro em Brasília. "Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto, dará início as atividades. Antes da projeção da película, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro se apresentará, sob regência de seu maestro titular, Ira Levin.

Criado em 1965, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é o mais antigo do país. De lá para cá, sempre foi referência de crítica e propagação da sétima arte. Idealizado por Paulo Emílio Salles Gomes, crítico de cinema, o evento que nasceu no início da Ditadura Militar, sempre teve caráter contestatório, o que levou a sua proibição durante os anos de 1972 e 1974.

Uma constelação de artistas já passou pelo tapete vermelho do Cine Brasília, entre eles, Fernanda Montenegro, Grande Otelo e Arnaldo Jabor. Todos premiados na primeira edição do evento. Entre as marcas registradas do Festival, estão a fidelidade à produção nacional, o espaço dado aos novos nomes e seu público extremamente crítico. Para os cineastas, o Festival de Brasília funciona como um termômetro, se o público daqui gostar, é sucesso garantido.

Desde 2007, a acessibilidade é garantida no FBCB. Para assegurar um direito igualitário à cultura, os filmes foram legendados e os deficientes visuais contam com um sistema de audiodescrição. Além disso, em 2008, pela primeira vez, os cegos escolheram o filme que mais gostaram.

Porém, mais que um grande propagar cultural, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é um dos grandes pontos de encontro da população da capital. Durante os seis dias de mostra competitiva, pessoas de todas as tribos e idades passam pelo Festival, principalmente, no Cine Brasília, onde ocorre a mostra competitiva.

 



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Secretaria de Cultura do Distrito Federal
Anexo do Teatro Nacional Claudio Santoro: (61) 3325-3144 e 3325-6218
Centro Administrativo do GDF: (61) 3355-8631 e 3355-8673

sábado, 14 de novembro de 2009

MAKLEY MATOS ESCOLHIDO PARA FAZER O MUSICAL "É COM ESSE QUE EU VOU"

Maravilha de notícia. O cantor Makley Matos foi escolhido, entre mais de 200 candidatos, para ser o principal intérprete da peça musical "É com esse que eu vou", de Sérgio Cabral, o pai. 
A peça vai contar a história do samba brasileiro desde o início do século passado e será apresentada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 2010. A peça terá o apoio da Rede Globo de Televisão e será gravada.
Makley passou o último fim de semana em Brasília, terra de origem, onde se apresentou no Feitiço Mineiro, no Bar Calaf e no Bar Brahma. Makley é oriundo do conjunto "Samba Choro" e hoje canta na Carioca da Gema, na Lapa; e participa do Samba do Trabalhador, que acontece todas as segundas-feiras. Foi ele quem defendeu o samba "Vai jorrar Leite e Mel", de Paulo Djorge e Tutuca da Cuíca, na Beija-Flor de Nilópolis. Axé, Makley, todo axé neste novo desafio.  

UM REI AFRICANO VISITA ARNIQUEIRA, BAIRRO PERIFÉRICO DE BRASÍLIA




Oba Gbadebo e Pai Marcos de Obaluaiê

Oba Gbadebo, rei africano da família de Xangô, visita o Brasil e faz seguidor em Brasília

 

Luis Turiba

 

Olhos vivos, inquietos, profunda ancestralidade no olhar; dentes de marfim, roupa de rei e o rosto marcado por profundos cortes daqueles que trazem no sangue a dinastia do machado do Xangô no culto de Ifá.
Axé! Mil vezes axé! Axé mil vezes!

 

Estamos todos diante de um rei. Não há como não reverenciá-lo e respeitá-lo, seguindo-o nos mínimos gestos da sua lúdica pregação no mais puro encantamento ioruba. A boca africana fala como se cantasse palavras sábias, de grandes e profundos ensinamentos para todo o universo. Sons soltos no cosmos. 

