quinta-feira, 23 de junho de 2011

ARTISTA CHINÊS É SOLTO EM PEQUIM. MAIS VITÓRIA DA LIBERDADE

23/06/2011 16h20 - Atualizado em 23/06/2011 16h20

Artista chinês Ai Weiwei é impedido de deixar Pequim durante 1 ano

Dissidente foi libertado na quarta-feira (22).
Prisão aconteceu sob a justificativa de evasão de divisas, segundo governo.

Do G1, com agências internacionais*

O artista plástico Ai Weiwei, libertado da prisão na China, está impedido de deixar a capital Pequim sem permissão enquanto estiver livre sob fiança, situação que pode se estender por até um ano, segundo Hong Lei, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país.

Weiwei deixou o cárcere após autoridades do governo levarem em conta o bom comportamento e as condições de saúde do artista, que é portador de diabetes. O dissidente estava preso desde o dia 3 abril de 2011.

A empresa Beijing Fake Cultural Development (Desolvolvimento Cultural Falso em Pequim, em tradução livre), controlada por Weiwei, foi acusada de evasão fiscal e pela destruição intencional de documentos contábeis.

O artista chinês Ai Weiwei, libertado na quarta-feira (22) após três meses preso. (Foto: Peter Parks / AFP Photo)O artista chinês Ai Weiwei, libertado na quarta-feira (22) após 3 meses preso. (Foto: Peter Parks / AFP Photo)

Segundo Hong Lei, outro motivo para a China ter libertado o artista foi o compromisso que ele teria assumido em pagar os impostos devidos. O advogado de Weiwei, Liu Xiaoyuan, disse que o artista não precisa ficar preso em casa e pode ter contato com a imprensa.

De acordo com familiares e pessoas próximas a Weiwei, a detenção aconteceu para silenciar o artista, responsável pela criação do Ninho de Pássaro, o principal estádio utilizado pela China durante a realização das Olimpíadas de Pequim, em 2008.

Weiwei criticou por diversas vezes o poder e a corrupção no país, referindo-se às autoridades chinesas como "gangsters". A prisão do artista gerou indignação por parte da comunidade internacional.

*Com informações das agências de notícias Xinhua, EFE e France Presse

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