JOÃOSINHO TRINTA NA POLÍTICA SOCIAL
Joãosinho Trinta sempre teve um pé fincado na política social. Quando começou a revolucionar os desfiles das grandes escolas de samba do Rio, isso no Salgueiro dos anos 70, junto com Fernando Pamplona e outros bambas, começou a enxergar melhor o que chama de "classe Z", aquela gente carente total, sem eira nem beira, sem teto e sem chão.
"Uma antropóloga chegou a me perguntar: "Classe Z"!!!. O que vem a ser isso?" A "classe Z" é formada por aquela gente sem finanças, sem nenhum tipo de convívio, carente de todas as carências, miserável total", conta ele olhando o mundo que ficou lá trás, no morro da Tijuca e nos carnavais que não voltam mais.
Com um olhar de lince, daquele que vê além, Joãosinho percebeu logo que as drogas tinham uma entrada livre no mundo do samba por intermédio desse gente abandonada de todas as sortes.
"As crianças eram transformadas em "aviãozinhos" do tóxico e eram também as mais atingidas por este tipo de crueldade. Reuni a diretoria do Salgueiro e propus um trabalho social. Me responderam: "Joãosinho, fazer carnaval já é difícil. Imagine, então, cuidar de problemas sociais do morro."
Joãosinho não se conformou e saiu do Salgueiro. Foi para uma escola pequena na Baixada Fluminense chamada Beija-Flor de Nilópolis.
"Mostrei aos dirigentes da Beija-Flor que não bastava trabalhar somente com carnaval. Fazer política social, dar vez e voz às crianças, era fundamental. Eles toparam e Nilópolis hoje é outra cidade. A cidade hoje tem árvores, criamos hortas comunitárias e as crianças freqüentam as escolas."
Agora, após sua filiação ao PTB/DF, Joãosinho pretende continuar transformando o mundo com atitudes ousadas e progressiva;
"Brasília, além de ser a capital federal, deve se transformar na Capital Cultural do Brasil. Este é o sentido da minha candidatura", diz ele.
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