segunda-feira, 22 de junho de 2009

BRASÍLIA CANTA SILVIO BARBATO

Desaparecido no vôo da Air France que caiu há um mês no oceano Atlântico, Maestro Silvio Barbato será homenageado neste domingo, 28, às 17 horas, na Torre de TV

Os músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional prestam sua homenagem aquele que foi seu maestro e diretor artístico por tantos anos. E como era bem do gosto de Sílvio Barbato, não faltará cantores de ópera e um grande coro.
A marca registrada de Silvio Barbato era os grandes concertos ao ar livre, onde ele procurava popularizar a orquestra, apresentando ao público os grandes clássicos da música erudita. Sempre sorrindo, Barbato conversava com a platéia, chamava crianças ao palco para regerem com ele, regia a platéia. Inventava artifícios para aproximar o erudito do popular. Por isso, chegou a reger concertos sinfônicos onde tocaram o guitarrista da banda Sepultura e a cantora Fernanda Abreu.
Na década de 80, regeu o baiano-brasiliense Renato Matos cantando Um Telefone é Muito Pouco, na Rampa Acústica do Parque da Cidade. E no Mérito Cultural do MinC, em 84, fez a sua orquestra acompanhar grandes mestres do samba, como Jamelão, Martinho da Vila, Velha Guarda da Portela, Paulinho da Viola.

A IDÉIA
A idéia de um concerto em homenagem ao maestro surgiu numa conversa informal entre o Secretário de Cultura Silvestre Gorgulho e a cantora Janette Dornellas, amiga de Silvio Barbato desde 1985. Silvio gostava que a Orquestra fosse até o povo. E um dos seus locais favoritos era a Torre de TV. Foi lá que ele regeu em 2007 uma inesquecível produção da ópera Carmem, em parceria com o SESC, onde a própria Janette fez o papel da cigana Carmem, para um público estimado em 42 mil pessoas.
A proposta do concerto-homenagem foi levada à orquestra pelo Secretário Silvestre Gorgulho e os músicos imediatamente aderiram.
Dois músicos e regentes que trabalharam com Silvio Barbato ficarão a frente da Orquestra neste domingo: Claudio Cohen e Joaquim França.
Claudio Cohen, além de amigo, foi por muitos anos Diretor Administrativo da orquestra e também spalla, que é o violinista que lidera o naipe dos violinos e senta-se na primeira cadeira.
Joaquim França foi regente assistente de Silvio também por muitos anos, sendo o responsável por ensaiar a orquestra nas ausências do maestro. Na ocasião, um vídeo com imagens e fotos do maestro será exibido num telão.

Um comentário:

Sergio Cavalcanti disse...

Excelente idéia! E uma homenagem devida.
Devo lembrar-lhes também da homenagem que o ex-secretario de cultura Ricardo Marques fez a seu amigo Silvio BArbato, publicada no jornal de Brasilia. Os dois se conheceram no Teatro, quando Silvio pensava em deixar a Orquestra. Entre eles nasceu uma bela amizade e uma parceria que rendeu cultura em todos os cantos do DF.
Parabéns.