 

Oba Gbadebo, 82 anos, nigeriano de Obomojô, uma das muitas aldeias de Oió, terra do Rei Xangô, majestático orixá da justiça da etnia yorubá. Kaó! Kabeecili! Kaó! Salve o rei que está entre nós vindo do coração da Mãe África.

 

Oba Gbadebo – se diz BadebÔ, comendo o G – visita o Brasil pela sexta vez. Vem sempre em missão planetária, diplomática, política, religiosa e também pessoal. Tem seguidores no Brasil, entre eles os babás Sholá, que é nigeriano mas mora em São Paulo; e Sebastião, que mora em Brasília.

 

Desta vez, o rei africano está cumprindo uma longa agenda que tem tudo a ver com as discussões planetárias – a Conferência Climática de Copenhague, por exemplo, é assunto de todas as suas conversas -; e também com os problemas internos do Brasil: da crise de Sarney ao apagão de Itaipu.

 

Há quem afirme secretamente, é claro, que o Oba foi o grande protetor do prefeito Kassab, de São Paulo, contra a candidata Marta Suplicy, cuja língua se soltou e andou falando demais contra homossexuais e perdeu uma eleição onde era favorita. Houve algo de feitiço naquele episódio, pois Marta, sexóloga de primeira hora, não poderia cometer tamanha gafe política numa cidade onde três milhões de pessoas vão a parada gay.

 

Mas depois de visitar São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, o rei Oba tem uma misteriosa agenda em Macapá, no Amapá, estado que elegeu o ex-presidente e senador José Sarney. Na intimidade, o presidente do Congresso é conhecido por acreditar nos poderes dos "encantados", como se diz no Maranhão.

 

Marquinhos agora é um príncipe

 

Mas na última sexta-feira 13, data cercada de energias transcendentais, Oba Gbadebo esteve em Brasília e realizou uma breve e singela cerimônia no terreiro de candomblé Ilê Omo Odé – na Colônia Arniqueira, entre Riacho Fundo e Núcleo Bandeirante.

 

Lá, na presença de poucos, mas significativos representantes da sociedade brasilienses – empresários, políticos, jornalistas -, Oba coroou o pai de santo Marco Antônio Pereira Oliveira, 45 anos, conhecido como Pai Marquinhos de Obaluaiê, como "Baba Aritê", ou seja: aquele que está preparado para ser um futuro Babalaô, profundo conhecedor dos segredos das florestas, cargo máximo dentro da dinastia de Ifá. Para ser Babalaô, Marquinhos terá de passar um tempo na Nigéria e será libertado na Floresta Encantada, onde passará 21 dias e terá que entrar no Ibodúroom, o quarto purificador de almas e ações humanas. Ou seja: o príncipe de Arniqueira terá pela frente uma missão transcendental. Acima dos babas, só os Obas, mas esses têm laços sanguineos com os ancestrais de Xangô, Oxun, Ogum, Obaluaiê.

 

Depois de distribuir axés a todos os presentes na cerimônia e confirmar Pai Marquinhos na nova missão, com muitos cantos e magias no orí, Oba Gbadebo recebeu um pequeno botoon do Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, que foi imediatamente pregado na sua roupa de rei. Assim, ele voltará à África com as benções do nosso Cristo, ou Oxalá, como se diz no ioruba.

 

Floresta Sagrada e Secreta

 

Antes da cerimônia, porém, Oba esteve na Esplanada dos Ministérios onde debateu três assuntos com ministros do governo Lula: a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial pelo Congresso Nacional; o apóio a implantação pelo MEC do ensino da História da África e seus reflexos no Brasil.

Com as autoridades ambientalistas – representes do ministro Carlos Minc e do Ibama - a conversa foi sobre a implantação da primeira "Floresta Sagrada" no Brasil, uma espécie de território protegido, como os indígenas, onde os cultores dos orixás africanos e seus descendentes terão o poder de administrá-la para que possam praticar livremente os ensinamentos dos orixás junto à natureza. Esse assunto, aliás, está intrinsecamente ligado às propostas brasileiras para a Conferência Climática de Copenhague.

