Luis Turiba
Zii e Zie não é um apenas mais disco de Caetano Veloso. É um concerto musical construído e lapidado com a atualidade da Internet, tanto na poética-visual como musicalmente. É pop, é rock sem deixar de ser um samba da Lapa. E assim, uma canção vai entrando dentro da outra – tarado! tarado! tarado! – e produzindo um resultado único que nos remete a um Caetano de vanguarda, bem próximo daquele experimentalista de Araçá Azul dos anos 70. Lembro que o nosso tropicalista abriu um blog – obraemprogresso.com – para achar a levada do seu projeto. Deu resultados.
Pronto, acho que já disse tudo que tinha a dizer e vocês tratem de ouvi-lo, quer comprando nas lojas ou baixando músicas na Internet, pois é o tipo do CD que dificilmente chega ao mercado pirata.
Chamo a atenção para algumas sonoridades “maravaibol”. Os quases raps dançantes “A cor amarela” e “A base de Guantánamo”; os sambas “Ingenuidade” de Serafim Adriano e a regravação zen do clássico “Incompatibilidade de Gênios”, de João Bosco e Aldir Blanco.
A canção “Lapa” é um verdadeiro passeio por este recanto do Rio de Janeiro que está em permanente mutação, onde o poeta diz que ama “a PUC e as gírias dos bandidos” na Lapa de Lula e FH.
Tudo que se falou sobre ele no lançamento ainda é pouco. Trate de ouvi-lo, curti-lo, tê-lo na sua coleção de bons CDs.
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