segunda-feira, 29 de junho de 2009

RIO-PARIS

Poema de Lurdiana Araújo, em homenagem ao maestro Silvio Barbato e as demais vítimas do vôo 447, da Air France
 
Rio-Paris esquece as lágrimas,

não lamente caminhos interrompidos,

no horizonte há uma estrela, siga,

e encontrará o templo do que foi vivido.

 

Rio-Paris navega coração alado,

esquece a dor e a saudade

porque o oceano, para os sonhos

interrompidos e o desejo de vida

por viver, é um berço sob medida.

As desventuras que findam esta vida

não desfazem o leito dos amores vividos.

 

Rio-Paris canta coração alado,

o oceano é agora a tua casa, não há

fronteiras, nem muros, nem trincheiras.

As noites soam brandas

e as ondas cantam hozanas.

As horas, os dias, transformam em melodia

o Arquipélago de São Pedro e São Paulo,

oratório do oceano, onde os anjos

... louvam oferendas, as estrelas e o céu...

 

No horizonte o adeus, a despedida,

porque o oceano é um berço sob medida,

este mundo é um maestro apaixonado

e esta vida um poema inacabado.

 

Lurdiana Araújo

 

Um comentário:

Anônimo disse...

pow.. jogado as traças o blog hein...kkkk queremos posts!!!!