Quidiabeísso!
Luis Turiba
A lógica dos lógicos já não me interessa
Fugi do ventre-mãe e não deu em nada
O ontem e o hoje só me causam náuses
Meu tempo está no vendo peso q não pesa
Me tomam como louco porque sou oblíquo
Entrei prego na fábrica & sai parafuso
Quem cai por uma causa não cai no ridículo
Meu Deus (ó credo em cruz) mas quidiabeísso
Quisera ter um só pouquinho desse tanto
De que me serve o pulso se não tenho bússola
Andei como sonâmbulo em sete mares santos
Eu sou a luz do brejo e não me sinto a última
Quebrem meus sigilos meus elos meus códigos
Desenho por desenho como seres mórbidos
Jamais descobrirão lá onde mora o triste
Não apague a luz interna e intensifique-se
Entre um tédio e outro mando o mundo a
Penso que me prepararam para um paraíso
Enquanto durmo noite enlaço mil conflitos
E assim não fosse aposento meu fígado
E entre alforrias e centopéias em órbitas
Crápulas sátiras ratos sapo mentecaptos
Cada macaco no seu cacto – banana mágica
Sou sego e calado e escrevo a lá selvática
Um comentário:
Graaaande Luiz Arthur. Maravilha de versos, sempre. Abração. Zé Humberto Fagundes
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