 

- Mas onde será esta Floresta Encantada? Pergunta o curioso repórter.

- Não podemos dizer. A escolha é secreta para protegê-la desde logo contra futuras especulações imobiliárias e do progresso insano, responde Baba Sebastião, cuja consciência ecológica e os conhecimentos políticos impressionam pelas informações e poder de articulação.

 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

ANIVERSÁRIO DA ARUC e lançamento do samba-enredo da Beija-Flor 2010


No dia 21, sábado, a partir das 20h30, faremos na Festa dos 48 anos da ARUC e o lançamento oficial em Brasília do samba-enredo da Beija-Flor 2010. A festa terá a participação das Baterias do Bola Preta de Sobradinho, Águia Imperial de Ceilândia e ARUC, do conjunto Coisa Nossa e, fechando a noite, um show da Dhi Ribeiro e Banda. A entrada é franca. E a festa tem o apoio da Secretaria de Cultura do GDF e da Uniesbe.

 


Inauguração do Centro Cultural Cordão da Bola Preta



O Cordão da Bola Preta tem o prazer de convidar para a festa de

inauguração do Centro Cultural do Cordão da Bola Preta, a realizar-se

no dia 18 de novembro de 2009, às 19h, na Rua da Relação, 3, Lapa.

Shows com a Mocidade Independente de Padre Miguel,

Orquestra Tupy e Banda-show do Cordão da Bola Preta.

Presença da Madrinha Maria Rita.

 

 

CONFIANÇA

um poema de Luis Turiba

 

Quando pinta turbulência

Quando o tempo fica instável

Nuvens raios tempestades

Trovoadas e águas turvas

Traços de eletricidade

 

Se há intempérie climático

Se há distúrbio psíquico

Se há perda de equilíbrio

Solavancos fora os trilhos

Broncas amigas conflitos

 

Teu guarda-roupa me guarda

Teu chamego me agasalha

Teu amor é quase mágico

Não fico com pés descalços

Nem ameaças me assaltam

Nem sinto frio nas pálpebras

Tenho você como bússola

Tenho você como espelho

Por você exponho os nervos

Minhas feridas meus medos

 

Só você me dá sua guarida

E me envolve em tua manta

Na cama santa e profana

Na mesa farta e irmana

 

 

Hê hê que aura mágica

Nossa Senhora Energia

São Jorge estende a capa

Tua luz de fé meu guia

 

BRASÍLIA VISITA BEIJA-FLOR DIA 3 DE DEZEMBRO

Escola de Samba de Nilópolis recebe brasilienses para uma grande festa de confraternização
 
O secretário de Cultura de Brasília, Silvestre Gorgulho, fechou hoje com a direção da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis uma grande festa brasiliense na quadra da escola no dia 3 de dezembro, quinta-feira. A Beija-Flor vai desfilar em 2010 com um enredo que homenageia o cinquentenário da capital brasileira.
 
A idéia inicial é que o governador José Roberto Arruda dê uma aula sobre a construção de Brasília para cerca de 10 mil estudantes de Nilópolis na parte da tarde. A noite, artistas, celebridades, governantes e brasilienses farão parte do ensaio da Beija-Flor, cantando o grande samba "Brilhante ao Sol do Novo Mundo, do Sonho à Realidade, a Capital da Esperança."

FLERTE QUE TE QUERO FLERTE. FLERTAR É POESIA COM IMÃ


Poesia com flerte e imã em plena lua cheia

 

Luis Turiba

 

Poetas brasilienses se reúnem no Café Martinica para flertar com a lua cheia

 

Alguém aí ainda se lembra como se flerta? Imagine, então, numa noite de lua cheia, onde você pode até ofertar um imã poético a pessoa flexada como prova de um flerte sincero, puro e inofensivo.

 

"Flerte que te quero flerte". Este será o tema do recital de poesia a ser realizado na próxima lua cheia, 17 de novembro, terça-feira, no Café Martinica, na 303 Norte, a partir das 20 horas.

