terça-feira, 5 de março de 2013

JOEL BARCELOS, MEMÓRIA VIVA DO CINEMA NOVO


Luis Turiba


Há certos encontros inesperados que damos "graças a Deus" por ter acontecido. Hoje vivi um.


Reencontrei o ator e amigo Joel Barcelos em pleno Amarelinho, na Cinelândia. Ele estava de bobeira, saboreando um cafezinho e eu havia saído de uma reunião ali perto. Tivemos dez minutos de prosa.

De cara, ele me recomendou assisti no CCBB o curta "A dama do Estácio", com Fernanda Montenegro, Nelson Xavier e ele. Depois me falou do projeto da jornalista Rita Nardelli, da TV Senado; que deseja resgatar, via documentário, todos os seus grandes momentos na história do Cinema Nacional.


E não são poucos. Ele participou de quase 50 filmes, entre os quais aqueles de Gláuber Rocha que marcaram o Cinema Novo e também no histórico "Bandido da Luz Vermelha".


Enquanto saboreávamos uma água geladíssima, ele relembrou suas participações no Festival de Cinema de Brasília, onde foi indicado como melhor ator por três anos seguidos: em 1968, com Jardim de Guerra: em 69, com "O Beijo", de Walter Rogério; e depois com "Presença de Maria". 


Joel acha que esse resgate poderia ser apresentado no Festival de Brasília deste ano.

Recentemente – 11 de dezembro de 2012 -, Joel Barcelos foi vítima de um choque térmico e sofreu uma parada cardíaca por seis minutos. Ontem ele riu do episódio:


"Chegou a sair na coluna "Nhen-nhen-nhen" do Jorge Moreno Bastos, que eu havia morrido. Depois o Ancelmo deu uma nota desmentindo. O certo, é que sou o único cara do cinema que leu seu obituário em vida", disse às gargalhadas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Joel, aquele abraço

Turiba