quarta-feira, 13 de outubro de 2010

DAD SQUARISI ESCREVE SOBRE O RESGATE DOS MINEIROS DO CHILE. LINDO....

O parto da montanha chilena



Virgem Maria! Trinta e três homens ficaram presos dentro de uma mina funda como o centro da Terra. Não foi um dia ou dois. Foram mais de dois meses. Agora, eles voltam à superfície. A imprensa do mundo inteiro está lá. Copiapó, no norte do Chile, virou cenário de um grande feito de engenharia. Que nome dar à operação de resgate? Pensa daqui, palpita dali, eureca! Jornais, rádios e tevês passaram a chamá-la de o parto da montanha.


Os antenados lembraram-se história pra lá de repetida. Conhece? Nos tempos em que as montanhas tinham filhos, uma ficou grávida. Começou, então, a fazer barulho. O barulho cresceu, cresceu, cresceu e… virou um barulhão. Adultos e crianças levaram um baita susto. Mas ficaram curiosos. Imaginaram que o garotão de dona montanha seria um gigante tão grande, tão grande, mas tão grande que não caberia no mundo.


A espera continuou. Ops! A futura mãe se mexeu. Mexeu-se mais. E mais. E mais. Os garotos tremeram. Abriram a boca e fecharam os olhos. Que medão! De repente, buuuuuuuuuuuuuuuuuum! Viva! Dona montanha deu à luz. A garotada abriu os olhos devagar. Não acreditou no que viu. O filho era um ratinho.

 Nada a ver

Fazer muito barulho por nada não é coisa só da dona montanha. Muita gente faz a mesma coisa. (A campanha eleitoral serve de prova.) Não é o caso, porém, do resgate histórico. A montanha, no caso, não vai parir ratos. Vai parir heróis. São homens que venceram o medo, o desconforto, a saudade, o desânimo. Em suma: alargaram os próprios limites. Deram exemplo de superação.

 Por falar em resgate…

Os mineiros estão a 700 metros de profundidade. O noticiário dos últimos dias deu os pormenores do resgate. Usou e abusou da medida de comprimento. Vale, por isso, dar uma espiadinha na abreviatura da ilustre senhora & familiares. Ela é sem-sem — sem ponto e sem plural: 700 m, 65,4 cm, 13,4 km.

 

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