 

Vão participar da performance os poetas Angélica Torres Lima, Alberto Breciani, Ariosto Teixeira, Carla Andrade, Luis Turiba, Nicolas Behr, Paulo José Cunha e Vicente Sá.

 

O homenageado da noite será o poeta VIRIATO GASPAR. Maranhense vive em Brasília desde 1978. É jornalista e funcionário de carreira no STJ. Publicou Manhã Portátil (em 1984); Onipresença (em 1986); A Lâmina do Grito (em 1988); e Sáfara Safra (em 1996). Tem inéditos dois livros de poemas e um de contos e está preparando um livro de Salmos em linguagem moderna. Participa de diversas antologias poéticas e tem ganhado vários prêmios literários, tanto em Brasília quanto no Maranhão. 

 

 

O flerte é uma atitude humana que acontece após o olho no olho e antes da paquera propriamente dita.

 

O flerte está presente em todas as escolas poéticas. Flertaram românticos, modernistas, a geração de 45, os concretistas, os vanguardistas, os marginais e até os pós-modernos.

O flerte, por exemplo, foi uma das bases para o desenvolvimento da bossa-nova.

"Este seu olhar/ quando encontra o meu/ fala de umas coisas/ que não posso acreditar."

Durante o recital serão vendidos pequenos (mas eficientes) imãs poéticos para você colocar na geladeira da pessoa amada, em seu computador ou seja lá onde você bem desejar. É o projeto "Imã com rimas", cujo objetivo é ocupar todos os espaços imantados com poesia.

Enfim, será uma noite inesquecível com uivos e verso. E não se esqueça de jogar um pouquinho de colírio nos olhos, pois eles ainda são os melhores imãs para um bom flerte.

 

Maiores informações com Paulo José Cunha: 61-9983-4590



domingo, 8 de novembro de 2009

MADONNA EM BRASÍLIA, NÃO

Jornalista Renato Riela protesta contra a idéia do Governo do DF trazer Madonna para comemorar os 50 anos da capital

MADDONA, NÃO!

 Renato Riela

 

Estamos em novembro e o Governo do DF não definiu o que vai fazer de significativo para comemorar o aniversário de Brasília, a 21 de abril. São 50 anos, pessoal!!!

 

Houve a decisão de gastar alguns milhões de reais para comprar o tema da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. Em compensação, o Carnaval de Brasília  ainda não tem solução. Provavelmente não será mais realizado no Ceilabódromo, local rejeitado pelas escolas de samba locais.

 

Mas o que haverá de marcante em Brasília no dia 21 de abril de 2010?

 

Os jornais perderam muito espaço anunciando que seria contratado um show de Paul McCartney.

 

Quem? - Perguntarão aqueles que têm menos de 30 anos. Felizmente o velho Beatle pediu um troco de R$ 7 milhões para vir a Brasília...

 

Rolou um nome e outro, até empacarmos na Madonna, agora assessorada por Jesus, cachê estratosférico, que certamente encherá a Esplanada dos Ministérios e atrairá milhares de pessoas de outras cidades, para assistir de graça o show recém-apresentado em espetáculos pagos no Brasil.

 

Vale, no entanto, questionamentos. Na verdade, a comemoração dos 50 anos requer reflexão, destaque dos valores locais, reforço da imagem boa da cidade e muitos outros fatores que possam valorizar Brasília.

 

 

 

AUTO-ESTIMA BRASILIENSE

 

O desafio não é encher a Esplanada. O grande mérito é fazer uma programação que aumente a auto-estima do brasiliense, resgatando qualidades que nem a gente mesmo percebe. Se não gerar emoção, é melhor não fazer nada!

 

Nesses 50 anos, há duas personalidades que marcam Brasília de forma positiva. Uma delas é Juscelino Kubitschek, considerado o maior presidente que o Brasil já teve em todas as épocas, de nível superior em todos os aspectos.  Por sorte nossa, sua maior identificação é justamente com a Capital Federal, civilização que criou para gerar novo reordenamento no Brasil.

