A Biblioteca Nacional de Brasília, localizada entre a Rodoviária e o Museu da República, no conhecido Espaço Oscar Niemeyer, começa a se firmar como um espaço propício ao desenvolvimento da poesia em todos os sentidos. Foi lá que no ano passado foi realizada a I Bienal Internacional de Poesia com grande sucesso.
Uma prova de que a poesia em Brasília tem endereço certo na capital, foi a realização do último Tributo ao Poeta, em homenagem ao poeta Ronaldo Costa Fernandes.
Apesar da chuva pesada que engarrafou o trânsito e transtornou a noite de sexta-feira, 24, em Brasília, nada atrapalhou o sucesso do evento estrelado pelos jornalistas Paulo José Cunha, Ariosto Teixeira e Luis Turiba, e pelo ator e diretor teatral Guilherme Reis.
Na platéia estavam o cineasta Vladimir Carvalho e a escritora Lucília Garcez; os poetas João Carlos Tavares, Menezes y Morais e Salomão Sousa; os jornalistas Clóvis Senna, Sérgio de Sá e Beth Cataldo, e o escultor Omar Franco, entre outros. Sobre o Tributo a Costa Fernandes, Menezes y Morays que é também jornalista, exclamou duas vezes: “Mas que formato espetacular o deste recital, hein?”.
Clóvis Senna, que foi jornalista político durante muitos anos em Brasília e hoje é poeta e escritor, lamentou ter chegado tarde, mas disse que não seria a chuva pesada nem a dor lombar de que tem padecido que o impediriam de ir prestigiar o poeta que conhece e admira o trabalho há muito tempo.
Sérgio de Sá, colunista literário do Correio Braziliense e admirador confesso da obra de Costa Fernandes, disse ter gostado do recital, mas reclamou do dia escolhido para a homenagem, sexta-feira, quando, observou, jornalistas não conseguem sair cedo das redações e as pessoas em geral têm outros programas agendados. A jornalista de economia Beth Cataldo comentou ter gostado muito do pocket show, porém queixou-se de não ver os livros do homenageado à venda ali mesmo.
No entanto, o público recebeu gratuitamente exemplares do Livro na Rua, coleção publicada pela Thesaurus Editora e no caso da poesia de Ronaldo Costa Fernandes, preparada por Paulo José Cunha.
Outra novidade apresentada pelo diretor da BNB, Antonio Miranda, na abertura do recital, foi a obra da série Esculturas Fáceis. Doada por Omar Franco e já devidamente instalada no jardim interno do 1º andar do prédio, foi visitada por muitos dos presentes, durante o coquetel oferecido após o Tributo.
Miranda pôde também anunciar o lançamento da Rede de Amigos da Biblioteca, proposta pelo funcionário de carreira do STJ Bruno Paranhos, que expôs o projeto à platéia e o inaugurou, doando simbolicamente dois livros à Biblioteca. Ao final do recital, o poeta Ronaldo Costa Fernandes subiu ao palco e elogiou a determinação com que Antonio Miranda tem tocado o projeto ultramoderno da BNB, assim como o esforço que faz de manter dentro dela um espaço dedicado à poesia. “Aliás, o nome do projeto mensal devia ser Tributo à Poesia e não ao poeta”, observou Fernandes, que elogiou também a performance de cada um dos quatro apresentadores do espetáculo, ressaltando que suas leituras melhoraram a sua poesia.
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