Tenho guardada comigo uma imagem muito legal e digna do colega Rodolfo Fernandes, diretor de Redação de O Globo, que nos deixou prematuramente nesse fim de semana. Convivemos em ambientes em Brasília, no Congresso, no Ministério da Cultura; e ele sempre com aquele semblante pacificado, amigo, quase sempre sorridente.
Três comentários publicados hoje (29.08) em O Globo me deixaram emocionado:
Ancelmo Gois: "No futebol, Rodolfo chutava com as duas - embora o meia-armdor da equipe, Vinícius França, diga que a perna melhor do Rodolfo era a esquerda. No jornalismo, jogou nas 11. Foi, inclusive, um estupendo colunista, presença quase diária aqui na coluna - e até inventou mesmo um dos nossos bordões, o "No mais".(...)
Ricardo Noblat: "Rodolfo Fernandes recusou-se a morrer de véspera. Nos últimos meses, já sem voz nem movimentos, comandou O GlOBO somente com seus olhos. Seguramente, essa foi a mais valente e inesquecível lição de vida que deu aos tiveram o privilégio de trabalhar e de conviver com ele."
Miriam Leitão: "Quem não conheceu Rodolfo Fernandes pode achar que exageramos nos adjetivos espalhados na edição de ontem e hoje. Acreditem, Rodolfo foi tudo o que disseram: firme e suave; talentoso e ético; delicado e líder. Ele comandou a redação por dez anos, até o último dia, exercendo a incontestável liderança, exercendo a incontestável liderança que conquistou com naturalidade. Assumiu o maior cargo da Redação com apenas 39 anos, e mesmo os mais velhos que ele sabiam que a a ascensão era merecida."
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