Prestem atenção pessoal. Chegou a hora de escritores, poetas, editores, gráficos e produtores culturais discutirem com o secretário Silvestre Gorgulho e o professor e poeta Antonio Miranda, diretor da Biblioteca Nacional, os destinos de espaço tão nobre. Afinal, como ocupar a biblioteca com livros e ações poéticas e literárias dignas da capital de um país chamado Brasil.
Um micro artigo do jornalista literário Sergio de Sá, publicado na coluna Literatura&Leituras, deste sábado, 2 de Maio, abriu a pauta sobre o polêmico assunto. Aqui no blog reproduzo para reflexão de todos o toque de Sérgio de Sá.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, também não pode ficar fora deste debate.
Poema e doação
Em auditório da Biblioteca Nacional, bonita a homenagem ao grande poeta Ronaldo Costa Fernandes, com texto de José Paulo Cunha e leituras de Ariosto Teixeira, Guilherme Reis e Luis Turiba. Em noite de sexta (24), em noite de chuva, os poemas de Ronaldo acalmam e inquietam os ânimos. O número 46 da série Livro na Rua (Thesaurus), distribuído gratuitamente, traz a poesia do autor.
Curioso é ter de ver o diretor da Biblioteca Nacional, Antonio Miranda, agradecer o empenho de um “grupo de amigos” para formar o acervo do lugar. Pede-se à sociedade que doe livros. O fato exibe com perfeição como se dá a política cultural por aqui, mostra os contornos precisos da cultura política local.
Há verba para pagar os cachês de Xuxa, Claudia Leite e Sorriso Maroto, há dinheiro para construir viadutos e ampliar as vias de trânsito, mas não há um tostão para comprar os livros necessários para que a biblioteca mereça esse nome. Ela vai de migalha em migalha. A atitude de quem quer colaborar, em si louvável, e o agradecimento sincero de Miranda escondem o drama do valor que o Executivo dá ao conhecimento, o valor que o poder não dá ao invisível.
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2 comentários:
Dá uma olhada na coluna do Sérgio Sá, de hoje, falando da homenagem ao poeta Ronaldo C. Fernandes. Além de mencionar o evento, ele se refere ao pedido do diretor Antonio Miranda de doações de livros para o acervo... Já que o governo do DF não providencia a compra. Mais uma vez "seu" governo é colocado na berlinda. Agora é o Sérgio Sá que tá criticando o esquema Xuxa e que tais...
Abraço.
Adeilton Lima, ator e militante cultural
Turiba e Sérgio,
encaminho email e nota ao professor Miranda, que é quem tem todas as chaves para responder, ou para iniciar o debate como o Turiba propõe, mas quero alertar aqui para um detalhe: o que o Sérgio chama de "um grupo de amigos", visto e ouvido no Tributo, no caso, é a proposta da Rede de Amigos da BNB, feita por um rapaz espontaneamente, por iniciativa dele. O acervo vem sendo feito com a colaboração de órgãos do governo, mas também por ongs, livreiros, editores e pessoas físicas... me desculpem, mas eu pessoalmente não vejo mal nisso, embora quem tenha e saiba o que dizer a respeito seja o diretor da Biblioteca.
Passo a palavra a ele.
Abraços aos três
Angélica
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