quarta-feira, 6 de março de 2013

PRA ONDE VAI A POESIA?

Poesia para além das palavras


Luis Turiba


Nos uivos e nos silvos.

A poesia para além das palavras.

Poesia com o corpo, com a ginga, com o drible, com celular, com as células & as camisetas.

Com as máscaras, os passinhos do rap/samba/funk.

Todos suportes tecnológicos, as fantasias do carnaval.

 Oswaldiana do Modernismo, do Tropicalismo, do pós-pós pois-pois.

A tradição da contra-mão!

Ações performáticas, paredes luminosas, blocos de intervenções, conselhos culturais aos borbotões, pontos e pontes de Cultura.

A galera instigada, produzindo a transgressão do século XXI.

Quem vem pra rua, quem vem embaralhar o público e o privado?

Esse é o nosso tempo, a nossa vibe.

 

Alguns princípios do Manifesto Antropófago, ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha (1928)

Oswald de Andrade


"Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. (...)

Tupi, or not tupi; that is the question. (…)

Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago. (...)

Uma consciência participante, uma rítmica religiosa. (...)

Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará.

Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós. (...)

Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros.

O instinto Caraíba. (...)

Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. (...)

Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade. (...)

A alegria é a prova dos nove. (...)

Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama.

 

 

 

Nenhum comentário: