'Não entraremos em recessão', diz Dilma sobre a crise global
'Vamos preservar nossas forças produtivas e empregos', disse a presidente.
Dilma Rousseff participou de evento em São Paulo ao lado de ministros.
(Foto: Angélica Oliveira/G1)
A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou, na noite desta quarta-feira (10), em discurso para empresários do setor de construção civil, que o Brasil não está imune a uma crise internacional, mas que não entrará em recessão.
"Quando digo, em nome do governo brasileiro, que não entraremos em recessão, não é uma bravata", afirmou a presidente, durante o 83º Encontro Nacional da Indústria da Construção, em São Paulo.
"Nosso posicionamento diante da crise não é recessivo. Temos um objetivo: vamos preservar nossas forças produtivas, nossos empregos e a renda de nossa população. Isso não elimina que usemos iniciativas no sentido de nos proteger do ponto de vista financeiro e cambial", completou Dilma.
Ela disse que o Brasil precisa e irá reagir, demonstrando, com números, que o país evoluiu desde a crise financeira de 2008.
A presidente citou que, naquela época, o Brasil tinha US$ 210 bilhões de reservas e que agora tem US$ 350 bilhões. Afirmou também que o país passou de R$ 53 bilhões de contratação em programas habitacionais para R$ 125 bilhões.
"Aprendemos, por essa nossa experiência, que momentos de crise são momentos de oportunidade quando somos capazes de enfrentar a crise naquilo que ela tem de mais perverso", afirmou, citando que, em 2008, o Brasil optou por reagir à crise fortalecendo o mercado interno e investindo em crescimento.
"Naquela época, os países do mundo usaram mecanismo para superar. Alguns pegaram recursos fiscais e de orçamento e entregaram para os bancos e salvaram os bancos e deixaram seus consumidores, sua população endividada com o subprime sem apoio e resgate. Nós saímos da crise porque apostamos no consumo, no crescimento."
Dilma afirmou acreditar que a crise que se avizinha deverá durar mais do que a anterior, ocorrida em 2008, mas ressaltou que o Brasil terá "uma trajetória sistemática de crescimento econômico" graças ao esforço da sociedade - empresários, contribuintes, acadêmicos.
"Hoje somos um país maduro, experiente e capaz de resistir. Este momento que estamos vivendo e também todo o tempo em que durar essas turbulencias internacionais – que tudo indica, por falta de liderança política, por falta de clareza de medidas – podem durar um pouco mais do que o que aconteceu em 2008 e 2009. O governo tem certeza disso, com as nossas medidas e recursos que temos, a iniciativa, o esforço e a garra de vocês, sairá melhor do que entrou."
Nenhum comentário:
Postar um comentário