 

Sendo assim, as cabeças pensantes (digo bem: as pensantes!) da cidade devem levar em conta este maior desafio. Como comemorar os 50 anos enaltecendo JK de forma interessante? Não podemos deixar que Brasília se transforme em Macondo, a cidade de Cem Anos de Solidão que esqueceu seu criador, o genial José Arcadio Buendia, e que até desprezou seus descendentes.

 

 

 

GRANDE NOME DE BRASÍLIA

 

Além de JK, o grande nome vinculado a Brasília não é Niemeyer, nem Piquet, nem Joaquim Cruz, nem Kaká.

 

Trata-se de Renato Russo, fenômeno musical, que canta a cidade nas suas músicas de forma marcante e que está "vivo" na memória dos brasilienses e dos brasileiros de todas as gerações ("É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há").

 

O líder da Legião Urbana (falecido há 14 anos) nasceu 25 dias antes de Brasília, a 27 de março de 1960. Isto é: estaremos comemorando, também, o seu Cinqüentenário.

 

Para estes todos que estão discutindo as comemorações pelos 50 anos de Brasília, abro a tempo algumas reflexões.

 

Renato Russo e a banda Legião Urbana são ícones de um movimento musical tão forte no Brasil quanto a Bossa Nova, o Tropicalismo e outros movimentos artísticos, que foi o Rock Brasiliense da década de 80, ainda hoje dominante na cena cultural brasileira.

 

Resta ver que, mais de uma década após a extinção da banda Legião Urbana, seus discos são destaque nas rádios de todas as regiões, de todas as faixas sociais, culturais e econômicas, como se Renato Russo estivesse vivo.

 

Do Amapá ao Rio Grande do Sul, dá Legião, todo dia – e só as cabeças pensantes de Brasília não vêem isso, preferindo aplicar milhões e milhões em Madonna, Beija-Flor, etc.

 

 

 

DESTAQUES DO DF

 

Junto com a Legião Urbana, floresceu em Brasília um rock de incrível densidade, a exemplo do Capital Inicial, conjunto que tem Dinho Ouro Preto até hoje como sucesso nacional (e ele estudou em Brasília, na Escola Americana!).

 

A banda Paralamas do Sucesso também começou em Brasília, assim como Os Raimundos, Cássia Ellen, e muitos outros.

 

Cantores mais velhos, como Ney Matogrosso e Fagner, também moraram em Brasília e praticamente começaram a se destacar a partir da cidade. Quem precisa de Madonna, hein?

 

As cabeças talvez pensantes de Brasília acertariam se produzissem um grande show na Esplanada como tributo a Renato Russo, trazendo todos esses que estiverem vivos para cantar Eduardo e Mônica, Faroeste Caboclo e muitos outros sucessos.

 

Um dos maiores nomes femininos da atualidade é Vanessa da Mata (já ouviram falar, cabeças pagantes?), que tem regravações emocionantes de Renato, e também em homenagem a Cássia Eller (que sempre cantou Renato Russo).

 

Não impede que se traga Marina Lima, Lulu Santos e outros ícones do rock atual brasileiro para esse tributo a Renato.

 

Agora, mais uma sugestão: entremeando com as apresentações musicais, o público poderia ter contato com ídolos do teatro, como Fernanda Montenegro, Toni Ramos, José Wilker, e alguns outros, todos lendo textos curtos e marcantes sobre JK – com projeção de imagens históricas do presidente de alma brasiliense. Nesse destaque teatral não podemos esquecer as brasilienses Patrícia Pillar e Maria Paula, viu!

 

Tudo isso que mostrei acima custará menos do que os milhões de Madonna e nos deixará com uma sensação de dever cumprido em relação a Brasília.

 

E – garanto – atrairá público tão expressivo como o velho Beatle ou a "velha" escandalosa.